Neste 31 de março, centenas de milhares saíram às ruas – o próximo passo é a greve geral

Dezenas de municípios brasileiros foram palco para as manifestações desta sexta-feira, 31 de março, quando as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo sem uníram às centrais sindicais em uma nova demonstração contra o governo Temer. A pauta principal, como no dia 15, foi a Reforma da Previdência, mas a iminência da sanção da Lei da Terceirização Irrestrita trouxe grande atenção a esse tema.

 

O comparecimento de trabalhadores e trabalhadoras continua forte, diante das medidas ultraliberais cada vez mais apressadas do governo golpista. A maior concentração aconteceu em Belo Horizonte, onde se reuníram mais de 100 mil pessoas para um ato que misturou intervenções culturais e discursos inflamados dos movimentos sociais. São Paulo teve um público igualmente grandioso, com 70 mil em marcha em ato que começou na Avenida Paulista e terminou na Praça da República. No Rio de Janeiro, 60 mil pessoas tomaram conta da Avenida Rio Branco, e as cidades de Fortaleza e Natal tiveram respectivamente 35 mil e 20 mil pessoas, e Aracaju concentrou mais 15 mil.

As atividades, no entanto, percorreram dezenas de cidades do interior, começando já às cinco horas da manhã com trancaços e assembleias de trabalhadores paralisados. Do Acre ao Rio Grande do Sul, uma extensa lista de eventos foram levados adiante, variando de manifestações em frente a sedes de governo até o fechamento de rodovias federais.

Na Bahia, ao menos 10 municípios realizaram demonstrações simultâneas à de Salvador, e, no Rio de Janeiro, o ato também incorporou uma cerimônia de memória pela data do golpe militar de 64, 1º de abril, diante da Rede Globo. Curitiba realizou um grande debate na Assembleia Legislativa do Paraná contra a Reforma da Previdência, com a participação dos senadores Paulo Paim, Gleisi Hoffmann e Roberto Requião e com o ex. Ministro da previdência Carlos Gabas.

Apesar da amplitude dos protestos, apenas em uma localidade foi registrada uma ação de repressão violenta por parte da polícia, em Uberlândia (MG). Segundo a Frente Brasil Popular, a Polícia Militar reprimiu uma mobilização do MTST no município. “Sem diálogo, a tropa de choque e mais viaturas de outros batalhões chegaram atirando e soltando bombas, com o apoio de um helicóptero”, diz um comunicado da Frente. 15 pessoas ficaram feridas e 2 manifestantes foram presos.

A construção de uma greve geral

Em São Paulo, um ponto em comum na fala de todos os representantes foi a construção de uma greve geral, que teria dois objetivos principais: primeiro, impedir os projetos de retirada de direitos de Michel Temer de prosperarem; segundo, afastá-lo da Presidência para a realização de uma nova eleição presidencial. A presença massiva de professores do ensino público determinou especial atenção para a pauta específica dos professores – especialmente pela situação dramática que a Reforma da Previdência impõe a essa categoria, que perderá toda a redução de exigências do magistério.

O secretário de Políticas Sociais da CTB, Carlos Rogério Nunes, definiu a situação de Temer como “fraca”, e conclamou: “Basta que a gente balance ele o suficiente que ele não aguenta, pois seu governo é ilegítimo e sua aprovação está lá em baixo”.

Confira a galeria fotográfica da manifestação em São Paulo no FLICKR DA CTB

Outro discurso de destaque, que fez propostas ousadas para os participantes da passeata, foi o de Guilherme Boulos, coordenador-geral do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). “A aprovação de Temer hoje está tão baixa, mas tão baixa, que só é comparável à do ditador Figueiredo, que ficou conhecido por dizer que preferia cavalos do que gente. Esse é o presidente que os golpistas colocaram no poder”, analisou Boulos, jocosamente. E previu: “Se eles estão achando que podem fazer o que quiserem lá em Brasília, estão muito enganados, porque a gente não vai deixar. A gente vai fazer essa greve e, se eles não desistirem dessa Reforma da Previdência, a gente vai ocupar aquele Congresso! Uma hora a conversa vai acabar!”.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, falou das relações dos membros do Congresso com Michel Temer, e disse que não dará trégua para os parlamentares que se aliarem aos cortes de direitos. “A gente vai ficar em cima de cada deputado que votar por essas reformas, vamos colar o retrato deles em cada poste deste país. O recado é um só: ajudou no corte de direitos, não vai mais ser eleito para nada”, ameaçou.

