Comissão especial da Câmara aprova relatório sobre custeio da atividade sindical

A Comissão Especial sobre Financiamento da Atividade Sindical aprovou nesta quarta-feira (6), na Câmara dos Deputados, o relatório final do deputado Bebeto (PSB-BA) sobre o custeio. A última versão do texto, apresentado no último dia 24, propõe a criação de uma contribuição – a contribuição negocial – a ser paga pelo trabalhador, sindicalizado ou não. Representantes de centrais sindicais como a CTB participaram da reunião onde o texto foi discutido e votado pelos parlamentares membros da comissão.

 

O relatório incorpora as propostas definidas pelas centrais sindicais e Dieese. O texto regulamenta os critérios para a contribuição negocial e preserva a contribuição sindical. Nas negociações, o relator concordou em excluir o item que estabelecia multa em caso de atitude antissindical por parte do empregador. Também foi retirada a proposta de projeto de lei complementar sobre desconto para aposentados e empregados domésticos.

Para o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana, “em princípio, o resultado foi positivo, mas a preocupação é com a tramitação em plenário”. O representante jurídico da central, Magnus Farkatt, disse que “o parecer do relator ocorreu nos termos do que foi discutido, de modo a impedir exageros na cobrança e inibir ações com o objetivo de inviabilizar a contribuição”.

A contribuição negocial, prevista no relatório de Bebeto, será cobrada mensalmente tanto de empregados quanto de empregadores, com exceção do mês de cobrança da contribuição sindical. O valor a ser arrecadado será fixado em assembleia de negociação salarial ou convenção coletiva e não poderá ultrapassar 1% da remuneração bruta anual do trabalhador.

Essa contribuição, destinada ao pagamento das despesas jurídicas, técnicas e administrativas das negociações coletivas, já é cobrada atualmente por alguns sindicatos, mas há questionamentos na Justiça sobre sua validade e extensão.

Fonte: CTB

CNTU realiza 9ª Jornada Brasil Inteligente

Atividade acontecerá em São Paulo, no auditório do Sindicato dos Engenheiros, no dia 1º de julho, e debaterá “Brasil 2022: o País que queremos”.

 

Acontece no dia 1º de julho, a partir das 9 horas, em São Paulo, a 9ª Jornada Brasil Inteligente, promovida pela CNTU. O evento terá como foco o projeto “Brasil 2022: o País que queremos” e a discussão sobre a necessidade de se conquistar o alargamento e aprofundamento da democracia e do desenvolvimento.

“A mobilização social orientada nesse sentido pode nos qualificar a dar um salto em 2022 rumo a um projeto nacional de avanços socioeconômicos, científicos e culturais que inclua a totalidade da população brasileira”, afirma o presidente da CNTU, Murilo Celso de Campos Pinheiro.

Na avaliação de Allen Habert, diretor de Articulação Nacional da confederação e coordenador da atividade, é preciso identificar os “nós górdios” que devem ser desatados para que se complete o grito da independência do País. É a esse esforço de compreensão da realidade que a 9ª jornada se propõe.

Para dar conta dessa tarefa, o evento contará com duas discussões centrais travadas em mesas-redondas que debaterão cultura, economia e política. Entre os participantes, estarão o compositor e maestro Jorge Antunes, a socióloga e cineasta Isa Grinspum Ferraz e a advogada Carmen Bressane, da Auditoria Cidadã da Dívida, o analista político João Guilherme Vargas Netto e a economista Ceci Juruá.

A 9ª Jornada contará ainda com a participação do arquiteto Ruy Ohtake, que integra o Conselho Consultivo da CNTU e fará a apresentação da logomarca do projeto “Brasil 2022” que está sendo criada por ele. “É uma grande honra e alegria para a CNTU contar com o engajamento dele, que é um dos maiores arquitetos brasileiros, nesse projeto”, comemora Habert.

Completa o evento a plenária do Conselho Consultivo da CNTU, com a posse dos seus novos integrantes e depoimentos sobre “Ciência, tecnologia, inovação, educação e cultura rumo ao Brasil 2022”.

Confira a programação.

A 9ª Jornada Brasil Inteligente tem participação gratuita e será transmitida online durante todo o dia pelo site da CNTU (www.cntu.org.br).

Fonte: CNTU

Portal CTB lança vídeo-reportagem sobre direitos que estão sob ameaça; confira aqui

O Portal CTB acaba de lançar um novo vídeo-reportagem sobre a conjuntura política e, desta vez, foca nas ameaças aos direitos da classe trabalhadora representadas pela reforma da previdência e pela extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

 

Intitulado “O preço do golpe”, a reportagem foi às ruas ouvir a opinião dos brasileiros do campo e da cidade. Políticos, trabalhadores, trabalhadoras e lideranças sindicais falam sobre as mudanças que estão em curso no país e que vêm se agravando ao longo do governo interino de Michel Temer, podendo gerar um enorme retrocesso nos direitos e garantias sociais e trabalhistas até então assegurados.

