Fenafar e Ebserh discutem edital de concurso público nacional da empresa

O presidente da Fenafar, Fábio Basílio e a diretora Iohanna Martins estiveram reunidos nesta terça-feira (17) com representantes da Empresa de Serviços Hospitalares – EBSERH para tratar dos termos do edital de Concurso Público nº 03 lançado recentemente pela empresa para o preenchimento de vagas em diversas áreas de atuação nas unidades da Rede distribuídas em todo o Brasil.

No entanto, o referido edital não disponibiliza vagas nas análises clínicas para farmacêuticos, reservando-as apenas para biomédicos, sem levar em consideração que os farmacêuticos são profissionais habilitados e com competência técnica para atuar nessa área.

Durante o encontro, os representantes da EBSERH asseguraram que os farmacêuticos poderão ser alocados nos laboratórios, conforme indicado no edital, de acordo com a necessidade dos gestores de cada hospital. A responsabilidade de solicitar a presença desses profissionais nos setores é dos gestores locais de cada laboratório.

O presidente, Fábio Basílio, afirmou que a Fenafar está atenta ao desenvolvimento das fases do edital e estudará todas as medidas que podem ser adotadas para garantir que os farmacêuticos ocupem devidamente esse importante campo de atuação nos Laboratórios de Análises Clínicas.

A EBSERH comprometeu-se a emitir uma nota interna para todos os gestores, esclarecendo que os farmacêuticos poderão atuar nos laboratórios de análises clínicas. Da parte da EBSERH, estiveram presentes Heli Santos Vieira Da Costa, Coordenador de Planejamento de Pessoal, Priscila Soares Baracho Ramos, Chefe do Serviço de Seleção e Provimento de Pessoal, e Emidia Carolina de Barcelos, Chefe do Serviço de Relações de Trabalho.

NOTA SOBRE O ATAQUE À SEDE DO SINFAERJ

A Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) manifesta sua solidariedade ao Sindicato dos Farmacêuticos do Rio de Janeiro (Sinfaerj) e repúdio ao grave incidente ocorrido no último dia 3 de outubro de 2023, quando o sindicato teve sua sede invadida.

Segundo relatos dos diretores do Sinfaerj, ao chegarem à sede para tratar das negociações salariais, foram surpreendidos com pessoas ocupando suas instalações. Os invasores tiveram acesso a diversas áreas do imóvel, causando danos, saqueando objetos de valor e jogando documentos para outra sala.

A invasão da sede sindical é um ato de violência e desrespeito aos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras farmacêuticos/as que não pode ser tolerado.

A Fenafar repudia veementemente esse ato criminoso, que atinge não apenas o sindicato, mas todos os profissionais farmacêuticos e farmacêuticas e suas entidades em todo o Brasil.

A Fenafar está em total solidariedade com o Sinfaerj e coloca-se à disposição para prestar todo o apoio necessário neste momento. Exigimos uma apuração detalhada do caso por parte das autoridades, visando à identificação e punição dos responsáveis.

Além disso, defendemos a reintegração imediata da sede do Sinfaerj e todas as demais medidas cabíveis para restabelecer o patrimônio dos farmacêuticos e garantir a segurança das instalações sindicais.

Neste momento de dificuldade, reafirmamos nosso compromisso com a defesa dos direitos dos farmacêuticos e nossa disposição em lutar pela justiça e pela integridade de nossas entidades sindicais.

A Fenafar permanecerá acompanhando de perto os desdobramentos jurídicos e policiais desse caso, e continuaremos a trabalhar incansavelmente em prol dos interesses da categoria farmacêutica.

Federação Nacional dos Farmacêuticos – Fenafar

PEC 10/22 visa autorizar a coleta, processamento e comercialização de sangue pela iniciativa privada

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira, 4, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 10/2022, mais conhecida como PEC do comércio de sangue, que visa autorizar a coleta, processamento e comercialização do componente de plasma sanguíneo pela iniciativa privada.

A medida, que agora segue para análise do plenário do Senado e depois para a Câmara dos Deputados, levanta sérias preocupações entre especialistas e entidades da saúde pública, incluindo a Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), que se posiciona firmemente contra a proposta.

Ao permitir que o setor privado fracione o plasma excedente, a PEC 10 entra em conflito com a legislação vigente e também com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a doação voluntária de sangue.