Nunes, Boulos e Freitas fizeram coro com dezenas de outras lideranças em várias partes do Brasil, cuja principal tarefa é articular uma paralisação nacional para o dia 28 de abril. Nas palavras do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), presente no ato de São Paulo, a amplitude das conversas realizadas até agora indica que esta poderá ser “a maior greve já realizada no país”.

“No dia 28 de abril o Brasil vai parar”, define Fórum das Centrais após reunião em São Paulo

Está decidido: o Brasil vai parar no dia 28 de abril. Nessa data, as centrais sindicais farão o seu grande ato unitário contra as reformas da previdência e trabalhista encaminhadas pela gestão de Michel Temer.

 

O Fórum das Centrais se reuniu nesta segunda-feira (27), em São Paulo, na sede da UGT para traçar planos de resistência da classe trabalhadora às políticas que restringem direitos trabalhistas e sindicais e que tramitam no Congresso Nacional.

 

A CTB estava representada pelo presidente nacional da central, Adilson Araújo, o secretário-geral, Wagner Gomes, e a secretária de Comunicação, Raimunda Gomes. Dirigentes do Sindicato dos Metroviários também compareceram ao encontro e levaram seu apoio à construção da greve geral contra a precarização de emprego e dos direitos.

Da reunião foi retirada uma convocação comum para 28 de abril – Dia Nacional de Luta:

 

“As centrais sindicais conclamam seus sindicatos, federações e confederações a paralisarem suas atividades no dia 28 de abril. O objetivo é enviar ao governo um contundente alerta de que a sociedade e a classe trabalhadora não aceitarão as propostas da reforma previdenciária, trabalhista e o projeto de terceirização aprovado pela Câmara dos Deputados, no último dia 23 de março. Na opinião das lideranças, trata-se do desmonte da previdência pública e a retirada dos direitos trabalhistas, garantidos pela CLT.

Por isso, conclamamos toda a sociedade, neste dia, a demonstrarem o seu descontentamento, ajudando a paralisar o Brasil.

 

São Paulo, 27 de março de 2017
CTB – UGT – CGTB – CUT – Força Sindical – Intersindical – CSP-Conlutas – CSB”

Além do dia 28, a agenda do Fórum das Centrais convoca:

 

31 de março – Dia Nacional de Mobilização Rumo à Greve Geral, movimento convocado pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo em todo o país.

 

Abril de Lutas

 

Durante todo o mês de abril, realizar assembleias, reuniões, plenárias, manifestações nas empresas, portas de fábricas e locais de trabalho rumo à construção Nacional da GREVE GERAL.

 

Fonte: CTB

Adilson Araújo: Os direitos conquistados pela classe trabalhadora são inegociáveis

Diante da notícia publicada pelo jornal Folha de São Paulo neste sábado, 25, com insinuações sem fonte de que quatro centrais sindicais estariam negociando com o governo golpista um abrandamento da oposição às contrarreformas trabalhista e previdenciária em troca de “ajuda do governo para retomar a cobrança da contribuição assistencial”, a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) vem a público esclarecer que:

 

1- Entendemos que os sindicatos foram criados para conquistar e defender direitos. Traficar com esses princípios em nome da sobrevivência seria uma infâmia;

2- O golpe, completa seu primeiro ano no dia 17 de abril, desencadeou uma ofensiva contra a classe trabalhadora sem paralelo na história. Sob o comando de Temer, os golpistas estão querendo destruir o Direito do Trabalho, a Justiça do Trabalho, a Previdência e a seguridade social. Além disto, atacam de forma sistemática o estado democrático de direito e a soberania nacional, empenhando o pré-sal ao capital estrangeiro e enfraquecendo a Petrobras;

3- A CTB é pela luta sem tréguas em defesa dos direitos sociais, da democracia e da soberania nacional e é com este espírito e determinação que proclama a necessidade de promover, em aliança com outras centrais e os movimentos sociais, um abril vermelho de grandes mobilizações que deve culminar numa greve geral, cuja data será definida nesta segunda-feira pelo fórum das centrais.