Entre os destaques, a reforma previdenciária e a proposta de igualar a idade mínima para o benefício entre homens e mulheres, e também o forte baque que representará à agricultura nacional o fim do MDA, denunciado por lideranças do campo, como o presidente da Contag, Alberto Broch, e o dirigente da CTB, Vilson Luiz da Silva, e José Alves Duarte, da Fetag-BA, entre outros.

 

Fonte: CTB Publicado em 27/06/2016

Fórum das Mulheres das centrais sindicais decide rechaçar retrocessos do governo golpista

Em reunião, nesta terça-feira (21), o Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais (FNMT) decidiu que não interessa para as mulheres dialogar com o governo golpista e machista de Michel Temer.

 

“Tiramos uma posição unânime contra o golpe”, afirma Gilda Almeida, secretária de Finanças Adjunta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e integrante da Comissão Nacional de Mulheres da central. Gilda também é diretora de relações internacionais da Fenafar.

Gilda explica que “as dirigentes das secretarias de mulheres das centrais que compõem o Fórum (CTB, CUT, Nova Central, Força Sindical e UGT) definiram posição contra todas as medidas que estão sendo tomadas pelo governo golpista”.

Por isso, o FNMT é contra a reforma da previdência, essencialmente sobre elevar a idade mínima para aposentadoria para 65 anos. Também “vamos elaborar um documento contra os retrocessos na saúde pública, na educação, na cultura e nos direitos sociais e individuais, propostos por Temer”.

Na reunião ficou definido ainda que é muito importante defender a manutenção dos programas sociais, como o Bolsa Família, o Universidade Para Todos (ProUni), o Financiamento Estudantil (Fies), dentre outros necessários para “combater a desigualdade social”, reforça.

O Programa de Valorização do Salário Mínimo foi entendido com essencial para aquecer a economia e elevar o patamar de vida dos mais pobres, principalmente, o FNMT defende “que os aumentos acima da inflação para o mínimo sejam referência para o pagamento de aposentadorias e pensões, como tem sido feito nos últimos anos”.

O FNMT vai ainda lançar um documento que para “debater o impacto sofrido pelas trabalhadoras com o rebaixamento da Secretaria de Políticas para as Mulheres, assim como os projetos perniciosos que tramitam no Congresso Nacional”.

Também foi deliberado marcar audiência pública na Câmara dos Deputados ou no Senado para denunciar a violência e a discriminação que as mulheres sofrem no Brasil, “amplificada com esse governo golpista”, diz Gilda.

Além de defender que é fundamental combater a cultura do estupro, o FNMT definiu o lançamento de uma cartilha abordando a Convenção 156, da Organização Internacional do Trabalho, que pretende a igualdade de oportunidades e de tratamento para trabalhadores e trabalhadoras, assim como as suas responsabilidades familiares.

Outra unanimidade do FNMT foi sobre a necessidade de participação no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e a importância de se contrapor ao projeto de lei 07/2016, que pretende alterar a Lei Maria da Penha, prejudicando as vítimas de violência.

“As mulheres das centrais sindicais presentes decidiram também a realização de um ato público em Brasília em defesa do SUS (Sistema Único de Saúde), da educação pública e de combate à violência contra as mulheres e pelo fim da cultura do estupro”, finaliza Gilda.

Fonte: CTB

Cresce mobilização social contra o golpe e Frente Brasil Popular lança agenda de luta; confira

Após a reunião do coletivo nacional da Frente Brasil Popular (FBP), nesta segunda-feira (20), ficou definida uma extensa agenda de mobilizações populares em todo o país para os próximos meses de 2016. As atividades incluem atos de protesto, marchas, caminhadas, festivais e debates, todos norteados pelas palavras de ordem: “Não ao golpe. Fora Temer!”.

 

A Frente é formada por dezenas de entidade civis, sindicais e partidárias e nasceu como uma força política e social contra o avanço conservador em curso no país, com ameaça de forte retrocesso nos direitos sociais e trabalhistas. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil-CTB, presidida por Adilson Araújo, integra o movimento desde o ato de sua fundação no ano passado.

A proposta agora é intensificar a mobilização popular e os próximos meses abrigarão uma diversidade de protestos e manifestações por direitos sociais. Alguns deles devem contar com a presença da presidenta Dilma Rousseff. Nesta sexta-feira (24) um ato em defesa da Petrobras, do pré-sal e da soberania nacional ocorrerá em São Paulo, na avenida Paulista.

Na outra semana, na quarta-feira (29), haverá o Ato em defesa da Democracia, da Educação Pública, e dos Direitos dos trabalhadores em Educação, que vai mobilizar todos os segmentos relacionadas com a educação para denunciar as medidas do governo interino de Michel Temer. O protesto será em frente ao Ministério da Educação e Cultura, em Brasília.

