Sinfargo demostra preocupação com projeto de PEC da reforma previdenciária

O Governo Federal detalhou os pontos da reforma da Previdência Social enviada ao Congresso Nacional, que prevê, entre outras propostas, estabelecimento de idade mínima de 65 anos para os contribuintes reivindicarem aposentadorias. O diretor do Sinfargo, Fábio Basílio, afirma que a proposta é um retrocesso e que perde são os trabalhadores.

“Infelizmente todas as reformas previstas e apresentadas por este governo tem a intenção de prejudicar o trabalhador, haja visto que juntamente com a reforma previdenciária vem a PEC 55 (antiga 241) que congela os gastos em educação e saúde e congela também os salários por vinte anos.” afirma.

Fábio ainda salienta que para ter direito a aposentadoria integral o trabalhador deverá trabalhar por quase 50 anos.

“Para piorar, se o trabalhador quiser se aposentar recebendo seu salário integral deverá contribuir por 49 anos, pois a regra é que o trabalhador deve se aposentar com 51% mais um por cento por ano de contribuição. Ou seja, um estudante que faça o curso de farmácia e se forme com 24 anos ele deverá trabalhar ininterruptamente até os 73 anos para receber seu salário integral.” ressalta.

O Planalto afirmou que ao propor uma reforma da Previdência, o objetivo é tentar manter a sustentabilidade das contas públicas. As mudanças previstas indicam que para se aposentar com benefício integral, o trabalhador precisará contribuir por 49 anos. Ou seja, para se aposentar na idade mínima de 65 anos, será preciso entrar no mercado de trabalho aos 16.

Na proposta que ainda será discutida no Congresso, além da idade mínima mais elevada, o tempo de contribuição deverá ser de pelo menos 25 anos para que o trabalhador tenha direito ao benefício. Haverá, porém, uma regra de transição para homens acima de 50 anos e mulheres acima de 45 anos. Quem se encaixar nessa faixa etária poderá se aposentar antes, desde que cumpra um “pedágio”, que vai incrementar em 50% o tempo restante de contribuição (a referência será a data de promulgação da emenda).

Fonte: Sinfargo

MG: Audiência no MPT pode definir campanha salarial de farmacêuticos hospitalares

Na próxima quarta-feira, 7/12, às 14h, o Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais – Sinfarmig e o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde de Minas Gerais – Sindhomg terão uma audiência de conciliação na Procuradoria Regional do Trabalho, à Rua Bernardo Guimarães 1615 Funcionários.

 

A expectativa é de que haja celebração da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para os farmacêuticos hospitalares, já que a categoria aguarda uma posição dos patrões desde a data-base, 1º de junho. As duas reuniões de negociação da campanha salarial terminaram frustradas.

O Sinfarmig tenta acordo há sete meses com o Sindhomg sem qualquer avanço. Sem espaço para diálogo, a entidade sindical recorreu ao Ministério Público do Trabalho – MPT para mediar o processo de negociação e tentar uma solução para o impasse. A reunião é aberta ao público e os farmacêuticos hospitalares podem acompanhar a conciliação.

Fonte: Sinfarmig

O público e o privado na formação e atuação do farmacêutico

A Dra. Marselle Nobre, diretora da Escola Nacional dos Farmacêuticos, apresentou a sua tese de doutorado “O farmacêutico na composição da força de trabalho da atenção básica do SUS” para o Conselho de Representantes da Fenafar, na manhã da última sexta-feira (02).

 

Marselle dividiu sua palestra entre formação e trabalho, e explicou que os cursos de Farmácia estão distribuídos de forma desigual pelo país e predominantemente nas mãos do setor privado, o que acaba influenciando a formação do profissional.

Apesar do aumento do número da oferta de vagas e do ingresso de novos estudantes, principalmente com o FIES e o Prouni, o número de concluintes ainda é discrepante Em 2010, foram ofertadas 49.855 vagas, ingressaram 29.408 novos estudantes e 16.091 concluíram o curso. Em 2014 o número de concluintes caiu para 13.457.

A região Sudeste representa 50% da formação do farmacêutico no Brasil, enquanto que o Norte representa 6%. A concentração de vínculo de trabalho formal repete o mesmo índice, Sudeste com 45%.