4- É necessário enfatizar que a matéria publicada pela Folha tem um claro viés anti-sindical. É mais uma peça da mídia burguesa para desacreditar os sindicatos e suas lideranças e sabotar a mobilização popular contra a reforma e o governo golpista.

5- Nenhuma conciliação com a restauração neoliberal e os golpistas. Fora Temer! Diretas Já!

São Paulo, 25 de março de 2017

Nesta quarta-feira, 15, o Brasil vai parar contra a Reforma da Previdência

As atividades contra a reforma da previdência proposta pelo presidente Michel Temer estão mobilizando de milhares de pessoas em todo o Brasil. O tema foi o eixo principal das mobilizações do 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e é o mote do dia de mobilização e paralisações que acontecerá no próximo dia 15 de março em todas as capitais e diversas cidades.

 

É o primeiro ato do ano realizado em conjunto pela Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo e o fórum das centrais sindicais. Diversos sindicatos também realizarão assembleias e atos nas categorias, sendo que a maior mobilização prevista será a dos professores e trabalhadores da educação que, segundo a CNTE, deve contar com a participação de milhões de trabalhadores em todo o Brasil.

Não é reforma. É o fim da aposentadoria

A proposta de reforma da previdência foi enviada pelo presidente Michel Temer em dezembro do ano passado, no apagar das luzes do período legislativo. O governo alega que há um rombo na previdência fiscal, o que já foi desmentido pelo DIEESE e também e especialistas em auditoria, como a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil

Enquanto o governo justifica a reforma com o déficit, aplica desonerações fiscais às empresas, não combate efetivamente sonegação fiscal e perdoa a dívida de centenas de empresas que devem três vezes o valor do déficit ao INSS.

Se essa reforma for aprovada, na prática, significará o fim da aposentadoria, que muda a idade mínima para 65 anos tanto para homens quanto para as mulheres e aumento o tempo de contribuição de 15 para 25 anos. Isso porque a expectativa de vida nas periferias e em muitas cidades é de 58 anos. Temer quer que o brasileiro morra trabalhando e diga adeus à mínima dignidade que foi conquistada e é garantida aos mais velhos na Declaração de Direitos Humanos.

As manifestações também serão pelo Fora, temer! Nenhum Direito a menos e Diretas,Já!

Confira a Agenda

Acre
Rio Branco

Alagoas
Maceio
10h – Praça dos Martírios

Arapiraca
9h – Praça Luiz Pereira Lima

Amazonas
Manaus
16h – Praça do Congresso

Amapá
Paralizações descentralizadas

Bahia
Salvador
15h – Campo Grande

Ceará
Fortaleza
8h – Praça da Bandeira

Distrito Federal
Brasília
8h – Catedral

Espírito Santo
Vitória
7h – Pracinha das goiabeiras

Goiás
Goiânia
9h – Centro da Cidade

Maranhão
São Luis

Mato Grosso
Cuiabá
16h – Praça do Ipiranga

Mato Grosso do Sul
Paralisações descentralizadas

Minas Gerais
Belo Horizonte
10h – Praça da Estaçäo

Uberlandia
16h – Praça Ismene Mendes ( antiga Tubal Vilela)