Uma das principais preocupações expressas pela Fenafar é o impacto que a PEC 10/2022 pode ter na política pública de sangue e hemoderivados do Brasil. A medida, se aprovada, ameaça desestruturar todo o progresso e investimento realizados na Hemorrede e na segurança sanitária do país representando sério risco à Rede de Serviços Hemoterápicos do Brasil

Para a Fenafar a solução para a questão do plasma não está na aprovação da PEC, mas sim em um planejamento estratégico de curto, médio e longo prazos. Segundo o presidente da Entidade, Fábio Basílio, “A Fenafar tem uma posição firme contra a aprovação da PEC do comércio de sangue, em defesa da saúde pública e da segurança dos pacientes e doadores. Nós vamos continuar acompanhando de perto o desenvolvimento dessa proposta, reforçando o compromisso com a defesa do Sistema Única de Saúde.

A PEC não considera a existência da Fábrica da Hemobrás e pode prejudicar o desenvolvimento da indústria nacional e enfraquecer a autossuficiência de hemoderivados do Brasil. A Hemobrás já fraciona o plasma e o transforma em medicamentos essenciais, para hemofilia, por exemplo.

O Papel Vital da Hemobrás

Criada em 2004 a Hemobrás, vinculada ao Ministério da Saúde, é a única empresa autorizada a processar o plasma sanguíneo para a produção de medicamentos essenciais, como fatores de coagulação, imunoglobulinas e albumina.

A Hemobrás representa uma parte fundamental da garantia da qualidade do plasma sanguíneo. Seu pleno funcionamento é essencial para assegurar que todo o plasma excedente de qualidade possa ser processado, sem a necessidade de pagar pelas doações.

Com investimento adequado é possível chegar a autossuficiência. Com recursos de cerca de R$1,4 bilhão a previsão do Ministério da Saúde é que em 2025 a Hemobrás possa operar todas as etapas de produção e, com isso, se tornará a maior fábrica de medicamentos hemoderivados da América Latina.

Em pleno funcionamento, a Hemobrás terá capacidade de processar até 500 mil litros de plasma ao ano, podendo chegar a até 700 mil litros caso haja demanda. Essa é uma etapa fundamental para a autossuficiência do país.

A Fenafar e outras entidades da área da saúde continuam a acompanhar de perto o desenvolvimento dessa proposta sempre defendendo o Sistema de saúde público e a segurança dos pacientes.

Uma História de Lutas e Transformações

Nos anos 1970, o plasma sanguíneo era comercializado no Brasil, com doadores muitas vezes em situação de vulnerabilidade, trocando seu plasma por um lanche simbólico. Foi nessa época que começou a surgir o movimento da Reforma Sanitária, que defendia o acesso universal à saúde e culminou na criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos marcos desse movimento foi a luta pela proibição da venda de plasma.

No início da década de 1980, com a emergência do HIV e a falta de testes avançados para doenças, houve casos de receptores contaminados por transfusões de sangue. Isso levou à implementação de políticas públicas para fortalecer e consolidar a rede de hemocentros no país, visando garantir a qualidade do sangue doado.

As consequências trágicas das transfusões de sangue contaminado levaram o movimento da Reforma Sanitária a conquistar um importante marco: a inclusão de um artigo na Constituição Federal que proibia a comercialização de sangue e garantia a gratuidade desse ato vital.

A proibição da venda de sangue não foi uma conquista fácil. Foi necessário aguardar 13 anos após a promulgação da Constituição Federal até que fosse aprovada a Lei nº 10.205, de 21 de março de 2001, que regulamentou as práticas de coleta, processamento, estocagem, distribuição e aplicação do sangue e de seus derivados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também estabeleceu diretrizes rigorosas para a doação segura de sangue.

 

II Seminário Integrador do PNVS Comunidade

Na última sexta-feira, 29, foi realizado o II Seminário Integrador do Programa Nacional de Vigilância em Saúde e Participação da Comunidade – PNVS Comunidade. O evento fez parte da 23ª Semana Universitária da UnB, em Brasília e contou com a participação de nomes importantes da área da vigilância em Saúde, representantes de órgãos do governo federal, da Reitoria da UNB, das entidades organizadoras do PNVS Comunidade e do movimento estudantil. O Seminário foi coordenado pela Coordenadora Executiva do Projeto PNVS Comunidade, Astrid Sarmento Cosac. 

