Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho

O DIESAT, anunciou o lançamento da nova cartilha virtual sobre a Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho (LDRT). Esta publicação é uma ferramenta essencial para apoiar o movimento sindical e social na identificação dos riscos e fatores que contribuem para os adoecimentos relacionados ao trabalho.

A LDRT é um recurso importante para compreender e combater os problemas de saúde associados ao ambiente e aos processos de trabalho. Ao fornecer informações claras e objetivas, a cartilha visa facilitar o reconhecimento dos agentes de risco e a adoção de medidas eficazes de proteção. Este guia é uma referência para trabalhadores (as) e sindicatos, promovendo uma abordagem proativa para a saúde ocupacional.

Cartilha disponível no link 

#doenças #trabalho #saúde

Fenafar no III Congresso Alagoano de Farmácia 

O presidente da Fenafar, Fábio Basílio, participou nesta quinta-feira, 12 de setembro de 2024, pela manhã, de uma mesa redonda no III Congresso Alagoano de Farmácia, em Maceió – AL.  
 
A mesa, com o tema “Assistência Farmacêutica e o Controle Social”, também contou com a participação da coordenadora de projetos do Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos, Fernanda Manzini e presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de Alagoas (Sindfal) e primeiro tesoureiro da Fenafar, Alexandre Correia. 

Os participantes discutiram as estratégias para fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Política Nacional de Assistência Farmacêutica. O controle social no SUS e o papel dos farmacêuticos na garantia do acesso a medicamentos e na qualidade do atendimento também foram debatidos, ressaltando a importância da atuação desses profissionais nas políticas públicas de saúde. 

Fábio Basílio também esteve presente na cerimônia de abertura do Congresso, que aconteceu na noite de quarta-feira, 11 de setembro. O evento, que se estende até o dia 14 de setembro tem como tema central “Inovação e Humanização a Serviço da Vida”. 

O congresso é promovido pelo Sindfal e pelo CRF-AL, com o apoio da Fenafar e do CESMAC. Durante quatro dias, profissionais e estudantes da área farmacêutica tem a oportunidade de participar de uma ampla programação, que inclui mais de 50 atividades, como conferências, workshops, mesas-redondas, minicursos e apresentações de trabalhos científicos. 

Entre os destaques da programação estão os simpósios de Farmácia Hospitalar e Oncologia, Farmácia Estética, e Farmácia Clínica no Serviço Público e Privado. Além disso, o congresso oferece minicursos nas áreas de empreendedorismo, análises clínicas, consultório farmacêutico e farmácia magistral. 

NOTA: “Nossa voz vale nossos direitos. Nossos direitos valem nossas vidas”

“Nossa voz vale nossos direitos. Nossos direitos valem nossas vidas” (Jussara Cony) 

A Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), representação sindical máxima da categoria da(o)s farmacêutica(o)s no país, tem sua trajetória pautada na proteção do trabalho e dos direitos dos colegas, da saúde e do Brasil. 

A característica da categoria de ser predominantemente feminina se expressa na Fenafar desde a criação do cargo de diretoria feminina, bem como em diferentes debates e encaminhamentos que abordam a transversalidade de gênero, como campanhas intensificadas a partir de 2005.  

Essas campanhas têm como essência dar visibilidade às diversas formas de violência sofridas pelas mulheres, incluindo as farmacêuticas. A violência contra a mulher pode se manifestar de várias formas e com diferentes graus de severidade. Essas formas de violência não ocorrem isoladamente, mas fazem parte de uma sequência crescente de episódios, da qual o feminicídio é a manifestação mais extrema.  

Assim, existem as violências físicas, sexuais, psicológicas, econômicas e institucionais pelo simples fato de serem mulheres. Ou seja, uma violência de gênero que consiste em qualquer ação ou conduta baseada no gênero, sendo uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres, nas quais a subordinação não implica na ausência absoluta de poder. 