No dia 6 de julho haverá uma marcha em Brasília em defesa do SUS, e entre os dias 18 e 23 de julho diversos atos vão marcar a semana de manifestações pela saúde pública no país. Os servidores públicos das esferas federal, estadual e municipal saem às ruas no dia 12 de julho na Marcha Nacional dos Servidores dos Servidores Públicos, em Brasília.

Outros temas que serão lembrados nos protestos e mobilizações populares são os direitos das mulheres, a defesa de uma política externa “ativa e altiva” e a permanente resistência ao golpe e à retirada de direitos sociais e trabalhistas.

Olimpíadas

Uma marcha popular marcará a abertura das Olimpíadas no dia 5 de agosto, no Rio de Janeiro, e um acampamento de resistência em Brasília – o Acampamento Nacional Popular – vai acompanhar a votação do impeachment que deverá acontecer entre os dias 16 e 17 de agosto.

Confira os eventos já programados no país:

Junho

Dia 24/06 – Ato em defesa da Petrobrás em São Paulo

Dia 25/06 – Marica- RJ: encerramento do Festival Internacional da Utopia

Dia 27/06 – Caravana da Democracia em Pernambuco

Dia 28/06 – Ceará: Ato da Juventude com Dilma e encontro com governador e ato de rua

Dia 29/06 – Pará Ato em Belém

Dia 29/06 – Encontro de Direitos Humanos contra o Golpe em Brasília

Dia 29/06 – Ato Nacional em defesa da Educação

Dia 30/06 – Plenária Nacional da Educação

Dia 30/06 – São Paulo ato das Mulheres – a confirmar

Dia 30/06 – Festival Internacional da Resistência (Salvador-BA)

Julho

Dia 2/07 – Caminhada da Liberdade, da Democracia e contra o Golpe – Salvador – BA

Dia 4/07 – Ato dos Juristas no auditório Petrônio Portela no Senado Federal

Dia 4/07 – Ato “Em defesa de uma política externa ativa e altiva”, com Celso Amorim, em São Paulo, na Casa de Portugal.

Dias 5 e 6/07 – Encontro dos Juristas em Defesa da Democracia em Brasília

Dia 6/07 – Movimento Negro contra o Golpe – Ato em Belo Horizonte

Dia 6/07 – Marcha em defesa do SUS, da Seguridade Social e da Democracia em Brasília.

Dia 11 a 16/07 – Jornada Nacional de Panfletagem

Dia 12/07 – Marcha dos Servidores das Estatais em Brasília

Segunda quinzena de Julho (indicativo) – “Encontro Nacional da Classe Trabalhadora”, em São Paulo.

Dia 18/07 – Reunião do Coletivo Nacional da FBP, em São Paulo.

Dia 18 ao 23/07 – Semana nacional em defesa do SUS – Contra a retirada dos médicos estrangeiros

Dias 19 e 20/07– Tribunal Internacional de Julgamento dos Golpistas, no Rio de Janeiro, Teatro Casa Grande.

Dia 25/7 – Dia latino-americano e Caribenho da Mulher Negra

Dia 25/7 – Mobilização unitária dos trabalhadores rurais em Aracajú-SE

25 a 31/7: Jornada Nacional dos Trabalhadores Rurais.

Dia 26/7 – Congresso Nacional de Estudantes de Agronomia, em Fortaleza-CE

Dia 29/7 – Concentração de camponeses no Assentamento Dionísio Cerqueira, em no oeste de Santa Catarina

Dia 30/7 – Jornada de Agroecolog no Paraná

Dia 30/07 – Plenária sobre a Reforma urbana e a luta pela Democracia, em São Paulo

Agosto

Dia 1/8 – Vigília Inter-Religiosa no Rio, tendo como eixo a exclusão social nas Olimpíadas.

Dia 5/8 – Marcha nacional contra o Golpe na abertura das Olimpíadas, no centro do Rio de Janeiro.

10 dias prévio à votação no Senado – Acampamento Popular em Brasília

17/08 – Indicativo de Votação no Senado

28/08 – Plenária da FBP em São Paulo

Novembro

12 a 15/11 – II Conferência da Frente Brasil Popular

Fonte: CTB

Dia Nacional de Mobilização contra o golpe é nesta sexta-feira (10) em todo o Brasil

A Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo vão realizar, na próxima sexta-feira (10), o Dia Nacional de Mobilização. A manifestação tem o intuito de ocupar as ruas e avenidas de todo o país em defesa dos direitos dos brasileiros e pela retirada do presidente golpista Michel Temer do poder.

 

O ato irá acontecer simultaneamente em diversas cidades do país. Em São Paulo, a concentração acontece a partir das 17h, no Vão Livre do Masp, na avenida Paulista e deve reunir milhares de pessoas. Em Salvador, a data será marcada por uma grande caminhada no Centro da cidade. A concentração será no Campo Grande, a partir das 15h.