De acordo com Marselle, a categoria demorou a começar a discutir o papel do farmacêutico como trabalhador do sistema de saúde, o que dificulta o reconhecimento e a valorização desse profissional.

Como na formação, a maioria das ofertas de emprego para o farmacêutico está no setor privado. Em 2015 o número de farmacêuticos empregados no setor privado era de 98.978, enquanto que no setor público era de 23.029. No entanto, a atuação do farmacêutico no setor público vem crescendo. Marselle identificou o aumento de 75% de farmacêuticos na atenção primária (UBS).

Ronald Santos, presidente da Fenafar, aproveitou a oportunidade para criticar o hábito do trabalhador farmacêutico em negar sua identidade em algumas áreas, como por exemplo, se reivindicar sanitarista. Durante a palestra, foi consenso entre os presentes de que isso dificulta o reconhecimento e a valorização da categoria.

“O abastecimento e o fornecimento de medicamentos sempre serão atividades importantes para os sistemas de saúde, mas o desafio da atualidade é garantir a participação do farmacêutico nas equipes de saúde no processo de cuidado ao usuário e incorporar a concepção de gestão de cuidado em saúde em todas as funções e atividades do farmacêutico”, conclui Marselle.

por Dandara Lima

Diretor da Fenafar Rilke Públio recebe Prêmio Personalidade Profissional 2016 da CNTU

A CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados) realizou a entrega do Prêmio Personalidade Profissional 2016 durante a sua 10º Jornada Brasil Inteligente, nessa sexta-feira (02), no Auditório do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo. Na ocasião também foi lançada a 5ª edição da revista Brasil Inteligente.

A campanha Brasil Inteligente foi lançada em 2011, alicerçada em oito pontos estratégicos, estabelece uma série de iniciativas e metas até 2022, ano do Bicentenário da Independência.

Prêmio Personalidade Profissional 2016

A CNTU, em conjunto com as federações a ela filiadas, premia a cada ano profissionais de destaque nas áreas de Economia, Farmácia, Engenharia, Nutrição e Odontologia. Além dessas áreas, também recebe a homenagem, na categoria Interesse Público, alguém que tenha se destacado pela atuação em prol da sociedade, independente da área de formação.

Esse ano na área da Farmácia foi premiado o diretor da Fenafar Rilke Novato Públio. Rilke é graduado em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal de Ouro Preto, mestre em Enfermagem e Saúde Pública pela UFMG, foi presidente do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (1996-1998), atuou como farmacêutico concursado da Prefeitura Municipal de Betim – Secretaria Municipal de Saúde (1996-2014), foi vice-presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos (2012-2015), e atualmente responde pela Superintendência de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais.

Rilke com muito humor agradeceu a CNTU e cumprimentou todos os presidentes dos sindicatos presentes, os outros homenageados e os colegas. “Ser indicado pela minha querida Fenafar e premiado pela CNTU me deixa muito honrado, como diria em Minas Gerais: é bom demais da conta”.

Ele fez uma retrospectiva da sua trajetória, que segundo ele coincide com a da Fenafar. Ele citou a resistência do movimento estudantil contra a Ditadura Militar, a construção do SUS e a Lei Orgânica 8.080, a lei de patentes, o entreguismo criminoso no governo FHC, a batalha pelo reconhecimento da farmácia como estabelecimento de saúde, a defesa do uso racional de medicamentos e a luta contra os cartéis da indústria farmacêutica internacional, a criação da ANVISA, a política nacional de assistência farmacêutica, a luta contra a ALCA, a defesa dos trabalhadores latino-americanos. “Somos uma federação que se mete em todo o canto”, riu Rilke.

Ele também criticou as ameaças impostas pelo governo golpista, como a Escola Sem Partido, o crescimento do fundamentalismo religioso, a falácia da direita de professar que ela não possui ideologia, o ataque à CLT, a nefasta reforma previdenciária e a PEC 55, uma das propostas mais cruéis apresentadas no Congresso Nacional na nossa histórica recente. “Essa PEC não é a solução para essa crise. Solução para essa crise é a taxação das grandes fortunas, reversão da sonegação fiscal e uma reforma tributária justa”.