Por isso, a Fenafar e seus sindicatos filiados se manterão presentes para contribuir com dias melhores, que envolvem nosso cuidado com a categoria farmacêutica. Convidamos os colegas a responderem a enquete (cujo formulário está AQUI) que lançamos em 2024 para identificar o perfil e as situações de violência enfrentadas pelas farmacêuticas, abordando questões como disparidade salarial, assédio moral e sexual. 

Mas é importante que todos saibam: nossa demanda é histórica! A Fenafar luta pelo direito ao voto, pela igualdade com os homens, pela dignidade, pelo direito ao corpo, pela liberdade sexual e pelos direitos reprodutivos. 

Portanto, partimos de princípios basilares de respeito à Constituição Federal de 1988, ao SUS e às políticas públicas integradas ao SUS, em consonância com os princípios constitucionais do direito à saúde e do exercício da cidadania, respeitando a diversidade dos povos e buscando a equidade de gênero, além de nos posicionarmos contra qualquer forma de violência. 

Pelos ciclos políticos no Brasil, especialmente de 2016 a 2022, houve o aprofundamento das desigualdades e da pobreza durante os períodos de crise econômica, social e sanitária que vivemos no país. Tornou-se urgente garantir atenção especial às populações mais vulneráveis, seja por questões de gênero, raça, geração, patologias, deficiências, econômicas ou territoriais/ambientais, incluindo-as em todas as políticas públicas, como direito ao trabalho, creche, educação, cultura, transporte e saúde. O papel constitucional de proteção, prevenção e promoção da saúde atribuído ao SUS deve ser garantido, com destaque para a implementação da Política Nacional de Vigilância em Saúde, como ficou muito bem evidenciado em 2020/2021, com a pandemia da Covid-19. 

Além disso, o que merece ampla e coletiva reflexão é que vivemos imersos na lógica do sistema capitalista-patriarcal, que se expressa no controle do corpo, do trabalho e da vida das mulheres. O sistema capitalista se beneficia da opressão vivenciada pelas mulheres, tanto do ponto de vista ideológico, por meio da reprodução do papel conservador da família e da mulher, quanto na perspectiva da inserção precária e subalterna no mundo do trabalho. A exploração de homens e mulheres é retroalimentada diariamente. 

A influência do poder econômico sobre a política tem se tornado ainda mais direta. Em um mundo em que os recursos estão concentrados nas mãos de poucos, paradigmas de mercado se expandem nas leis e instituições políticas, moldando, cada vez mais, todas as dimensões da experiência. A “racionalidade” econômica que se impõe está muito ligada aos lucros de poucos e pouco à vida concreta e aos laços entre as pessoas. Uma das principais consequências é a precarização da vida, e não apenas das relações de trabalho. Saúde, segurança alimentar, tempo para cuidar e receber cuidado, amparo na velhice e nos momentos e situações de maior vulnerabilidade são recursos disponíveis para contingentes cada vez menores da população. 

Isto significa que tal realidade está imposta às pessoas e circula em todas elas, independentemente de classe, cor, raça, condição social, econômica e política, e precisa ser combatida diariamente. 

É preciso refletir sobre essas questões para que nossa atuação e reivindicações se materializem na transformação da realidade: por mais justiça social, por mais respeito, por dignidade para todas as pessoas. 

Tais questões persistem e precisam compor a pauta do cotidiano das pessoas. Mais do que nunca, vivemos um momento em que os desafios do presente se colocam diante do reconhecimento, cada vez mais significativo, de que os movimentos feministas, das mulheres, das populações vulneráveis, dos movimentos sociais e sindicais são sujeitos políticos cruciais na luta por democracia e por dignidade para cada mulher e para cada homem. 

Nossa compreensão é que a luta das mulheres, assim como a dos homens, não é uma contraposição à luta de classe, mas uma expressão dela. Não existe desenvolvimento de um país sem igualdade entre homens e mulheres. Não podemos pensar no desenvolvimento do país sem levar em conta que a juventude representa dois terços da população. Não podemos pensar na emancipação das mulheres se não houver a emancipação da sociedade. 