“Com menos de um mês da aplicação do golpe, a conta já chegou aos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. O presidente ilegítimo e golpista, Michel Temer, não esconde o que estava por trás do afastamento ilegal da presidenta Dilma Rousseff: Reforma da previdência, com arrocho nos direitos dos trabalhadores, desvinculação do orçamento da educação e saúde, suspensão de programas sociais como Minha Casa, Minha Vida, FIES, PROUNI e PRONATEC, criminalização e perseguição dos movimentos sociais”, afirma em nota o movimento.

De acordo com Adilson Araújo, presidente nacional da CTB, será uma mobilização decisiva da luta contra o golpe. “Estamos com um golpe em curso e os primeiros dias do governo interino já mostraram certamente o programa neoliberal e conservador de Temer. Então a nossa mobilização quer ganhar apoio da classe trabalhadora para esse enfrentamento, uma vez que serão os setores populares os mais atingidos por esse conjunto de retiradas de direitos anunciados nos últimos dias. Nesse sentido, a CTB orienta toda sua militância, bem como os dirigentes nos estados, a não medir esforços na mobilização em torno da agenda unitária dos movimentos sociais contra o golpe”, convocou Adilson Araújo.

O ato integra uma série de atividades que compõem o calendário nacional de lutas, que inclui ainda a realização de um Encontro Nacional da Classe trabalhadora, na segunda quinzena de julho. Confira abaixo:

Dias 1 à 7/06 – Semana de Mobilização em Defesa do SUS e da Seguridade Social. Fora Temer!

Dia 6/06 – Ato Nacional contra as Privatizações das estatais, às 14h na Fundição Progresso no Rio de Janeiro.

Dia 8/06 – Mobilização Nacional em Defesa da Assistência Social.

Dia 10/06 – Dia Nacional de Mobilizações e Paralisações “Não ao Golpe, Fora Temer”.

Dia 12/06 – Dia dos Namorados – atividades #AmorSimGolpeNão Dia 15/06 – Paraíba encontro com Governador e Ato de Rua (Dilma)

Dia 16/06 – Bahia encontro governador e ato de Rua em Salvador (Dilma)

Dia 16/06 – Reunião do Coletivo Nacional da FBP, em São Paulo.

Dia 17/06 – Recife: debate na UFPE e ato (Dilma)

Dias 18 e 19/06 – I Encontro de Comunicação da Frente Brasil Popular em São Paulo.

Dia 21/06 – São Paulo ato das Mulheres (Dilma)

Dia 25/06 – Marica- RJ encerramento do Festival Internacional da Utopia (Dilma)

Dia 28/06 – Ceará Ato da Juventude com Dilma e encontro com governador e ato de rua (Dilma) Dia 29/06 – Pará Ato em Belém (Dilma)

Dia 12/07 – Marcha dos Servidores das estatais em Brasília Segunda

Julho – “Encontro Nacional da Classe Trabalhadora”, em São Paulo.

Fonte: Portal CTB

Feministas ocupam Secretaria de Mulheres contra nomeação de Temer para a pasta

Nesta segunda-feira, 6, representantes de movimentos sociais e feministas ocuparam a Secretaria Especial de Políticas Para as Mulheres (SPM) em protesto contra o governo interino de Michel Temer e contra a nomeação da ex-deputada federal, Fátima Pelaes (PMDB-AP), para ocupar a pasta.

A nova secretária da SNPM é contra o aborto, mesmo em caso de estupro, e é investigada por participação em um esquema de corrupção que desviou 4 milhões de reais do Ministério do Turismo, descoberto em 2011 pela Operação Voucher.

Para a diretora de políticas de mulheres da Fenafar, Soraya Amorim, a nomeação da ex-deputada representa um “retrocesso nas conquistas obtidas nos últimos anos para a luta por mais direitos para as mulheres, para a luta pelo fim da violência contra a mulher. Ter uma pessoa à frente das políticas públicas para as mulheres que defende que uma mulher, vítima de uma das piores violências que é o estupro, seja obrigada a ter o filho de seu agressor, sem qualquer opção de escolha, é uma afronta a tudo o que defendemos. Não se trata de obrigar alguém a interromper uma gravidez, se trata de dar o direito de uma mulher escolher a possibilidade de interromper a gravidez que é resultado de uma violência. Essa deputada, que assume a secretaria de políticas para as mulheres, não nos representa”.

As ativistas também protestaram contra a atitude de Temer em tirar o status de ministério da SPM, vinculando-a ao Ministério da Justiça e da Cidadania. Para elas, a escolha da ex-deputada e a subordinação da pasta ao MJ representam um retrocesso no plano de combate à violência e nos debates sobre igualdade de gênero.

Da redação com agências

CTB debate papel do movimento sindical e convoca seu 4º Congresso

A 18ª Reunião da Direção Executiva Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) terminou na sexta-feira (3) com os olhos voltados para o futuro e a promessa de muita luta para deter o golpe em marcha no país.