Governador Valadares
16h – Praça dos Pioneiros

Teofilo Otoni
9h – Câmara Municipal

Pará
Belém
9h – Praça da República

Paraíba
João Pessoa
14h – Ministério da Previdência, próximo a Lagoa

Paraná
Curitiba
10h – praça Tiradentes

Pernambuco
Recife
9h – Praça Oswaldo Cruz

Piaúi
Paralisações descentralizadas

Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
16h – Candelária

Rio Grande do Norte
Natal
14h – Praça Gentil Ferreira

Rio Grande do Sul
Porto Alegre
18h – Esquina Democrática

Rondônia
Porto Velho
9h – Praça Estrada de ferro madeira Mamoré

Roraima
Boa Vista
8h – Assembleia Legislativa

Santa Catarina
Florianópolis
16h – Praça Miramar

São Paulo
São Paulo
16h – MASP

Piracicaba
9h – Poupatempo

São José do Rio Preto
15h – Terminal Central

Ribeirão Preto
17h – Terminal Dom Pedro II

Sorocaba
7h – Praça Coronel Fernando Prestes

Americana
16h – Praça Comendador Muller

Sergipe
Aracaju
14h – Praça General Valadäo

Tocantins
Palmas
8h30 – Colégio Säo Francisco

Fonte: Vermelho

No 8 de março, as mulheres tomam as ruas para dar um basta no retrocesso e na violência

No primeiro Dia Internacional da Mulher – 8 de março – depois do golpe à democracia brasileira com a deposição da presidenta Dilma Rousseff, as brasileiras prometem sair às ruas para pôr fim à violência de gênero e os retrocessos do governo Temer.

 

As mulheres prometem cruzar os braços, pelo mundo afora, contra a cultura do estupro e todas as formas de discriminação de gênero. O slogan usado já diz tudo: “Se nossas vidas não importam, produzam sem nós”.

De acordo com Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), “já passa da hora de dar um basta. Todas juntas podemos derrotar o machismo que nos oprime e construir um mundo onde predomine a justiça e a igualdade”.

A CTB defende a equidade para avançar à igualdade nas questões de gênero. Entre as principais bandeiras que tremulam na campanha feminista deste ano está o combate às reformas da previdência e trabalhista (saiba mais aqui).

As mulheres são as primeiras a serem demitidas e as últimas a se recolocarem no mercado de trabalho. Além disso, “trabalhamos horas a mais que os homens todas as semanas, temos que dar conta de casa e dos filhos, geralmente sem apoio de ninguém”, reforça Kátia Branco, secretária da Mulher da CTB-RJ.

A situação das mulheres negras é ainda mais degradante, informa Mônica Custódio, secretária de Igualdade Racial da CTB. “Trabalhamos em situação mais precarizada, em serviços de menores salários e ainda moramos mais longe, em situação de vulnerabilidade total”.

Tristemente, o Brasil é um dos países mais violentos com as mulheres. “A cultura do estupro mata milhares todos os anos, grande parte constituída de meninas, com menos de 14 anos e dentro de casa, por pessoas conhecidas ou da família”, diz Lenir Fanton, secretária da Saúde da CTB-RS.

“É muito importante que a CTB e as demais centrais sindicais definam como prioridade a bandeira da igualdade de gênero para que as mulheres, que constituem 52% da população do país possam viver em paz, em segurança e possa realizar-se plenamente como ser humano”, defende Érika Piteres, secretária da Mulher da CTB-ES.

Por isso, “levaremos para as manifestações em todo o país, além da denúncia da perversidade das reformas do Temer, a necessidade de termos mais mulheres na política para asvançarmos nas conquistas dos últimos anos. Políticas públicas abandonadas pelo governo golpista”, sintetiza Pereira.

Fonte: CTB

Conquista do voto feminino é comemorada com ampla agenda de luta

A conjuntura em 2017, desde os seus primeiros dias, sinaliza para um ano de ampla disputa política em defesa de um projeto de nação. Denominada como a primeira grande manifestação deste ano, o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, galvanizou diferentes forças em torno de um objetivo: barrar o projeto que objetiva acabar com direitos consagrados, dizer não às reformas da Previdência e Trabalhista e reafirmar o combate a violência contra a mulher.

