Passada a realização das assembleias da categoria, em que os farmacêuticos aprovaram a pauta de reivindicações 2019, o Sindifars, através da assessoria jurídica, deu andamento nas exigências burocráticas de registros e notificações a 33 sindicatos patronais. Destes 33 sindicatos patronais, até esse momento, tivemos uma reunião com Sinprofar, objetivando convenção coletiva de trabalho 2019/2020. Os demais patronais ainda não agendaram reunião com Sindifars.
Lembramos aos colegas que:
– Sindihospa, hospitais privados de Porto Alegre, a Convenção Coletiva de Trabalho tem vigência até julho/2020. Os ajustes referentes a 2019 estão disponíveis pelo link, clique aqui;
– Sindiberf, para RS e regiões organizadas, a convenção está em vigência até julho/2020, e os ajustes 2019 estão em negociação, neste momento;
– Hospitais filantrópicos da região Vale dos Sinos e vale do Taquari. Sindifars ingressou com mediação no Tribunal Regional do Trabalho. Esses sindicatos patronais apresentaram proposta extremamente rebaixada. Conseguimos uma reunião com Vale dos Sinos, que ainda não retornou com contraproposta. Quanto ao Vale do Taquari, até esse momento, não retornou aos contatos da assessoria jurídica do Sindifars. Já estamos verificando novas providências cabíveis para essa situação. Independente desse processo na busca de negociação, o Sindifars está à disposição para negociar diretamente com a empresa. Para tanto o colega farmacêutico precisa enviar e-mail para [email protected] para darmos andamento nisso.
– Fehosul, sindicato patronal que representa hospitais privados do interior do Estado. Tivemos uma reunião. Mas teremos reunião de mediação no Tribunal Regional do Trabalho;
– Sindilac, representante dos laboratórios de análises clínicas, segue parado, devido às dificuldades de documentações desse sindicato patronal. O Sindifars está à disposição para negociar diretamente com a empresa. Para tanto o colega farmacêutico precisa enviar e-mail para [email protected] para darmos andamento nisso.
Informamos ainda que o Sindifars assinou acordo coletivo de trabalho com hospitais de Tramandaí e Sapucaia, clique aqui e leia matéria.
Participamos da mesa de negociação:
– GHC, neste momento debatendo vale alimentação, regime 12×36, banco de horas. Inclusive no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho;
– Município de Pelotas, estamos às vésperas de assinatura de três protocolos da referida mesa, pela proteção da saúde das trabalhadoras e dos trabalhadores, bem como mecanismos de avaliação justos.
O Sindifars conta com estrutura eficiente e capaz para defender e fazer com que sejam cumpridos os direitos trabalhistas dos farmacêuticos. Contudo, diante do fato que a sustentação do sindicato se dá somente pelos pagamentos oriundos dos farmacêuticos e que toda essa estrutura de serviços tem um custo fixo e alto, contamos com sua contribuição social. Solicite a guia social para [email protected].
Fonte: Sindifars
Escola Nacional dos Farmacêuticos tem nova coordenação
Tomou posse, no dia 28 de agosto, a nova diretoria da Escola Nacional dos Farmacêuticos. As eleições ocorreram dia 16 de agosto e contou com a participação de 25% dos farmacêuticos filiados. A chapa única “Educação Farmacêutica: Resistir é Preciso!” foi eleita para conduzir a escola para o triênio 2019-2022. A farmacêutica Silvana Nair Leite foi reconeduzida na coordenação geral da Escola.
Fundada em 27 de novembro de 1998, a Escola Nacional dos Farmacêuticos tem como ideal “o reconhecimento do farmacêutico como um profissional de saúde, com capacidade de intervir sobre a realidade social de forma ética, crítica e qualificada cientifica e tecnicamente, com domínio político sobre seu meio”.