O secretário-geral da CTB, Wagner Gomes, disponibilizou dados e informações sobre a realização do 4º Congresso Nacional da CTB, para aprovação do plenário, passando a palavra ao presidente nacional, Adilson Araújo, que fez a convocação oficial para a atividade, que deve acontecer em agosto de 2017, em São Paulo. Em sua fala, o presidente destacou a essencialidade da realização do congresso nesse momento de profunda disputa política, quando estão em jogo os direitos trabalhistas, e acima disto, o Estado Democratico de Direito.

Tambem foi eleita a Comissão Organizadora coordenada por Adilson Araújo e composta pelo secretário-geral, Wagner Gomes; o secretário de finanças, Vilson Luiz; a secretária de Comunicação, Raimunda Gomes, Nivaldo Santana, vice-presidente; Kátia Gaivoto, secretária geral adjunta; Ivania Pereira, secretária da Mulher;, Joilson Cardoso, vice-presidente; Sérgio de Miranda, secretário de Políticas Agrícola e Agrária; e Severino Almeida, vice-presidente.

Leia íntegra da resolução:

Resolução política da 18ª reunião da Direção Executiva Nacional da CTB

Reunida em São Paulo nos dias 2 e 3 de junho a Direção Executiva Nacional da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) aprovou a seguinte resolução:

1- As primeiras iniciativas do governo interino e ilegítimo presidido por Michel Temer revelam o seu caráter reacionário e confirmam a denúncia da CTB de que o golpe travestido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff visa o retrocesso neoliberal em todas as esferas e constitui séria ameaça à democracia, aos direitos trabalhistas e à soberania nacional. A classe trabalhadora, os negros, as mulheres, a juventude, os agricultores familiares, aposentados e pensionistas e servidores públicos são suas principais vítimas;

2- Sob a cínica e falsa bandeira da austeridade fiscal os golpistas extinguiram os ministérios do Desenvolvimento Agrário, das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, dos Portos e da Cultura, sendo que este último foi depois recriado em função do protesto popular. O objetivo é reduzir os espaços e canais de participação dos trabalhadores e movimentos sociais nas políticas sociais. Ao mesmo tempo, o governo ilegítimo ampliou significativamente (para R$ 170 bilhões) o tamanho do rombo no orçamento da União previsto para este ano na meta fiscal encaminhada ao Congresso e já aprovada, mostrando que o discurso sobre a necessidade de equilíbrio das contas públicas não passa de conversa fiada;

3- Apoiado pelo Parlamento mais conservador da história, pelo menos desde o golpe de 1964, o governo interino ampliou a Desvinculação de Receitas Tributárias (DRU) para 30%, reduzindo recursos que, por força da Constituição, deveriam ser destinados à saúde (SUS), educação, previdência e seguridade social; cortou verbas de programas sociais como Minha Casa, Minha Vida; instalou no comando da Secretaria de Políticas para as Mulheres uma ex-deputada que é contra a legalização do aborto inclusive em casos de estupro; colocou a Previdência Social sob o controle do Ministério da Fazenda e anunciou uma reforma que estabelece idade mínima de 65 anos para aposentadoria e desvincula o reajuste das aposentadorias e pensões do aumento do salário mínimo; quer uma reforma trabalhista fundada no primado da negociação sobre a Lei, o que pode significar o fim da CLT e de direitos como férias, 13º salario, licença-maternidade, descanso semanal remunerado, jornada regulada, entre outros. Promete reeditar a política de privatizações da era FHC. Ataca também a educação pública e os segmentos mais esclarecidos do magistrado, que quer amordaçar com a proposta esdrúxula, alienante e antidemocrática da Escola sem Partido;

4- No plano das relações internacionais, com o Itamaraty comandado pelo tucano José Serra (um político comprovadamente comprometido com os interesses de multinacionais dos EUA), estão restaurando uma política subalterna ao imperialismo e dando as costas à integração latino-americana e caribenha. Os golpistas contam com o apoio de Washington, que agiu nos bastidores para derrubar Dilma, inclusive recorrendo à espionagem contra ela e a Petrobras. As mudanças de regras na exploração do pré-sal, anunciadas como prioridade do governo, vão na contramão da soberania nacional para satisfazer o apetite do capital estrangeiro. A dimensão geopolítica dos acontecimentos em curso no Brasil, apesar de mascarada pela mídia golpista, não deve ser subestimada; instituições como o Mercosul, Unasul, Celac e o próprio Brics (hoje o maior desafio à hegemonia dos EUA), tendem a ser enfraquecidos;

5- A hostilidade frente aos interesses populares transparece na própria face da administração golpista, integrada pela burguesia branca, sem a presença de mulheres, negros ou (sequer um) representante da classe trabalhadora no primeiro escalão. O seu perfil de classe é nítido e explica o forte respaldo econômico e social que goza junto ao empresariado. O golpe foi dado para levar a cabo o projeto dos grandes proprietários rurais, dos banqueiros e especuladores, do grosso do patronato e das transnacionais, ou seja, para impor o retrocesso neoliberal reiteradas vezes repudiado pelo povo e derrotado nas urnas e, além disto, delimitar e abafar a Operação Lava-Jato, restringindo-a ao papel sujo de desestabilizar o governo Dilma e desmoralizar Lula;