A sociedade não se transformará se não nos propusermos a lutar pela construção da nossa história, compreendendo como esta sociedade se sustenta por injustiças sociais. Daí a união e a amplitude são a chave para reverter esse cenário de tragédias. 

Neste contexto, a Federação Nacional dos Farmacêuticos e seus sindicatos filiados se posicionam contra qualquer forma de violência de gênero, raça, cor e condições sociais. 

Nos manteremos vigilantes para que, independentemente do espaço, quaisquer acusações sejam apuradas com seriedade e transparência, com amplo direito de escuta das partes envolvidas nos fatos. Aplaudimos e apoiamos todas as atitudes que garantam celeridade e compromisso para que não ocorram mais situações de violência contra as mulheres e os homens, quaisquer que sejam. 

E tais posturas demonstram nossa lucidez de que certas, como as relacionadas às práticas de ataques e agressividades, precisam de responsabilidade, compromisso e transparência. Caso contrário, tais fatos tornam-se devastadores para os defensores da intolerância e prejudicam as mulheres, os homens e as pautas de inclusão, solidariedade e justiça social. 

A hora é agora para adquirirmos letramento e expandirmos a consciência sobre os fatores raça e gênero, para barrarmos a reprodução do machismo e da misoginia. 

As farmacêuticas e os farmacêuticos convidam todas as pessoas a se juntarem para reforçar as trincheiras da resistência, da justiça e do diálogo. 

Cuide da vida, da ciência e dos afetos, como as farmacêuticas e os farmacêuticos! 

FENAFAR

Fábio Basílio – Presidente
Soraya de Amorim – Diretoria da Mulher
Daniela Santos Oliveira – Diretoria de Juventude e Direitos Humanos

Fenafar Alerta sobre Assédio Eleitoral nas Eleições Municipais de 2024 

Com a proximidade das eleições municipais, a Fenafar vem a público alertar os trabalhadores sobre a prática ilegal e antiética do assédio eleitoral. Esse fenômeno, cada vez mais comum em períodos eleitorais, representa uma séria ameaça à liberdade de escolha e, consequentemente, à própria democracia. 

Assédio eleitoral é o constrangimento do trabalhador para que ele vote em determinado candidato. Isso pode ocorrer de várias maneiras, como a pressão para participar de eventos políticos, uso obrigatório de material promocional de candidatos no ambiente de trabalho, ou até mesmo ameaças veladas ou explícitas de demissão caso o trabalhador não siga a orientação do empregador. 

Além do assédio, há também a coação eleitoral, que é toda ação que envolve algum tipo de ameaça que cause prejuízo à relação de trabalho, como a ameaça de demissão caso o empregado não vote em um candidato específico. 

Lançamento de Aplicativo para Denúncia de Assédio Eleitoral 

As centrais sindicais e o Ministério Público do Trabalho (MPT) lançaram na manhã desta terça-feira (3) um aplicativo para que trabalhadores possam denunciar casos de assédio eleitoral nas eleições deste ano.  

O projeto, desenvolvido pelo MPT em parceria com as oito centrais brasileiras (CTB, CUT, Força Sindical, NCST, UGT, CSB, Pública e Intersindical), inclui também uma cartilha sobre o tema com o objetivo de informar e facilitar as denúncias, protegendo os funcionários de empresas privadas, terceirizados e servidores públicos. 

Denúncias de assédio eleitoral podem ser feitas diretamente pelo link https://centraissindicais.org.br/ae/ 

Tanto a coação quanto o assédio eleitoral são considerados crimes segundo os artigos 299 e 301 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65). O empregador que praticar assédio eleitoral pode ser penalizado tanto na esfera trabalhista quanto na criminal, com penas que podem chegar a até quatro anos de reclusão. 

Exemplos de Assédio Eleitoral 

Entre os exemplos mais comuns de assédio eleitoral estão: 

  • Ameaças de demissão condicionadas ao resultado das eleições. 
  • Obrigatoriedade de uso de uniformes que promovam candidatos específicos. 
  • Incentivos financeiros ou promessas de promoção vinculadas à eleição de determinados políticos. 
  • Reuniões internas com o objetivo de mobilizar o voto dos trabalhadores. 
  • Proibição de que o empregado se ausente para votar. 

