Resolução da CTB defende democracia e campanha para fortalecer os sindicatos

Acabou na tarde da última sexta (11), a 18ª reunião da Direção Nacional da CTB que reuniu 84 dirigentes representando as cinco regiões do país. Em dois dias de debates, os membros da direção nacional avaliou a conjuntura nacional, os impactos da Reforma Trabalhista – que completou seis meses da sua entrada em vigor -, perspectivas do movimento sindical, custeio, negociação coletiva e o papel da Central na luta em curso, especialmente em um ano de eleição.

 

 

“É necessário continuar resistindo e reiterar os esforços de conscientização e mobilização da classe trabalhadora para a luta em defesa da democracia, da soberania nacional e da valorização do trabalho. A campanha de sindicalização e fortalecimento dos sindicatos deve ser intensificada”, destacou a resolução aprovada na 18ª reunião da Direção Nacional da CTB.

Resolução da 18ª Reunião da Direção Nacional da CTB

Reunida em São Paulo nos dias 10 e 11 de maio de 2018, a Direção Nacional da CTB aprovou:

  1. Após dois anos da posse ilegítima de Michel Temer na Presidência, na sequência de um golpe de Estado que impôs ao país uma agenda de radical restauração neoliberal contrária aos interesses do povo e da nação, o Brasil vive um retrocesso social, econômico e político sem paralelo na história;
  2. A nova legislação trabalhista, em vigor há seis meses, reduz direitos, desregulamente e precariza as relações trabalhistas numa afronta à CLT e à Constituição Federal. O congelamento dos gastos públicos por 20 anos agravou os problemas da saúde, educação e outros serviços públicos e impede a retomada do crescimento econômico e o combate ao desemprego em massa e à subocupação;
  3. A soberania nacional é violentada pelas políticas entreguistas para o pré-sal, privatizações, venda de terras a estrangeiros, aluguel da base de Alcântara aos EUA e realinhamento da política externa a Washington;
  4. A democracia sofre seguidos ataques, ao mesmo tempo em que florescem, à sombra do golpe, forças de direita e extrema direita, acenando para um obscurantismo ainda maior;
  5. A prisão do ex-presidente Lula, depois de uma condenação injusta e sem provas por um juiz instruído pelo Departamento de Estado dos EUA, inaugurou um novo capítulo do golpe, que teve o respaldo da segunda instância e do STF;
  6. O movimento sindical é alvo prioritário dos golpistas. O fim da compulsoriedade da Contribuição Sindical, embutido na contrarreforma trabalhista, e a restrição da cobrança da taxa assistencial aos sócios por um ministro do STF, têm o claro objetivo de estrangular financeiramente e desmantelar sindicatos e centrais, de forma a dificultar a organização, mobilização e resistência da classe trabalhadora ao retrocesso;
  7. O conjunto das políticas implementadas pelo governo ilegítimo servem aos interesses dos grandes capitalistas e latifundiários, bem como do imperialismo;
  8. É necessário continuar resistindo e reiterar os esforços de conscientização e mobilização da classe trabalhadora para a luta em defesa da democracia, da soberania nacional e da valorização do trabalho. A campanha de sindicalização e fortalecimento dos sindicatos deve ser intensificada;
  9. No campo é urgente a luta pela imediata regulamentação do Artigo 31 da Lei 13.606/2018 que autoriza o abatimento de dívidas da agricultura familiar;
  10. Fortalecer a luta em defesa do direito do ex-presidente Lula se candidatar, o que corresponde ao anseio da maioria do eleitorado. O único julgamento justo é o do povo brasileiro e a sentença contra ou a favor de Lula deve vir das urnas. Querem retirá-lo do jogo para perpetuar o golpe;
  11. É indispensável unir o movimento sindical e suas bases para organizar uma plataforma unitária em defesa da Petrobras, Eletrobras, Cedae e outras estatais, bem como do SUS, da educação e das universidades públicas;
  12. A Direção Nacional da CTB orienta os sindicalistas classistas e a classe trabalhadora a participar ativamente do pleito de outubro, visando a construção de uma frente ampla democrática e a eleição de candidatos e candidatas progressistas, comprometidos com a defesa dos interesses da classe trabalhadora, da democracia, do desenvolvimento e da soberania nacional.