6- A CTB não reconhece legitimidade no governo Temer. Coerente com esta posição rejeitou o convite para debater com o usurpador e seus ministros a reforma da Previdência e está determinada a não sentar em mesas com golpistas para negociar redução de direitos e conquistas da classe trabalhadora;

7- O golpe não deve ser dado por consumado, pois embora Dilma tenha sido afastada provisoriamente o desfecho ainda depende do julgamento final do processo de impeachment pelo Senado. O resultado ainda não está definido e, apesar do cenário adverso, a pressão popular sobre os senadores indecisos pode frustrar o objetivo dos conspiradores;

8- Embora tenha o respaldo do Congresso conservador, da classe dominante e do imperialismo, o governo ilegítimo não tem o apoio do povo. Suas primeiras iniciativas, assim como os escândalos que estouraram nesses seus poucos dias, despertaram ampla indignação nas camadas mais conscientes da sociedade, nos movimentos sociais e na classe trabalhadora. É forte também o repúdio ao golpe no exterior, inclusive por parte significativa da mídia internacional, que tem contribuído para desmascará-lo, enquanto a mídia burguesa nativa, golpista por natureza, recorre a toda sorte de manipulações para falsificar a realidade e blindar Temer. O governo tem uma longa ficha suja, com muitos ministros atolados na corrupção e duas quedas (dos ex-ministros Jucá, Planejamento, e Fabiano Silveira, da transparência) em menos de 15 dias, por consequência dos escândalos. Por decisão do STF, foi também constrangido a reconduzir o jornalista Ricardo Melo à presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), da qual foi afastado ilegalmente;

9- A CTB não vai conciliar com o golpe e o projeto de retrocesso neoliberal em curso. A decisão de sua Direção Executiva Nacional é empreender uma luta sem tréguas contra o governo ilegítimo, em aliança com a Frente Brasil Popular, a Frente Povo sem Medo e outros setores da sociedade; é defender a democracia, a soberania, a valorização do trabalho; as estatais ameaçadas pelo PL 4918; o sistema de partilha na exploração do pré-sal; o funcionalismo contra o PL 257; o fortalecimento do SUS e da educação pública contra a mercantilização da saúde e da educação; a recriação do Ministério da Previdência;

10- Neste sentido, a CTB orienta toda sua militância, bem como os dirigentes nos estados, a não medir esforços na mobilização em torno da agenda unitária dos movimentos sociais contra o golpe, da qual se destacam: o ato nacional em defesa das estatais e contra as privatizações dia 6 de junho no RJ; o Dia Nacional de Mobilização contra o golpe em 10 de junho; a greve nacional dos portuários dia 13 e o ato público em Brasília em defesa da democracia, da Previdência Social e pelo retorno do Ministério do Desenvolvimento Agrário dia 16;

11- A 18ª reunião da Executiva Nacional da CTB defende a convocação de um plebiscito para que o povo delibere livremente sobre antecipação das eleições presidenciais para este ano como caminho para derrotar o golpe e construir uma nova alternativa política. FORA TEMER.

Fonte: CTB

Diretora da Fenafar participa de pesquisa que inova no combate à malária

A professora Fani Dolabela, diretora Suplente da Federação Nacional dos Farmacêuticos, leciona na Universidade Federal do Pará (UFPA) desde 2009 e trabalha com doenças negligenciadas, que são as que atingem principalmente os países em desenvolvimento. A pesquisadora desenvolveu um marcador farmacológico, presente em uma planta medicinal amazônica, que se mostrou promissor para o tratamento de malária. Fani fez o depósito da patente em 2012, no Brasil, e no ano seguinte, fez o depósito internacional. Em 2015, a patente foi concedida na África do Sul.

Durante o processo de análise, a professora já fez diversos estudos com o marcador e, segundo ela explica, a próxima fase é produzir um análogo sintético do marcador, testar seu potencial e então dar início aos estudos in vivo. Fani confessa que gostaria muito de ver o marcador transformado em medicamento, após todas as fases de análise. Ela explica que o processo para a produção de um novo medicamente é muito lento e, no seu caso, ainda existe o fato de que as doenças negligenciadas não são uma prioridade para a indústria farmacêutica. “Malária é uma prioridade para o governo federal, para a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), para a Organização Mundial de Saúde (OMS). Então nós vamos acabar envolvendo principalmente as organizações públicas, porque buscar alternativas para a malária é urgente”, conta a professora.

Fani expõe que o medicamento utilizado para o tratamento de malária, atualmente, é o Coartem, mas que já existem casos de resistência aos seus derivados em algumas regiões. Ela diz que, caso haja um aumento da disseminação de resistência ao medicamento, a consequência seria aumentar a taxa de mortalidade por malária. Por isso a professora frisa o quanto sua pesquisa é relevante, considerando que a malária é uma realidade em várias regiões do mundo, incluindo a Amazônia legal, “o que me motiva a estar aqui todos os dias é saber que o que eu estou fazendo é muito importante para a sociedade”, relata a professora.