 

Na última sexta-feira (24), as mulheres de todo o Brasil reafirmam sua mobilização para esse dia ao comemorar o Dia da Conquista do Voto Feminino, que em 2017 completa 85 anos. Foi nesta data, que as mulheres adquiriram o direito de votar, em nível nacional, no Brasil, a partir de 1932, com o Código Eleitoral Provisório, aprovado durante o governo de Getúlio Vargas.

Para a secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CTB, Ivânia Pereira, essa data tem uma simbologia de alta importância, especialmente, quando se trata da luta pela ampliação da presença da mulher nos espaços de poder e decisão.

Ela destaca que a data marca o reconhecimento da cidadania das mulheres. “Durante muito tempo fomos consideradas cidadãs de segunda categoria. Toda a luta do movimento sufragista colocou a participação das mulheres em outro patamar”, destacou a dirigente, que também compõe a direção nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM).

Mais vale o que virá

Para Ivânia há muito o que comemorar, porém, ainda há muitos e grandes desafios a serem superados pelas mulheres. “A atual conjuntura que vive o Brasil, especialmente, pós-impeachment da primeira presidenta do Brasil [Dilma Rousseff], nos cobra ainda mais energia para enfrentar as forças conservadoras que não aceitaram o pequenos avanços e conquistas dos últimos 15 anos”.

E completou: “Precisamos avançar ainda mais nessas conquistas. Sobretudo no que se refere à ampliação da participação da mulher nos espaços de poder e de decisão. Mesmo comemorando 85 anos do voto, ainda sofremos com a sub-representação. Uma realidade que precisa mudar, pois somos a maioria nos colégios eleitorais e a minoria nos espaços de poder”, lembrou.

8 de Março

De acordo com informações das entidades que compõem a organização do 8 de Março, a grande marcha das mulheres urbanas e rurais pelo Brasil reafirmará sua luta contra a violência e pela emaciação, mas também somará força aos demais movimentos sociais e sindical contra o desmonte da Previdência Social e a reforma Trabalhista.

Em entrevista, Maria das Neves, diretora da UJS Feminista, destacou que “ainda estaremos no clima do carnaval e a irreverência e o protagonismo feminino devem contagiar a UJS e tomar as ruas. Iremos organizar vários blocos de carnaval, com baterias feministas, fantasias e confetes”, afirmou.

A jovem feminista ainda sinalizou que “em 2014 a UJS reafirma a centralidade da luta das mulheres para nossa organização e convoca o conjunto da sua militância para realizar no dia 8 de março, de norte a sul do Brasil, o lançamento oficial do 17° Congresso da entidade intitulado ‘Amar e mudar as coisas’. Convocamos todas as jovens mulheres brasileiras a ingressarem nas fileiras da UJS. Temos o desafio de filiar meio milhão de jovens na UJS. E que metade seja composta por mulheres!”.

Fonte: CTB

UnB sediará 3º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação

O encontro será realizado pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, entidade da qual a Fenafar é filiada, e tem o objetivo de mobilizar os movimentos sociais em defesa de uma comunicação mais democrática, sem a qual a agenda de luta em defesa dos direitos fica comprometida. O evento será realizado de 26 a 28 de maio, no campus Darcy Ribeiro, em Brasília. Cerca de 500 participantes de várias organizações deverão participar do evento.

 

Antes do 3º ENDC, as entidades que atuam no campo da saúde e no controle social do SUS estão chamados, também, para se mobilizarem e participarem da 1ª Conferência Livre de Comunicação em Saúde, que será promovida pelo Conselho Nacional de Saúde e também conta com o apoio da Fenafar e do Fórum Nacional pela Democratização.

O ENDC já teve duas edições. Em fevereiro de 2012, no Recife (PE), quando reuniu, durante três dias, mais de 300 comunicadores comunitários, pesquisadores, professores, estudantes, representantes de ONGs, jovens, movimentos sociais e associações de classe de todo o Brasil, na Universidade Católica de Pernambuco, para debater temas como marco regulatório da comunicação e o papel dos meios de comunicação independentes, populares e comunitários, entre outros.