11 de maio de 2018

Reunião da Direção da CTB debate importância da política e do movimento sindical

Reunida em São Paulo, a direção nacional da CTB debate conjuntura, a luta em defesa dos direitos trabalhistas e da organização sindical. Entre os palestrantes convidados, a professora de Direito Econômico do Mackenzie, Lea Medeiros, afirmou:”Quem não participa ou entende a política é governado por quem entende”.

A professora foi palestrante da primeira mesa da 18ª Reunião da Direção Nacional da CTB. Ela criticou a atuação de parte do Judiciário, que se pauta por interesses políticos. Para ela, “juiz não fala fora dos autos, não dá entrevistas” e não atua de forma partidária.

A reunião foi aberta por Adilson Araújo, presidente da CTB. “Vivemos a mais grave crise do sistema capitalista, por isso, é fundamental estarmos reunidos para debater e apontar saídas para o enfrentamento à essa crise”, disse.

Ele citou a recente greve dos professores da rede particular de ensino de Minas Gerais como exemplo de luta. “Foi uma greve vitoriosa porque venceu a reforma trabalhista”. Para Araújo, “a classe trabalhadora precisa resistir a todo custo contra o desmonte do Estado e dos direitos”.

Lea mencionou a Constituição Federal, promulgada em 1988, como o guia para a resistência. O artigo 3º, menciona ela, determina “erradicar a pobreza e não apenas amenizar”. E, para ela, o direito não pode ser um obstáculo à felicidade humana”.

O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho – 4ª Região, em Porto Alegre, Marcelo José Ferlin D’Ambroso,  dissecou todos os malefícios da reforma trabalhista de Michel Temer.

Para D’Ambroso, a “reforma trabalhista é inteiramente inconstitucional” porque identifica o direito como mecanismo de forçar a aceitação de leis impostas contra os interesses da classe trabalhadora.

Um dos mecanismos identificados por ele é o de atacar o movimento sindical, para impedir a resistência aos desmandos do projeto neoliberal em curso com o golpe de Estado de 2016. Uma das medidas é o fim do imposto sindical. “Não há liberdade sindical sem contribuição sindical”, diz.

De acordo com o desembargador, “os sindicatos são as principais referências das trabalhadoras e dos trabalhadores para preservar a democracia e o Estado Democrático de Direito”. Portanto, “os sindicatos não podem sofrer ingerência do Estado”.

Para ele, a operação Lava Jato prejudica o país porque paralisou contratos da Petrobras e com isso colaborou com a quebradeira de empresas. “Em dois anos (de governo Temer) estamos num colapso institucional”. Ele vê esperança, no entanto, nas eleições deste ano. “Precisamos de candidaturas fortes de representantes da classe trabalhadora para ver se barramos essa ofensiva neoliberal”.

Para saber mais, acesse o portal da CTB.

Da redação com CTB

Fórum de Comunicação da Classe Trabalhadora debate imprensa sindical

Já estão abertas as inscrições para o VI Seminário Unificado de Imprensa Sindical e o 4°Encontro Nacional de Jornalistas Sindicais. Os eventos são organizados por entidades que compõem o Fórum de Comunicação da Classe Trabalhadora.

 

 

Em 2018, o seminário terá como tema “Fortalecer a comunicação sindical para enfrentar os ataques do capital” e será realizado em Salvador/BA, entre 31 de maio e 02 de junho, em parceria com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia e com o apoio de profissionais que atuam na comunicação sindical baiana.

O Seminário Unificado de Imprensa Sindical tem como objetivo proporcionar debates e troca de ideias, fundamentais diante dos desafios que vive hoje a imprensa sindical. O público-alvo dirigentes sindicais, profissionais da imprensa, estudantes e demais interessados em discutir a comunicação sindical. Desde sua primeira edição, conta com representantes de diversos estados brasileiros e palestrantes de referência nacional, proporcionando, além do debate, ações importantes sobre do assunto.

PROGRAMAÇÃO

DIA 31/05 (QUINTA-FEIRA)

8h – Credenciamento

9h15 – Saudação da organização / abertura

9h30 – Mesa 1

“Comunicação sindical – Fortalecer para o enfrentamento aos ataques do capital”

12h – Almoço

13h30 – Mesa 2

Mesa das centrais sindicais. A conjuntura e o papel da comunicação sindical no avanço da consciência de classes. Estamos cumprindo nossa tarefa?