Metabólitos contra a leishmaniose

O professor Alberdan Santos trabalha com química e biotecnologia, leciona na UFPA há 18 anos e coordena o Laboratório de Investigação Sistemática em Biotecnologia e Biodiversidade Molecular. O trabalho de Alberdan envolve a produção de micrometabólitos e macrometabólitos, que são substâncias produzidas por plantas e microrganismos que apresentam atividades biológicas. O professor explica que, por meio da investigação sistemática, o grupo chegou em um fungo, que produz um metabólito. Este metabólito mostrou um potencial contra leishmaniose cutânea. O professor depositou a patente nacional em 2008 e a internacional em 2009. Após isso, ela foi pedida na União Europeia, África do Sul, Aripo e Estados Unidos, os dois últimos já enviaram as cartas-patente.

Alberdan explica que a molécula encontrada pode ser utilizada no combate à leishmaniose cutânea em seu uso tópico, porém ainda são necessários muitos testes, além da intensificação das investigações. Um desses processos é a investigação in vivo, por meio do qual será possível conhecer a atividade da molécula, bem como seus efeitos em mamíferos.

O professor afirma que os medicamentos utilizados atualmente costumam apresentar efeitos colaterais muito danosos aos pacientes e que, por isso, a utilização da molécula como medicamento tópico, em alternativa aos tratamentos atuais, traria benefícios. Como explica o professor, “Nós não observamos, até o momento, nenhum efeito colateral. Mas logicamente que nós só vamos poder afirmar isso depois dos ensaios in vivo. Porque depois disso é que serão feitos os ensaios pré-clínicos, quando vamos avaliar esses efeitos adversos. ”

Nanotubos de carbono

O professor Marcos Allan trabalha na UFPA há 5 anos, atuando na área de nanotecnologia e produção de materiais. Ele desenvolveu um método de produção de nanotubos de carbono preenchidos por carbeto de alumínio. Os nanotubos de carbono representam uma nova classe de materiais com propriedades mecânicas e elétricas muito superiores aos atuais, podendo ser aplicados em têxteis, equipamentos eletrônicos, fármacos, entre outros. Segundo o professor, “os nanotubos produzidos pela técnica patenteada apresentam outras propriedades físicas que não são encontrados nos demais, como, por exemplo, maior resistência a tração quando incorporados em matriz metálica”, explica.

Marcos também demonstra que sua invenção pode ser aplicada em vários materiais para a melhoria de suas propriedades físico-químicas e para o desenvolvimento de produtos, como sensores para equipamentos eletrônicos. Marcos teve a ideia em 2006, durante seu mestrado, e a concessão veio em 2014 no Japão e, posteriormente, nos Estados Unidos. No Brasil e na União Europeia o pedido ainda se encontra em análise.

Patentes

A patente é um mecanismo de proteção intelectual mais voltada para a atividade empresarial, sendo bastante utilizada no processo de inovação tecnológica. Esse título é concedido pelo Estado a quem inventa novos produtos ou aperfeiçoa algo já existente. A concessão de patente às três tecnologias ocorreu por intermédio da Agência de Inovação Tecnológica da UFPA (Universitec). As patentes que foram concedidas à UFPA são internacionais, no Brasil elas ainda estão em análise pelo INPI.

Os pesquisadores da UFPA contam com a Coordenadoria de Propriedade Intelectual (CPINT) da Universitec para auxiliar nos processos referentes a depósitos de pedidos de patentes ou certificado de adição, ao registro de marcas e de programas de computador, direitos autorais e demais mecanismos de proteção. A coordenadora é Rosângela Cavaleiro, que explica a atuação da agência, “Nós trabalhamos na orientação e na efetuação do processo de depósito, fazemos o pedido e depois acompanhamos o processo junto ao órgão competente, que é o INPI”.

O processo para o depósito de patente é longo e burocrático e não é algo que seja concedido em poucos anos. O professor Marcos Allan, por exemplo, depositou seu pedido de patente nacional em 2006, a qual, após 10 anos, ainda está sendo analisada pelo INPI. Mesmo assim o pesquisador ainda tem oito pedidos em análise e afirma que recebeu amplo apoio da Universitec em todo o processo.

Assim como Marcos, os professores Alberdan Santos e Fani Dolabela também tiveram o auxílio da Universitec no depósito e concessão de suas patentes, através da orientação. Segundo Rosângela, o foco da CPINT é a orientação ao pesquisador, “nós explicamos como funciona o processo de depósito, a análise, damos orientações sobre o relatório descritivo, as reivindicações, as figuras, se houver, e o resumo, mostramos como fazer uma busca para ver se já não há nada parecido com o que ele (o pesquisador) está desenvolvendo, que é o estado da técnica”, explica a coordenadora.

O registro de produtos e processos no INPI, os pedidos de patentes, está no centro do debate sobre a inovação tecnológica e a contribuição da universidade para a competitividade da indústria brasileira.