Como Proceder? 

A Fenafar recomenda que os trabalhadores coletem provas, como vídeos, áudios, fotografias e testemunhas, para fortalecer as denúncias e garantir que as medidas legais sejam devidamente tomadas. Lembramos que nenhum empregador tem o direito de influenciar ou forçar seus funcionários a votar em determinado candidato. Qualquer ação que vise constranger o trabalhador para favorecer um resultado eleitoral é ilegal e deve ser combatida. 

É fundamental para o fortalecimento democrático que as eleições sejam um processo livre e justo, sem coerções ou abusos de poder. A Fenafar reafirma seu compromisso com a justiça e a democracia, assegurando que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e que a voz de cada cidadão e cidadã seja ouvida nas urnas, sem interferências indevidas. 

Denuncie e Proteja Seu Direito ao Voto! 

Sessão Solene em comemoração aos 50 Anos da Fenafar 

No próximo dia 23 de outubro, uma sessão solene no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília, com início às 9h, vai marcar a celebração dos 50 anos da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar).  
 
A solenidade Proposta pela deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) será um marco na trajetória da Fenafar, reunindo autoridades e entidades do setor de saúde para comemorar meio século de lutas e conquistas em defesa da profissão farmacêutica.   
 
Durante a sessão serão homenageados os(as) ex-presidentes(as) da entidade e outras figuras públicas que contribuíram com a causa da categoria farmacêutica ao longo desses 50 anos. O evento será precedido por um café de boas-vindas oferecido a todos os presentes. 

50 Anos: Uma Trajetória de Lutas 

Fundada em 25 de outubro de 1974, a Fenafar tem sido um pilar na defesa dos direitos dos farmacêuticos e na promoção da saúde pública no Brasil. Ao longo desses 50 anos, a entidade se consolidou como uma força ativa nas lutas sindicais, trabalhando incansavelmente pela aprovação de legislações que beneficiem a categoria e a sociedade como um todo. 

Entre as conquistas mais significativas estão a luta pela aprovação da Lei 13.021/2014, que reconhece a farmácia como estabelecimento de saúde, e o papel desempenhado na construção e fortalecimento da Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF), que garante o acesso a medicamentos de qualidade para toda a população.  

A Fenafar tem sido incansável também na luta pela aprovação do piso salarial nacional para os farmacêuticos, conquista que vai garantir uma remuneração digna a todos os profissionais.    

A Caminho do Futuro 

Ao mesmo tempo em que celebra o passado, a Fenafar também olha para o futuro. A sessão solene não será apenas um momento de comemoração, mas também de reflexão sobre os desafios que ainda se apresentam e as estratégias que serão adotadas para continuar a luta em defesa da profissão farmacêutica e da saúde pública no Brasil. 

Que os próximos 50 anos sejam tão frutíferos quanto os que celebramos agora, com a categoria unida, fortalecida e preparada para enfrentar novos desafios e alcançar novas conquistas. 

Diretor da Fenafar produz infográfico com o histórico da Política Nacional de Assistência Farmacêutica – PNAF

O Primeiro Secretário da Fenafar, Dalmare de Oliveira Falcão e Sá, aluno do programa de pós-graduação em Saúde Pública, da Fiocruz Pernambuco, desenvolveu um infográfico apresentando a história da Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF). Este trabalho é um dos produtos técnicos desenvolvidos no doutorado e apresenta a sistematização das portarias e diretrizes que moldaram a PNAF ao longo dos anos.

O infográfico destaca por exemplo: a criação da Farmácia Popular, que surgiu praticamente no mesmo mês em que a PNAF foi instituída o que reforça a importância dessa política no fortalecimento do acesso aos medicamentos no Brasil, um dos pilares fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS).