15h45 – Coffee Break

16h – Mesa 3

Comunicar é preciso – O diálogo com a base e a relação entre os novos e os clássicos veículos de comunicação

DIA 01/06 (SEXTA-FEIRA)

9h – Mesa 4

Como trabalhar a comunicação de gênero, raça e Movimentos Populares no Movimento Sindical

12h – Almoço

13h30 – Mesa 5

As mídias alternativas na luta de classes. A comunicação no enfrentamento à mídia hegemônica e ao genocídio das minorias

15h45 – Coffee Break

16h – Mesa 6

A luta pela democratização da mídia e pela neutralidade de rede. O que os sindicatos têm a ver com isso?

DIA 02/06 (SÁBADO)

4º Encontro Nacional de Jornalistas Sindicais

9h30 – Mesa 1

A Reforma Trabalhista – Na prática quais ataques estão impactando a categoria de jornalistas?

14h – Mesa 2

Intervenção, troca de experiências e propostas: condições de trabalho nas assessorias sindicais

Programação ainda sujeita a alterações*

INSCRIÇÕES

As inscrições acontecem até o dia 25 de maio e podem ser feitas de duas maneiras: 1) Depósito / transferência em conta bancária e 2) Sistema PagSeguro, com a possibilidade de pagar no cartão de crédito ou gerar boleto bancário.

Depósito / transferência em conta bancária

A inscrição custa R$ 250 para dirigentes sindicais, jornalistas e comunicadores e R$ 125 para estudantes. O pagamento da inscrição deve ser realizado através de depósito bancário ou transferência eletrônica para a conta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba).

Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 0061
Conta Corrente: 0657-0
CNPJ n.º: CNPJ. 13507744.0001-49
ATENÇÃO: o valor da inscrição cobre apenas o almoço.

LEMBRE-SE *
Após o preenchimento da ficha ao lado, a cópia do comprovante do depósito da taxa de inscrição e o comprovante de matrícula (no caso de estudantes) devem ser enviados para o e-mail: [email protected], com o nome completo do participante.

HOSPEDAGEM

A hospedagem será de responsabilidade de cada participante.
A organização sugere o mesmo hotel em que acontecerá o evento, pois será disponibilizado valor especial para os participantes.

Hotel Vila Velha – Av. 7 de Setembro, 1971, Corredor da Vitória, Salvador/Bahia
Tel.: (71) 3617-8722 Fax: (71) 3336-8722
Aptos duplos: R$ 160,00
Aptos triplos: R$ 180,00

Fonte: CTB

Democratização da Comunicação é luta indispensável para construção da cidadania

Depois de dois dias de debates em torno de como encaminhar, numa conjuntura adversa, a luta por mais diversidade e pluralidade nos meios de comunicação, delegados e delegadas de entidades nacionais e estaduais elegem nova coordenação do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – FNDC.

A Federação Nacional dos Farmacêuticos, entidade filiada ao FNDC, participou da plenária representada pela diretora de Relações Internacionais, Gilda Almeida. “Essa é uma luta fundamental. A mídia criminaliza a política e o movimento social. Realizou uma campanha intensa para atacar os sindicatos e garantir a aprovação da Reforma Trabalhista, para colocar os trabalhadores e trabalhadoras contra o sindicato. Temos que compreender que os meios de comunicação não dão voz às nossas reivindicações, não dão espaços para discutir os problemas dos trabalhadores. Atacam tudo que é público e ajudam a criar uma visão na sociedade de que o SUS é ruim, de que é o bom é a saúde privada. Essa mídia é contra o Brasil, é contra o povo brasileiro e o Estado. Temos que lutar pela democratização dos meios de comunicação se quisermos ter conquistas civilizatórias no Brasil”, afirmou Gilda Almeida.

Gilda disse, ainda, que a plenária foi muito rica em informação e muito acertiva na aprovação de uma agenda de lutas. “Temos que nos apropriar mais dessa agenda, levar mais essa discussão para a categoria farmacêutica e para os trabalhadores da área da saúde”.

A 21ª Plenária do FNDC, realizada em São Paulo, definiu na tarde desse domingo (15) a composição de sua direção pelos próximos dois anos. Elegeu os novos integrantes da Coordenação Executiva, do Conselho Deliberativo e o do Conselho Fiscal do da organização (veja a lista completa no fim da matéria), que tomaram posse no mesmo dia.

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) é uma entidade com quase 27 anos de história e que articula uma rede de 500 entidades em todo o país. Ao todo, a Plenária do Fórum reuniu quase 80 participantes, entre delegados/as de entidades nacionais e de comitês estaduais, observadores e convidados. Marcaram presença representantes dos comitês estaduais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Bahia, Sergipe, Pernambuco e Pará, além de participantes de pelo menos outros quatro estados, como Mato Grosso, Goiás, Piauí e Maranhão.

Instância responsável pela condução política e administrativa da entidade, a Coordenação Executiva é composta por sete integrantes. Por 37 votos a favor, um contrário e uma abstenção, foi eleita a única chapa que se apresentou ao pleito, que terá como coordenadora-geral, pelo segundo mandato consecutivo, a jornalista Renata Mielli, que representa o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. A secretaria geral do Fórum permanecerá sendo representada pelo Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, que indicou a também jornalista Ana Claudia Mielke.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) será representada pelo vice-presidente da entidade, Guto Camargo, que assume a Secretaria de Organização do Fórum. A Secretaria de Finanças será comandada pela professora Cristina Castro, dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee). A Central Única dos Trabalhadores (CUT) será responsável pela Secretaria de Comunicação, a cargo do analista de tecnologia da informação e comunicação Admirson Medeiros Ferro Jr., o Greg.

Novidades

Duas importantes entidades com atuação no setor assumem cargos na nova Coordenação Executiva do FNDC. Pela Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), o técnico em tecnologia da informação Geremias dos Santos será o responsável pela Secretaria de Formação. Representando a Federação Nacional nos Trabalhadores em Telecomunicações (Fitratelp), o técnico em telecomunicações João de Moura Neto assume a Secretaria de Políticas Públicas do Fórum.

Conselho Deliberativo

O Conselho Deliberativo do Fórum, composto por 21 integrantes (incluindo a Executiva), entre representantes de entidades nacionais filiadas e de comitês estaduais do FNDC, é a instância responsável pela definição do programa anual de atividades do Fórum, bem como das diretrizes para o orçamento da entidade. Pelos próximos dois anos, farão parte da composição do Conselho, eleito em chapa única com o voto de 37 delegados/as e 3 abstenções, as seguintes entidades:

– União Nacional dos Estudantes (UNE)

– Federação Nacional dos Radialistas (Fitert)

– Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag)

– Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE)

– Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

– União Brasileira de Mulheres (UBM)

– Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG)

– Conselho Federal de Serviço Social (CFESS)

– Viração Educomunicação

– Comitê do FNDC no Rio Grande do Sul

– Comitê do FNDC de São Paulo

– Comitê do FNDC do Distrito Federal

– Comitê do FNDC de Pernambuco

– Comitê do FNDC do Pará

Conselho Fiscal

Para o Conselho Fiscal do FNDC foram eleitos, com 34 votos a favor e cinco abstenções, a chapa única composta pela Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS) e o Comitê do FNDC em Minas Gerais. Na suplência, foram escolhidas a Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) e o Comitê do FNDC de Sergipe.

Da redação com informações do FNDC

Em nota técnica, Ministério do Trabalho valida recolhimento do imposto sindical

Em publicação de nota técnica (Nº 2/2018), a Secretaria de Relações do Trabalho, do Ministério do Trabalho, reiterou validade da cobrança do imposto sindical de todos os trabalhadores e trabalhadoras de uma categoria após a aprovação em assembleia. No STF, Fachin afirma que tema é de maior relevância.

A nota técnica, assinada pelo secretário Carlos Cavalcante Lacerda, devolve aos sindicatos um direito que é interpretado como uma decisão do trabalhador.

Em entrevista ao impresso Folha de São Paulo, Lacerda anunciou ter recebido mais de 80 pedidos de manifestação. “Sem a contribuição, pequenos sindicatos não vão sobreviver. A nota pode ser usada para os sindicatos embasarem o entendimento de que a assembleia é soberana”, afirmou Lacerda.

Já, no Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin, relator da ADI 5794 da Conttmaf — que questiona o fim da contribuição sindical obrigatória consignada na Lei 13.467/17, a chamada Reforma Trabalhista — indicou preferência para votação da matéria em plenário.

No despacho, publicado em 23 de março, o ministro expõe que “(…) A questão em debate é de notória relevância para a ordem constitucional brasileira, pois o custeio das instituições sindicais apresenta-se como tema constitucional com sede na pauta de direitos fundamentais sociais (Art. 8º, III, IV, CRFB). Diante disso, indico, nos termos do art. 129 do RISTF, preferência para o julgamento da presente ação direta de inconstitucionalidade.”

 

Das 14 ações contra a Reforma Trabalhista protocoladas no STF, metade critica o fim do recolhimento da contribuição obrigatória. Até uma entidade patronal questiona a mudança.

Da redação com informações da CTB

CTB repudia repressão da PM contra os professores em São Paulo

A manifestação dos professores da rede municipal de ensino de São Paulo contra o projeto do prefeito João Doria que dificulta o acesso à aposentadoria e aumenta a contribuição da categoria para a Previdência de 11% para até 19% dos salários foi brutalmente reprimida pela polícia na tarde desta quarta (14). A CTB divulgou a seguinte nota sobre o episódio:

 

 

Nota da CTB em solidariedade aos docentes de SP

A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) repudia e condena com toda energia a feroz repressão da PM contra manifestação pacífica dos professores diante da Câmara Municipal de São Paulo nesta quarta (14). Reitera, ao mesmo tempo, sua total e ativa solidariedade aos professores e professoras – tratados pela polícia tucana com bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha -, cuja luta é justa e visa resguardar direitos e interesses legítimos conquistados ao longo de muitas batalhas.

O projeto reacionário do tucano João Doria significa um confisco salarial inaceitável e é mais do que compreensível que seja rechaçado pela categoria, cuja resposta é uma greve massiva. Inaceitável também é a criminalização da luta dos trabalhadores, filha da ultrapassada concepção de que movimento social é “coisa de polícia”.

Episódios como este que ocorreu hoje na capital paulista, que infelizmente estão se tornando comum no Brasil pós-golpe, revelam o caráter reacionário dos governos tucanos liderados pela dupla Alkmin e Doria, que agem como inimigos da classe trabalhadora.

São Paulo, 14 de março de 2018

Adílson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

Marcha de Abertura do FSM mostra força da luta por Um Outro Mundo Possível

A luta por “Um Outro Mundo Possível”, lema inaugural do FSM e que continua atualíssimo, reuniu milhares de ativistas de várias partes do mundo na cidade de Salvador, nesta terça-feira (13), na marcha de abertura do Fórum Social Mundial.

Mais de 60 mil pessoas caminharam do Campo Grande até a Praça Castro Alves, portando bandeiras, entoando palavras de ordem, cantando e cerrando o punho contra o avanço do neoliberalismo e para denunciar o golpe em curso no Brasil. A Fenafar, Sindicato dos Farmacêuticos da Bahia também marcaram presença na marcha do FSM.

Ronald Ferreira dos Santos, presidente da Fenafar, disse que a Marcha e as atividades do FSM são demonstrações de que há com a união dos vários movimentos sociais é possível apresentar alternativas e superar a crise política e econômica do País.

E é exatamente esta a marcado do FSM, ser um espaço de encontros, convergências, diálogos, reflexões e questionamentos para construir ideias de superação das desigualdades e de todas as formas de opressão.

O presidente nacional, Adilson Araújo, defendeu a importância do encontro dos povos, principalmente, pela marca da diversidade – de gente, de lutas e

 de experiências. Para ele, o FSM acontece em um momento delicado, “em que o mundo reclama as repercussões da grave crise econômica mundial”, e servirá para denunciar uma agenda ultraliberal que quer se firmar.

Para Adilson Araújo, é preciso estar sempre atento para impedir o avanço da agenda ultraliberal, que, segundo ele, significa retroagir em relação às conquistas históricas de direitos fundamentais. “Ganhar as ruas é também fortalecer o processo de mobilização contra todo e qualquer retrocesso”, afirmou.

O FSM 2018 está atento aos problemas mundiais e às dificuldades por qual passa a luta progressista, atualmente, mas trouxe, já na marcha de abertura, uma mensagem otimista, traduzida no lema ‘Resistir é criar. Resistir é transformar!’. Aproximadamente, 1.500 coletivos, organizações e entidades estão cadastrados para participar do evento, tendo inscritas 1.300 atividades autogestionadas, distribuídas ao longo de cinco dias de intensos debates, encerrados no sábado (17/03).

Fenafar no FSM debate Resistência Bacteriana: Ameaça ao Mundo!

A Federação Nacional dos Farmacêuticos e o Sindicato dos Farmacêuticos no Estado da Bahia convidam para as atividades que serão realizadas durante Fórum Social Mundial da Saúde e da Seguridade Social, que acontece de 10 a 12 de março de 2018, em Salvador/BA.

O debate sobre Resistência Bacteriana se faz necessário, pois a resistência a antibióticos é uma ameaça mundial à saúde pública, que pode afetar pessoas de qualquer idade. A cada ano, morrem cerca de 700 mil pessoas em todo o mundo por infecções causadas por bactérias resistentes. Segundo um estudo encomendado pelo governo britânico, a partir de 2050, esse número poderá chegar a dez milhões por ano. Chegaremos rapidamente a um cenário em que as infecções comuns e ferimentos simples, que são tratáveis há décadas, podem voltar a matar novamente.

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No Brasil, está em plena vigência a obrigatoriedade da compra de antimicrobianos com prescrição médica, e também do registro de todos os dados da dispensação, com o envio semanal para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de maneira ter uma série histórica que embase a atuação da agência regulamentadora.

Nessa caminhada, de garantir qualidade de vida às pessoas, um trabalhador de saúde, como o farmacêutico, se faz presente por toda essa trajetória, da pesquisa a orientação, atuando em conjunto aos demais trabalhadores.

Os farmacêuticos atuam direta ou indiretamente com a qualidade de vida das pessoas (desde a indústria de medicamentos e alimentos, cosméticos, análises clínicas, vigilância em saúde à farmácia), o que nos caracteriza como trabalhadores de saúde tendo por principal produto e ferramenta do trabalho o medicamento voltado para cuidar bem das pessoas.

Mas no combate a resistência bacteriana, destacamos que se faz necessário, além da prescrição e do uso racional de medicamentos, que os Governos incentivem o desenvolvimento de novos antibióticos de baixo custo, que não dependam de patentes, bem como formas mais ágeis de diagnósticos, sendo assim é fundamental o debate com a sociedade, profissionais de saúde, gestores e usuários do sistema de saúde.

Esta atividade acontecerá durante o Fórum Social Mundial da Saúde e da Seguridade Social, que acontece de 10 a 12 de março de 2018, em Salvador. O Fórum tem o propósito de dialogar com a sociedade civil mundial comprometida com a luta pelo direito humano à saúde e à seguridade social, consideradas como um bem público, opondo-se ao discurso e prática neoliberal que a situam no campo dos serviços, transformando-a numa mercadoria geradora do lucro.

Dia 12/03/2018

VII Fórum Social Mundial da Saúde e Seguridade Social

Local: Escola de Enfermagem da UFBA – Campus Canela
Das 15h às 18h

Mesa Redonda – Resistência Bacteriana: Ameaça ao Mundo!

Aspectos a abordar:

Aspectos epidemiológicos, Ambiente Hospitalar, Produção e abastecimento, Analises Clinicas e Laboratórios de Saúde Publica, Assistência Farmacêutica publica e privada e Uso Racional de medicamentos

Informações:

Federação Nacional dos Farmacêuticos – 11-3259-1191
Sindicato dos Farmacêuticos da Bahia – 71-3266-0464
Inscrições Gratuitas: www.fenafar.org.br
Apoio: CNS – CRF/BA – Escola Nacional dos Farmacêuticos

CNS realizará ações em defesa do SUS e da democracia no FSM 2018

Defender as políticas públicas de saúde em um contexto de retrocessos se torna cada vez mais fundamental. É com essa missão que o Conselho Nacional de Saúde (CNS) vai realizar uma série de ações durante o Fórum Social Mundial 2018, que acontece de 13 a 17 de março, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador (BA).

 

 

Debates, rodas de conversas, seminários e oficinas vão promover para o mundo as ameaças ao Sistema Único de Saúde (SUS) – maior política de inclusão social brasileira.

Com o tema “Resistir para Transformar”, diversas entidades, pesquisadores e representantes dos movimentos sociais e do poder público de 160 países estarão reunidos em na capital baiana para debater uma agenda global de desenvolvimento.  O evento estima reunir 50 mil pessoas que terão contato com a principal pauta do CNS nos últimos tempos: a defesa do SUS, enfatizando a importância do controle social para a democracia e para o desenvolvimento das políticas públicas.

Para difundir essa luta, o CNS vai participar junto a outras entidades das “Atividades de Convergência”. No dia 14, às 9h, acontecerá o debate “Democracia e Saúde como Direito”, com participação da deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ), de Boaventura de Sousa Santos, professor da Universidade de Coimbra, além representantes de outras entidades.

No dia 15, às 9h, o debate continua. Dessa vez sobre o corte de investimentos nas políticas sociais. Com o tema “Austeridade Fiscal e o Desmonte do Estado Nacional”, Déborah Duprat, procuradora federal dos direitos do cidadão, e Carlos Octávio Ocké Reis, representante da Associação Brasileira de Economia da Saúde (Abres), são alguns dos convidados que vão nortear a discussão.

Tenda do CNS em defesa do SUS

Além das atividades de convergência, realizada em parceria com o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), o Conselho Federal de Psicologia (CFP) e Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), o CNS também terá uma tenda para defender a participação social como estratégia fundamental para manutenção da democracia e para colher assinaturas contra a Emenda Constitucional 95/2016, que congela investimentos em saúde por duas décadas e já está em vigor.

No dia 14, às 14h30, acontece o seminário “A Educação Permanente para o Controle Social no SUS e a radicalização da democracia.” Às 17h, acontece o debate “As mudanças no mundo do trabalho e os desafios da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora mediante os impactos”. No dia 15, às 14h30, acontece a roda de conversa “Os conflitos e os impactos na alocação de recursos públicos na saúde do Brasil”. No dia 16, às 14h30, a roda de conversa será sobre “Acesso a medicamentos no mundo: vivemos uma crise de desabastecimento?”.

Durante o evento internacional, será inaugurada a 16ª Conferência Nacional de Saúde, agendada para 2019. O objetivo é projetar para as várias nações um dos maiores eventos de participação social do Brasil.  O Fórum Social Mundial 2018 é aberto ao público. As inscrições acontecem em www.wsf2018.org

VEJA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO CNS NO FSM 2018

ASSINE CONTRA A EC 95/2016

Mais informações

O quê: CNS no Fórum Social Mundial 2018
Quando: 14 a 17 de março
Onde: Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador.
Contato: (61) 3315-3576 / 3135

Fonte: SUSConecta

CTB inaugura novo Plano Nacional de Formação e lança Sala de Aula Virtual

A Secretaria Nacional de Formação e Cultura, através da Escola Nacional da CTB, inaugura novo Plano Nacional de Formação e lança “Sala de Aula Virtual da CTB”. A primeira edição do curso será sobre “Reforma da Previdência” e será ministrado pelo especializado em Direito Previdenciário e Infortunístico, Sérgio Pardal Freudenthal.

FAÇA SUA INSCRIÇÃO AQUI 

Freudenthal atua em diversos Sindicatos de Trabalhadores na Baixada Santista. Graduado pela Faculdade do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo, USP, em 1985, é mestre pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC/SP, em sua especialidade, e leciona Previdência Social atualmente na Faculdade de Direito da Universidade Santa Cecília, UNISANTA, e em diversos cursos de pós-graduação em todo o país.

Papel da formação

Ao comentar a nova proposta, o secretário nacional de Formação e Cultura, Ronaldo Leite, destacou que “o Brasil vive um período difícil. De um lado, um golpe de Estado que se impõe, também, como um atentado aos direitos dos trabalhadores. De outro, ascendem posições fascistas e de intolerância, que ganham força na narrativa da mídia hegemônica”.

Ele explicou que “é justamente nos períodos mais difíceis que se deve reforçar a educação política e sindical de nossos militantes. A elevação da consciência de classe dos trabalhadores é fundamental para a superação do período adverso que se abate em nossa conjuntura, com a retirada de direitos históricos”.

Leite lembrou que em julho de 2017, foi lançada a pedra fundamental da Escola Nacional de Formação da CTB, com a aula inaugural de seu primeiro curso, realizado em SP e transmitido ao vivo para todo o país via Facebook.

“Para as tarefas futuras, a escola deverá constituir seu currículo, projeto político-pedagógico, rede de professores e público-alvo. As TICs (tecnologias de informação e comunicação) deverão ser amplamente utilizadas, combinando-se a formação à distância com a formação presencial, de modo a maximizar o acesso à formação sindical para a militância”, emendou o dirigente.

Como funcionará?

A “Sala de Aula Virtual da CTB” será realizada no dia 12 de abril, às 14 horas, e contará com turmas interativas e simultâneas em São Paulo e Minas Gerais.

Leite informou que o curso será transmitido ao vivo. E para os militantes que tiverem interesse em acompanhar o curso, basta realizar sua INSCRIÇÃO AQUI, preenchendo o formulário até o final. A Central informa que não há limite de inscrições.

Fonte: CTB