Setor de farmácias de manipulação cresce 17,1% em cinco anos 

Estudo da Anfarmag mostra que setor emprega majoritariamente mulheres e faturamento anual chega a R$ 11,3 bilhões 

O segmento de farmácias de manipulação apresentou resultados positivos em todos os índices medidos pelo Panorama Setorial da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) para os últimos cinco anos.  

Entre 2019 e 2023, as farmácias que preparam medicamentos e produtos sob medida tiveram um aumento de faturamento de 17,1%, somando R$ 11,3 bilhões. O índice é superior ao crescimento do PIB do Brasil. Além disso, houve resultados importantes nos índices relativos à empregabilidade (+15,4%), massa salarial (+23,1%), salário médio (+10,7%), quantidade de estabelecimentos em atividade no país (+8,9%) e arrecadação tributária (+92,7%), recolhendo R$ 1,596 bilhão aos cofres públicos.  

De acordo com o diretor executivo da Anfarmag, Marco Fiaschetti, esses números são reflexo de um setor sólido e da sua importância social. “As farmácias de manipulação são empresas essenciais para a saúde do país, atendendo a população em todos os seus perfis e necessidades. Além disso, a população tem buscado mais informação, aumentado o foco em saúde preventiva e bem-estar e, consequentemente, a demanda por produtos individualizados aumenta”, afirma.   

Distribuição e novos negócios 

O Brasil conta hoje com cerca de 8.700 farmácias de manipulação. Elas estão distribuídas de forma heterogênea pelo Brasil. O maior volume de empresas está concentrado no Sudeste, onde também está a maior parte da população. No entanto, ano após ano o levantamento da Anfarmag aponta crescimento acelerado nas demais regiões. 

Das novas farmácias de manipulação abertas entre 2019 e 2023, quase metade (47%) estavam no Nordeste; 26,9% no Norte; 10,1% no Sul; 8,5% no Centro-oeste; e 7,4% no Sudeste. “Um detalhe interessante é que, nessas regiões de maior crescimento, a quase totalidade dos investimentos veio da própria região. Ou seja, não se trata de redes ou de empresários de outras áreas do país que decidiram montar farmácias no Norte e no Nordeste, mas de crescimento local”, afirma Fiaschetti. 

Outro dado relevante a se considerar é que o setor é formado principalmente por empresas de pequeno porte: cerca de 80% das farmácias de manipulação apresentam faturamento anual de até R$ 1,5 milhão.  

Portanto, os novos negócios enfrentam os desafios naturais do pequeno empreendedor. No entanto, a abertura de uma farmácia de manipulação tende a significar a criação de um negócio mais resistente se comparado a outros setores da economia. Isso porque a média de idade das farmácias em atividade no país é superior a 17 anos, enquanto a vida útil média das empresas brasileiras é inferior a 10 anos. 

Geração de empregos femininos 

O bom desempenho das farmácias de manipulação favorece particularmente a geração de emprego e renda para mulheres. O Panorama Setorial Anfarmag mostra que as farmácias de manipulação empregam 65,4 mil colaboradores com carteira assinada. Desse total, 78,7% são mulheres e metade delas tem entre 30 e 49 anos. 

“Essa proporção majoritária de mulheres se mantém constante ao longo dos anos, o que permite afirmar que o crescimento da empregabilidade das farmácias garante que mais mulheres estão sendo acolhidas pelo segmento”, diz Fiaschetti.  

No período avaliado, o setor demonstrou um crescimento tanto das equipes contratadas, quanto do salário pago a elas, com crescimento acima da inflação. Em 2023, a massa salarial do setor foi de R$ 2,08 bilhões, sendo 58,7% do total registrado em empresas com até 19 funcionários. Entre diretos e indiretos, a estimativa é de que o setor gere por volta de 325 mil postos de trabalho. 