Além do infográfico, Dalmare também realizou, em parceria com a Fenafar, um seminário sobre os 20 anos da PNAF, que ocorreu em maio deste ano. Esse seminário foi mais um dos produtos técnicos produzidos durante o doutorado.

A tese de doutorado, oferece uma análise detalhada da PNAF, destacando como essa política pública tem sido essencial para os farmacêuticos e como ela transformou o acesso a medicamentos no Brasil.

PROTUDO TÉCNICO 3 DOUTORADO - DALMARE

Conselhos Regionais de Farmácia terão que exigir carteira de trabalho para Responsáveis Técnicos

Os Conselhos Regionais de Farmácia (CRFs) serão obrigados a exigir a carteira de trabalho assinada para que farmacêuticos possam assumir a função de Responsável Técnico (RT) em empresas. O contrato de prestação de serviço não será mais válido. A mudança na Resolução nº 638, foi aprovada durante a 546ª Reunião Plenária do Conselho Federal de Farmácia (CFF), realizada quinta-feira, 22 de agosto.

Anteriormente, a resolução permitia que o vínculo profissional fosse comprovado por meio de contrato social, carteira de trabalho e previdência social (CTPS), portaria de nomeação ou contrato de prestação de serviços.

Com a nova redação, o “contrato de prestação de serviços” foi suprimido, restando apenas duas possibilidades para a assunção de RT nas empresas: ser proprietário ou ter a carteira de trabalho assinada.

Essa alteração resolve uma questão que vinha gerando muitas dúvidas e divergências entre os CRFs, alguns dos quais aceitavam qualquer tipo de contrato para a nomeação de um RT.

Além disso, a nova redação da Resolução nº 638 impõe uma importante obrigação aos CRFs: a notificação às autoridades competentes sobre irregularidades que não sejam de sua alçada resolver. Os conselhos deverão informar as autoridades responsáveis, sempre que identifiquem situações que extrapolem suas competências, assegurando que as irregularidades sejam devidamente tratadas.

Para o presidente da Fenafar, Fábio Basílio, que participou da reunião e defendeu a alteração da Resolução, a conquista representa um marco histórico para os trabalhadores da categoria.

Segundo ele, “A única maneira legal de um trabalhador, cuja relação com o patrão é de subordinação e horários a cumprir, ser funcionário de uma empresa, é através do registro em carteira de trabalho.”

Basílio enfatizou que a CTPS é um instrumento fundamental para garantir os direitos dos trabalhadores e que a mudança aprovada é decisiva no combate às fraudes trabalhistas, que se proliferam pelo país. “Foi um dia de grande vitória, um momento histórico para os farmacêuticos e farmacêuticas brasileiros”, afirmou.

Relatório Final: Conferencia Livre do movimentos sindical e popular – A voz da gente que faz o SUS

Conferencia Livre do movimentos sindical e popular – A voz da gente que faz o SUS: Em prol do trabalho, educação, saúde e democracia

Apresentamos o relatorio final da Conferência Livre realizada pelo movimento sindical e popular, preparatória para a 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (CNGTES) que aconteceu no dia 7 de agotos, de forma remota com a participação de diversos entidades e mais de 260 inscritos.

O Título da Conferencia Livre “Movimentos sindical e popular a voz da gente que faz o SUS: em prol trabalho, educação, saúde e democracia” apresentou o debate sobre o avanço da terceirização, a precarização das relações de trabalho e a importância de políticas públicas que transformem a realidade para o bem-viver de todos.

O foco da Conferencia Livre ficou em torno do Eixo 2, da 4ª CNGTES: “Trabalho digno, decente, seguro, humanizado, equânime e democrático no SUS: uma agenda estratégica para o futuro do Brasil. Mais de 170 propostas foram encaminhadas previamente.

O relatório completo, com todas as propostas aprovadas, está disponível aqui.

Os 10 Anos da Lei 13.021/2014: Uma luta de 21 anos pela farmácia como estabelecimento de saúde 

Em 8 de agosto de 2024, a Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e os sindicatos filiados celebram uma década da promulgação da Lei 13.021/2014, um marco histórico que redefiniu a farmácia no Brasil, reconhecendo-a como um estabelecimento de saúde e não apenas um comércio.