A Federação Nacional dos Farmacêuticos foi representada pela sua segunda vice-presidenta, Débora Melecchi. Durante a fala na abertura do evento, Debora destacou a atuação da Fenafar na defesa do papel do Estado fomentador dos serviços públicos, apoiador das Universidades Federais e incentivador dos Projetos de Extensão. 

“Os projetos de extensão são a forma de levar a academia até os territórios, mas principalmente trazer dos territórios os saberes para dentro da academia e vincular isso a Política Nacional de Vigilância em Saúde.” 

Debora destacou também o orgulho em fazer parte como uma das entidades organizadoras do PNVS Comunidade. “É um programa que se consolida e que terá muito futuro contribuindo para as pessoas, para os territórios, para as universidades e para o país.” 

O Diretor da Fenafar e Coordenador Geral de Articulação da Secretaria Nacional de Participação Social da Presidência da República, Ronald Ferreira dos Santos e toda a equipe de coordenadores e facilitadores do PNVS Comunidade também participaram da atividade  

Ronald destacou a importância da presença da Política Nacional de Vigilância em Saúde nas comunidades. “Nós estamos apresentados os resultados do PNVS – Comunidade, essa parceria entre a UNB o Fórum de Pró-Reitores de Extensão, Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde e Ambiente e Fenafar colocando em prática o preceito constitucional de que ações preventivas devem ser prioritárias e devem acontecer na comunidade. 

O PNVS Comunidade é um programa que contribui de forma expressiva com o fortalecimento da Política Nacional de Vigilância em Saúde no território nacional. Além disso, ele promove a junção entre o serviço, o ensino e a comunidade, o que contribuirá bastante para o fortalecimento da vigilância em saúde e, principalmente, para um SUS mais forte. O PNVS Comunidade está implementando a Política Nacional de Vigilância em Saúde – PNVS – nos espaços da comunidade. 

Lançada a Frente Parlamentar Mista do Sistema Único de Saúde FRENTE SUS

Foi lançada na quarta-feira, (27), a Frente Parlamentar Mista do Sistema Único de Saúde-FRENTE SUS com o objetivo contribuir com as ações voltadas ao desenvolvimento do SUS a partir da Câmara dos Deputados.

Realizado no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, o ato contou com a presença de deputados, de representantes de diversas entidades comprometidas com o fortalecimento do SUS, de partidos políticos, de diversos Conselheiros Regionais e Conselheiros Federais de Farmácia e dos conselheiros e conselheiras do Conselho Nacional de Saúde (CNS)

Representando a Fenafar, o presidente Fábio Basílio, aplaudiu a inciativa de reinstalação da FRENTE-SUS destacando que o SUS é importante para toda população.

“O SUS salva vidas, mostrou sua potência durante a pandemia e continua sendo essencial para todos. Mas, para que tenhamos uma SUS ainda mais forte é preciso que o trabalhador da saúde seja valorizado e respeitados.”

É o SUS que assegura a dignidade das pessoas e a preservação da soberania nacional. A frente parlamentar tem um papel crucial na promoção do avanço em direção ao SUS que almejamos e que o Brasil merece! Viva o SUS!

Lançado o Complexo Econômico e Industrial da Saúde (CEIS) 

Objetivo do Programa, apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terça-feira (26/9) pela manhã é diminuir a dependência do país do mercado internacional para insumos farmacêuticos, promover o desenvolvimento da indústria da saúde no Brasil, incluindo a produção de medicamentos, vacinas e equipamentos médicos, bem como o desenvolvimento de pesquisa e inovação no setor 

Diversos diretores da Fenafar participaram da cerimônia no Salão Nobre do Palácio do Planalto, quando o presidente Lula assinou o decreto que institui as estratégias do governo federal para o fortalecimento do Complexo Econômico e Industrial da Saúde (CEIS).  

A segunda vice-presidente da Fenafar, Debora Melecchi participou da mesa de autoridades representando o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto. Debora é titular do Comitê de Medicamentos na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde (CONITEC).  

No discurso, Debora destacou que 10 % das 1.228 diretrizes e propostas aprovadas na 17ª Conferência Nacional de Saúde tem relação com as Políticas de Ciência Tecnologia, Inovação, Saúde e Assistência Farmacêutica.  

