Nos dias 24 e 25 de março aconteceu no Sindicato dos Farmacêuticos do Rio Grande do Sul o Curso de Formação Sindical que a Fenafar e o Centro de Estudos Sindicais está promovendo em todo o país em parceria com os Sindicatos de Farmacêuticos.
O presidente do Sindfars, Masurquede Coimbra ressaltou a importância do curso que aconteceu pela primeira vez em Porto Alegre. Na sua avaliação o encontro foi excelente e contribuiu para “aprofundar a discussão sobre a formação dos profissionais envolvidos no sindicalismo. Tivemos a oportunidade de juntar sindicalistas de outras categorias, como os municipais de Porto Alegre – que estão passando por uma grande afronta aos seus direitos trabalhistas – farmacêuticos, diretores e funcionários do Sindicato dos Farmacêuticos do Rio Grande do Sul. O curso realizado em Porto Alegre pela primeira vez junto ao CES, trouxe grandes informações para ajudar na luta dos Sindicato dos Farmacêuticos do Rio Grande do Sul para buscar avanços profissionais para toda a categoria no Estado”.
O curso abordou quatro temas Negociação Salarial, a Comunicação para o Sindicalismo na sexta-feira, e no sábado, o historiador e professor do CES Renato Bastos falou sobre as concepções e a história do sindicalismo.
Para Célia Chaves, tesoureira da Fenafar e diretora do Sindfars, o curso de formação sindical abordou questões fundamentais para a atuação sindical.
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“Foi fundamental tanto para quem está iniciando nas atividades sindicais, quanto para os mais experiêntes. Foi fundamental para a luta de resistência da categoria e dos trabalhadores que estão lutando contra os ataques aos direitos trabalhistas que estão em curso no país e no estado”.
Débora Melecchi, diretora de Organização Sindical da Fenafar e diretora do Sindfars avalia que “a formação política e sindical sempre teve importância para para a Fenafar e os seus sindicatos filiados. Elevar o nível de consciência política é fundamental para os enfrentamentos aos desmontes e perdas de direitos, em especial neste cenário político e econômico que vivemos no Brasil. Nestes dois dias de aulas na sede do Sindifars, tivemos a oportunidade de aprofundar os conhecimentos e essencialmente a consciência para promover as transformações necessárias pela manutenção dos direitos e rumo a uma sociedade mais justa e igualitária, em conjunto com companheiras e companheiros municipários e colegas farmacêuticos. Agradecemos ao CES e a Fenafar por nos oportunizar esta formação, o que nos exige ainda mais compromisso e responsabilidade nas práticas sindicais a favor da categoria e da classe trabalhadora”.
Da redação
Artigo: Impactos, mudanças e incertezas da nova lei de terceirização para a profissão Farmacêutica
O dia seguinte de uma noite igualmente triste. Momento de mais uma perda para os trabalhadores brasileiros. Dia em que a Câmara dos Deputados aprovou em mais uma rápida manobra política o Projeto de Lei (PL) 4302, que libera a terceirização nas empresas de forma ilimitada.
por Junia Vieira Lelis*
23 de março foi um dia atípico para o Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais (Sinfarmig) com ligações constantes desde as primeiras horas do expediente. Assim como milhões de trabalhadores, os farmacêuticos também queriam saber os impactos da aprovação do PL da terceirização na vida profissional deles.
Aos farmacêuticos respondi o que se pode explicar num momento como este. A terceirização significa a total precarização das relações de trabalho, o fim de conquistas históricas, de toda uma classe trabalhadora, consagradas pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) desde 1943. A transformação de empregos formais e regulamentados, em “bicos” temporários, duradouros e parciais, com salários e direitos rebaixados. É preciso dizer em alto e bom som, que se trata de um projeto que desrespeita princípios basilares da proteção do direito do trabalhador. Projeto que vem deixando até mesmo organismos internacionais pasmos com tamanho retrocesso num país com a dimensão do nosso.
Só para se ter uma ideia de como a terceirização é perversa, ela permitirá por exemplo, que uma rede de drogarias dispense todos os farmacêuticos celetistas deixando-os livres para contratar profissionais terceirizados. O problema disso? É que, comprovadamente, o terceirizado trabalha mais por um salário menor. Sem falar no absurdo número de acidentes de trabalho, assim como de doenças profissionais já que com as novas regras eles não terão quase nenhuma proteção.
O farmacêutico terceirizado estará enquadrado na mesma lei de todos os outros profissionais e terá de conviver com a ameaça aos seus direitos: férias, 13º Salário, assim como a jornada de trabalho, as garantias de convenções e os acordos coletivos.
Importante ressaltar aqui, que a terceirização irrestrita é uma mini reforma trabalhista que ataca princípios constitucionais e nos leva de volta a 1940, num retrocesso sem precedentes.
Aproveito para informar que a remuneração média dos terceirizados é cerca de 30% menor. Terceirizados são profissionais que trabalham 7,5% a mais, o que equivale a três horas de diferença. Eles estão sujeitos a um mercado mais rotativo, com média de apenas 2,7 anos de permanência no emprego. Se compararmos com contratados diretamente é possível constatar que estes registram média de 5,8 anos de duração nos postos de trabalho.
Assim que virar lei, o texto permitirá que pessoa física contrate serviços terceirizados. Daí, por meio de constituição de uma “pessoa jurídica” (PJ) conhecido no jargão como “pejotização”, muitos empregadores deixarão de contratar diretamente. Os novos terceirizados do Brasil irão engrossar a lista daqueles que terão de arcar com encargos empregatícios. Essa “pejotização” já acontece atualmente em algumas profissões, mas tem sido considerada pela Justiça do Trabalho uma fraude. O que o projeto faz é legalizar, portanto, e ampliar essa “pejotização” para todos os setores da economia.
A esses farmacêuticos, é necessário dizer que estamos de frente a mais um ataque ao trabalhador. A Câmara, se apoiando numa maioria de deputados notoriamente descomprometidos com os brasileiros, se rendem às pressões dos empresários, que cegos pelo lucro, desejam flexibilizar direitos a qualquer custo e precarizar as relações de trabalho. Tudo isso em um clima de urgência pouco visto nessas instâncias de poder. Tanto assim que o projeto de lei irá diretamente à sanção do ilegítimo e apoiador presidente Michel Temer.
Diante de tantas perdas, o Sinfarmig apela para a presença e para a mobilização da categoria nas ruas ou nos locais de trabalho contra a arbitrariedade da terceirização. É preciso ter em vista que estes direitos foram conquistados e eles são parte essencial dos direitos humanos.
É preciso resistir e combater a terceirização ilimitada, a PEC 287 (Reforma da Previdência) e o PL 6787 (Reforma Trabalhista) que rasga a CLT. Tem um movimento da classe trabalhadora de todo o país que está sendo articulado para o mês de abril. Nós, do Sinfarmig queremos que vocês se juntem a nós desde já e participem conosco do Dia Nacional de Mobilização marcado para 31 de março. Juntos podemos mais!
*Júnia Dark Vieira Lelis é Diretora Regional Sudeste da Federação Nacional dos Farmacêuticos – Fenafar e Diretora do Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais – Sinfarmig
Sinfaerj faz audiência de medição com Sincofarma na Justiça do Trabalho
Na segunda-feira,20, dirigentes do Sindicato dos Farmacêuticos do Rio de Janeiro e do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêutico do Município do Rio de Janeiro compareceram na Superintendência do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro para mediação de negociação diante da negativa que o setor patronal deu à proposta do Sinfaerj. A Fenafar também participou da mesa de negociação, representada por sua diretora de Organização Sindical Débora Melecchi.
Enquanto a reunião acontecia, farmacêuticos e farmacêuticas se manifestavam do lado de fora com nariz de palhaço e portando cartazes defendendo a valorização da categoria.
“A busca da negociação via Justiça do Trabalho foi uma deliberação da assembleia da categoria realizada em novembro de 2016, em virtude da negativa do Sincofarma em torno da proposta de CCT enviada pelo Sinfaerj, que a regulamentação e desmembramento da jornada de trabalho com seus respectivos salários em: para 20 horas semanais R$2.800,00, para 30 horas semanais R$ 3.800,00, para 40 horas semanais R$ 5.200,00 e para 44 horas semanais R$ 6.000,00. Além disso propusemos um reajuste de 13% para quem recebe acima do piso. O piso atual é de R$ 2.574,0,3 sem jornada de trabalho regulamentada, o que leva a 100% dos estabelecimentos a adequarem o piso salarial pela jornada máxima de trabalho de 44 horas semanais. E o que o Sincofarma-RJ ofereceu apenas o reajuste do índice, sem regulamentação da jornada e não houve rodada de negociação”, explica Catarine Cavalcanti, coordenadora operacional da Escola Nacional dos Farmacêuticos e membro da comissão de negociação.
A diretora da Fenafar, Débora Melecchi diz que o Sinfaerj chamará audiência na próxima semana para levar para a categoria a contra proposta do
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Sincofarma, de repassar somente o INPC do período. Com a decisão da assembleia, a proposta deve ser encaminhada ao Sincofarma que deverá retornar ao Sinfaerj. No prazo máximo de 45 dias ocorrerá nova reunião na SRT”.
Na sua avaliação, “a mediação foi importante para provocar no patronal a necessidade de elevar a proposta de piso, que esta abaixo da lei estadual, que hoje define um piso acima de R$2.899,79, enquanto a proposta do patronal ficou na faixa de R$ 2700,00. Além disso, a presença da Fenafar demarcou espaço de fortalecimento e organização da categoria, apoiando a luta dos profissionais via Sinfaerj”.
Catarine Cavalcanti considera que “todo processo de mediação somado à organização da categoria e com a presença da mesma é importante. Demonstra união e interesse da categoria em melhorar as condições salariais do farmacêutico. Agora é o momento de nos organizarmos e lutar por um trabalho decente no Rio de Janeiro”.
“Precisamos nos posicionar em defesa do farmacêutico”, afirma Ronald em reunião do CFF
O presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, abriu na manhã de ontem a reunião geral dos Conselhos Federal e Regionais de Farmácia, que aconteceu em Brasília. Ronald participou da reunião para falar sobre os ataques que estão sendo promovidos contra a Constituição e os direitos conquistados nos últimos anos, particularmente a Reforma da Previdência, a Reforma Trabalhista e os ataques ao Sistema Único de Saúde e à Assistência Farmacêutica.
A participação de Ronald foi uma solicitação feita ao CFF por um ofício encaminhado pela Fenafar no último dia 17 de março.
O presidente da Fenafar abriu sua intervenção falando da aprovação, na noite anterior, do projeto de lei de 1998 que permite a terceirização de todas as atividades no país. Na sua avaliação, a aprovação deste projeto “traz a lógica dos anos 90 para o centro das decisões do nosso país”, referindo-se a agenda de desregulamenta das relações trabalhistas e da economia, desnacionalização, e redução do papel do Estado e do setor público. “Se alguém pensava em construir uma carreira através do concurso público esqueça. O que nós assistimos ontem foi o rasgar da possibilidade concreta de termos carreira estruturada no sistema único de saúde”, lamentou.
“Se atualmente o país tem 35 milhões de brasileiros com carteira assinada e aproximadamente 10 milhões de terceirizados, em poucos anos esses números poderão se inverter”, referindo-se a total precarização do trabalho que este projeto vai gerar.
Se a terceirização levou o Brasil de volta aos anos 90, a Reforma da Previdência poderá nos levar de volta aos anos 40, pré Consolidação das Leis do Trabalho. Os impactos da Reforma da Previdência para a categoria farmacêutica serão gravíssimos, ainda mais considerando “que temos uma categoria formada por 70% de mulheres e as mulheres têm uma jornada de 55 horas semanais, apontados por estudos do Ipea”, lembra o presidente da Fenafar que salienta que nesta reforma, as mulheres serão as mais prejudicadas.
“A preocupação da Fenafar é trazer essas reflexões para as lideranças da categoria e mostrar que nós precisamos nos posicionar em defesa dos interesses do trabalho farmacêutico. Precisamos explicitar um posicionamente, para além desta reflexão. Temos que tomar atitudes”, exclamou Ronald.
Ele acredita que a unidade da categoria farmacêutica, que teve o potencial de se organizar atravéz do Fórum de Valorização do Trabalho Farmacêutico e consequiu conquistar a aprovação da Lei 13.021. “Claro que essa vitória ocorreu numa conjuntura de avanço de direitos, de consolidação da Constituição Cidadã”, lembrou, mas ele destaca que a unidade da categoria é uma força importante e precisa ser retomada para resistis aos ataques em curso no país.
Direitos na mira
“Nos últimos meses nossa Constituição vem sendo permanentemente rasgada. E isso traz consequências diretas para todas as conquistas que a categoria obteve no último período”, disse e destacou neste caso o desmonte da Assistência Farmacêutica e do SUS que está articulado com este processo de avanço contra a Constituição. “As nossas conquistas de cidadania, de direito, de valorização, de reconhecimento da profissão, elas se sustentaram em torno de um estado que busca o bem-estar social e a presença importante do Público. É preciso entender que este demonste, que altera as relações do trabalho e na economia do país, tem um impacto direto na nossa vida, nas nossas conquistas e na estrutura da Assistência Farmacêutica”, salientou Ronald que também é presidente do Conselho Nacional de Saúde.
Ele alerta que “as conquistas mais recentes geralmente são as primeiras a serem desidratadas, desestruturadas. E uma das conquistas mais recentes foi a que nos oferecemos para a sociedade, que é afirmar o medicamento como direito, e que precisa ter um profissional – que é o farmacêutico – para garantir este direito. E não tenho dúvida que esta conquista já está sendo encaixotada, dispensada, colocada na lata do lixo. Ontem eu estava em São Paulo, no Congresso dos Secretários Municipais de Saúde de São Paulo. E qual é a conversa dos secretários – vamos colocar a dispensação do medicamento para o setor privado. Por isso a necessidade de entendermos que as nossos conquistas de agregar valor à atividade farmacêutica é também uma conquista da cidadania”, afirmou.
Ronald registra que “a maioria política do momento [referindo-se ao Congresso Nacional e aos espaços de poder no Executivo e Judiciário] tem um alvo, que é o Público, que é o Estado. Até a estrutura Conselhos pode virar alvo, porque é Estado, é defesa do interesse público. No processo de desregulamentação é a agenda da década de 90 que vem com força. Então essas estruturas estão também ameaçadas”, alerta.
Na avaliação do presidente da Fenafar, o que está em jogo é a nação brasileira. “Tentam nos convencer que somos um Brasil miserável. Mas nós somos a 7 economia do mundo. Tentam nos convencer que não há recursos, por isso é preciso cortar gastos. Mas corte de gastos é corte de direitos”, denuncia.
Unidade para resistir
Para o presidente da Fenafar, “todas essas mudanças ocorrem em uma velocidade muito grande e vão impactar diretamente na nossa atividade. E gostaríamos de fazer o convite à resistência, para defender o que nós conquistamos até agora. Porque neste momento não há espaço para grandes avanços. O momento é de, em torno das bandeiras que conquistamos, resistir e não permitir que esta agenda, que traz o passado de forma escancarada para as nossas vidas, seja vitorioso”.
Ronald finalizou sua intervenção na reunião do Conselho Federal de Farmácia conclamando as lideranças farmacêuticas à se posicionarem e trabalharem em defesa da categoria. “Por isso a Fenafar solicitou um espaço aqui, para trazer essas reflexões para a reunião do Conselho, para dizer que passou da hora de nos organizarmos para resistir aos ataques que conquistamos nos últimos anos. É natural que entre as nossas organizações e lideranças tenham diferenças sobre os temas. Uma diferença oceânica. Mas nós vamos ter que construir um barco muito poderoso para atravessar esse oceano com tranquilidade em torno de uma agenda de defesa do país, do trabalho e da categoria farmacêutica”.
Da redação
Fenafar reúne lideranças farmacêuticas para discutir a 2ª CNSMu
No último dia 18 de março, diversas lideranças farmacêuticas e do movimento feminista reuniram-se em Florianópolis a convite da Federação Nacional dos Farmacêuticos para debater, organizar e orientar a participação da categoria farmacêutica nos espaços da 2ª Conferência Nacional de Saúde da Mulher.
A luta pelo fortalecimento do controle social da saúde e pelo respeito e cumprimento às suas deliberações, com ampla participação das farmacêuticas e dos farmacêuticos nos processos de Conferências foi deliberada no 8º Congresso da Federação. Além disso, é fundamental levar para todos os espaços o acúmulo, construído no último período nos encontros propiciados pela Fenafar e a Escola Nacional dos Farmacêuticos, sobre o direito a Assistência Farmacêutica plena, conforme preconiza a Resolução Nº 338/2014 da Política Nacional de Assistência Farmacêutica reafirmada pela Lei 13021/2014.
O Grupo de Trabalho constituído pela Fenafar para discutir a intervenção das farmacêuticas apontou que a força de trabalho na categoria é predominantemente de mulheres, desta forma trata-se a 2ª Conferência é um momento ímpar para qualificar e estruturar a atuação da categoria nos espaços do controle social da saúde, buscando construir um lastro de consciência sobre a lógica da promoção, proteção e a prevenção a saúde.
Participaram da reunião o presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos; Soraya Amorim, diretora da Mulher da Fenafar e Membro da Comissão Organizadora da 2ªCNSMu; Eliane Simões, diretora Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora da Fenafar; Silvana Nair Leite, diretora de Educação da Fenafar e Coordenadora Geral da Escola Nacional dos Farmacêuticos; Gilda Almeida de Souza, diretora de Relações Internacional da Fenafar e diretora da CTB; Debora Raymundo Melecchi, diretora de Organização Sindical da Fenafar; Lia Melo de Almeida, diretora Regional Sul da Fenafar; Simone Lolatto da União Brasileira de Mulheres/SC; Elgiane Lago, diretora de Saúde da CTB, Ivânia Pereira, diretora da Mulher da CTB; Marselle Nobre, Coordenadora da Escola Nacional dos Farmacêuticos; Fernanda Manzini, Coordenadora da Escola Nacional dos Farmacêuticos; Carmem Lúcia Luiz, Conselheira Nacional de Saúde e Membro da Comissão Organizadora da 2ªCNSMu; Migue Silva da Cooperação Conselho Nacional de Saúde e Zizia Oliveira, assessora da Fenafar.
No que tange as questões específicas da saúde da mulher, profundas mudanças precisam ser realizadas na sociedade para a garantia de uma estrutura social que seja capaz de eliminar as desigualdades que hoje afetam a condição de gênero, seja nas relações familiares, afetivas e nos espaços de trabalho.
Atualmente as mulheres são as maiores vítimas de sofrimentos psíquicos, apesar de subnotificados pelos órgãos competentes, pesquisas realizadas pela Fenafar na categoria, já identificam este agravo. O alto índice de medicalização e dispensação de medicamentos dão conta dessa realidade, seja para fins de transtornos mentais, controle reprodutivo, e ou estéticos e tem acarretado sequelas e graves riscos à saúde destas mulheres.
Assim as lideranças que participaram da reunião em Florianópolis aptom que “a farmacêutica e o farmacêutico têm um papel primordial, ao ser o profissional de saúde do qual a população tem acesso, durante a dispensação destes medicamentos, tendo o dever de sempre atuar na linha do cuidado, garantido o uso correto e adequado do medicamento, para fins curativos, e buscando a qualidade de vida, e saúde destas mulheres”.
Após um dia de debates, foi construído um documento orientador, que muito em breve será divulgado para subsidiar a participação das farmacêuticas e farmacêuticos nos espaços da 2ªCNSMu. O documento faz forte defesa da Seguridade Social, no que tange a Saúde, Previdência e Assistência Social, como a defesa da igualdade de direitos trabalhistas e equidade dos direitos previdenciários, entre homens e mulheres.
Maiores informações sobre a 2ªCNSMu : https://www.facebook.com/2cnsmu/
Assessoria da Fenafar
Sinfes fecha CCT com comércio atacadista. Piso passa para R$ 4.250,00
O Sindicato dos Farmacêuticos do Espírito Santos fechou CCT com o Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo convenção coletiva de Trabalho para o período 2017-2018. O piso da categoria no estado passa a ser de R$ 4.250,00
O reajuste para os farmacêuticos que recebem acima piso foi de 6%. A convenção coletiva que tem validade entre 1º de abril 2017 e 31de março 2018 definiu uma jornada de trabalho de 40 horas semanais, o pagamento das horas extras em 75% superior a hora normal, ajuda para planos de saúde no valor de R$145,00 e um ticket alimentação/refeição de R$22,00 por dia.
A multa para as empresas por descumprimento desta CCT foi fixada no valor de R$ 1.050,00.
Da redação com informações do Sinfes
Calouros de Farmácia da UFMA são recebidos por diretores do Sinfarma
Na manhã desta segunda-feira, 20, os calouros do Curso de Farmácia da Universidade Federal do Maranhão, em seu primeiro dia de aula, tiveram uma recepção calorosa organizada pelo Diretório Acadêmico de Farmácia – DAFAR em parceria com o Sindicato dos Farmacêuticos do Maranhão – SINFARMA, no auditório do Prédio de Farmácia da UFMA.
Os alunos puderam participar de um café da manhã de boas vindas, seguido de um momento de integração e representatividade, com o objetivo de familiarizar os calouros aos demais colegas e também à sua principal entidade de defesa e luta pelos direitos do farmacêutico, SINFARMA.
Entre os membros presentes do Sindicato, o Diretor Adriano dos Anjos, discursou aos alunos, ressaltando sobre a importância do profissional farmacêutico e suas diversas atuações no Mercado de Trabalho. “Hoje é apenas o início de uma trajetória de amor pela profissão que vocês escolheram para seguir, e espero que possamos caminhar juntos buscando melhorias e benefícios para nossa categoria”, finalizou o Diretor.
O SINFARMA tem o projeto SINFARMA JOVEM que aproxima o movimento sindical aos estudantes, trabalhando pelo futuro da profissão farmacêutica.
Fonte: Sinfarma
Solicitação da Fenafar ao Conselho Federal de Farmácia
A Federação Nacional dos Farmacêuticos vem por meio desta solicitar ao Conselho Federal de Farmácia que sejam pautadas nas reuniões plenárias do Conselho o debate de dois temas fundamentais da atual conjuntura política nacional e da saúde que terão grande impacto para a categoria farmacêutica.
O primeiro diz respeito ao trabalho farmacêutico e às Reformas da Previdência e Trabalhista. Estas duas reformas propostas pelo governo federal vão atingir o coração dos direitos trabalhistas conquistados historicamente e em vigência desde a aprovação da Consolidação das Leis do Trabalho, em 1943, e da Constituição Federal de 1988.
A Reforma da Previdência em debate (PEC 287/2016) altera as regras para que o trabalhador tenha direito à aposentadoria integral: aumenta para 49 anos o tempo de contribuição, aumenta para 65 anos a idade mínima para se solicitar a aposentadoria, acaba com a diferenciação entre homens e mulheres, e acaba com a aposentadoria especial.
Se levadas em consideração a expectativa de vida média no Brasil – que é de 75 anos – e as condições de saúde da população idosa no país, a proposta “viola o princípio de proteção aos idosos, previsto no art. 230 da Constituição: A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.”, diz nota técnica divulgada pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) do Ministério Público Federal, em 14/03/2017.
O documento ainda afirma que: “Nessa medida, a alteração proposta caracteriza nítido retrocesso legislativo e viola a eficácia impeditiva de retrocesso, constante do regime jurídico dos direitos fundamentais em geral e dos direitos sociais em especial”. Ou seja, na prática, essas mudanças inviabilizam o acesso do trabalhador à aposentadoria.
É imperioso que o Conselho Federal de Farmácia discuta como essas mudanças vão incidir sobre uma categoria que trabalha, por exemplo, jornadas de 44 horas semanais – na maior parte de pé – para os profissionais que atuam no varejo e na clínica.
A Reforma Trabalhista também é outro mecanismo de retirada de direitos fundamentais que trará precarização e ampliará as desigualdades econômicas e sociais no país. Ao desmontar a CLT e colocar o negociado acima do legislado, o projeto de lei 6.787/2016 permitirá a elavação da jornada de trabalho, fragilizará as relações entre empregado e empregador, autorizará o parcelamento dos pagamentos como 13º e Férias, entre muitas outras consequências que vão gerar informalidade e mais desigualdade.
O segundo tema que precisa ser alvo de discussão no âmbito das reuniões plenárias do Conselho Federal de Farmácia é o desmonte do SUS e da Assistência Farmacêutica, na perspectiva de compreender quais consequências as políticas em curso trazem para o universo da categoria farmacêutica. Referimo-nos ao fechamento das farmácias do Sistema Único de Saúde, ao desmonte de projetos como o Farmácia Popular e à precarização do SUS – que será inevitável a partir da aprovação do congelamento dos gastos públicos por 20 anos.
A partir da intervenção unitária e da luta da categoria farmacêutica, tivemos algumas conquistas expressivas no sentido de ampliar a presença do farmacêutico no SUS, com a implementação da Política Nacional de Assistência Farmacêutica e a integração de forma multidisciplinar dos farmacêuticos em equipes de atenção à saúde. No campo privado, conseguimos aprovar a Lei 13.021 que tem no seu centro a valorização do profissional farmacêutico.
No entanto, a nova ofensiva privada que prega a ineficiência do SUS e faz campanha para que uma das maiores políticas públicas do mundo seja substituida por planos populares de saúde, ao mesmo tempo em que se propõem fechar as farmácias das unidades básicas de saúde e transferir para os estabelecimentos comerciais a distribuição de medicamentos para a população, impõe um retrocesso gravíssimo aos direitos conquistados pela nossa categoria.
Neste sentido, a Federação Nacional dos Farmacêuticos reitera a importância deste debate no âmbito do Conselho Federal de Farmácia e solicita ser convidada para participar dessa discussão para que possamos, juntos, definir estratégias e posições para defender os interesses da nossa categoria.
Brasília, 17/03/2017
Ronald Ferreira dos Santos
Presidente da Fenafar
CFF vai discutir os impactos da Reforma da Previdência na profissão a pedido da Fenafar
Na última sexta-feira, 17, a Federação Nacional dos Farmacêuticos encaminhou ao Conselho Federal de Farmácia pedido formal para que fosse incluído na pauta da reunião plenária do CFF o debate sobre temas fundamentais da atual conjuntura política e seus impactos na atividade do profissional farmacêutico. Três temas foram elencados pela Fenafar: Reforma da Previdência, Reforma Trabalhista e o desmonte da Assistência Farmacêutica.
Diz a carta “É imperioso que o Conselho Federal de Farmácia discuta como essas mudanças vão incidir sobre uma categoria que trabalha, por exemplo, jornadas de 44 horas semanais – na maior parte de pé – para os profissionais que atuam no varejo e na clínica.
Atendendo à solicitação, o CFF agendou para a sua próxima reunião plenária o debate do tema, previsto para o dia 24 de março.
Leia a íntegra da carta enviada pela Fenafar
Veja a pauta da reunião do CFF.
Da redação
Diretores do Sinfarmig participam do 1º Fórum de Farmacêuticos na Política
“Um evento inédito e de importante iniciativa, porque oferece oportunidade aos farmacêuticos eleitos em cargos públicos de dialogarem sobre temas relevantes de modo que possam promover avanços na Assistência Farmacêutica de seus municípios”. Esta foi a avaliação do diretor do Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais – Sinfarmig e da Federação Nacional dos Farmacêuticos, Rilke Novato, durante a realização do I Fórum de Farmacêuticos na Política promovido pelo Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF/MG). Para ele, o evento foi fundamental porque pode efetivamente contribuir para a atuação dos profissionais enquanto gestores públicos.
Em sua primeira edição, o Fórum reuniu farmacêuticos eleitos em vários municípios do Estado. Além do diretor do Sinfarmig, Rilke Novato, a diretora Júnia Lélis também participou como palestrante abordando os projetos de lei de interesse dos farmacêuticos em tramitação no Congresso Nacional. A programação teve início com a palestra “A importância da política para a transformação social” e, em seguida, foram discutidos temas como a importância do farmacêutico no SUS e a participação destes profissionais nos Conselhos de Saúde.
Segundo o CRF/MG, o objetivo do 1º Fórum de Farmacêuticos na Política foi aproximar os farmacêuticos eleitos da instituição visando desenvolver projetos que beneficiem os municípios representados pelos novos políticos.
Fonte:Sinfarmig