Sobre a pesquisa 

O Panorama Setorial Anfarmag 2024 é a sexta edição do levantamento periódico publicado pela Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais. A organização realiza uma ampla pesquisa junto ao setor de farmácias de manipulação em parceria com o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação). O estudo traz informações socioeconômicas traduzidas em índices e gráficos sobre a abrangência nacional do segmento de farmácias de manipulação, subdivididas nas cinco regiões do país e seus estados. 

Fonte: Anfarmag

Fenafar e Sindfal repudiam Ação Judicial injustificada contra presidente do Sindfal

A Fenafar e o Sindicato dos Farmacêuticos de Alagoas (Sindfal) expressam indignação diante da recente ação judicial promovida pelo conselheiro federal suplente João Batista dos Santos Neto, buscando afastar Alexandre Correia dos Santos de seu cargo como conselheiro regional do CRF-AL.

A ação, apresentada à Justiça Federal, é baseada na alegação de um suposto conflito de interesses devido à atuação de Alexandre como presidente do Sindfal e conselheiro do CRF-AL.

Essa tentativa de destituição do conselheiro, baseada em alegações infundadas de conflito de interesses, representa um ataque aos princípios democráticos, uma vez que Alexandre foi eleito de forma legítima pela categoria farmacêutica.

Desde maio de 2024, quando João Batista protocolou um requerimento administrativo de afastamento junto ao CRF-AL, a Fenafar e o Sindfal têm se manifestado contrários a essa visão improcedente e juridicamente infundada.

Na ação, o conselheiro suplente argumenta que a atuação de Alexandre Correia no CRF-AL e no Sindfal representaria um “conflito de interesses” devido ao “antagonismo de propósitos” entre as duas entidades.

A legislação não impede que um farmacêutico exerça simultaneamente cargos em conselhos e sindicatos, e, portanto, a intenção de afastamento não passa de uma tentativa de interferência arbitrária e desproporcional na representatividade da categoria farmacêutica.

É preocupante que um conselheiro suplente do CFF desconheça a importância e a atuação sindical, mencione seletivamente a Constituição Federal, dando-lhe uma interpretação errônea, para requerer ato ilícito.

Entendemos que o papel do sindicato é defender o trabalhador farmacêutico, função semelhante à do conselho, que também deve proteger o profissional. Longe de representar um antagonismo, as funções se complementam e buscam fortalecer toda a categoria, garantindo uma representação robusta tanto na defesa de seus direitos laborais quanto na valorização e ética da profissão.

A Fenafar e o Sindfal reiteram seu apoio incondicional a Alexandre Correia dos Santos, reafirmando a legitimidade de sua atuação e o compromisso com a defesa da categoria farmacêutica.

Federação Nacional dos Farmacêuticos – Fenafar
Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Alagoas – Sindfal

Nota de Repúdio ao Secretário da Saúde do Piauí pelo ataque à Profissão Farmacêutica

A Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) manifesta seu repúdio à infeliz e desrespeitosa declaração do secretário de Estado da Saúde do Piauí, Antônio Luiz Santos, durante entrevista à Rádio Teresina FM que apresentava o aplicativo “Piauí Saúde Digital”.

A frase proferida pelo secretário – “se você tem algum problema, em vez de sair procurando um farmacêutico para fazer uma consulta, ou um vizinho, ou o pai, ou um amigo, entra no aplicativo, que o médico vai atender…” – é um ataque inaceitável à profissão farmacêutica e demonstra um profundo desconhecimento sobre a relevância dos farmacêuticos no sistema de saúde brasileiro.

A fala em questão, rebaixa o trabalho dos farmacêuticos ao comparar o conhecimento desses profissionais às “dicas” de amigos, vizinhos ou parentes na prestação de cuidados em saúde, desconsidera o papel essencial desses profissionais e sua importância no cuidado integral à população.

Durante a pandemia de COVID-19, os farmacêuticos desempenharam um papel fundamental na orientação, na prestação de cuidados essenciais e na garantia de acesso seguro a medicamentos, sendo a primeira referência para muitas pessoas que buscavam atendimento e informações confiáveis.