E com base neste ideal a Escola tem buscado nos últimos anos colocar a formação a serviço da sociedade, atuou em várias frentes juntamente com a Federação Nacional dos Farmacêuticos, sendo entre outras, o debate sobre a formação da força de trabalho farmacêutica no Brasil, as velhas e novas diretrizes curriculares e a educação a distância, organizou atividades junto ao controle social da saúde para debater e avaliar a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, bem como a Política de Ciência e Tecnologia e Inovação em Saúde. Tais debates se deram durante os encontros preparatórios do 8º Simpósio Nacional e para a 16ª Conferência Nacional de Saúde.
O compromisso desta Chapa é dar continuidade ao trabalho desenvolvido até o momento e resistir aos ataques que a educação como um todo sofre neste momento. Vamos defender, juntamente com outras entidades da profissão, o Sistema Único de Saúde, público e universal.
Os membros da chapa “Educação Farmacêutica: Resistir é Preciso!” têm vasta experiência no ensino, na pesquisa e na extensão na educação farmacêutica em instituições de ensino públicas e privadas. Participaram ativamente na elaboração e aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia. Participam de fóruns de discussão da educação farmacêutica e do trabalho farmacêutico em integração com entidades como Associação Brasileira de Educação Farmacêutica, Federação Nacional dos Farmacêuticos e sindicatos farmacêuticos. Integram o pleno e comissões de conselhos municipais, estaduais e do Conselho Nacional de Saúde.
Conheça a nova Coordenação:
Coordenadora Geral: Silvana Nair Leite Contezini – SC
Coordenadora Adjunto: Maria Helena Braga – MG
Coordenadora de Finanças: Maria Maruza Carlesso – ES
Coordenadora de Comunicação: Círia Vieira Barbosa – AL
Coordenadora de Projetos: Fernanda Manzini – SC
Coordenador de Eventos: Luciano Mamede de Freitas Junior – MA
Coordenador Técnico: Clóvis de Santana Reis – BASUPLENTES
1º Suplente: Diego Gnatta – RS
2º Suplente: Ataide Donisete Martins – DFCONSELHO FISCAL – Titulares
Marselle Nobre de Carvalho – PR
Maria Fâni Dolabela – PA
Priscila Vautier – SPSUPLENTES DO CONSELHO FISCAL
Allan Kardec de Lima – PR
Mercia Pandolfo Provin – GO
Em defesa do SUS, 54 entidades assinam carta a Temer, Maia e Renan
Nesta terça-feira, 09, uma Audiência Pública realizada pelo Conselho Federal da OAB debateu a defesa do Sistema Único de Saúde e a indispensabilidade de uma política de financiamento que garanta a manutenção, fortalecimento e ampliação dos serviços de saúde. Uma carta assinada por 54 instituições e entidades de representatividade nacional pede a autoridades a priorização orçamentária federal para a saúde pública.
O Presidente da OAB, Claudio Lamachia, disse na abertura do evento que “qualquer redução/contingenciamento na área da saúde deve ser rechaçado […] qualquer necessidade de cortes de despesa não deve ocorrer na Saúde, Educação e Segurança Pública, visto que a Saúde atualmente não atende o mínimo. A saúde está na UTI. […] a posição da OAB e de seu Conselho Federal não é do governo e não é da oposição, é a favor do povo brasileiro. A missão é defender o Brasil e a Constituição”.
De acordo com o documento, que será encaminhado ao presidente interino Michel Temer e aos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, Renan Calheiros, o objetivo do pedido de prioridade é garantir o preceito constitucional da universalidade, gratuidade e integralidade das ações e serviços de saúde, por meio do SUS.
A carta trata também de propostas que tramitam no Congresso Nacional e dizem respeito ao SUS. Sobre a PEC 241/2016 – que estabelece teto para o financiamento da saúde – o documento pede para que os efeitos da matéria sejam excluídos da área da saúde. Já no que diz respeito à PEC 01/2015, que prevê escalonamento dos investimentos em saúde no decorrer dos anos, as 54 instituições e entidades que assinam a carta querem a aprovação imediata.