Esta lei, que coloca o farmacêutico como agente de saúde essencial na promoção do uso racional de medicamentos e na prestação de assistência farmacêutica, foi resultado de uma batalha intensa e prolongada que se estendeu por mais de 21 anos.

A aprovação da lei trouxe mudanças significativas para o setor, consolidando a farmácia como parte integrante do Sistema Único de Saúde (SUS) e garantindo a presença de profissionais qualificados para assegurar a saúde e bem-estar da população. 

A Lei 13.021/2014 não apenas consolidou a farmácia como estabelecimento de saúde, mas também garantiu direitos fundamentais aos profissionais farmacêuticos, assegurando-lhes condições adequadas de trabalho e valorização profissional. Desde então, muitos avanços foram conquistados, graças à persistência e união da categoria.

Apesar dos avanços alcançados, a categoria farmacêutica ainda enfrenta desafios significativos, como a busca por melhores condições de trabalho e salários dignos. No entanto, com união e persistência de todos, é possível continuar avançando e consolidando cada vez mais os direitos e a valorização dos profissionais farmacêuticos. 

Mais do que um conjunto de normas; era a materialização de um sonho coletivo iniciado em 1993, uma resistência contra a lógica mercantil que ameaçava o setor farmacêutico. 

Ao longo dos anos, a Fenafar, juntamente com seus sindicatos filiados, seguiu empenhada em superar os desafios e em avançar na defesa dos direitos da categoria, reafirmando seu compromisso com a saúde pública e com o bem-estar da população brasileira. 

A Luta Iniciada em 1993 

A história dessa conquista teve início em 1993, quando a Senadora Marluce Pinto apresentou o Projeto de Lei 4385/94, propondo alterações na Lei 5.991/73, com o objetivo de desassociar a farmácia da figura do farmacêutico.  

Este projeto, que tramitou no Senado e foi aprovado às vésperas do Natal daquele ano, causou grande indignação na categoria farmacêutica. A proposta buscava consolidar o status comercial das farmácias, tratando o medicamento como mercadoria e desconsiderando a importância da assistência farmacêutica. 

Mobilização e Conquista 

A partir do momento em que o projeto foi conhecido na Câmara dos Deputados, iniciou-se uma intensa mobilização. A Fenafar, junto com várias entidades, liderou uma série de ações, incluindo a coleta de assinaturas e grandes manifestações em todo o Brasil.  

A luta foi marcada por grandes mobilizações, principalmente no primeiro semestre de 1994, quando o Projeto de Lei foi encaminhado à Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF). Embora a deputada relatora tenha inicialmente rejeitado a proposta, a pressão do lobby contrário à presença do farmacêutico nas farmácias continuou intensa. 

A Fenafar, com apoio das entidades de classe e dos estudantes, fez da questão um ponto central do debate, buscando sensibilizar a sociedade e os parlamentares. Buscou-se um relator que apoiasse a causa dos farmacêuticos. O deputado federal Ivan Valente assumiu a relatoria do projeto e apresentou um substitutivo que incluía a farmácia como estabelecimento de saúde integrado ao SUS.

A importância do Substitutivo Ivan Valente: Um Novo Paradigma 

O substitutivo do deputado Ivan Valente foi uma resposta contundente à tentativa de retirada do trabalho qualificado da atividade do farmacêutico. A proposta teve apoio total dos profissionais em todo o Brasil. Naquele momento, apesar da vitória momentânea, não se imaginava que com idas e vidas, seriam necessários mais 20 anos para a aprovação da lei. 

Um abaixo-assinado organizado pela Fenafar em conjunto com a Enefar levou a discussão para todo o país. Em junho de 1996, as entidades da categoria levaram esse abaixo-assinado a Brasília, com 80 mil assinaturas contra o PL 4385/94. Foi uma grande mobilização nacional até a aprovação do substitutivo.  