Fonte: G1-PA Rede Liberal (com alterações da Redação)

Oposição no Senado apresenta alternativa à “PEC da Maldade”

Os senadores que compõem o bloco de oposição à gestão Temer apresentaram na tarde desta terça-feira (8), uma proposta alternativa à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016 – PEC 241 na Câmara –, apelidada pela oposição de “PEC da Maldade”. Para eles, a proposta apresentada na “PEC 55 vai na contramão das melhores regras fiscais existentes hoje na economia mundial”.

 

A PEC da oposição é um substitutivo à PEC 55 que será votada nesta quarta-feira (9) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O texto apresentado pela oposição sugere, entre outras coisas, um prazo máximo de prevalência das medidas fiscais compatível com o do Plano Plurianual (PPA), que tem validade de quatro anos. A PEC 55 prevê o teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos.

Além disso, o substitutivo prevê a irredutibilidade do gasto social per capita, ou seja, que os gastos do governo sejam condizentes com o crescimento populacional. A oposição alega que o congelamento de gastos pelos próximos 20 anos vai representar um retrocesso nesse aspecto, porque a população está em expansão no Brasil.

O texto prevê ainda a garantia do aumento real do salário mínimo sempre que houver crescimento econômico. Atualmente há lei prevendo isso, mas a oposição quer constitucionalizar o aumento do mínimo para garantir que esse direito não seja revogado e que a política monetária e cambial esteja comprometida com o crescimento econômico e a geração de empregos.

“E tem mais: qualquer alteração que reduza direitos previstos nesse título deve ser submetido a referendo. Nós colocamos na Constituição a questão do referendo”, explicou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Segundo ele, o objetivo do substitutivo é fazer “uma disputa em cima desses pontos” e a oposição espera “sensibilizar uma parte dos senadores” na CCJ durante a votação da PEC 55.

O substitutivo é de autoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR) em conjunto com a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Requião disse, ao apresentar o substitutivo, que não se trata de “uma proposta petista”, uma vez que ele é do PMDB.

“É uma proposta negociada e conversada com economistas nacionalistas e com sensibilidade social e nós chegamos à conclusão de que a PEC 55 é uma tolice absoluta, uma bobagem monumental e se destina ideologicamente a acabar com o Estado Social”, disse Requião.

Segundo o documento apresentado pela oposição, “com a aprovação da PEC-55, será constitucionalizada uma regra contracionista, sem qualquer possibilidade de mudança na condução da política, seja qual for a situação econômica nacional e mundial e seja qual for o governo eleito.

Para a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), enquanto a PEC 55 não só congela os gastos públicos, mas reduz ainda os investimentos sociais, a alternativa que eles apresentam “não toca uma linha em aumento, mas se faz justiça tributária”, destacou.

Vanessa falou da importante que todos e principalmente, o povo, saibam que há alternativas à “PEC da Maldade” que prejudica os mais pobres. “Nós temos alternativas, mas eles [os governistas] querem sacrificar o povo brasileiro e através deste sacrifício voltar o momento de bonança. Porém, a senadora explicou que a PEC 55 servirá para os próximos 20 anos e “mesmo quando vivermos o momento de bonança, o recurso público não será aplicado no desenvolvimento, mas para o pagamento de dívidas, ou seja, “estão transformando o Brasil através da retomada do projeto neoliberal”, ressaltou.

Projetos de lei

Além do substitutivo à PEC 55, os oposicionistas também apresentaram três projetos de lei. O primeiro deles estabelece uma nova regra para a política fiscal, alterando a Lei de Responsabilidade Fiscal para determinar que as metas apresentadas pelo governo sejam ajustadas de acordo com o ciclo econômico. Isso evitaria que medidas de ajuste de um governo afetassem outros governos posteriores, impedindo a adoção de medidas anticíclicas em caso de recessão econômica.

O segundo projeto prevê a taxação de lucros e dividendos. De acordo com Lindbergh, o projeto combina aumento de arrecadação com justiça fiscal, porque prevê a taxação das pessoas mais ricas. “Há um debate que não está sendo feito que é: quem está pagando a conta da crise? Não tem nada para o andar de cima. Então queremos a taxação de lucros e dividendos”, diz Lindberh.

O terceiro projeto prevê o que os oposicionistas chamam de “duplo mandato do Banco Central”. A ideia é estabelecer que, além de cuidar da estabilidade monetária e do câmbio, o BC também seja obrigado, por lei, a atrelar isso à geração de empregos, aumento de renda e crescimento econômico. “Disso eles não falam. Ninguém fala em controlar as despesas financeiras do país, só as despesas primárias. Nós estamos gastando mais de R$ 500 bilhões anuais em juros”, diz o senador.

Na coletiva, os senadores Requião, Lindbergh e Vanessa Grazziotin explicaram como é o substitutivo: https://www.facebook.com/PTnoSenado/videos/1131046593640175/

Fonte: Vermelho