Durante a audiência pública, o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Ronald Santos, entregou ao presidente nacional da OAB, Cláudio Lamachia,
cópia do Plano Nacional de Saúde 2016/2019. De acordo com Ronald, as medidas que estão sendo pensadas, propostas e trabalhadas pelo governo interino colocam a responsabilidade da crise no colo do trabalhador e das pessoas menos favorecidas. “Existem outras possíveis fontes de recursos para o SUS como, por exemplo, a taxação das grandes fortunas”, defendeu.
Por sua vez, o presidente nacional da OAB ressaltou o caráter apartidário da entidade e afirmou que o único compromisso é com a Constituição Federal. “Não somos governo e nem oposição. No entanto, qualquer iniciativa que prejudique a área da saúde deve ser rechaçada de imediato. O cidadão não pode morrer nas calçadas por falta de atendimento” disse Cláudio Lamachia.
O ministro interino da Saúde, Ricardo Barros, participou da abertura da audiência pública. Após uma fala rápida, onde apresentou números sobre o orçamento, se ausentou devido a compromisso agendado anteriormente
Da redação com SUSConecta
Publicado em 09/08/2016
Ameaças à Atenção Primária em Saúde e a nova carteira de serviços
O presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, analisa em artigo a proposta da carteira de serviços apresentada pelo Ministério da Saúde. Ele alerta para os riscos de rompimento das diretrizes fundamentais que norteiam o SUS se o modelo proposto for aplicado. “A carteira de serviços proposta incorpora pouco dos atributos primordiais de orientação familiar, orientação comunitária, trabalho multiprofissional, gestão participativa e competência cultural. Estes são atributos importantes para uma abordagem territorial e populacional para que, além da atenção, a promoção e proteção da saúde se efetivem”. Leia na íntegra.
por Ronald Ferreira dos Santos
O modelo da Estratégia da Saúde da Família, com equipe multiprofissional e abordagem territorial e comunitária, tem tido impactos positivos na saúde da população brasileira evidenciados em diversas pesquisas e em manifestações oficiais de todos os continentes, como aconteceu em Astana, no Cazaquistão, em outubro de 2018.
Esse modelo vem sendo aperfeiçoado constantemente ao longo do desenvolvimento do próprio SUS. As Ações e Serviços da Atenção Primária em Saúde evoluíram na medida que buscaram atender os Princípios e Diretrizes do SUS. Essa evolução foi garantida porque a atividade econômica saúde, ao longo dos últimos anos, colocou na mesa de negociações atores que até então apenas faziam parte do cardápio. A incorporação da participação dos Municípios (descentralização), da comunidade (participação social), dos profissionais da saúde (integralidade), dos agentes reguladores (proteção) entre outros, construiu um singular sistema de saúde, que sistematicamente é colocado como referência para o mundo, principalmente pela eficiência com que o setor público de saúde faz seus negócios e desenvolve as ações e serviços com pouco mais de R$ 3,60 habitante/dia.
Políticas e órgãos que compõem esse sistema, como Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Núcleo de Assistência Saúde da Família (NASF), a Política de Assistência Farmacêutica, a Politica de Vigilância em Saúde, os conselhos locais de saúde, o Conselho Nacional de Saúde, entre muitos outros, são frutos saborosos e nutritivos que os novos atores que sentaram na mesa do negócio saúde trouxeram.
Saúde como centro e não a doença, o Território, a Equipe, a Participação, o Planejamento e o Financiamento Público foram as cartas mais utilizadas por estes atores, cartas decisivas para redesenhar o sistema de saúde brasileiro, principalmente na estruturação da Atenção Primaria em Saúde. Por isso, não podemos permitir que simplesmente joguem no incinerador nossas cartas, e tão pouco nos expulsem da mesa, como nos parece que são os propósitos da nova PNAB e da proposta da carteira de serviços.
A carteira de serviços proposta incorpora pouco dos atributos primordiais de orientação familiar, orientação comunitária, trabalho multiprofissional, gestão participativa e competência cultural. Estes são atributos importantes para uma abordagem territorial e populacional para que, além da atenção, a promoção e proteção da saúde se efetivem. A carteira proposta baseia-se em alguns atributos importantes, todavia uma Atenção Primária à Saúde (APS) efetiva deve buscar o equilíbrio entre o cuidado individual e o cuidado coletivo. Desta abordagem integral dependem os efeitos positivos da APS na saúde da população, bem como o respeito aos preceitos constitucionais que regem o negocio, a atividade econômica saúde no Brasil.
Respeitar a Democracia, o Estado Democrático de Direito é o primeiro passo para fazer com que o SUS e em particular a Atenção Primária à Saúde avancem na direção de atender as necessidades do povo brasileiro.
Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica é relançada no Congresso Nacional
O Congresso brasileiro voltou a ter uma Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica. O ato de relançamento aconteceu nesta quarta-feira (28), no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília. A iniciativa é fruto da parceria da deputada federal Alice Portugal (PCdoB/BA), da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), do Conselho Federal de Farmácia (CFF), além de outros parlamentares e entidades atuantes na área.
A iniciativa é fruto da parceria da deputada federal Alice Portugal (PCdoB/BA), da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), do Conselho Federal de Farmácia (CFF), além de outros parlamentares e entidades atuantes na área.
Para o presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, a Frente é a garantia de mais um instrumento na defesa do direito à saúde e à assistência farmacêutica. Segundo ele, o espaço será essencial nos próximos meses, uma vez que uma vez que o Legislativo se prepara para dar início às discussões sobre o Plano Plurianual e o Plano Nacional de Saúde 2020-2023, além de políticas que tratam da ciência, tecnologia e acesso a medicamentos.
“Nós conseguimos produzir, com uma mobilização nacional bastante grande, propostas concretas para diferentes questões, desde a construção de protocolos de diretrizes terapêuticas até o debate sobre a superação do sub-financiamento da saúde”, afirmou.
A deputada Alice Portugal, que também é farmacêutica e bioquímica, explicou que a recriação da Frente Parlamentar é uma resposta aos novos ataques que a profissão vem recebendo nos últimos meses, sobretudo no que diz respeito à garantia do direito à saúde, ao desenvolvimento industrial e à soberania nacional.
“São mais de 11 projetos de lei nocivos à profissão. Os olhos do mercado estão sempre voltados para a área. Mas a nossa defesa é para que a farmácia seja entendida como uma estrutura fundamental para a devolução da saúde a quem busca uma assistência médica de qualidade”, defendeu.
Desafios no atual momento político
Entre os desafios a serem enfrentados nos próximos anos, o Chefe do Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica da Fiocruz, Jorge Bermudez, destacou a continuidade das políticas de gestão farmacêutica; a garantia de investimentos em tecnologia em um momento de congelamento dos gastos públicos; a introdução de novos medicamentos no SUS, sobretudo aqueles com preços abusivos no mercado; e o acesso à assistência farmacêutica como um direito humano fundamental.
O deputado federal Henrique Fontana (PT/RS) salientou a importância da Frente Parlamentar para a manutenção e a defesa das regulamentações que asseguram o direito dos brasileiros à saúde. “O medicamento não é uma mercadoria, mas fruto do desenvolvimento científico que encontrou mecanismos para melhorar e salvar a vida das pessoas. Quem tem o monopólio de um medicamento para uma doença não pode fazer isso para ter um lucro imoral”.
Já o deputado federal Mauro Nazif (PSB/RO) lembrou que o direito à saúde é formado por 14 profissões, que precisam atuar de forma digna. “É esse o sentimento que pauta nossa luta nesta casa: lutar pela jornada de 30 horas, pelo piso salarial nacional e pela a fiscalização a respeito da contratação dos farmacêuticos”.
Garantia do Controle Social
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De acordo com a vice-presidente do Conselho Federal dos Farmacêuticos, Lenira Costa, as propostas aprovadas na 16a Conferência Nacional de Saúde serão essenciais na condução dos trabalhos da Frente. Segundo a deputada Alice Portugal, todas as entidades da saúde serão convidadas a participar dos debates e encaminhamentos.
“Tivemos a vitória da Lei 13.021 porque os farmacêuticos ocuparam os corredores desta casa. O êxito de uma Frente depende da participação das entidades e dos setores envolvidos no tema abordado”, disse a deputada.
A presidenta da Escola Nacional dos Farmacêuticos, Silvana Nair Leite, ressaltou que as propostas aprovadas na Carta do Rio de Janeiro e na 16a Conferência Nacional de Saúde têm materialidade para mostrar aos poderes Legislativo e Executivo que a saúde e a assistência farmacêutica ainda são temas muito importantes para os brasileiros.
“Cerca de 10% das propostas aprovadas na Conferência mencionam diretamente a assistência farmacêutica. Isso quer dizer que a população está alerta e atenta, e que, portanto, essa casa precisa dar um retorno com políticas públicas”, complementou.
Mobilização Nacional
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Também participaram do relançamento da Frente Parlamentar os deputados federais Arlindo Chinaglia (PT/SP), Jandira Feghali (PCdoB/RJ), Hélio da Costa (Republicanos/SC) e Darci de Matos (PSD/SC). A diretora substituta do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde , Ediane Bastos, representou o órgão na ocasião.
O evento contou ainda com a presença de representantes dos sindicatos dos farmacêuticos do Amazonas, Amapá, Acre, Pará, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Bahia, Alagoas, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Lideranças dos Conselhos Estaduais de Farmácia do Distrito Federal, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Sergipe, Rio de Janeiro, Paraná, Pará, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amapá, Alagoas, Pernambuco, São Paulo e Bahia participaram do ato.
por Rodrigo Garcia Braz
fotos: Fernando Santt
Seminário debate resoluções da 16ª CNS e as prioridades para Assistência Farmacêutica
Cerca de 10% das propostas aprovadas na 16ª Conferência Nacional de Saúde mencionam a Ciência, a Tecnologia e a Assistência Farmacêutica. Esse levantamento foi realizado pela Escola Nacional dos Farmacêuticos e pela Federação Nacional dos Farmacêuticos), e foi apresentado no painel “Os desdobramentos da 16ª Conferência Nacional de Saúde na Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica e seus impactos na construção do Plano Nacional de Saúde e no Plano Plurianual 2020-2023”, que contou com a participação de representantes sindicais, estudantes e pesquisadores da área.
O objetivo do evento foi identificar e relacionar as 10 recomendações prioritárias da Carta do Rio de Janeiro, fruto do 8º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica, com as 331 propostas aprovadas na 16a Conferência Nacional de Saúde. A pauta será levada ao parlamento brasileiro para que seja debatida e incluída nos dois planos e demais políticas que o Congresso vai elaborar nos próximos anos.
“É fundamental compreender tudo o que foi aprovado na Conferência, para que possamos dar continuidade ao debate e pautar parlamentares e demais políticos. Tecnologia e assistência farmacêutica são essenciais no direito à saúde”, afirmou o presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos.
Resultados do levantamento
A coordenadora geral da Escola Nacional dos Farmacêuticos, Silvana Nair Leite, destacou que o cruzamento entre as propostas definidas no Simpósio e na 16a Conferência Nacional de Saúde indicam as prioridades para a área nos próximos anos. Entre elas estão:
- Revogação da Emenda Constitucional 95 e apoio ao projeto de aplicação mínima de 10% da receita bruta da União em saúde
- Garantia de assento do Conselho Nacional de Saúde em órgãos como o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), Anvisa e demais atores regulatórios da produção de medicamentos
- Ampliação do controle social nas questões regulatórias e na definição das políticas de ciência, tecnologia e assistências farmacêutica
- Incentivo da produção e da pesquisa pública diretamente ligadas às necessidades nacionais
- Compreender a assistência farmacêutica como política intersetorial integrante da Política Nacional de Saúde
- Investir na otimização e aprimoramento dos sistemas de informação na atenção básica e na gestão da assistência farmacêutica
- Ampliar os recursos financeiros para o setor.
A análise qualitativa dos documentos, que levou em consideração a intersetorialidade as políticas de saúde, indicou ainda outros temas definidos como centrais para as discussões e futuras políticas na área. São eles: mais financiamento e ampliação do acesso aos medicamentos; aperfeiçoamento da atenção à saúde; fortalecimento da participação popular; melhoria da gestão da informação em saúde; e fomento a pesquisa, ciência e tecnologia.
Veja a galeria de fotos do evento.
Frente Parlamentar
De acordo com Ronald dos Santos, a agenda será levada a nova Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, que será lançada nesta quarta-feira (28) no Congresso Nacional.
A inciativa é fruto de uma parceria da deputada federal, Alice Portugal (PCdoB/BA), a Fenafar e o Conselho Federal de Farmácia (CFF). O ato acontecerá no Salão Nobre, da Câmara dos Deputados, às 9h.
A Frente terá como objetivo discutir o direito da população de acessar medicamentos, a situação atual das políticas públicas na área de Assistência Farmacêutica, os projetos de lei em tramitação e outros temas de interesse da categoria e da sociedade.
Respeito às regras democráticas
O presidente da Fenafar salientou ainda que o controle social e a participação popular são regras essenciais do jogo democrático e que precisam ser respeitadas, uma vez que estão previstas na Constituição Federal e na Lei 8.142/90.
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“O Sistema Único de Saúde (SUS) na Constituição Federal foi fruto de um projeto de iniciativa popular. A pauta da saúde tem todas condições para ser a resistência, como já foi em outro momento”, destacou Ronald dos Santos.
O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, e o Chefe do Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica da Fiocruz, Jorge Bermudez, também participaram da mesa de abertura do painel e destacam a importância do evento para fortalecer a defesa da democracia e do SUS.
“Os farmacêuticos são uma retaguarda potente nos trabalhos do CNS, e na defesa da gestão participava e do controle social”, lembrou Pigatto.
por Rodrigo Braz, de Brasília.
Edição, Renata Mielli
Fotos: Fernando Santt
Entidades e Parlamentares relançam frente em defesa da assistência farmacêutica
No dia 28 de agosto, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB/BA) irá relançar a Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, juntamente com a Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e o Conselho Federal de Farmácia (CFF). O ato de relançamento acontecerá no Salão Nobre, da Câmara dos Deputados, às 9h.
A Frente tem como objetivo discutir o direito da população de acessar medicamentos, a situação atual das políticas públicas na área de Assistência Farmacêutica, os projetos de lei em tramitação e outros temas de interesse da categoria e da sociedade.
A deputada destaca que o grupo já alcançou importantes vitórias como a aprovação da Lei Federal nº 13.021, que elevou a farmácia brasileira em estabelecimento de saúde. “Por isso, estamos relançando esta Frente para intensificar a luta em defesa da assistência farmacêutica, que é um direito fundamental de todos os cidadãos e é assegurada pela legislação brasileira. Lutamos para fazer cumprir a lei 13.021, que garantiu que a farmácia deixasse de ser um simples comércio para ser a garantidora do uso racional de medicamento, da diminuição da automedicação e da garantia da orientação ao paciente de como deve utilizar o medicamento prescrito”, afirma a parlamentar.
A Frente também será um espaço para debater a saúde pública brasileira, seu financiamento, a necessidade do farmacêutico estar na equipe multidisciplinar de saúde do SUS, a aprovação do piso salarial nacional da categoria, a luta pela redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, entre outras demandas.
O presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, destaca a importância da Frente Parlamentar. “Esse espaço de diálogo com os parlamentares é fundamental para expor os posicionamentos da categoria sobre projetos de lei que estão em tramitação. Muitos deles, sob o pretexto de ampliar ou “facilitar” o acesso da população aos medicamentos – como os que liberam a venda de remédios em supermercados ou que dispensam a presença de profissional farmacêutico nas farmácias – estão na contramão da proteção do usuário. A cultura da automedicação, estimulada pelo mercado e pela indústria, é nociva à saúde”, alerta.
O presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter Jorge João, ressalta também a necessidade de relançar o grupo. “Se houve um grande ganho para a sociedade e para os farmacêuticos, um avanço transformador dentro do Congresso Nacional foi a partir da criação da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica”, afirma.
Serviço:
Relançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica
Data/horário: 28 de agosto (quarta-feira), às 9h
Local: Salão Nobre, da Câmara dos Deputados – Anexo I
Projeto CapacitaFar em Caruaru repete sucesso da primeira edição
Evento em Caruaru repetiu o sucesso da primeira edição no Recife. O sábado, 17 de agosto, ficará marcado para a diretoria do Sinfarpe e a coordenação do Projeto CapacitaFar, que mostrou para o que veio desde o primeiro Simpósio realizado em julho deste ano no Recife. O II Simpósio Farmacêutico aconteceu no auditório do Campus I da Asces-Unita, em Caruaru, e reuniu profissionais e estudantes de Farmácia de todo o Agreste.
A farmacêutica Risoleta Nogueira abriu o ciclo de palestras com o tema: “Farmácia Clínica: Interações Medicamentosas em UTI”. A palestra seguinte foi proferida pelo farmacêutico Rodrigo Sales. O profissional falou sobre: “Requisitos mínimos para atuação do farmacêutico na Farmácia Oncológica”. Ambos receberam elogios dos participantes e prenderam a atenção do público pelo conteúdo apresentado e a dinâmica das palestras.
Um coffe break foi servido no intervalo. No final do evento houve sorteio de brindes. O coordenador e professor do curso Farmácia da Asces-Unita, Josiel Santos, elogiou o simpósio e a iniciativa do sindicato em realizar a capacitação com temas tão importantes para a classe farmacêutica no Estado.
“Estamos muito felizes com mais uma etapa vencida e com um sucesso acima do esperado”, frisou Rodrigo Sales, um dos coordenadores do Projeto. Para Risoleta Nogueira, também coordenadora, o CapacitaFar está conseguindo um destaque além do esperado e é ‘muito gratificante ver tudo isso’, sintetizou. Veridiana Ribeiro, presidente do Sinfarpe, parabenizou a todos pela organização e participação no evento.
Fonte: Sinfarpe
Sinfaerj: Diretoria realiza reuniões em prol da categoria
O Sindicato dos Farmacêuticos do Rio de Janeiro coloca na rua o Sinfaerj Itinerante. O objetivo é percorrer o estado para realizar reuniões com representantes da categoria em vários segmentos de atuação e traçar as melhores ações para defender a valorização profissional do farmacêutico. Faz parte dessa agenda, também, o diálogo com outras entidades, como a reunião realizada com o Conselho Regional de Farmácia.
No dia 17 de agosto, o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Rio de Janeiro, Cristiano Lins, e a diretora de Comunicação Social e Formação Sindical do Sindicato, Valéria Villas Boas Duarte, realizaram reunião para discutir assuntos de interesse da categoria que atua na Atenção Básica de Saúde.
Acompanhados da Assessoria Jurídica do Sindicato, eles estiveram no bairro de Campo Grande, onde realizaram uma reunião com farmacêuticos que atuam na Atenção Básica. O encontro aconteceu na sede do em reunião realizada no Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro.
Na avaliação do presidente do Sindicato, o encontro foi muito proveitoso e discutiu vários temas, todos buscando reafirmar o papel do farmacêutico e a sua valorização profissional.
Além dessa reunião, muitas outras agendas com representantes da categoria, inclusive com outras entidades, têm sido realizadas pela diretoria do Sindicato.
Reunião com o CRF-RJ
Nesta segunda-feira (19) aconteceu uma reunião histórica para a categoria. Depois de quase 10 anos sem diálogo entre as duas principais entidades representativas da categoria farmacêutica no Estado do Rio de Janeiro, uma reunião entre o CRF-RJ e o Sinfaerj se reuniram na sede do Conselho. Estiveram presentes o presidente do Sinfaerj, Cristiano Lins, o vice-presidente, Leonardo Légora de Abreu, a presidente do CRF, Tania Mouço e o Diretor Secretário-Geral do Conselho, Ricardo Lahora.
O encontro firmou acordo de cooperação em busca da atuação conjunta e complementar em favor da valorização da profissão farmacêutica no Rio de
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Janeiro.
Entre os pontos discutidos, estiveram as convenções coletivas; a necessidade de um contato ainda mais próximo de forma a assegurar que, respeitando as esferas de atuação de cada entidade, o farmacêutico possua retaguarda jurídica e profissional; parcerias entre o Grupo Técnico de Direitos e Prerrogativas do CRF/RJ e o Sindicato; ações conjuntas e alinhadas às necessidades profissionais, etc.
Para o Presidente do SINFAERJ, Dr. Cristiano Lins, o contato representa um grande ponto de partida. “Nosso mandato inicia de forma diferente. Queremos que o Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro saiba que pode contar conosco para construirmos uma profissão farmacêutica mais forte”, afirma.
Já para a Presidente do CRF/RJ, Dra. Tania Mouço, o acordo de cooperação significa uma mudança expressiva nos rumos profissionais. “Tal parceria representa um novo momento da profissão. Mostraremos que a união faz a força de uma categoria. Trabalharemos de mãos dadas em busca de uma profissão mais forte”, conclui.
Da redação com informações do Sinfaerj e CRF-RJ
Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica será relançada em Brasília
A Federação Nacional dos Farmacêuticos, o Conselho Federal de Farmácia e a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) realizaram no dia 28/08 um café da manhã na Câmara dos Deputados para reunir parlamentares e discutir o direito da população de acessar medicamentos, a situação atual das políticas públicas na área de Assistência Farmacêutica, os projetos de lei em tramitação e outros temas de interesse da categoria e da sociedade.
Durante a atividade será relançada a Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, que conta com a participação de parlamentares de todo o país e de um amplo leque de partidos preocupados com as discussões em torno dessa agenda.
“Esse espaço de diálogo com os parlamentares é fundamental para expor os posicionamentos da categoria sobre projetos de lei que estão em tramitação. Muitos deles, sob o pretexto de ampliar ou “facilitar” o acesso da população ao medicamentos – como os que liberam a venda de remédios em supermercados ou que dispensam a presença de profissional farmacêutico nas farmácias – estão na contramão da proteção do usuário. O medicamento não é uma mercadoria qualquer e sua dispensação precisa ser feita mediante a orientação do profissional farmacêutico visando o seu uso racional e a resolutividade dos problemas de saúde. A cultura da automedicação, estimulada pelo mercado e pela indústria, é nociva à saúde”, alerta o presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos.
Ele destaca, ainda, que a atuação da Fenafar e das entidades farmacêuticas junto aos parlamentares tem sido fundamental nos últimos anos, “seja para garantir conquistas importantíssimas para a categoria, como a aprovação da lei 13.021/2014, seja para impedir a aprovação de projetos e outras medidas que atacam as garantias previstas nesta lei. Garantias para a sociedade, no direito à Assistência Farmacêutica como política integrante das políticas de saúde do país, e para os farmacêuticos terem a valorização do seu trabalho e seu lugar como profissional de saúde reconhecido pelo Estado”, destaca.
O café da manhã será realizado no Salão Nobre, Anexo I da Câmara dos Deputados, no dia 28 de agosto, às 9 horas da manhã.
Da redação