Movimento sindical discute Plano de Carreira Interfederativo no SUS

No dia 21 de outubro, o movimento sindical da saúde esteve em Brasília para tratar da criação de um Plano de Carreira Interfederativo para trabalhadoras e trabalhadores do SUS.

Pela manhã, lideranças sindicais se reuniram para atualizar informações e alinhar estratégias; à tarde, visitaram parlamentares para apresentar as reivindicações e defender a valorização de quem sustenta o sistema público de saúde.

A Fenafar participou das agendas reafirmando seu compromisso com o trabalho farmacêutico e com políticas de fixação dignas para todas e todos os profissionais do SUS.

Para a segunda vice-presidenta da Fenafar, Debora Melecchi, que participou da atividade, valorizar quem cuida é proteger o SUS e assegurar o direito da população à saúde. “Sem carreiras sólidas, não há SUS forte. E sem SUS, não há saúde para todos.”

Falar do SUS é falar da maior política de inclusão social do país. Ele só existe porque milhões de trabalhadoras e trabalhadores mantêm suas ações nos territórios, nas unidades básicas, hospitais e serviços de vigilância. Mas é preciso reconhecer: não há SUS forte sem valorização de seus profissionais.

Atualmente, há grandes desigualdades entre os entes federados. Condições de trabalho, salários, oportunidades e estabilidade variam amplamente, o que provoca desmotivação e alta rotatividade. Um plano de carreira interfederativo é essencial para garantir equidade, valorização e continuidade do cuidado.

Essa proposta busca:
✅ Equidade entre municípios, estados e União;
✅ Valorização e retenção de profissionais;
✅ Formação e qualificação permanentes;
✅ Estabilidade e eficiência dos serviços;
✅ Fortalecimento do SUS como política de Estado.

A lógica interfederativa já está presente no financiamento e na gestão do sistema. Portanto, integrar também as carreiras é coerente com a estrutura do SUS e fundamental para sua sustentabilidade.

Mais do que uma reivindicação trabalhista, o plano de carreira é uma estratégia de fortalecimento do SUS e de reconhecimento da força de trabalho que o mantém vivo.