Os farmacêuticos são profissionais de saúde, legalmente habilitados e com conhecimento técnico-científico para prestar assistência, orientar sobre o uso correto de medicamentos e promover a saúde pública. Desmerecer essa atuação é desinformar a população e desrespeitar um trabalho que salva vidas diariamente.

A Fenafar, o Sindicato dos Farmacêuticos do Piauí (SinfarPI) e toda a categoria farmacêutica brasileira exigem uma retratação imediata do secretário. Reiteramos a necessidade de valorização e reconhecimento dos farmacêuticos, que trabalham em sinergia com outros profissionais de saúde para garantir o melhor atendimento à população.

Seguiremos firmes na defesa do respeito, do reconhecimento profissional e do direito da população a um atendimento de saúde qualificado e digno. Juntos em defesa da saúde pública e da valorização da profissão farmacêutica.

Federação Nacional dos Farmacêuticos
Sindicato dos Farmacêuticos do Piauí

Nota da Fenafar sobre a situação dos Hospitais Federais no Rio de Janeiro  

Os Hospitais Federais do Rio de Janeiro, estruturados em grandes estabelecimentos de saúde de alta complexidade, historicamente enfrentam uma série de desafios, incluindo acirradas disputas motivadas por interesses de mercado e forças que buscam desestruturar o projeto político que venceu as eleições de 2022.  

Esses aspectos, dentre outros, precisam ser amplamente compreendidos para que nossa atuação política possa ser construída rumo a uma solução sustentável e integrada na rede do Sistema Único de Saúde.  

O SUS é uma política pública que representa o maior sistema público de saúde, conquistado pelo povo brasileiro no processo de redemocratização, após a 8ª Conferência Nacional de Saúde e a Constituição Federal de 1988. Como uma das principais conquistas do povo brasileiro, que estabeleceu saúde como direito do povo e responsabilidade do Estado, com seu caráter universal, integral, público que atua na promoção, proteção e recuperação da saúde, a fim de superar os desafios a ele impostos e garantir sua gestão pública, democrática e participativa, focada nas necessidades de saúde do povo. 

E apenas o Estado tem capacidade de antecipar as necessidades sociais e do SUS para formular uma política que busque concretizar os direitos das cidadãs e cidadãos brasileiros. 

O controle social é um pilar essencial para garantir a participação da sociedade nas decisões que afetam a saúde pública. É por meio desse mecanismo que a população exerce seu papel de fiscalização e de proposição de políticas, assegurando que os interesses coletivos estejam no centro das decisões.   

 A Federação Nacional dos Farmacêuticos – Fenafar, defende a importância do controle social no SUS como ferramenta indispensável para manter a transparência, a legitimidade e o compromisso com a gestão pública, democrática e participativa dos serviços de saúde.  

Ressaltamos, com ênfase, a necessidade de diálogo real e concreto de escuta geral do governo federal da sociedade brasileira. Não admitimos o uso de violência física como material. Não será desta forma que conseguiremos avançar democraticamente! 

Deste modo defendemos:  

Que seja suspenso o processo de transferência de gestão de quaisquer equipamentos de saúde federais, incluindo os localizados no Rio de Janeiro, e que esteja em andamento, até a finalização das negociações junto às representações das trabalhadoras e dos trabalhadores e da sociedade civil, sendo considerada a participação efetiva dos Conselhos de Saúde nas etapas deliberativas, de acordo com a Lei nº 8142/199 e LC nº 141/2012. 

A implementação da Mesa de Negociação Permanente da Rede Federal de Hospitais, bem como realização de audiências públicas e demais atividades, com participação do controle social do SUS, bancada sindical e bancada da gestão para pactuação em torno das pautas que garantam o atendimento da população e que perpassa pela valorização das trabalhadoras e dos trabalhadores. 

A manutenção dos serviços ou áreas de atendimentos a usuários e usuárias do SUS, atendidas por estes equipamentos públicos de saúde, enquanto os modelos de gestão são discutidos e resolvidos nas instâncias competentes. 