“Precisamos juntar os amigos, as federações, sindicatos, confederações, todos os movimentos e tomar como exemplo o que aconteceu essa semana no Estádio de Medellín para o Chapecoense. Reitero as palavras do prefeito de Medellín: pior do que as tragédias, é a indiferença humana”, concluiu.

Também receberam o prêmio: Fernanda de Lima (Economia), Ricardo Maranhão (Engenharia), Ana Paula Bortoletto (Nutrição), Volnei Garrafa (Odontologia) e Silvio Tendler (Interesse Público).

Novos conselheiros consultivos da CNTU

Durante a recepção dos novos conselheiros consultivos do “Conselho das mil cabeças”, Gilda Almeida, diretora da Fenafar e vice-presidente da CNTU, elogiou a iniciativa da campanha Brasil Inteligente, mas ressaltou “o projeto é excelente e nós temos que pensar no futuro. Mas antes disso, nós temos que resistir. Estamos passando por um processo de desmonte do nosso país, e resistir também faz parte de construir esse projeto para 2022. Não podemos entregar nosso Pré-Sal, a nossa Petrobras, não podemos deixar que acabem com o SUS, o PNE e os nossos direitos trabalhistas”.

por Dandara Lima

Frente ampla é urgente para impedir retrocessos, diz presidente da Fenafar

Na tarde desta quinta-feira (01) a reunião do Conselho de Representantes da Fenafar fez uma discussão sobre a situação política nacional, que contou com a presença do presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, do presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, do vice-presidente da Fenafar, Fábio Basílio e da segunda vice-presidente Veridiana Ribeiro.

Os debatedores fizeram uma breve retrospectiva do processo que levou ao afastamento da presidenta eleita Dilma Rousseff e do papel decisivo da mídia, que instalou no país um governo que tem como objetivo implantar de forma ainda mais aprofundada que nos anos 90, uma política neoliberal.

“Ganhamos a eleição, mas perdemos o governo. A bandeira anticorrupção que sempre foi da esquerda, foi tomada de nós. E agora a esquerda está sendo demonizada novamente. Até 2018 esse governo ilegítimo deve atacar todos os direitos sociais conquistados na Constituição de 88”, avalia Adilson Araújo.

Na agenda prioritária dos golpistas estão as privatizações de setores estratégicos da economia, o ataque aos direitos trabalhistas (ampliação da jornada de trabalho, terceirização de todos os setores, reforma da previdência, colocar o negociado acima do legislado) e sociais (Saúde, Educação, Moradia).

Para Adilson, a esquerda errou ao subestimar a classe dominante. A convivência harmônica com o capital atingiu seu limite. “Nós não preparamos o nosso povo e não debatemos as saídas e alternativas, então nós perdemos tudo. Nós precisamos acordar para a dimensão do papel dessa mídia e da desinformação”.

Ronald dos Santos defendeu que é necessário debater a viabilidade da construção de uma Frente Ampla. “Dia 29 foi o principal presente para aqueles setores que vivem em cima do sofrimento do povo brasileiro”, afirmou se referindo a aprovação da PEC 55 que congela os investimentos públicos por 20 anos.

Para Veridiana os movimentos social e sindical desempenharam importante papel nos avanços sociais dos governos Lula/Dilma, e agora com o desmonte desses avanços, os movimentos precisam se unir ainda mais no acirramento da luta.

 

Fabio também destacou o papel da mídia no golpe. Para ele, a esquerda errou quando assumiu o governo e não enfrentou o monopólio dos meios de comunicação.

O poder de ataque da mídia golpista e a necessidade da construção de uma Frente Ampla também estavam presentes nas falas dos conselheiros durante o debate.

Gilda Almeida comentou como os avanços do governo Lula/Dilma foram desconstruídos no imaginário popular pelo monopólio da comunicação. Exemplo disso foi a construção narrativa da Operação Lava Jato, endeusada pela população que se diz contra a corrupção, mas destruiu as empresas brasileiras.

Adilson afirma que a resistência dos movimentos sociais não pode ser baseada no projeto para as eleições de 2018, e sim na defesa da Democracia e do Estado Democrático de Direito. “Não existem respostas fáceis, o tempo político mudou. Precisamos de mais momentos como esse (se referindo a reunião do Conselho). Precisamos de unidade, sem disputar protagonismo. Todos os setores estão sendo duramente atacados, é desanimador, mas precisamos seguir unidos”, conclui.

Da redação

PI: Sindicato tem nova diretoria

O Sindicato dos Farmacêuticos do Piauí realizou nesta quarta-feira, 30, a eleição para a escolha da nova diretoria do sindicato, gestão 2016/2019. A Chapa 1 foi eleita. A posse dos novos membros da diretoria deverá acontecer no dia 09 de dezembro.

Conheça a composição da nova diretoria: 

Presidente: José Vilmore Silva Lopes Junior

Vice-Presidente: Rodrigo Lopes Gomes Gonçalves

Secretário geral: Ulisses Nogueira de Aguiar

Primeiro secretário: Jean Charles Sampaio da Silva

Tesoureiro geral: Waleria Barbosa dos Santos

Primeiro tesoureiro: Francisco das Chagas de Brito Cardoso

Diretor de imprensa e comunicação: José Felipe Pinheiro do Nascimento

Diretor de formação sindical: Marcio dos Santos Rocha

Membros Suplentes

Maria do Socorro Cordeiro Ferreira

Haide Maria Iansen

Zenomar Humberto do Nascimento Gomes

Alessandro Monteiro Carvalho

Conselho Fiscal

José Ubirajara de Carvalho

Iolanda Maria de Sousa

Josefa Nilza Fernandes Neta

Representante junto à FENAFAR

Representante: Ulisses Nogueira de Aguiar

Suplente: Maria do Socorro Cordeiro Ferreira

Fonte: Sinfarpi

Fenafar realiza reunião do Conselho de Representantes em São Paulo

Começou na manhã desta quinta-feira (01) a Reunião do Conselho de Representantes da Fenafar, no auditório do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, na cidade de São Paulo.

Na abertura os presentes homenagearam as vítimas da tragédia com o Chapecoense e o líder revolucionário cubano, Fidel Castro, com um minuto de silêncio. A mesa composta pelo vice-presidente, Fábio Basílio, segunda vice-presidente, Veridiana Ribeiro e a secretária-geral, Maruza Carlesso, recepcionou os participantes e deu boas-vindas ao sindicato de Alagoas, recém-filiado a Fenafar.

Fábio destacou as consequências da aprovação da PEC 55, apelidada de PEC da Morte, aprovada em primeiro turno, nessa terça-feira (29), pelo Senado Federal. Ele reiterou que é o momento de acirrar a luta para defender os direitos sociais duramente conquistados e submeteu para aprovação as propostas de pauta da reunião.

A primeira pauta de discussão do dia foi a “Apresentação do Consolidado do PES”, mediada pela diretora de organização sindical, Debora Melecchi, diretora da região Nordeste, Lavínia Magalhões e Fábio Basílio, responsáveis pela coordenação do planejamento estratégico da Fenafar.

Debora apresentou as ações que já estão sendo planejadas para 2017. Uma das prioridades são os cursos de formação e a campanha de sindicalização. Para o curso de formação, 10 estados já demonstraram interesse. O curso possui carga horária de 16h, com turma para 40 pessoas entre a base sindical e lideranças.

A Campanha de Sindicalização está agendada para começar no dia 05/05 e acontecerá até outubro de 2017. A blitz ocorrerá na semana do URM entre os dias 05 a 07/05 e pretende atingir 2.000 farmacêuticos. A meta é aumentar em 10% o número de sindicalizados em cada estado.

Também foram apresentadas as propostas de Seminários Estaduais de Saúde e Segurança do Trabalho, Encontro da Assessoria de Comunicação sugerido para novembro, defesa da PEC 01/2015 e a valorização do farmacêutico.

Os presentes reforçaram a importância da luta pela valorização do farmacêutico, destacando a redução da jornada de trabalho de 44h semanais para 30h, e a situação de vulnerabilidade dos profissionais que trabalharam nas grandes redes de drogarias.

por Dandara Lima

Fenafar realizar encontro de assessorias jurídicas para articular luta da categoria por direitos

Os desafios da luta jurídica na defesa da valorização da profissão farmacêutica e para impedir retrocessos nos direitos trabalhistas foi o tema central do debate realizado na manhã desta quarta-feira, 30, no 2º Encontro das Assessorias Jurídicas da Fenafar.

Realizado na sede do Sindicato dos Farmacêuticos de São Paulo, o encontro começou com uma mensagem de boas-vindas do presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, da diretora do Departamento Jurídico, Isabela de Oliveira Sobrinho, da representante do Sinfar-SP, Renata e do assessor jurídico da Fenafar, Leocir Rosa.

Isabela reforçou que a atividade é importante para definir a linha de trabalho que vamos definir para o próximo período. “Estamos passando por problemas e decisões no STF que podem interferir na nossa atuação e por isso o Jurídico é importantíssimo para não perder o que conquistamos e ainda conseguirmos obter mais conquistas”.

A representante do Sinfar ressaltou que o departamento jurídico é um dos pontos principais do sindicato, “ele é a porta de entrada dos profissionais. É uma oportunidade de termos o contato com o profissional e ganharmos para ele voltar. Já que é tão difícil atrair para a ação sindical”.

Leocir ressaltou que o objetivo do encontro é “dar continuidade a este movimento de articulação e aproximação que vem crescendo entre os assessores dos departamentos jurídicos da Fenafar. Isso é fruto do crescimento da Fenafar e da compreensão da diretoria, que no Congresso criou a diretoria Jurídica.

Foco do trabalho é o debate da Jornada de Trabalho

O presidente da Fenafar fez uma apresentação inicial para deliner o contexto político nacional e internacional que emuldora o debate. “Para fazer a luta no Judiciário para defender o interesse dos trabalhadores e da categoria farmacêutica, temos que entender que vivemos num momento de uma agenda regressiva que não é só nacional, mas internacional, de retirada de direitos”. Ele elencou três fatores que caracterizam essa ofensiva: “a recomposição geopolítica internacional, uma das maiores crises do sistema capitalista que se iniciou em 2008 e que não encontra solução, e a chamada revolução 4.0. Há 20 anos atrás o trabalhador precisava de uma hora de trabalho por dia para pagar o seu salário. Com o avanço da tecnologia, o trabalho de um minuto já paga o seu trabalho. Ou seja, a produtividade do trabalho aumentou absurdamente. O trabalho tem a mesma remuneração mas produz muito mais riqueza”, salientou.

Ronald mostrou que ara resolver a crise, “o capital ataca os direitos políticos, econômcios e sociais dos trabalhadores e isso tem sido a regra no mundo, e no Brasil isso não é muito diferente. Ontem tivemos a votação da PEC 55, que retira recursos das políticas sociais, que foram conquistas da luta dos trabalhadores para que uma parte da riqueza produzida no país se destinassem à saúde, educação moradia”.

“Discutimos como a acumulação de forças de ponto de vista estratégico e tático, no âmbito nacional, que é onde se definem as coisas, como a ação sindical apoiada na assessoria Jurídica pode fazer algum enfrentamento a este cenário. E nós identificamos que há um tema que está na origem do movimento sindical e da luta dos trabalhadores, que é a questão das relações de trabalho e o debate da jornada de trabalho. Essa é uma agenda que consegue aglutinar força para fazer o enfrentamento da luta sindical. E usamos dois casos para discutir a questão da jornada, o da Drogasil e da Farmácia Hospital, que envolve a questão dos plantões. Em torno desse foco concreto, queremos usar essa energia, essa força da Fenafar, para a gente garantir o interesse e os direitos dos trabalhadores”, apontou Ronald como proposta de tema central a ser debatido no encontro.

Crise institucional

O assessor jurídico da Fenafar, Leocir Rosa, fez uma contextualização do cenário atual e da crise econômica internacional, que pode entrar numa outra fase, se prolongando por mais 10 anos. E uma des respostas para enfrentar a crise, na sua avaliação, é o avanço de governos de direita, como a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e o crescimento do conservadorismo no mundo.

No Brasil, avalia Leocir, “vivemos uma dura crise institucional, fruto de um golpe institucional que mira a Constituição de 1988. Não é só uma mudança de ciclo político, mas de ordem política e econômica, para atacar a Constituição, a soberania e a possibilidade de desenvolvimento com um caminho brasileiro. Além do ajuste fiscal tivemos a entrega do pré-sal”.

Desmonte da Justiça do Trabalho

Leocir descreveu como tem sido operado um verdadeiro desmonte da Justiça do Trabalho. “No final do ano passado, quando se votou o orçamento da união, o relator era o ministro Ricardo Barros, que conhecemos muito bem. Naquele momento, sem consultar o Ministério do Planejamento e a Secretaria Geral da Presidência da República ele faz um corte linear no orçamento da República que atinge a Justiça do Trabalho, levando a uma situação de calamidade.

Isso levou a uma crise no Tribunal Superior do Trabalho, de conflitos internos e a retirada da tramitação na Câmara dos Deputados a pedido do presidente do TST de projetos aportavam recursos humanos à Justiça do Trabalho. “Junto disso vemos decisões da Justiça do Trabalho e do STF, que pinçam processos com repercurssão para dar uma liminar e criar jurisprudência. Foi o que fez o Ministro Gilmar Mendes, que é um inimigo da Justiça do Trabalho e do povo brasileiro. Ele deu uma medida cautelar num processo que estava aguardando há dois anos, de repende ele decidiu que era urgente. Ele deu uma medida cautelar na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental proposta pela Confederação Nacional de Estabelecimentos de Ensino e que redunda no cancelamento do súmula 277 que fala da ultratividade das normas para gerar o jogo nas negociações coletivas. No fundo, o objetivo é terminar com o poder normativo da Justiça do Trabalho, numa decisão monocrática cancela a ultrativadade das normas, e zera o jogo no processo de negociação. Antes os sindicatos chegavam com as cláusulas sociais garantidas e agora ele zera”.

Isso tudo mostra que a reforma trabalhista está sendo conduzida pelo Poder Judiciário, pelos STF, na avaliação de Leocir. “No STF, no Judiciário a discussão é técnica, só quem tem acesso são alguns advogados, sindicalistas. Se retira da Casa do Povo o debate e o coloca na esfera técnica, num debate hermético, de difícil compreensão por todos”.

Outros dois votos no STF foram citados por Leocir para mostrar essas ações. “O voto do ministro Roberto Barroso que dá a prevalência do negociado pelo legislado, com um discurso de valorização do sindicato. E o voto do ministro Teori Zavask, que usa como jurisprudência o voto do Roberto Barroso. E na justificativa ele mostra que a Constituição reconhece a negociação e os acordos – inclusive para reduzir os direitos trabalhistas. Sob estes argumentos, vai se consolidando a ideia do negociado sobre o legislado”.

Outra decisão é sobre a greve no serviço público. O direito de greve foi vilipendiado. São medidas no âmbito do poder judiciário que nos coloca nesta situação que exige ampliarmos nossa articulação não só entre os farmacêuticos.

Sem esquecermos a outra bomba que é a terceirização, que pode trazer a siutaçao da mais grave precaridade das relações de trabalho no Brasil. Então como nos colocamos diante desta situação.

Durante o debate, ficou demonstrada a preocupação dos sindicatos com a mudança da súmula 277 e o que isso pode significar de perdas para a categoria no processo de negociação que vai se iniciar agora.

Da redação

SIFEP fecha Acordo Coletivo de Trabalho com a Cooperativa Unimed João Pessoa

Após mais de um ano de negociações entre o Sindicato dos Farmacêuticos do Estado da Paraíba (SIFEP) e hospitais que pertencem a Cooperativa Unimed João Pessoa, foi finalizada a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2015/2016. Este processo de negociação merece destaque por ter sido uma demonstração histórica que os trabalhadores do regime privado unidos e fortalecendo o papel do seu sindicato podem defender de forma digna o regime de trabalho que respeite a mão de obra qualificada.


Foram mais de dez momentos entre assembleias, mesas e reuniões esporádicas. Em todos eles discutimos tanto com os trabalhadores e com a representação da cooperativa que mudar uma jornada de trabalho, entre outros pontos, apenas por avaliação financeira não é saudável para um serviço farmacêutico que é referência para muitos outros do nosso Estado.


Entre eles, destacamos os serviços de Farmácia Hospitalar, Farmácia Clinica, Auditoria Farmacêutica, Manipulação de Medicamentos para Tratamentos em Oncologia e Banco de Sangue. Tendo a equipe mais trinta profissionais, entre Farmacêuticas e Farmacêuticos exercendo no Hospital Alberto Urquiza Wanderley, Hospital Moacir Dantas e na sede da cooperativa.


Ressaltamos a união dos profissionais e a confiança destes em todo trabalho de construção intermediado pela diretoria do SIFEP e sua assessoria jurídica. Também destacamos a abertura sempre do diálogo por parte da Diretoria, Gerência de RH e Assessoria Jurídica da Cooperativa Unimed. O número de encontros demonstra que o que parece um longo prazo, serviu para que as partes se prestassem no campo dos contra pontos, argumentações e entendimentos fechassem o acordo.
O presidente do SIFEP, Sérgio Luiz, falou sobre a importância do acordo firmado. “Acreditamos que essa negociação com a cooperativa, para exercício do trabalho dos profissionais dos hospitais residenciais da Unimed foram de suma importância pela forma que foi conduzida e pelo processo de luta. A categoria demonstrou que é importante ter um Sindicato que as represente e que o profissionais possam confiar. Foi muito bom ao final sentirmos que a forma de uma negociação pode ser positiva”, destacou.

Fonte: Sifep

SC: Sindicato dá a largada para a campanha salarial 2017

Antes do fim do ano, a categoria farmacêutica começa a se articular para debater a campanha salarial. As assembleias estão agendadas para os dias 6 e 7 de dezembro, quase quatro meses antes da data-base (1º de março), quando vencem os acordos vigentes. Elas são um primeiro e fundamental passo no processo de negociação.

 

Convencer os representantes dos patrões de que os/as farmacêuticos/as são profissionais estratégicos, que merecem e precisam ser valorizados com a elevação salarial e aprimoramento das suas condições de trabalho, exige empenho de toda a categoria. Por isso, participar em massa das assembleias faz toda a diferença na campanha salarial. É nesta primeira fase que os/as farmacêuticos/as que atuam nas farmácias, drogarias, indústrias, hospitais, laboratórios, distribuidoras e transportadoras decidem a pauta de reivindicações e definem as estratégias que utilizará para sensibilizar os sindicatos patronais a validarem as suas propostas.

A participação nas assembleias é um direito de todos/as os/as farmacêuticos/as registrados em Santa Catarina. Além da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), as convenções firmadas pelo SindFar com os patronais também procuram assegurar esta prerrogativa.

Veja o que diz a convenção dos farmacêuticos do comércio:

Faltas justificadas:

Os farmacêuticos terão abonadas suas faltas, em número de até 04 (quatro) por ano, para participar de congressos, reuniões, simpósios e encontros técnicos do setor farmacêutico, desde que pré-avisem o empregador e o Conselho Regional de Farmácia com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas e comprovem o seu comparecimento.

A Lei 5991/73 também prevê a possibilidade de afastamento do local de trabalho pelo técnico responsável mediante comunicado ao CRF/SC. O SindFar já antecipou ao Conselho o comunicado sobre a realização das assembleias, procurando oferecer maior segurança aos profissionais empregados que participarem das assembleias. Os colegas precisam apenas preencher o Comunicado de Ausência neste link, anexando, como comprovação, o ofício enviado à presidência do CRF/SC.

Traga suas ideias e compareça às assembleias para que possamos definir, juntos, as estratégias de negociação

LORIANÓPOLIS e REGIÃO – 7 de dezembro de 2016

Sede do SindFar (Rua Saldanha Marinho, 116 – sala 801 – Centro) – às 18h

CRICIÚMA e REGIÃO – 6 de dezembro de 2016 – `19h

Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Criciúma (Rua: Leone Perassoli, 49 – Bairro Comerciário

JOINVILLE e REGIÃO – 6 de dezembro de 2016 – `19h

Edifício Terraço Center (Rua Mario Lobo, 61, Auditório, 15º andar, Centro)

Confira o edital publicado no Diário Catarinense

Relembre como foram as campanhas dos últimos anos:

Campanha salarial 2016/2017

Campanha salarial 2015/2016

Campanha salarial 2014/2015

Campanha salarial 2012/2013

Campanha salarial 2011/2012

Fonte: SindFar/SC