“São diretrizes que se materializam a partir do entrelaçamento de um projeto de desenvolvimento e de geração de renda, nos oportunizando a autossuficiência nacional, elevando o Brasil a uma nação. Este ato nos mostra que estamos diante de um governo federal que articula diferentes ministérios par dar capilaridade e atendimento para o seu povo.” 

Segundo o governo até 2026 estão previstos investimentos de R$ 42 bilhões para suprir o Sistema Único de Saúde (SUS) com a produção e tecnologia locais, além de, nos próximos 10 anos, frear o crescimento do déficit comercial da saúde que em 2013, era de US$ 11 bilhões e hoje, chega a US$ 20 bilhões. 

Ao todo, 11 ministérios estão envolvidos na ação, coordenada pelo Ministério da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, além de nove órgãos e instituições públicas. O setor da saúde representa 10% do Produto Interno Bruto (PIB), garante a geração de 20 milhões de empregos diretos e indiretos e responde por um terço das pesquisas científicas no país. 

Seminário na Alesp discute PL que proíbe EAD na área da Saúde

O Presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos (FENAFAR), Fábio José Basílio, participou na tarde de hoje (25/9), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo – ALESP, de um painel que discutiu o Projeto de Lei Federal nº 5414/2016. O PL proíbe o incentivo do governo ao desenvolvimento e à veiculação de cursos de educação a distância (EAD) na área de saúde.

A Diretora de Relações Internacionais, Gilda Almeida e a Presidenta do Sindicato dos Farmacêuticos de São Paulo, (Sinfarsp) Renata Gonçalves Pereira, também participaram da atividade promovida pelo Fórum dos Conselhos de Atividades Fim da Saúde do Estado de São Paulo, (FCAFS-SP).

Ao final, foi formatado um parecer do FCAFS-SP sobre EAD na área da saúde e entregue ao Deputado Federal Orlando Silva que participou da atividade.

O texto (PL 5414/16) foi apresentado pelo deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) e altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Lei 9.394/96).

Pacheco defende que a formação de profissionais dessa área exige aprofundamento de conhecimentos teóricos e técnicos que podem ser prejudicados pela metodologia aplicada aos cursos de EAD.

O projeto tramita em caráter conclusivo nas comissões de Educação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania do Senado Federal. Com informações da Agência Câmara de Notícias.

Conferência Livre Preparatória para a 5ª CNSM: Rumo a Avanços na Saúde Mental Brasileira

Uma Conferência Livre preparatória para a 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental (CNSM), com o tema “Pelo direito de cuidar e ser cuidado em liberdade: Manicômios nunca mais”, será realizada no próximo dia 25 de setembro, às 19 horas.

Para participar é necessário inscrever-se antecipadamente neste link. O inscrito, receberá um e-mail de confirmação contendo as informações sobre como entrar na reunião. 

Organizada pelo “Movimento Nacional Saúde pela Democracia + SUS é + Brasil”, essa conferência tem apoio do Instituto Enfar e da Fenafar que transmitirá o evento em seu canal no YouTube, garantindo o acesso aos debates para um público mais amplo. (youtube.com/@fenafar) O movimento é formado pela CTB, CONAM, UJS, UNEGRO, UBM, UNE E ANPG.

O objetivo dessa conferência livre é promover um espaço de discussão e participação democrática para todos os interessados na área da saúde mental e que buscam contribuir com a construção e atualização das políticas públicas nesse campo.

Essa conferência livre representa uma oportunidade para que profissionais da área de saúde, usuários dos serviços, familiares, e toda a sociedade possam contribuir com ideias e propostas para o aprimoramento das políticas de saúde mental no Brasil.

5ª CNSM será realizada em dezembro.

A 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental (CNSM) Domingos Sávio é um grande evento de participação social no Brasil, organizado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e realizado pelo Ministério da Saúde. Esse é o espaço de construção e atualização das políticas públicas no campo da saúde mental, conforme rege a legislação do Sistema Único de Saúde (SUS).

Com o tema “A Política de Saúde Mental como Direito: Pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços da atenção psicossocial no SUS”, a etapa nacional da 5ª CNSM ocorrerá de 11 a 14 de dezembro de 2023, em Brasília.

A conferência abordará questões cruciais relacionadas à saúde mental e os direitos humanos, fortalecendo as políticas públicas e aprimorando a atenção psicossocial no SUS.