A Lógica Mercantil do PL Marluce Pinto 

O Projeto de Lei Marluce Pinto buscava consolidar o status comercial das farmácias, tratando o medicamento como mercadoria e desconsiderando a importância da assistência farmacêutica. Em contraponto, a proposta dos farmacêuticos projetava a farmácia como um espaço de saúde essencial, onde o farmacêutico atua não apenas na dispensação de medicamentos, mas também na orientação quanto ao uso racional e na promoção da saúde da população. 

Mobilização e Avanços 

Em 2007, a Fenafar promoveu diversas ações, mobilizando a categoria e a sociedade para retomar com força a campanha “Farmácia Estabelecimento de Saúde”, realizando mobilizações nacionais e intensificando o diálogo com os parlamentares. Em 2008, uma manifestação histórica em Brasília reuniu mais de mil farmacêuticos e estudantes, que marcharam até o Ministério da Saúde e ao Congresso Nacional, buscando apoio para a aprovação do projeto. 

A mobilização de 2008 foi crucial, obtendo apoio do Ministro da Saúde e lançando a Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica. Essa mobilização deu novo fôlego à luta pela aprovação da lei. 

A Vitória em 2014 

O esforço da Fenafar e das demais entidades em defesa da profissão farmacêutica teve seu ponto alto em 2014, quando a Lei 13.021 foi finalmente sancionada, depois de mais de duas décadas de luta, estabelecendo a farmácia como um estabelecimento de saúde.  

A aprovação foi o resultado de anos de trabalho, que envolveram não apenas os farmacêuticos, mas também a sociedade civil, universidades e outros setores. Este marco consolidou o papel do farmacêutico na assistência farmacêutica e reafirmou a farmácia como um espaço de saúde pública. 

Em celebração aos 10 anos da Lei 13.021, convidamos todos os farmacêuticos, estudantes e a sociedade para relembrar essa trajetória de luta e para continuar fortalecendo a defesa de uma farmácia cada vez mais integrada ao SUS, essencial para a promoção da saúde e para a valorização do trabalho farmacêutico. 

Vamos juntos seguir avançando, porque a luta nunca para. 

Nota de Repúdio: Vídeo Infantil no YouTube retrata farmacêuticos de forma pejorativa 

A Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), entidade que representa os sindicatos dos farmacêuticos do Brasil, expressa seu profundo repúdio ao vídeo infantil publicado no YouTube, que retrata os farmacêuticos de maneira negativa e ofensiva.  

No vídeo, um farmacêutico é representado como um “lobo mau” que distribui medicamentos falsificados e é preso pela polícia. Além disso, o vídeo sugere que a única solução para dores é procurar um médico, desvalorizando o papel essencial do farmacêutico. 

Esse tipo de conteúdo é inaceitável, pois desrespeita a imagem dos profissionais dedicados à promoção da saúde e ao bem-estar da população. A disseminação de informações falsas e prejudiciais contribui para a desinformação e a desvalorização da profissão farmacêutica, influenciando negativamente tanto crianças quanto pais que consomem esse tipo de conteúdo. 

A situação é ainda mais inadmissível diante da proximidade das comemorações, no dia 8 de agosto, dos 10 anos da aprovação da Lei 13.021/2014, um marco que redefiniu a farmácia como estabelecimento de saúde e não apenas um comércio.  

Essa conquista é fruto de uma intensa luta dos farmacêuticos em defesa de seu papel como agentes de saúde essenciais para garantir a saúde e o bem-estar da população. A lei reconhece a farmácia e seus profissionais como integrante do Sistema Único de Saúde (SUS) e exalta a profissão. O vídeo em questão, vai na direção contaria.  

Portanto, não é tolerável que uma produtora de vídeos infantis, sem conhecimento, retrate farmacêuticos de forma tão negativa. A Fenafar, aliada as demais entidades estuda medidas jurídicas cabíveis para que o vídeo seja retirado da plataforma, garantindo o devido respeito e valorização da profissão farmacêutica. 

Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar)