CE: Farmacêuticos discutem estratégias de luta para negociação com Sincofarma

O Sindicato dos Farmacêuticos do Ceará realizou nesta segunda, 23 de outubro, no Meridional Convenções, a primeira assembleia SINFARCE/SINCOFARMA 2018.

 

 

O encontro teve como objetivo discutir os processos de negociação para a Convenção Coletiva de Trabalho 2018. Lavínia Magalhães, Presidente do SINFARCE, conduziu a reunião e expôs, inicialmente, os desafios que serão enfrentados pela categoria diante da Reforma Trabalhista e das possíveis consequências quando da sua implantação.

Destacou, ainda, que agora, mais do que nunca, os farmacêuticos deverão se unir em torno das atuações do ente sindical.

Membros da Diretoria reforçaram, diante das cláusulas de maior impacto para a categoria, que a luta é crucial para manutenção das conquistas dos últimos anos.

Os farmacêuticos, conscientes do seu papel, reafirmaram a sua importância durante a Assembleia e se comprometeram a empenhar-se diante dos desafios da negociação que se inicia. A Presidente do SINFARCE, Lavínia Magalhães, sinalizou que já busca a primeira reunião com o SINCOFARMA para tratar da CCT 2018.

“Agora é luta, luta e luta. Chegamos até aqui com muito trabalho, suor e coragem. É por isso que continuaremos a avançar. Isso, no entanto, só vai ser possível com união e muita disposição! Vamos em frente!”, finalizou Lavínia.

Fonte: Sinfarce

3° Encontro Sul, Sudeste e Centro-Oeste de Sindicatos de Farmacêuticos aprova a Carta de Brasília

Os farmacêuticos e as farmacêuticas reunidos (as) entre os dias 19 e 21 de outubro de 2017, no 3° Encontro Sul, Sudeste e Centro-Oeste de Sindicatos Farmacêuticos, debateram sobre os principais temas que afetam a sociedade e a categoria farmacêutica, na atual conjuntura política e econômica brasileira.

O 3° Encontro acontece num momento de violenta ofensiva contra a classe trabalhadora e o todo o povo brasileiro, numa conjuntura política de extrema adversidade, decorrente do processo do golpe no centro do poder do país que, além de apear da Presidência da República a representante eleita legitimamente, passou a implementar a agenda derrotada nas urnas.

O Brasil passa por uma das mais graves crises econômicas da sua história. Aliado a isso e sob esse pretexto, o tripé dos poderes institucionais – Executivo, Legislativo e Judiciário promovem um dos mais graves retrocessos políticos e social, cujas vítimas prioritárias são os trabalhadores e trabalhadoras. A ruptura do processo democrático, advindo do impeachment traz consigo o retorno da ofensiva da política neoliberal e o avanço de uma quadra de subordinação e aviltamento da soberania brasileira, iniciada com a entrega do Pré-Sal.

Soma-se a alteração da Constituição que impõe a limitação drástica dos gastos públicos por duas décadas, colocando em jogo um dos principais instrumentos de justiça social do país, ou seja, os gastos com educação e saúde. Por sua vez, a Lei das Terceirizações, que afetou diretamente na vida do profissional farmacêutico, representa a desregulamentação total do trabalho no país, sendo o primeiro passo para desregulamentar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) condenando a classe trabalhadora à precarização, uma espécie de trabalho escravo moderno. Na sequência, a agenda maldita trouxe a Reforma Trabalhista, que modificou mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), retirando direitos históricos e promovendo um retrocesso sem precedentes.

O país vem convivendo com a permanente subtração do patrimônio público e corrupção. No entanto, com ampla maioria no parlamento e o judiciário comprometido, o governo ilegítimo e seus pares se defendem mutuamente, deixando claro que o combate à corrupção é seletivo e tem claros objetivos políticos de sufocar a agenda popular e os interesses dos trabalhadores.

Temer, com graves denúncias e farto material comprobatório, como vídeos e áudios, já foi absolvido uma vez pelo Plenário da Câmara e, nesta semana, a segunda denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR), foi recusada pelo relatório na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. Temer promove um balcão de negócios, utilizando-se de milhões na liberação de emendas parlamentares para comprar os votos que lhe garantam o livramento de processo. Com a escassez das emendas, Temer passou a negociar direitos com setores que possam lhe garantir os votos para livrar-se novamente. Exemplo claro é a Portaria que inibe, dificulta e impede a fiscalização e autuação do trabalho escravo e/ou análogo a escravidão, favorecendo – de modo especial – a bancada dos ruralistas.

A proposta de Reforma da Previdência Social (PEC 287/2016) é uma verdadeira declaração de guerra do governo ilegítimo de Michel Temer ao povo e aos trabalhadores. A aposentadoria e a seguridade social são conquistas fundamentais auferidas no curso de grandes lutas que marcaram a história da República para assegurar condições dignas de vida ao povo brasileiro. A Constituição Federal de 1988 encampou a ideia de defesa dos objetivos fundamentais da Nação, dentre eles a construção de uma sociedade justa e solidária, a erradicação da pobreza, a assistência social e o combate às desigualdades. A Previdência Social cumpre o papel protetivo e de redução das desigualdades.

Diante de tantas investidas contra os direitos sociais e trabalhistas, o 3° Encontro Sul, Sudeste e Centro-Oeste de Sindicatos de Farmacêuticos reafirma a defesa da soberania nacional, do Estado Democrático de Direito e de todos os direitos trabalhistas, o fortalecimento do SUS e da assistência farmacêutica plena, que são direitos conquistados pelo povo brasileiro no processo de redemocratização do país.

Fora Temer!
Eleições Diretas Já!
Nenhum direito a menos!

Brasília, 21 de outubro de 2017
3° Encontro Sul, Sudeste e Centro-Oeste de Sindicatos de Farmacêuticos

CASF: uma ferramenta associativa sindicaliza

A realidade do movimento sindical, a baixa participação e o envolvimento dos trabalhadores e trabalhadoras e a reforma trabalhista, que visa sufocar financeiramente os sindicatos, exige criatividade e estratégias para buscar a adesão da categoria à sua entidade de classe. Com base neste entendimento, o 3° Encontro Sul, Sudeste e Centro-Oeste de Sindicatos de Farmacêuticos debateu, na manhã deste sábado (21), o CASF (Clube Assistencial dos Farmacêuticos).

 

 

por Sônia Corrêa, de Brasília

O presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de São Paulo, Glicério Diz Maia fez uma apresentação do CASF no Estado. Ele diz que o Clube é um instrumento para atrair os profissionais para o Sindicato que, apesar da utilização do caminho assistencialista, o sindicato não abre mão do seu papel classista e político, de luta pelos direitos da categoria.

O CASF/SP tem como estratégia a soma das lutas pela categoria e a oferta de benefícios. Por isso, o Clube já possui um grande conjunto de convênios com empresas de consórcios, educação, lazer, saúde e utilidades. Entre os produtos ofertados estão a saúde complementar, seguro de vida, odontologia e prêmios.

Como forma de atrair os associados, São Paulo adotou como estratégia que o valor referente a contribuição sindical somado com a contribuição associativa tenha o seu valor devolvido aos beneficiários através de prêmios. Além disso, com a finalidade de manter o relacionamento com os associados e fidelizar, o CASF envia brindes.

Os resultados, segundo Glicério, já estão aparecendo. A campanha de sindicalização já resultou num crescimento de 15,5% da base de associados. Como a retirada do prêmio acontece no sindicato, permite que o sindicalizado seja abordado e, através destas conversas, o relacionamento amplia e conduz à fidelização.

O financiamento da entidade também tem resultados. A arrecadação associativa quase dobrou de 2016 para 2017. A entidade além de se preocupar com estratégias de comunicação com redução de custos, também optou pelo facilitamento do pagamento, que pode ser feito através de boleto e cartão de crédito, parcelado em até três vezes. A projeção é alcançar 100% dos sócios com pagamentos em dia, cadastrados e ativos.

A tesoureira da Fenafar, Célia Chaves, responsável pela implementação do CASF nacional, também apresentou um balanço do trabalho que está em curso. Até o momento Acre, Amazonas, Ceará, Goias, Maranhão, Minas, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo já assinaram o termo de adesão ao CASF/BR.

Pelo balanço apresentado, o Acre é o Estado que mais avançou em termos de firmar convênios, tendo agregado empresas de utilidade, turismo, saúde e educação. No Rio Grande do Sul os convênios estão ligados à contabilidade, educação, segurança e turismo. O CASF/BR também firmou convênios direto na área de turismo.

A Vigilância em Saúde como ferramenta para a saúde e segurança do trabalhador farmacêutico

O tema da Vigilância em Saúde ocupou o debate do 3° Encontro Sul, Sudeste e Centro-Oeste dos Sindicatos de Farmacêuticos, neste sábado (21), promovido pela Fenafar, que está acontecendo em Brasília.

 

 

por Sônia Corrêa

Para apresentar o tema, o dirigente mineiro da Federação dos Farmacêuticos, Rilke Públio, discorreu sobre os valores que inspiraram a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde.

Segundo Rilke, “a democracia, justiça e solidariedade, reafirmam o compromisso com a efetiva garantia do direito à saúde e com o desafio da construção de um Sistema Único de Saúde – SUS, universal, público e de qualidade, levando em consideração o cenário de determinação social da saúde em seus respectivos territórios, cenário este mediado pela atual conjuntura política por que passa o país”.

O sindicalista relatou os eixos temáticos que compuseram a Conferência, que foi 1) O Lugar da Vigilância em Saúde no SUS; 2) Responsabilidades do Estado e dos governos com a vigilância em saúde; 3) Saberes, Práticas, processos de trabalhos e tecnologias na vigilância em saúde; e 4) Vigilância em saúde participativa e democrática para enfrentamento das iniquidades sociais em saúde.

A função essencial do SUS, foi apontada como uma ação que considera os complexos fenômenos econômicos, ambientais, sociais e biológicos que determinam o nível e a qualidade da saúde das brasileiras e dos brasileiros, em todas as idades, visando controlar e reduzir riscos. Rilke também falou sobre as nuances da atuação da vigilância, sendo a epidemiológica, sanitária, em saúde do trabalhador e a vigilância em saúde ambiental.

Os desafios da vigilância em saúde precisa examinar as condições de vida e saúde das populações para organizar intervenções nos seus respectivos territórios. “A ação da Vigilância em Saúde deve incidir sobre diversos planos, como nas políticas e mecanismos regulatórios de todos os setores econômicos, sociais e ambientais que tenham relação com a saúde, na rede de atenção à saúde, considerando todos os seus dispositivos e junto à sociedade, integrada aos territórios”, aponta Rilke Públio.

Pensar uma Política Nacional de Vigilância em Saúde de forma participativa e democrática requer repensar o modelo de atenção à saúde, imbuída de novos sentidos e significados à cidadania e à democracia brasileira, é o que sinaliza o debate.

Farmacêuticos debatem indicadores para Conveção Coletiva de Trabalho

Na tarde desta sexta-feira (20), o 3° Encontro Sul, Sudeste e Centro-Oeste de Sindicatos de Farmacêuticos realizou uma roda de conversas, que discutiu como construir negociações e consenso entre capital e trabalho na perspectiva do trabalho decente para a categoria farmacêutica.

 

 

por Sônia Corrêa

Os participantes tiveram dois momentos de elaboração de propostas. No primeiro momento, dois grupos de trabalho realizaram discussão sobre o tema e, após, todos avaliaram as proposições dos temas que deverão constar na pauta de reivindicações das Convenções Coletivas de Trabalho.

A avaliação dos indicadores que serão levados para a campanha salarial, levou em conta a nova realidade das negociações, que ocorrerão na vigência da nova Legislação Trabalhista.

Movimento Sindical sob ataque: a luta e a unidade como contra-ataque

No segundo dia do 3° Encontro Sul, Sudeste e Centro-Oeste de Sindicatos de Farmacêuticos, na manhã desta sexta-feira (20), o debate foi sobre os ataques sofridos pelo movimento sindical, na atualidade e a necessidade da luta e da unidade como resposta para enfrentar os prejuízos ao movimento sindical.

por Sônia Corrêa, de Brasília

Para debater o tema, a mesa composta pela representante da regional Sul, Lia Melo e da regional Centro-Oeste, Larissa Utsch, o vice-presidente da Fenafar, Fábio Basílio.

A exposição sobre o tema foi feita pelo dirigente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Etieno de Souza, que iniciou sua fala lembrando que a luta em defesa do Movimento Sindical é histórica e persiste, enquanto houver o capital e o trabalho.

Etieno destacou que o ataque aos sindicatos não se dá apenas à questão do financiamento dos sindicatos. “A Reforma Trabalhista precariza as relações de trabalho, avilta direitos, amplia a jornada de trabalho, amplia o poder patronal sobre os trabalhadores e trabalhadoras, além de sufocar todas as esferas do sindicalismo, das associações às centrais sindicais. Esse ataque, ao contrário do que tentam dizer, não atinge apenas a organização dos trabalhadores, mas fundamentalmente atinge a classe trabalhadora”, afirma o dirigente cetebista.

Ao se referir aos recentes acontecimentos ocorridos essa semana, com o decreto que dificulta a fiscalização e autuação do Ministério do Trabalho, no combate à escravidão no Brasil, Etieno destacou a fala debochada do Ministro Gilmar Mendes, ao afirmar que trabalha muitas horas por dia e nem por isso se considera escravo.

“Ora, trabalhar muitas horas, com salários acima de 30 mil reais, mais as regalias, como auxílio-moradia de mais de 4 mil reais, entre outras, é uma piada de muito mal gosto com a grande massa de trabalhadores brasileiros”, critica o sindicalista.

Etieno de Souza afirma que a mídia vendeu a ideia de que o valor de um dia de trabalho destinado ao financiamento do movimento sindical, serve para sustentar regalias aos sindicalistas. “A luta precisa de recursos e temos que encontrar formas para manter a luta, pois este é o caminho para esclarecer a sociedade. Precisamos de união e fazer a luta e o trabalho de conscientização na base”.

Debate rico aponta a unidade e resistência como saída

O Encontro conta com a presença de sindicalistas de nove estados (GO, DF, MT, MG, RJ, SP, RS, PR e SC), que se posicionaram diante do tema proposto ao debate.

O dirigente mineiro Rilke Públio registrou que o movimento sindical sofre o maior ataque de desmonte da sua estrutura trabalhista, desde que foi criada em 1943, quando Vargar criou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que acontece sob um governo sem aprovação popular e que, portanto, se apoia nos setores do capital. Em seu entendimento, Rilke destaca que a unidade e o fortalecimento dos sindicatos para fazer a contra narrativa.

Na mesma linha, a dirigente gaúcha Débora Melecchi afirma que a unidade e a resistência são os remédios para conjugar o verbo “esperançar”, pois ele permite atuar e fazer frente aos embates atuais e vindouros. “É nossa tarefa buscar alternativas para o financiamento das entidades. Entretanto, o centro da nossa tarefa é a manutenção da luta”, assegurou.

O carioca Wendell de Cerqueira chama a atenção para os diversos pontos da Reforma Trabalhista que destroem as garantias dos trabalhadores e que, num discurso falacioso de modernidade, passa a impressão de que trata-se de algo favorável aos trabalhadores. “Precisamos construir um novo discurso que sensibilize, cuja forma seja tão atrativa quanto a utilizada pelos nossos opositores”, destaca.

Célia Chaves, tesoureira-geral da Fenafar, destacou que é preciso denunciar que o golpe aos trabalhadores se caracteriza, fundamentalmente, pelo fato de que – além da presidenta ter sido apeada da presidência, Temer, enquanto vice da Dilma, foi eleito para cumprir um outro projeto político. “O povo brasileiro elegeu um projeto que preserva os direitos dos trabalhadores, as políticas públicas e a soberania. O golpe se fundamenta pelo fato de Temer estar desmontando esse projeto e implementando o projeto que foi derrotado nas urnas”, garante Célia.

Ronald Ferreira dos Santos, presidente da Fenafar, chamou a atenção para a necessidade da unidade e a capacidade de articulação política, que permita compreender que algumas alianças pontuais que possam ferir o inimigo e garantir alguns avanços, nessa conjuntura de resistência.

“Precisamos compreender que o fio condutor é a unidade. A disputa superior, de defesa dos direitos dos trabalhadores, do Estado Democrático de Direito e da construção de um projeto nacional de desenvolvimento, não pode ser subjugada por disputas menores no interior da categoria”, afirma o presidente Ronald.

Começa, em Brasília, 3º Encontro Sul, Sudeste e Centro-Oeste de Sindicatos de Farmacêuticos

Para abrir o evento, no debate sobre a atual situação política do país, a deputada federal Érika Kokay (PT/DF) afirma: “Se não há saída, a gente sai pela porta de entrada”.

 

 

Com a recepção do presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos, Ronald Ferreira dos Santos, e das dirigentes regionais Lia Melo (Regional Sul) e Larissa Utsch (Regional Centro-Oeste), o 3° Encontro Sul, Sudeste e Centro-Oeste de Sindicatos de Farmacêuticos foi aberto na noite da quinta-feira (19), em Brasília.

Para atualizar os participantes sobre o momento político brasileiro, a deputada do Distrito Federal Érika Kokay foi a convidada do primeiro debate do Encontro. Ela falou que a construção da condição de sujeitos, que tenham controle sobre seus corpos, culturas e pensamento é um processo que deve ser perseguido permanentemente pela humanidade.

“A condição de sujeitos vem sendo apropriada pelos inimigos dos trabalhadores, através de seus aparelhos de domínio ideológico, como a mídia que entra em nossas casas, se apropria dos nossos pensamentos, da nossa percepção e até das nossas bandeiras de luta”, afirmou Kokay, para chamar a atenção para a importância da luta por uma comunicação democrática.

A deputada também denunciou que as instituições de poder no Brasil estão dominadas pelo que definiu de um pacto entre os homens brancos e ricos, de bengala, cartola e casaca, responsáveis pela construção de um país desigual, onde o ódio é a resposta possível diante da cultura do medo. “As fardas e as armas se apropriaram das almas, foram internalizadas”, diz a deputada.

Ao se referir a intolerância que vem tomando conta da sociedade, Érika Kokay disse que o fundamentalismo só respeita o que é espelho e que é preciso enfrentar os ovos de serpente, antes que tenhamos um mundo de serpentes. Ela citou Nelson Rodrigues que disse que “o absurdo está perdendo a modéstia”. Para a deputada é preciso resgatar o que nos faz humano: a luta, o afeto, o pertencimento e a cultura.

Kokay afirma que a ruptura democrática, encabeçada por Temer, responde aos interesses de quem o colocou na presidência, que classificou como “patos de Tróia” (em referência a batalha entre gregos e troianos) e os fundamentalistas. “A elite brasileira não tem sentimento de pertencimento em relação ao solo brasileiro e, portanto, não tem projeto para o desenvolvimento do país. Por isso, insumos, energia, investimentos, infraestrutura não são importantes”, diz a parlamentar.

“Nesta lógica de concentração rentista, de investimentos no capital financeiro sem lastros e do compromisso do governo com o mercado e os banqueiros, não importa o chão que se pisa, nem o mundo do trabalho. Se nada disso importa para a elite, a receita das elites é comprometer cerca de 48% do orçamento em serviços da dívida, privatizar empresas públicas, acabar com direitos trabalhistas e previdenciários e congelar os investimentos sociais por 20 anos”, denunciou.

A parlamentar relatou que os serviçais do deus mercado andam a passos largos para cumprir sua agenda. “Somente nesta semana – e hoje ainda é quinta-feira, já livraram Aécio, livraram Temer, aprovaram o acordo de leniência dos bancos e decretaram a volta do trabalho escravo”.

Para Kokay a saída passa pela formulação de conteúdos e a criação de redes capazes de dar visibilidade a uma narrativa que mostre a verdade à sociedade. O caminho, segundo a deputada federal é o aprofundamento e a radicalização da democracia direta e participativa. Além disso, defendeu que a radicalização da democracia passa pela reforma da comunicação e por uma revolução cultural que devolva a condição de sujeitos aos homens e mulheres.

A fala da parlamentar foi encerrada conclamando a comunhão para enfrentar os imensos desafios, mas destacou que “se não há saída, a gente sai pela porta de entrada”, que segundo ela é o resgate da democracia.

O presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, agradeceu a ilustração da deputada afirmando que Érika Kokay trouxe luzes para nortear o debate dos próximos dias. Segundo o dirigente sindical, a ruptura da democracia detonada pelo golpe, já vinha sendo precedida por uma ordem mundial que vinha impondo sacrifícios aos trabalhadores, onde o Brasil representava um contraponto.

Ronald declarou aos presentes que “a Fenafar contratou uma série de compromissos no último Congresso, onde definiu-se algumas questões centrais, como a defesa do Estado Democrático de Direito, os direitos sociais, políticos e trabalhistas do povo brasileiro e a construção de um projeto de desenvolvimento para o Brasil”.

“Para isso, entendemos que precisamos reunir todos os atores sociais que tenham afinidade com essas propostas e possamos constituir uma grande frente para enfrentar esse tsunami que está derretendo a nossa democracia e o nosso país. A Fenafar é parceira de luta em todas as frentes”, registrou Ronald Ferreira.

MEC homologa parecer das Novas Diretrizes Curriculares para os cursos de Farmácia

O Ministério da Educação homologou o parecer do Conselho Nacional de Educação e Educação Superior CNE/CES nº 248/2017, que propõe as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Farmácia. A nova DCN deverá ser publicada em breve no Diário Oficial.

 

 

Leia também: CNE aprova novas DCNs do Curso de Graduação em Farmácia

Para a diretora de Educação da Fenafar e presidente da Escola Nacional dos Farmacêuticos, Silvana Nair Leite, a homologação da proposta mostra que o trabalho conjunto das entidades farmacêuticas, que buscaram de forma unitária e coletiva construir uma proposta consistente e consensual é o caminho para garantir conquistas efetivas.

O desafio agora, pontua Silvana, é a implementação das novas Diretrizes Curriculares Nacionais. “Precisamos iniciar um amplo processo de debate junto à categoria sobre o conteúdo nas novas DCN’s, para que essas diretrizes sejam interpretadas e aplicadas nas universidades públicas e privadas de norte a sul do país, levando em conta as várias particularidades dos cursos, as características regionais. Esse processo de transição é fundamental e precisa ser realizado com muito diálogo e acompanhamento”, avalia.

A Fenafar, que ao lado de outras entidades como a ABEF, o Conselho Federal de Farmácia, o Conselho Nacional de Saúde, sociedades e associações Científicas, Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia, profissionais, estudantes, gestores enfim, todos os que se envolveram na elaboração dessas novas diretrizes têm agora que se voltar para contribuir de forma dinâmica com esse processo de transição e implementação das novas DCN’s.

Da redação

MA: Campanha Farmacêutico Solidário em comemoração ao Dia das Crianças

Em comemoração ao Dia das Crianças, o Sindicato dos Farmacêuticos do Maranhão, através de mais uma Campanha Farmacêutico Solidário, levou alegria para muitas crianças carentes. A instituição escolhida foi a Escola Comunitária Nossa Senhora da Conceição no bairro do Quebra Pote.

 

Foi um dia de muita recreação, brincadeiras e muita diversão, finalizada com a entrega de presentes destinados a essa comunidade escolar fechando a tarde.

O SINFARMA agradece a todos os Farmacêuticos e os estudantes que participam dos projetos Farmacêuticos do Bem e Liga de Hematologia do Curso de Farmácia do Instituto Florence de Ensino Superior que colaboraram com muitas doações.

A Diretoria do SINFARMA participou do evento na presença dos o Diretores Carlos Toledo, Renata Lins, Onasses Caetano e Flávio Gaspar.

Fonte: Sinfarma

Fenafar se reúne com Kátia Abreu para defender Lei 13.021

Nesta terça-feira, 17/10, a Federação Nacional dos Farmacêuticos esteve reunida com a senadora Kátia Abreu para discutir sobre o PL 372/2017, apresentada recentemente pela parlamentar. A proposta altera a Lei 13.021/2014, para permitir o funcionamento das farmácias sem a presença de farmacêutico e sem a garantia da prestação de Assistência Farmacêutica.

Participaram da reunião com a senadora o vice-presidente da Fenafar, Fábio Basílio, a diretora de Organização Sindical, Débora Melecchi e o diretor suplente Jorge Mariano.

O vice-presidente da Fenafar alerta para o importante papel que a entidade tem cumprido “na luta em defesa dos interesses da categoria farmacêutica, acompanhando atentamente os projetos de lei em tramitação no Congresso sobre a profissão. Defendemos a Farmácia como Estabelecimento de Saúde e a Lei 13.021. Temos trabalhado para que esta importante conquista da categoria e da sociedade seja efetivamente posta em prática, porque a presença do farmacêutico na farmácia é um direito do cidadão, de ter este profissional da saúde para prestar a correta orientação sobre o uso dos medicamentos e a Assistência Farmacêutica nos estabelecimentos comerciais e públicos. Por isso, procuramos a Senadora para apresentar nosso posicionamento sobre o tema e fomos bem recebidos. Agora, a categoria tem que estar atenta e pronta para lutar para que não tenhamos retrocessos neste campo”, salientou.

A Senadora ouviu atentamente as considerações da Fenafar sobre o tema e se mostrou aberta ao diálogo. Kátia Abreu, inclusive, atendeu à sugestão apresentada pela Fenafar e se comprometeu a chamar uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) para debater o projeto.

Para o diretor, Jorge Mariano, o comprometimento da Senadora em realizar a audiência pública foi um desdobramento importante deste primeiro contato com a Kátia Abreu. “Ela ouviu e foi percebendo que o papel da Fenafar ali era muito maior do que a defesa da categoria, mas era também a defesa do uso racional de medicamentos”, avaliou Jorge.

Débora Melecchi salientou a luta histórica da Federação em defesa do projeto Farmácia Estabelecimento de Saúde e foi com essa abordagem que a Fenafar foi dialogar com a Senadora. “Nossa luta é para impedir retrocessos na Lei 13.021 e a defesa do direito que todo o cidadão brasileiro tem à assistência farmacêutica plena”, disse Débora.

Na avaliação da diretora de Organização Sindical, “é importante que a categoria compreenda que essa proposta vem no contexto de uma série de projetos de retirada de direitos dos trabalhadores e do povo brasileiro, conquistados na Constituição. O direito à Saúde, o desmonte do SUS e tantos outros direitos que têm sido atacados de forma sistemática, por este governo que foi imposto ao Brasil. Nesse cenário é preciso que a categoria se mobilize para reunirmos forças para nos contrapormos a qualquer propostas que represente retrocessos para a categoria e para a sociedade”.

Da redação