O eixo principal da 5ª CNSM é “Fortalecer e Garantir Políticas Públicas: SUS, o Cuidado de Saúde Mental em Liberdade e o Respeito aos Direitos Humanos”. Esse eixo será subdividido em quatro subeixos, a saber:

– Cuidado em Liberdade como Garantia de Direito à Cidadania.
– Gestão, financiamento, formação e participação social na garantia de serviços de saúde mental.
– Política de saúde mental e os princípios do SUS: Universalidade, Integralidade e Equidade.
– Impactos na saúde mental da população e os desafios para o cuidado psicossocial durante e pós-pandemia.

Fiocruz e OPAS lançam livro sobre a Produção Local de Medicamentos no Brasil

Em 1° de setembro de 2023, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançaram a obra Panorama da Produção Local de Medicamentos no Brasil: Desafios e Vulnerabilidades, escrita por: Daniela Moulin Maciel de Vasconcelos; Giselle Silva Calado; Jorge Antonio Zepeda Bermudez; Jorge Carlos Santos da Costa; Maria Auxiliadora Oliveira; María de los Ángeles Cortés e Natália Franco Veloso.

As preocupações com o tema não são recentes, mas se aprofundaram com a pandemia da Covid-19 que revelou a dependência do mercado brasileiro não só de medicamentos importados, mas também de insumos básicos para a produção nacional e as dificuldades de acesso em momentos de escassez mundial e fechamento de fronteiras.

Segundo a OPAS, “o livro aborda questões estratégicas relacionadas à garantia do acesso universal a medicamentos em nossa Região. A publicação analisa as vulnerabilidades e os desafios do setor, caracterizando a indústria farmacêutica nacional e relacionando as questões/linhas gerais da produção local com as políticas que surgiram a partir de debates internacionais, bem como com as parcerias entre a OMS e OMC que também fazem parte do cenário. Essa publicação também aborda a reorganização da assistência farmacêutica, um tema que pode orientar políticas públicas no futuro governo brasileiro e influenciar a formulação de políticas em outros países da nossa Região”.

O livro está dividido em cinco capítulos que abordam: vulnerabilidades da produção local de medicamentos, fármacos e biológicos no Brasil; legislação brasileira sobre medicamentos genéricos, similares, biológicos e biossimilares; produção pública; produção privada. Ao final, estabelece recomendações que coincidem com a Resolução WHA 74.6 (2021), que dispõe sobre o fortalecimento da produção local de medicamentos e outras tecnologias em saúde para melhorar o acesso, bem como a Resolução CD59.R3 (2021) que trata do aumento da capacidade de produção de medicamentos e tecnologias em saúde consideradas essenciais.

O acesso a medicamentos e vacinas de qualidade é umas das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, sendo considerada indispensável para a efetivação do direito à saúde. Fonte: MPPR

– Para baixar a íntegra do livro, clique aqui.

Farmacêuticos(as) podem ser RT em estabelecimentos privados de vacinação 

Uma lei, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União em 15 de setembro, estabelece diretrizes para administração de vacinas em estabelecimentos privados.  

O texto prevê que nestes locais haja a presença obrigatória de um profissional legalmente habilitado, que pode ser farmacêutico(a), enfermeiro(a) ou médico(a) atuando como responsável técnico. 

A nova lei estabelece que os estabelecimentos privados destinados à vacinação humana devem ser devidamente licenciados pelas autoridades sanitárias competentes.  

O Responsável Técnico será encarregado de supervisionar e garantir a qualidade e segurança das atividades de vacinação durante todo o período de funcionamento do serviço. Além disso, a legislação exige que esses profissionais passem por treinamentos regulares, conforme determinado por regulamentos específicos. 

A lei também estabelece que os serviços são obrigados a gerenciar tecnologias, processos e procedimentos de acordo com as normas sanitárias aplicáveis além de adotar medidas rigorosas para manter a qualidade e integridade das vacinas na rede de frio, inclusive durante o transporte. 

Outros requisitos incluem o registro de informações detalhadas nos comprovantes de vacinação, a manutenção de prontuários individuais e a conservação de documentos sobre as vacinas e a notificação de eventuais eventos adversos. A nova lei também reforça os direitos dos usuários que utilizam os serviços de vacinação privados.  

A presença do farmacêutico como responsável técnico em estabelecimentos privados de vacinação é uma importante garantia de qualidade e segurança para a população, assegurando que os procedimentos sejam conduzidos de acordo com os padrões profissionais e sanitários.

Conheça a lei no link