Assembleia geral vai restaurar o Sindicato dos Farmacêuticos do Maranhão

Associados ao Sindicato dos farmacêuticos do Maranhão (Sinfarma), membros da categoria profissional dos farmacêuticos do Estado do Maranhão, estão convidados a participar da Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 05 de outubro de 2022, com primeira chamada às 18h30min, e segunda chamada às 19h00min, com qualquer número de presentes, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia:

Eleição da Junta Governativa composta de Presidente, Secretário e Tesoureiro, para que no prazo de 06 (seis) meses, possa reestruturar administrativamente o Sindicato, elaborar um novo quadro de associados, reformar o Estatuto e convocar a eleição da diretoria definitiva.

Participe da assembleia presencial no auditório da Faculdade Florence, localizado na Rua Rio Branco, 216, no centro de São Luís (MA) e ajude a reconstruir o seu sindicato.

Abaixo o edital e a reprodução da publicação em jornal.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DO SINDICATO DOS FARMACÊUTICOS DO ESTADO DO MARANHÃO – SINFARMA PARA ELEIÇÃO DA JUNTA GOVERNATIVA 

A Federação Nacional dos Farmacêuticos – FENAFAR, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº 00679357/0001-48, com sede à rua Barão de Itapetininga, 255, sala 302, CEP 01042-001, São Paulo/SP, entidade de representação sindical de 2º grau da categoria dos farmacêuticos, neste ato representada por seu Presidente, Fábio José Basílio, com fundamento em seu Estatuto Social, através do presente Edital, CONVOCA todos os associados ao Sindicato dos farmacêuticos do Maranhão (Sinfarma), membros da categoria profissional dos Farmacêuticos do Estado do Maranhão, para participar da Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 05 de outubro de 2022, Auditório da Faculdade Florence, localizado na Rua Rio Branco, 216 – Centro, São Luís – MA – 65020-490, às 18h30min em primeira convocação, e às 19h00min em segunda convocação, para deliberar, com qualquer número de presentes, sobre a seguinte ordem do Dia:

1) Eleição da Junta Governativa composta de Presidente, Secretário e Tesoureiro, para que no prazo de 06 (seis) meses, possa reestruturar administrativamente o Sindicato, elaborar um novo quadro de associados, reformar o Estatuto e convocar a eleição da diretoria definitiva.

São Luís/MA, 28 de setembro de 2022.

Fábio José Basílio
Presidente da FENAFAR

famarceutico

Reunião no TST busca solução para greve na Ebserh que já dura 8 dias

A greve dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh, entra nesta quarta-feira (28/09), no seu oitavo dia com adesão de 36 hospitais e da sede da empresa em 19 estados e no distrito Federal.

Buscando dar um encaminhamento para a situação, uma reunião de mediação foi convocada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) para esta quinta-feira, (29/09) e será conduzida pela Ministra Delaíde Miranda Arantes.

Durante a reunião está programada uma manifestação dos trabalhadores em ferente a sede da Ebserh em Brasília (DF). A Fenafar também estará presente nesta audiência, juntamente com seus sindicatos filiados, em luta pela valorização dos farmacêuticos e farmacêuticas que atuam na Ebserh

A expectativa é de que na reunião convocada pelo TST seja possível chegar a um consenso capaz de dissolver os impasses instalados no processo de negociações de acordo coletivo entre direção da Ebserh e empregados da empresa pública. “Se a Ebserh não se mexer, a greve vai crescer”, avisam os empregados em luta por seus direitos.

Independente da reunião, o movimento segue firme em todos o país e será ampliado com adesão de novas unidades, como o HU-UFSCar, em São Carlos (SP).

Iniciado no dia 21 de setembro, o movimento cobra solução em relação aos acordos coletivos de trabalho de 2021/2022 e 2022/2023, que seguem sem proposta concreta para recomposição salarial. Outro fator decisivo para o início do movimento foi o descumprimento do acordo homologado perante o Tribunal Superior do Trabalho (em especial em relação à cláusula de abono).

A pauta de reivindicações inclui a manutenção das cláusulas sociais do ACT vigente e uma reposição inflacionária linear de 22,30%, referente aos três anos de congelamento salarial, incidindo sobre os salários e benefícios dos empregados. os trabalhadores também cobram o pagamento dos valores retroativos sobre salários e benefícios considerando os respectivos ACTs vencidos.

Além dessa pauta oficial, outros temas adjacentes, como a luta pelo Piso Salarial da Enfermagem, também deverão ser lembrados durante o movimento. O piso da Enfermagem foi aprovado pelo congresso, sancionado pelo governo, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a medida, sob alegação de não ter sido apontada a fonte de verbas para o pagamento.

Com informações da Condsef
Foto: Sintsef-CE

CARTA DO RIO DE JANEIRO: 9º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica

Carta do 9º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica

Resultado de um longo processo de construção do Projeto Integra, que culminou com a realização do 9º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica (9º SNCTAF), a “Carta do Rio de Janeiro” apresenta uma agenda para a integração das políticas de Assistência Farmacêutica, de Vigilância em Saúde e de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde para um projeto nacional de desenvolvimento na próxima década.

A Carta do Rio de Janeiro além de documento norteador para as próximas fases do Projeto Integra, a serem realizadas pelas instituições promotoras, tais como, audiências públicas, publicação de diretrizes, estabelecimento de planos de governo e planos de saúde nos próximos anos, também apresenta elementos para o debate na 17ª Conferência Nacional de Saúde, que será realizada em Brasília, de 2 a 5 de julho de 2023.

O documento pontua 14 itens que foram discutidos coletivamente ao longo de todas as etapas do Projeto Integra e aprofundados no 9º Simpósio ocorrido nos dias 15 e 16 de setembro de 2022, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

Os signatários da Carta defendem a Democracia, a Constituição de 1988 e o SUS enquanto patrimônio e direito do povo brasileiro; exigem a revogação da Emenda Constitucional nº 95/2016; ratificam a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o cumprimento, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Igualmente, reafirmam a Política de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde e a necessidade do fortalecimento da base produtiva nacional; defendem a Política Nacional de Assistência Farmacêutica e de Vigilância em Saúde; a valorização dos profissionais de saúde, e fixação dos pesquisadores no país: a implementação da Política Nacional de Informação e Informática em Saúde (PNIIS) e a realização da 17ª Conferência Nacional de Saúde.

Ler o documento.

Veja as fotos do Evento

Ao vivo: acompanhe a programação do 9º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica

Os canais do YouTube e do Facebook da Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar) e do Conselho Nacional de Saúde (CNS) transmitirão, ao vivo, a programação do 9º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica, que será realizado nos dias 15 e 16 de setembro de 2022, no auditório do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, da Fiocruz, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

Canais para assistir ao vivo:
Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=52HK-nQLM5M
Facebook: http://www.escoladosfarmaceuticos.org.br/

O Simpósio é um evento do Projeto Integra e serve como atividade preparatória para a 17ª Conferência Nacional de Saúde que será realizada de 2 a 5 de julho de 2023. A CNS tem como tema “Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã Vai Ser Outro Dia” cujas etapas municipais se iniciam em novembro de 2022.

A programação completa do 9º Simpósio está disponível AQUI, onde também há outras informações importantes sobre o evento.

O Projeto Integra é uma atividade promovida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), pela Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar) com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar).

As atividades de debates e construção de metas e propostas de ações para Ciência, Tecnologia, Assistência Farmacêutica e Vigilância em Saúde resultarão em documento norteador para as próximas fases do projeto, que serão realizadas pelas instituições parceiras: audiências públicas, publicação de diretrizes, estabelecimento de planos de governo e planos de saúde nos próximos anos.

O Simpósio cumpre o papel de ampliar a interlocução com setores da sociedade e atores que não costumam participar diretamente deste tipo de atividade. O evento reunirá lideranças, em particular, de institutos de pesquisa, universidades, gestão pública, setor produtivo e controle social da saúde.

O Simpósio não terá inscrições abertas e contará com a participação somente de convidados devido às limitações de espaço físico (salas e auditório) e da estrutura organizacional. Por isso, solicitamos a compreensão de todos, dada a impossibilidade de contemplar todas as demandas de participação.

Nas próximas etapas previstas, o Projeto Integra irá contemplar amplamente as demandas de todos os segmentos como os conselhos estaduais e municipais de saúde e as diversas instituições.

Josemar Sehnem – Redação ENFar

Definido o relator do projeto do piso farmacêutico na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público

Na foto o momento da aprovação do PL1559/21 na Comissão de Seguridade Social e Família.

O Projeto de Lei 1559/2021, que fixa um piso salarial nacional para os farmacêuticos já tem relator definido na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP). Esta é a segunda comissão pela qual o projeto está tramitando na Câmara dos Deputados. A Primeira foi a Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) onde foi aprovado há exatos dois meses.

A CTASP designou nesta segunda-feira 12/09, o presidente da Comissão, Deputado Leônidas Cristino (PDT/CE), como relator do PL 1559/21 que fixa o piso dos Farmacêuticos em R$ 6,5 mil, como remuneração mínima a todos os profissionais da classe devidamente habilitados e exercendo a profissão Farmacêutica tanto no setor privado, quanto público.

A Federação Nacional dos Farmacêuticos, (Fenafar), está atenta à tramitação da matéria em Brasília e o presidente, Fábio Basílio, vê com satisfação a indicação do Deputado Leônidas Cristino, que é o presidente da CTASP como relator do projeto. “Seguimos em busca do estabelecimento de uma remuneração mínima mensal digna aos profissionais farmacêuticos de todo o Brasil.” disse.

Na CSSF, o texto que foi aprovado em julho, é um substitutivo do deputado Ricardo Silva (PSD-SP), ao PL 1559/21, do deputado André Abdon (PP-AP), e aos apensados (PLs 2028/21, 3502/21 e 799/22), que tratam do mesmo assunto. 

Conforme o substitutivo aprovado na CSSF, o valor do piso salarial dos farmacêuticos será corrigido logo após a transformação do projeto em lei pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado desde junho de 2022. A partir daí, os reajustes serão anuais, pela variação acumulada do INPC em 12 meses.

O texto também determina que o piso salarial entrará em vigor imediatamente, assegurada a manutenção das remunerações vigentes superiores a ele.

Depois de analisado pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público; o projeto segue ainda para as Comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Josemar Sehnem – Redação da Fenafar com informações da Agência Câmara

Governo ‘tesoura’ Farmácia Popular para garantir orçamento secreto em 2023

O governo Bolsonaro cortou em 59% o orçamento em 2023 do programa Farmácia Popular, que atende mais de 21 milhões de brasileiros com medicamentos gratuitos, para garantir mais recursos para o orçamento secreto – esquema revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo de transferência de verbas a parlamentares sem transparência. As despesas para atendimento da população indígena também sofreram uma “tesourada” de 59%.

Na contramão do corte desses programas, as emendas de relator incluídas no orçamento da saúde cresceram 22%. As emendas parlamentares individuais e de bancada impositivas (que o governo é obrigado a executar) aumentaram 13%.

O levantamento foi feito por Bruno Moretti, assessor do Senado e especialista em orçamento da saúde. Os dados completos serão publicados em Nota de Política Econômica do Grupo de Economia do Setor Público da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A parcela gratuita do Farmácia Popular é voltada para medicamentos de asma, hipertensão e diabetes. Em 2022, as despesas com a gratuidade do programa prevista no Orçamento somaram R$ 2,04 bilhões. Já no projeto de Orçamento de 2023, o governo previu R$ 842 milhões: corte de R$ 1,2 bilhão.

Os gastos para a saúde indígena foram cortados em R$ 870 milhões, sendo previstos em R$ 610 milhões em 2023 – ante R$ 1,48 bilhão em 2022.

“Não há dúvida: o que a equipe econômica fez foi reduzir todas essas despesas para incorporar as emendas. Para caber as emendas RP-9 (de relator), estão tirando medicamentos da Farmácia Popular”, diz Moretti. “(Com o programa) O parlamentar não consegue chegar lá na ponta e dizer que o remédio que o paciente pegou de graça é fruto da emenda dele.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Imagem: Rodrigo Nunes/Ministério da Saúde

Entrevista: Fábio Basílio, novo presidente da Fenafar

Fábio Basílio, foi eleito o novo presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos durante a plenária final do 10º Congresso da entidade realizado de 3 a 6 de agosto em Salvador (BA). Fábio assume a FENAFAR com a responsabilidade de conduzir a entidade nos próximos três anos, com uma pauta estruturada nas diretrizes aprovadas durante o congresso e que constam da “Carta de Salvador”, documento dirigido aos farmacêuticos e farmacêuticas e ao povo brasileiro.

Formado em 1999, Fábio Basílio iniciou sua militância no ano 2000 na Associação Farmacêutica de Goiás. Ingressou no Sindicato dos Farmacêuticos de Goiás (Sinfargo) em 2003 e de lá pra cá nunca mais deixou de lutar pelas causas da categoria farmacêutica. Atualmente está em seu segundo mandato como presidente do Sinfargo, um estado muito importante no cenário nacional quando se trata do segmento do comércio varejista de medicamentos. Fica naquele estado o segundo maior polo industrial de medicamentos da América Latina, responsável por uma importante fatia na produção de medicamentos que atendem a população do Brasileira.

Nesta entrevista Fábio Basílio aborda diversas questões, entre as quais a centralidade do trabalho nesse momento histórico, a necessidade de união da categoria em torno da luta pelas pautas comuns da categoria, em especial o piso salarial nacional e a venda de medicamentos em supermercados e a importância da reestruturação das entidades sindicais nos estados, para o enfrentamento das batalhas que estão por vir.

A entrevista do novo presidente da FENAFAR foi concedida ao “Palavra Farmacêutica”, uma live no Instagram do Sindicato dos Farmacêuticos de Santa Catarina (Sindfar-SC). A conversa foi conduzida pelo ex-presidente da Federação e diretor do Sindicato, Ronald Ferreira dos Santos. Acompanhe abaixo.

Ronald Ferreira dos Santos – Fábio, nós queremos te ouvir, sobre os desafios da valorização da profissão farmacêutica. Por onde passa essa valorização, especialmente nesses tempos onde o trabalho, a vida, a ciência e os nossos objetos estão bastante desvalorizados. Quais são os desafios da valorização da categoria farmacêutica do trabalho e da vida?

Fábio Basílio – A nossa categoria é uma categoria que cresce muito, já se fala em cerca de 265 mil farmacêuticos no Brasil de acordo com o Conselho Federal de Farmácia (CFF). É um número muito grande de profissionais, muitos egressos que não têm o conhecimento sobre seus direitos e deveres. Muitas vezes eles não sabem qual a função do sindicato e dos conselhos, então é fundamental que a gente possa levar as nossas experiências para os colegas.

Os colegas devem entender que nos venderam a questão de se empreender. O Brasil virou o país do empreendedorismo, mas como empreender se você não tem as condições mínimas de trabalho. Na verdade você é trabalhador de CLT só que você é escravo de si mesmo, então essas questões precisam ser levadas em consideração

A Fenafar ao longo da sua história vem fazendo uma luta em defesa da categoria e esse esforço pela valorização do profissional farmacêutico acontece desde a sua origem em 1974. Nos últimos tempos nós lançamos a campanha das 30 horas, a campanha da farmácia como estabelecimento de saúde, a campanha medicamento em farmácias, sua vida não tem preço e a campanha medicamento não é uma simples mercadoria, então foram várias campanhas e lutas das quais a Fenafar é protagonista.

São dois tipos de valorização que são importantes: a valorização do trabalho, que significa você se sentir valorizado enquanto profissional de saúde na sua atividade diária no que você faz e tem também a valorização pecuniária, afinal, tem essas coisas bestas que a gente precisa fazer: pagar água, luz, passear, se divertir. Hoje nós estamos numa luta muito grande pela valorização do farmacêutico e pela conquista do piso nacional farmacêutico, uma luta muito grande que a Fenafar está capitaneando junto com a deputada Alice Portugal a nossa deputada federal farmacêutica e com muita expectativa de vitória.

Nesta semana nós tivemos mais um exemplo de que o portal dos pisos está aberto, o piso da fisioterapia foi aprovado no Senado, Nós temos um papel muito importante nesse processo de fazer a luta e fazer o engajamento da categoria para mostrar que a gente precisa sim dessa valorização pecuniária precisa sim ser valorizado pelo nosso trabalho. O que a gente faz tem valor sim e precisamos ser reconhecidos não apenas com tapinhas nas costas mas também com uma remuneração justa, afinal quem cuida da vida merece viver com dignidade.

Ronald Ferreira dos Santos – Fábio, a sua característica sempre foi de ser muito objetivo e pragmático quanto ao papel que devem cumprir as nossas organizações. Alguns tentam demonizar nossa tarefa de defesa dos interesses da categoria, como que houvesse algo de ilegítimo na defesa dos interesses econômicos da categoria, e que o profissional não tivesse que pagar suas contas no final do mês ou o direito a uma remuneração digna. Você tem feito grandes negociações em Goiás colocando pressão no setor varejista, nos laboratórios e nos hospitais, sempre com muito respeito, mas com muita firmeza na direção da garantia da valorização do trabalho. Eu queria que você abordasse essa conjugação que é a sua experiência em Goiás nas negociações com as entidades patronais, e esse processo que você acompanha junto ao congresso nacional de definição através de lei do piso salarial, pois diferentes de outros estados, que estão com muitas dificuldades materiais de manter o sindicato funcionando, o Sinfargo tem resistido. Você acha que é possível retomar um lugar de força para os Sindicatos nas negociações tanto nas Convenções Coletivas como nos espaços legislativos? Qual a perspectiva que se coloca para organização sindical dos farmacêuticos?

Fábio Basílio – Esse é o grande desafio depois de 2017, depois da reforma trabalhista, alguns sindicatos que já não tinham grandes arrecadações, tiveram as dificuldades aumentadas, inclusive com o fechamento de muitos deles. Nosso desafio hoje, é a organização dos sindicatos, a modernização da ação dos sindicatos, e a federação joga um papel muito importante. A gente precisa ampliar a nossa ação, nós precisamos estar junto com os farmacêuticos nos locais de trabalho, seja no laboratório, na indústria, na farmácia, para identificar os problemas. Aqui em Goiás, nós temos milhares de farmacêuticos que trabalham na indústria, mas nem registo de farmacêutico tem, são bacharéis em farmácia, mas não são farmacêuticos porque não possuem registo, não são filiados ao sindicato e trabalham sem direito ao piso salarial.

Aqui em Goiás o sindicato permaneceu aberto, mesmo tendo que diminuir despesas. Felizmente a gente tem conseguido fechar com agilidade as convenções coletivas de trabalho. O processo de realização de assembleias e negociações têm mobilizado a categoria para a contribuição com o sindicato, lógico que não como antes, nossa arrecadação hoje é 20% do já foi no passado.

Eu tenho uma expectativa muito grande com esse novo governo que vai assumir a partir de primeiro de janeiro de 20323, de que volte a existir algum tipo de financiamento do sistema sindical, essa é uma pauta importantíssima

A reforma trabalhista trouxe a precarização do trabalho, não trouxe nenhuma vantagem para o trabalhador e vendeu a ideia de que não pagar o sindicato é uma maravilha. Um farmacêutico com piso de R$ 5 mil reais iria pagar cerca de R$ 180 reais de contribuição sindical, por ano, R$ 15 reais por mês. O farmacêutico comemorou o fato de não precisar pagar R$ 15 reais por mês, mas quando o patrão não quer fazer o acerto, ele liga para o sindicato desesperado. Grande parte dos profissionais deixaram de pagar o sindicato a partir de 2018, após reforma trabalhista. Hoje muitos estão voltando, pois estão percebendo que sem o sindicato a situação fica complicada. Sem sindicato é o leão negociando com o servo. Quem tem o capital tem o poder, como é que o trabalhador vai negociar em igualdade de condições com quem tem o capital? É impossível, isso não existe em lugar nenhum do mundo.

Essa é uma pauta importantíssima retirada do 10 congresso da Fenafar. Nós precisamos reorganizar os sindicatos, reformulação de estatutos, realizar eleições de diretoria e mantê-las ativas em defesa da categoria. Sobre os grandes temas em debate, as pautas macro, a Fenafar tem tradição e domínio, mas os sindicatos precisam fazer o seu papel, a Fenafar não pode ir ao estado e fazer a negociação pelo sindicato, esse é papel dos próprios sindicatos.

Resistir, nós já resistimos muito, agora nós temos que avançar. Dia 2 de outubro é um dia fundamental para que a gente avance. Precisamos de um governo progressista, um governo que defenda o trabalhador e a trabalhadora de fato. É uma questão de soberania nacional que a gente vença as eleições em outubro. Ai o colega diz, “ah mais eu não gosto de política.” Gente, o debate das questões macro influencia diretamente na vida do trabalhador, se hoje a renda cai, se hoje o sindicato não consegue fechar sequer a reposição inflacionária é porque o projeto político em vigor é de enfraquecimento do trabalhador e suas instituições, veja como exemplo a reforma trabalhista.

A Fenafar fez o seu 10º Congresso em Salvador de 3 a 6 de agosto, que foi um congresso maravilhoso com pautas importantes: a empregabilidade, a remuneração, o local de trabalho decente e de qualidade. Então essa luta tem que ser de todas e de todas, inclusive dos farmacêuticos proprietários. Nós não somos adversários ou inimigos, queremos que o empreendedor seja bem-sucedido. Mas é preciso que ele entenda que ele trabalha 12 ou 14 horas por dia e mal consegue pagar as contas da empresa. O proprietário tem que entender que ele é também um trabalhador e está no mesmo barco que todos os demais. É uma luta de classes mesmo, nós somos a classe trabalhadora que precisa ser valorizada e reconhecida neste país.

Ronald Ferreira dos Santos – Com frequência aparecem ideias como a venda de medicamentos em supermercados, o projeto que diz que o nosso trabalho é muito simples e pode ser desenvolvido por um técnico, as faculdades com educação à distância, a banalização da vida, a negação da ciência, todos eventos muito recentes. Com esses desafios colocados, você acha que nós vamos conseguir dar conta da nossa batalha de sempre e contratar na vida real a farmácia como estabelecimento de saúde? Você acha que a gente consegue avançar na direção do medicamento como um direito? Vamos conseguir caminhar nessa direção ou vamos ter que remar muito ainda?

Fábio Basílio – Nós conseguimos avançar muito com a Lei 13.021/2014. Foi um grande passo colocar dentro do arcabouço legal brasileiro que farmácia é sim um estabelecimento de saúde. Mas está muito indefinido, eu acho que nas análises clínicas esse caráter da saúde está mais estabelecido, mas no comércio varejista onde está mais de 70% da nossa força de trabalho ainda é colocado como um mercado. Tanto é que as empresas que têm mais do que uma filial chamam de loja, a loja 1, a loja 2. porque é um comércio de fato, um comércio de produtos.

Eu defendo que a Lei 13.021/2014 deva ser regulamentada. Ela traz uma série de obrigações para o farmacêutico, que hoje não são realizadas, farmacovigilância, farmacoepidemiologia, por exemplo, aparecem como obrigações do farmacêutico na lei, e por falta de regulamentação não é cobrado.

Sobre a questão dos medicamentos em supermercado, é preciso considerar que enquanto a farmácia também quiser vender tudo que os supermercados vendem nós vamos passar por isso sempre. O discurso que caminha no Congresso Nacional é que tanto faz eu comprar 10 cartelas de paracetamol no mercado ou na farmácia, porque eu vou comprar e ninguém vai me falar nada.

Mas, a gente tem que entender que farmácia é sim um estabelecimento de saúde e lutar por isso. O medicamento é um insumo fundamental para garantir e recuperar a saúde, e o farmacêutico é o profissional do medicamento e do cuidado. Nós não podemos abrir mão do medicamento, a dispensação é um ato privativo nosso. Se o farmacêutico cair no canto da sereia de que ele não é mais o profissional do medicamento, que ele é o profissional do cuidado apenas, nós vamos perder esse segmento que hoje é do farmacêutico.

As ameaças são diárias, já tem deputado federal ligando para o CFF (Conselho Federal de Farmácia) pedindo dados que comprovem quantas farmácias vão fechar se a venda de medicamentos em supermercados for aprovada. Isso porque as entidades levaram para o Congresso Nacional a informação de que se a medida fosse aprovada, as pequenas farmácias seriam fechadas.

O projeto de venda de medicamentos em supermercados está muito longe de estar morto, recentemente a proposta foi derrotada na Câmara dos Deputados. Foi acachapante, eu nunca tinha visto um requerimento assinado por vários líderes perder em plenário. Foi a mobilização dos farmacêuticos brasileiros que garantiu isso, mas o projeto está vivo na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) e pode ter o pedido de urgência apresentado em breve.

O farmacêutico tem que se entender como um profissional de saúde, ele é um profissional liberal e não pode estar a mercê do que o dono da empresa quer que ele faça. Ele tem suas atribuições legais, ele é uma autoridade sanitária dentro do estabelecimento de saúde, então ele precisa entender que ele não pode estar preocupado com o aumento do tiket médio da empresa, ele tem que cuidar do seu paciente porque nós somos fundamentais e a Covid-19 mostrou isso. Dez por cento dos pacientes chegaram a ir aos hospitais, mas 100% deles foram até uma farmácia. Valorizar o trabalho passa pela nossa atribuição enquanto profissional de saúde do medicamento e do cuidado com a vida das pessoas.