A edição mais recente, realizada em abril de 2015, em Belo Horizonte, contou com a participação expressiva de mais de 700 pessoas de todas as regiões do Brasil, que também se reuniram durante três dias para debater os desafios para a construção de um sistema de comunicação diverso e plural. Participaram convidados internacionais de renome no debate dessa agenda, como Toby Mendel, consultor da Unesco e diretor do Centro de Direitos e Democracia, os professores Guillermo Mastrini e Martín Becerra, da Argentina, além de Gustavo Gómez (professor e ex-secretário nacional de Telecomunicações do Uruguai). Na ocasião, foram discutidos os marcos regulatórios de outros países e os parâmetros internacionais para as políticas públicas de comunicação, como forma de estabelecer o debate e empoderar a sociedade civil brasileira na tarefa de reivindicar a adoção de mecanismos para a democratização das comunicações no país.

Vale registrar, nesse contexto, que o ENDC se consolidou como o maior e mais expressivo encontro sobre liberdade de expressão e direito à comunicação no Brasil, capaz de reunir o conjunto da sociedade civil e dos movimentos que debatem este assunto-chave para o desenvolvimento da democracia nacional.

Para esta terceira edição do ENDC, estão previstas discussões e atividades que abordarão diversos assuntos relativos à democratização nas comunicações, como a campanha contra violações à liberdade de expressão no Brasil, a construção de um marco regulatório democrático para a mídia, fortalecimento da comunicação pública, políticas de internet (liberdade de expressão e direito à privacidade), políticas de inclusão digital, entre outros temas, incluindo a participação de convidados nacionais e internacionais referenciais nessa agenda. O encontro visa, ainda, estabelecer redes e fortalecer os mais diversos movimentos em prol do direito à comunicação, objetivando potencializar o espectro de ação dos diversos atores e a capacidade de intervir na formulação de políticas públicas.

Parceria com a UnB simboliza a luta pela democracia

Integrantes da Coordenação Executiva do FNDC se reuniram com a decana de extensão da Universidade de Brasília (UnB), professora Olgamir Amância, e o diretor da Faculdade de Comunicação, Fernando Oliveira Paulino, para fechar o apoio da UnB na realização do 3º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (ENDC), nos dias 26, 27 e 28 de maio, na capital federal.

Durante a reunião, Olgamir recebeu o projeto do 3º ENDC e lembrou que a universidade precisa retomar a tradição dos grandes debates democráticos. “Essa gestão quer reforçar frentes estratégicas que possam ajudar a tematizar ações da UnB”, afirmou a decana, que ainda ressaltou a importância do diálogo entre a universidade a sociedade civil.

Para Fernando Oliveira Paulino, diretor da Faculdade de Comunicação da UnB, o Encontro poderá ser um espaço de promoção de políticas públicas de comunicação no país. “Esse evento tem relação direta com a histórico envolvimento da UnB no debate sobre direito à comunicação e pode ser um marco para a promoção do diálogo sobre temas contemporâneos, tais como serviço público de comunicação e direitos na internet e nas telecomunicações.

Segundo Renata Mielli, coordenadora geral do FNDC, o Encontro será um espaço de articulação e resistência. “O direito à comunicação vem sendo sistematicamente violado no Brasil, assim como outros direitos, então precisamos resistir e nos organizar para impedir ainda mais retrocessos. Precisamos garantir a preservação do pouco que conseguimos no último período”. Ela cita o caso da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), principal conquista do movimento pela democratização das comunicações no Brasil e um dos primeiros alvos do governo Temer. “Para alguns setores retrógrados a EBC precisa ser extinta, e isso é uma amostra do tamanho dos desafios que enfrentamos. Além disso, precisamos defender também o Marco Civil da Internet e lutar por uma lei de proteção de dados, além da aceleração do processo de privatização das telecomunicações, entre outras questões”, enumera. Renata afirma que a parceria com a UnB é muito significativa. “A Universidade de Brasília sempre esteve na vanguarda da defesa dos direitos, entre eles a liberdade de expressão. Para nós, é uma honra realizar esse ENDC num ambiente como esse. Estamos muito satisfeitos por isso”, completa.