Ronald Ferreira dos Santos – Dados do IPEA dão conta que do ponto de vista econômico o acesso a medicamentos é o que mais impacta no desembolso direto das famílias com gastos em saúde, enquanto consultas médicas e exames representam de 10 a 15%, o acesso a medicamentos representa 88%, sendo que as consequências para as famílias mais pobres é devastadora, No 10º Congresso da FENAFAR aprofundamos o debate sobre essa verdadeira negação do direito constitucional à saúde e a sua relação com a valorização do trabalho farmacêutico, constatamos que a Politica Nacional de Assistência Farmacêutica e o Programa Farmácia Popular do Brasil produzem importantes impactos na vida dos brasileiros, sejam do ponto de vista da saúde seja do ponto de vista económico. Você acha que nós temos condições, base material para dar algum salto de qualidade no reposicionamento da nossa atividade sanitária e econômica, seja na condição de servidor público na estrutura do Sistema Único de Saúde, seja como empreendedor ou seja como um trabalhador do setor privado que tenha como resultado, uma das principais razões de existir o movimento sindical, que é a valorização do trabalho Farmacêutico? Você acha que reunimos condições de no médio prazo recolocar e colocar os farmacêuticos, não apenas como agentes produtores da saúde, mas também como agentes econômicos da saúde? Será que é possível construir essa compreensão a partir da ação sindical?

Fábio Basílio – É possível e é necessário que a gente dê esse salto, se tivermos condições materiais e mesmo que não tenhamos, vamos ter que fazer assim mesmo, porque o que acontece de fato é que toda a riqueza produzida não fica com o trabalhador. Inclusive eu tenho usado nas nossas negociações aqui com o comércio varejista as próprias publicações das entidades do comércio varejista. Eles publicam que obtiveram lucros de dois dígitos, que aumentaram de duas mil para duas mil e quinhentas lojas, que uma grande rede comprou a outra grande rede, mas na hora de dar o reajuste para o trabalhador dizem que não tem condição. Eu escutei de um gestor de uma grande rede, a maior do Brasil, que eles não abrem mais lojas em Goiás por conta do valor do salário dos farmacêuticos que está muito alto. É um absurdo, tem empresa que vende no mínimo um milhão por loja e o salário do farmacêutico é o empecilho para abertura de novas filiais.

Esse é um processo muito importante que os sindicatos vão ter que realizar e a Fenafar vai encampar isso. Os empresários ligados às grandes redes estão organizados e unidos. Tanto é, que as propostas de negociação apresentadas para um estado,são as mesmas para todos os outros estados. É fundamental que os sindicatos estejam municiados e conheçam as artimanhas das grandes redes e que a gente consiga enquanto Fenafar orienta sobre as ações. Não podemos nos sujeitar às grandes redes que não dão nada em troca para o trabalhador

O funcionário é um gerador de riqueza, mas não usufrui dela. Na verdade há um adoecimento mental, exatamente pela carga excessiva de trabalho e pela falta de tempo e lazer com a família. São processos de escravidão onde o trabalhador não tem a menor condição de ter lazer com a família. O farmacêutico gera riqueza, ele está do início ao fim da cadeia. Nós passamos pela pesquisa, produção de medicamentos, pela dispensação de medicamentos e testes, pelas análises clínicas, auxiliando o médico no diagnóstico, ou seja, estamos na cadeia toda e não somos valorizados. Nós não podemos mais aceitar as grandes redes simplesmente boicotando os sindicatos nos estados.

Se deixar por conta desse pessoal a gente volta para a escravidão no país. Inclusive um dos grandes financiadores desse atual governo, uma loja de roupas importante, já foi denunciada por uso de trabalho escravo. Nós somos antagônicos a isso, a gente precisa, como disse o nosso candidato a presidente: “unir os divergentes para combater os antagonistas” e mostrar para o farmacêutico e para a farmacêutica que ele é um trabalhador, uma trabalhadora, que ele não é classe média, o farmacêutico é pobre. O farmacêutico não pode procurar o sindicato apenas quando é demitido, a unidade tem que existir o tempo todo.

Uma coisa que eu vejo acontecer muito no Brasil inteiro é a tal da sociedade fictícia, onde o farmacêutico entra na famosa sociedade com contratos de gaveta. Tem farmacêutico aqui o estado de Goiás perdendo bens por conta desses contratos onde o verdadeiro dono não aparece e a responsabilidade pelo ônus fica com o sócio farmacêutico.

Ronald Ferreira dos Santos – Questões como Jornada de trabalho, ambiente de trabalho e salário foram profundamente discutidos no processo do nosso 10º Congresso, e a constatação é que assistimos um acelerado processo de extinção de todos os direitos duramente conquistados pelos trabalhadores, ganha assustadora força a fake news, que somos todos empreendedores, o único lado justo das relações de trabalho é o lado do empreendedor, do patrão, os direitos dos trabalhadores apenas atrapalham o desenvolvimento da economia. Você falou bem que o volume de recursos que estão a disposição dessa gente que vende essa mentira é absurdamente desproporcional ao que dispomos para defender os interesses dos trabalhadores, e no caso da nossa categoria majoritariamente de  trabalhadores. O que você nos diz sobre os desafios dessas agendas discutidas no congresso da Fenafar? Como valorizar o nosso trabalho e a nossa atividade no momento em que essas pautas estão enfrentando também o retrocesso conservador gigante.

Fábio Basílio – Os retrocessos são muito grandes, tem muita coisa por vir ainda. Esse governo tem projeto para acabar com a multa do FGTS, do pagamento de 1 ⁄ 3 das férias, projetos nefastos para quem trabalha nesse país. São projetos de precarização total. Eles falam que 1 ⁄ 3 de férias é injusto e que um salário a mais é injusto para o patrão. Nós enquanto lideranças sindicais temos a obrigação de capitanear as lutas da nossa profissão e dos trabalhadores em geral. Nos solidarizando com a luta da enfermagem porque a categoria está sendo perseguida pelas instituições privadas de saúde com listas de técnicos de enfermagem e enfermeiros para serem demitidos. Nós farmacêuticos temos que nos solidarizar com essas colegas que estão sendo perseguidas e perdendo seus postos de trabalho nesse momento, apenas porque eles conseguiram aprovar o piso nacional da enfermagem.

O piso dos farmacêuticos foi aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados graças ao fato de a enfermagem ter aberto a porteira antes. Nós precisamos de alguma forma garantir que os farmacêuticos que trabalham nas empresas maiores não sejam massacrados como são hoje com adoecimento. Nós precisamos cuidar da saúde dos nossos colegas, precisamos lutar nacionalmente contra as escalas escravizantes e que não nos dão a menor qualidade de vida, os sindicatos precisam estar organizados para combatê-las.

Tem uma grande rede que tem uma escala onde o profissional entra às 10 da manhã e sai às 7 da noite. Com isso ele trabalha 3 turnos, de manhã, à tarde e à noite, sem tempo algum para lazer ou estudo, O colega está sempre indo ou voltando do trabalho. Nós precisamos acabar com essa ideia de que o empresário e o empreendedor são as vítimas. Vítima é o trabalhador que sofre esse massacre gigantesco, principalmente após reforma trabalhista. O que não pode acontecer é a burla da legislação. As empresas estão querendo implantar na farmácia um tal de MEI RT (Microempreendedor Individual Responsável Técnico) de Drogaria. Nós não podemos aceitar isso.

Inclusive, a Fenafar está preparando uma nota técnica aos Conselhos Regionais de Farmácia, com o embasamento legal a respeito de porque o farmacêutico não pode ser MEI e RT de uma drogaria. Isso está acontecendo no país todo. Há uma recomendação de que o MEI RT não pode ser barrado nos conselhos, mas ocorre que esta questão trabalhista não diz respeito aos conselhos. Ora, se há uma burla da legislação, uma situação ilegal chegando no Conselho de Farmácia, ela precisa ser barrada. Como pode que esse farmacêutico tenha que cumprir horário de trabalho, tenha que cumprir ordens e seja MEI? Como pode ser um empreendedor dentro da farmácia? Não, ele é um funcionário dessa empresa e precisa ser registrado como CLT, tem que ter a carteira de trabalho com todas as garantias que ainda nos restam.

Essas são todas pautas muito importantes, mas eu tenho certeza que se nós passamos por tudo que nós já passamos, vamos superar isso também. Como diz o slogan da 17ª Conferência Nacional de Saúde “ Amanhã vai ser outro dia”. Quem defende o trabalho chama-se sindicato. O Sindicato é a única entidade que existe nos estados para defender o trabalhador seja na hora de fazer a rescisão, ou mesmo na justiça. Quem tem essa prerrogativa, essa autonomia legal, essa capacidade é o sindicato

Ronald Ferreira dos Santos – Muito bem Fábio, eu tenho a convicção de que será um salto de qualidade, você na presidência, especialmente pela experiência vivida nas demandas concretas da categoria, aquelas que a gente sente na pele. Nós estamos inaugurando uma nova fase na Fenafar e no movimento sindical fazendo essa conjugação mais forte da nossa entrega e do valor dessa nossa entrega. Dizer que o nosso trabalho é importante, que é justo, que salva vidas, que tem base na ciência, que desenvolve, é perfeito, mas é fundamental falar sobre esse elemento concreto porque se não tiver valorização, se não tiver reconhecimento, se o resultado disso for exploração, for sofrimento de quem faz essas entregas, não tem razão Ou seja, apenas o discurso a narrativa sem a recompensa concreta, o reconhecimento concreto dessa entrega, do valor da entrega, não vale.

Por isso que eu acho que hoje definitivamente a palavra farmacêutica foi traduzida na sua essência, ou seja, valorização significa remunerar e reconhecer e dar condições para que quem entrega consiga continuar entregando, sem deixar de cuidar de si e dos seus Essa tua contribuição aqui dá conta de mostrar o significado da palavra farmacêutica, valorização.

Queria que você deixasse uma mensagem para os farmacêuticos do Brasil a respeito da grande chance que nós temos de sair desse espaço mais recente de resistência e de tragédias para a esperança ou seja transformar e esperançar.

Fábio Basílio – Nosso momento é de luta e de união da categoria. Acho que nós vamos passar por um momento bem melhor com esse novo governo que vai chegar a partir de janeiro de 2023. Acho que a Fenafar vai ter condições materiais de dar esse suporte esse apoio jurídico e logístico aos sindicatos. A Fenafar vai poder estar perto dos seus sindicatos assim como os sindicatos devem estar perto da sua base, buscando fortalecer a nossa categoria. Vamos esperançar, cuidas dos carinhos e dos afetos da profissão e cuidar de nós, cuidar da mulheres, que são a maioria da nossa categoria, que muitas vezes tem jornada dupla e tripla. um grande abraço a todos.

Redação Fenafar

Unidade das entidades em prol da categoria farmacêutica

Os novos diretores da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e da Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar) participaram nesta quinta-feira, (01/09), de uma reunião no Conselho Federal de Farmácia (CFF) em Brasília. O presidente da Fenafar, Fábio Basílio, a Coordenadora Geral da ENFar e diretora de educação da Fenafar, Silvana Nair Leite, o 1º Vice-presidente, André Nunes Cavalcante e a 2ª Vice-presidente, Débora Melecchi foram recebidos pelo presidente do CFF, Walter Jorge João, e o secretário-geral, Gustavo Pires.

O encontro buscou fortalecer a relação entre o CFF, a Fenafar e a ENFar especialmente no que diz respeito às pautas da categoria e as ações conjuntas das entidades, como por exemplo a busca pelo piso nacional para a categoria a luta para impedir a venda de medicamentos em supermercados além de outros projetos de interesse dos profissionais farmacêuticos no Congresso Nacional. “Foi uma reunião produtiva onde nós nos propusemos a fortalecer a unidade das entidades em prol de toda a categoria.” disse o presidente Fábio Basílio.

Durante a reunião os diretores apresentaram para a diretoria do CFF o conjunto de diretrizes da nova gestão da Fenafar, discutidas e aprovadas no 10º congresso da entidade realizado em Salvador (BA) de 3 a 6 de de agosto. A “Carta de Salvador” é dirigida aos profissionais farmacêuticos e ao povo brasileiro e manifesta a posição da categoria em relação ao projeto social de desenvolvimento e soberania nacional.

A Coordenadora Geral da Escola Nacional dos Farmacêuticos e também diretora de Educação da Fenafar, Silvana Nair Leite, entregou ao presidente do CFF o material produzido pelo Projeto Integra realizado em parceria com o Conselho Nacional de Saúde CNS a Fundação Oswaldo Cruz Fiocruz, e Organização Panamericana de Saúde OPAS.

Entre as atividades que fazem parte do projeto está o 9º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica, a ser realizado nos dias 15 e 16 de setembro de 2022, na Fiocruz, no Rio de Janeiro (RJ).

Silvana convidou o presidente do CFF, demais diretores, Comissões e Grupos de Trabalho do CFF a participarem do 9º Simpósio que vai reunir também lideranças das universidade, institutos de pesquisa da gestão pública do setor produtivo e do controle social.

Fenafar

Senado aprova projeto que põe fim ao rol taxativo dos Planos de Saúde

O Senado aprovou, nesta segunda-feira (29) o Projeto de Lei (PL 2.033/2022) que obriga os planos de saúde a cobrirem tratamentos não previstos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), colocando fim ao chamado rol taxativo.

Como o texto tinha sido aprovado pela Câmara dos Deputados em 3 de agosto e não sofreu alterações, o presidente Jair Bolsonaro tem 15 dias úteis para vetá-lo ou sancioná-lo.

O PL substitui a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de 8 de junho, que havia definido a lista da ANS como taxativa, desobrigando as prestadoras de serviço na área de saúde a cobrir procedimentos médicos que não estivessem previstos na lista de cerca de 3,3 mil itens.

O relatório aprovado, beneficia não só usuários de planos de saúde, pois terá efeitos positivos também no Sistema Único de Saúde (SUS), já que sem a cobertura, além de deixar os usuários de planos de saúde com doenças raras sem cobertura dos convênios, muitas pessoas teriam de recorrer à saúde pública para realizar o tratamento.

Caso o PL 2.033/2022 seja sancionado integralmente, volta a valer a regra anterior, do rol exemplificativo, que servia como parâmetro do que deveria ser coberto pelas operadoras e convênios, mas deixava em aberto a concessão de tratamentos e medicamentos não listados.

Da redação com informações do Senado Notícias e CB

Arquivado PL 2.271/22 que permitiria a atuação de técnico em farmácia como RT

Mais uma vez a união da categoria farmacêutica contribuiu para impedir um retrocesso nos direitos da profissão. O PL 2.271/22 que propunha alterações na lei 13.021/14 e que se aprovado permitiria a atuação de técnico em farmácia como RT foi arquivado a pedido do próprio autor da matéria, o Deputado Federal Giovani Cherini (PL-RS).

O presidente da Fenafar, Fábio Basílio, comemorou o fim da tramitação da proposta na Câmara dos Deputados e agradeceu a pronta resposta da categoria que se mobilizou para impedir mais este ataque à profissão, um verdadeiro retrocesso.

A proposta pretendia mudar a Lei nº 13.021/2014 e equiparar os técnicos em farmácia ao profissional farmacêutico, para efeitos de inscrição nos conselhos regionais de farmácia e possibilitar que eles assumissem a responsabilidade técnica das farmácias.

A Fenafar ao tomar conhecimento, imediatamente, se posicionou contra o PL nº 2.271/22, por entender que ele representa um ataque à profissão e um retrocesso ao banalizar a assistência farmacêutica, favorecer a empurroterapia e facilitar o uso irracional de medicamentos. 

O presidente da Fenafar, gravou um vídeo onde criticou a proposta que chamou de um completo absurdo. Ele conclamou os farmacêuticos a lutar em defesa da profissão. A mobilização de todos resultou em mais essa vitória.

Josemar Sehnem – Redação Fenafar