Com o apoio do DEX e da FAC, o Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação vai sediar todas as suas atividades nas dependências do campus Darcy Ribeiro. Um grupo de trabalho, formado por integrantes das duas unidades, além do FNDC, vai encaminhar as questões de logística. A programação do ENDC, que deve contar com participação de convidados internacionais, ainda está sendo construída. Temas como direitos na internet, telecomunicações, radiodifusão, mídia e direitos humanos deverão ser abordados nas principais conferências a painéis.

Calar Jamais!

A Coordenação Executiva do FNDC se reuniu pela primeira vez este ano na segunda-feira (13/2), quando fechou o planejamento estratégico para o próximo semestre. Além de discutir diretrizes para a programação do 3º ENDC, foi aprovado o lançamento de uma campanha nacional de fortalecimento do FNDC, que inclui a disponibilização de uma plataforma digital para doações e convite para filiação de novas entidades.

Também foi avaliada a campanha Calar Jamais!, lançada em outubro do ano passado para denunciar as sucessivas violações à liberdade de expressão no país desde a ascensão do governo golpista ao poder. A campanha resulta de parceria com diversas organizações da sociedade civil e consiste numa plataforma digital para recebimento de denúncias (acesse aqui). Os dois vídeos de promoção da campanha já tiveram mais de 2,3 milhões de visualizações no Facebook e no YouTube. Várias denúncias já chegaram ao Fórum por meio da plataforma.

 

 

 

Da redação com FNDC

Descarte de medicamentos é tema de reportagem no Acre

Nesta quarta-feira, a presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Acre e diretora de Assuntos Jurídicos da Fenafar, Isabela Sobrinho, participou na TV Acre de reportagem sobre descarte de medicamentos domiciliares.

 

Isabela alerta para os perigos do descarte de resíduos de medicamentos no lixo comum, que podem contaminar ou ser consumido por outras pessoas, levando a intoxicações e até a casos de óbito. No estado do Acre a lei estadual 2720/2013 criou o Programa Estadual de Coleta de Medicamentos Vencidos ou Estragados. Além do Acre, outros cinco estados possuem leis similiares: Ceará, Distrito Federal, Paraíba, Paraná e Rio Grande do Sul.

Para Isabela “é importante conscientizar a população sobre os cuidados de armazenamento de medicamentos e orientar a população a procurar um profissional capacitado para tirar suas dúvidas”.

Assista a reportagem da TV Acre na íntegra.

Da redação
Publicado em 22/06/2017

Centrais convocam para março Dia Nacional de Paralisação; confira agenda de lutas

Em reunião na sede do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em São Paulo, na manhã desta sexta-feira 20, dirigentes das principais centrais sindicais brasileiras definiram um calendário de ações contra as reformas da Previdência e trabalhista.

“É importante dar um salto de qualidade na questão da mobilização – nenhum assunto afeta tão negativamente a classe trabalhadora quanto estas mudanças na Previdência. Esta PEC é para judiar, vai atingir quem está e quem não está no sistema. Temos de trabalhar para uma paralisação geral”, disse Wagner Gomes, secretário-geral da CTB, no início da reunião.

A agenda consensual eleita no encontro abrange os próximos dois meses e tem o objetivo de construir um movimento de resistência às reformas da Previdência e Trabalhista, com seminário, jornada de debates, mobilização em Brasília, culminando com uma paralisação nacional na segunda quinzena de março.

“As lutas contra as reformas e o enfrentamento do desemprego são os eixos centrais da mobilização unitária do movimento sindical. Com ênfase no combate ao desmonte da previdência pública”, diz o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana.

O diretor do sindicato dos metroviários de São Paulo, Flavio Godoi, membro da direção plena da CTB, afirmou que o setor de transportes também trabalha na construção de uma paralisação em nível nacional.

Lideranças da CTB, CUT, UGT, CGTB, CSB, Intersindical e Força Sindical aprovaram o seguinte calendário:

Fevereiro

7 e 8 : Seminário Nacional da Previdência Social

21: Lançamento da Jornada de Debates

22: Mobilização no Congresso Nacional contra as reformas

E no mês de março, em data a ser definida, será o Dia Nacional de Paralisação.

Neste período, as centrais sindicais trabalharão junto a suas bases uma contraofensiva da informação oficial – o objetivo é desconstruir o discurso alardeado em propagandas do governo pelo rádio, TV e redes sociais de que a reforma da previdência é fundamental e inevitável, ainda que estas informações sejam amplamente contestadas por economistas e técnicos da área.

Aliás, nota técnica divulgada nesta quinta-feira (18) pelo Dieese – PEC 287: a minimização da Previdência pública – detalha as mudanças na Previdência, passo a passo, e dá a justa diimensão de seu impacto na vida dos brasileiros de forma geral e das mulheres, idosos e da população da área rural.

“O mais importante é que cada sindicato faça o debate com sua própria categoria. São dois meses para o trabalho de convencimento de que estas reformas não vão ajudar a classe trabalhadora, mas piorar a sua condição. São dois meses para que os trabalhadores dirijam às refomas da previdência e trabalhista a mesma insatisfação que os fazem protestar por aumento salarial”, ponderou, ao final da reunião, o dirigente da CTB Eduardo Navarro.

A partir das 15h, também na sede do Dieese, as mesmas lideranças sindicais têm uma reunião marcada com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Na pauta, as reformas trabalhista e previdenciária.

Fonte: CTB

Direito à saúde é pauta do CNS no Fórum Social das Resistências

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) realizou nesta quinta-feira (19) a palestra sobre o direito à saúde como forma de resistência. A atividade integra o Fórum Social das Resistências, que segue até sábado. Na ocasião, os participantes sugeriram uma unificação das diversas frentes dos movimentos sociais em defesa do SUS.

O presidente do CNS e da Fenafar, Ronald Santos, apresentou um balanço das ações do Conselho em 2016. Ronald ressaltou a importância da mobilização social em defesa da democracia. “Tivemos duas grandes linhas de atuação no ano que passou. A primeira foi a defesa da liberdade de organização do povo brasileiro, que luta bravamente pela nossa soberania popular, e a segunda a de assegurar nossa democracia participativa”, disse.

Para o vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde do RS, Itamar Santos, os conselhos municipais de saúde têm papel fundamental no fortalecimento da democracia participativa, que no dia a dia da comunidade sabe o que realmente acontece com a saúde da população. “O controle social tem o dever de informar as pessoas sobre as políticas de saúde e as ameaças que fazem com que esse direito acabe”, afirmou.

Controle Social

O deputado e Tarcísio Oliveira (PT/RS) atribuiu os grandes avanços no âmbito do direito à saúde aos movimentos sociais. “Se hoje temos a saúde como um direito garantido na Constituição Federal, devemos agradecer aos movimentos sociais. Tivemos uma importante ascensão e cada vez mais os setores conservadores munem de argumentos que querem desconstruir o SUS. Acredito que os conselhos hoje devam virar comitês em defesa do SUS”, enfatizou.

A enfermeira Lilian Vergara, de Macapá/AP, relatou a dificuldade de se trabalhar com as comunidades ribeirinhas. “Além dessas pessoas conviverem em situações precárias, que vão desde o saneamento básico, até a saúde coletiva, os profissionais de saúde, enfrentam a falta de compromisso dos gestores em seus vínculos de trabalho. Nossos salários são baixos e não acompanham o piso brasileiro.

O Fórum Social das Resistências é um encontro temático inspirado no Fórum Social Mundial, que teve sua primeira edição em 2001, também na capital gaúcha. Na prática, o Fórum Social das Resistências é um contraponto ao Fórum Social Econômico, que ocorre também nesta semana em Davos, na Suíça. De acordo com a organização do evento, são esperadas 20 mil pessoas até o próximo sábado (21).

Fonte: CNS