A aplicação do orçamento dos hospitais federais do Rio de Janeiro para contratações emergenciais de trabalhadoras e trabalhadores, e compras de insumos, medicamentos e equipamentos para o atendimento imediato da população. 

Ampliação do investimento público no SUS com mobilização por um novo modelo de financiamento de saúde que eleve o piso mínimo constitucional para Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS) progressivamente até 2027 para R$ 1.000,00 per capita (a preço de 2021) e que em perspectiva, somando aos investimentos dos estados e municípios, alcance 6% do PIB.  

A garantia ao acesso universal e integral às ações e aos serviços de saúde do SUS perpassa pelo fortalecimento e profissionalização da gestão pública, comprometida com relação ética com os recursos públicos, e os instrumentos de gestão do SUS, o que exige uma articulação colegiada, compartilhada, estratégica e participativa do planejamento (como os consórcios públicos) e monitoramento dos recursos físicos e orçamentários, entre os entes que compõem o sistema. 

A garantia de uma gestão pública democrática e eficiente, em sintonia com a relevância pública desta atividade econômica definida na constituição, estabelecendo normas e limites para a saúde gerida por grupos privados, regulada, controlada e fiscalizada pelo poder público. 

A valorização das(os) trabalhadoras(os) da saúde do quadro funcional fortalecendo o atendimento público, criando condições de trabalho dignas e defendendo a carreira no SUS. Cuidar de quem cuida é essencial para reafirmar a saúde como um direito, não como mercadoria.  

A promoção a realização de concursos públicos e a criação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários para os servidores da saúde, garantindo condições dignas de trabalho, salários justos e ambientes saudáveis.  

Aprofundar, com a participação do controle social do SUS e respeito às suas deliberações, pelos conselhos, mas também das conferências de saúde, os modelos de gestão. 

Fomentar a instalação de Conselhos Locais de Saúde nas unidades, com participação paritária, para incidir diretamente nas decisões. 

A Fenafar e seus sindicatos filiados permanecerão acompanhando a situação dos hospitais federais no Rio de Janeiro, atuando e ajustando suas ações conforme a evolução desse debate. Unidos podemos fortalecer o SUS e garantir que ele continue sendo um patrimônio do povo brasileiro.

FENAFAR

Fenafar convoca 11º Congresso para discutir avanços e desafios da categoria farmacêutica 

O 11º Congresso da Fenafar, foi oficialmente convocado e vai acontecer de 05 a 08 de agosto de 2025, de forma presencial, na cidade histórica de Ouro Preto, em Minas Gerais. A decisão foi tomada durante a reunião do Conselho de Representantes realizado nos dias 23 e 24 de outubro, em Brasília.  

O 11º Congresso da Fenafar reunirá farmacêuticos de todo o Brasil para tratar das questões mais urgentes e atuais que envolvem a categoria. Entre os temas que serão debatidos estão a situação econômica e política e os impactos no mundo do trabalho, o movimento sindical no Brasil, o mercado farmacêutico brasileiro, a organização dos farmacêuticos e suas relações de trabalho, a Política Nacional de Saúde e Assistência Farmacêutica, o trabalho e a educação farmacêutica. 

Durante o Congresso será a eleição da nova diretoria da Fenafar para o triênio 2025-2028, além da aprovação de um novo plano de lutas e diretrizes que irão nortear a atuação da entidade nos próximos anos. 

De acordo com o presidente da entidade, Fábio Basílio “o 11º Congresso é uma ótima oportunidade de união e fortalecimento dos farmacêuticos e farmacêuticas neste momento de desafios e transformações. A cidade de Ouro Preto, símbolo de resistência e de importância histórica para o Brasil, foi escolhida para sediar o evento, buscando refletir o espírito de luta e renovação da nossa categoria.” 

Em Ouro Preto, está localizada a Escola de Farmácia da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), a pioneira na América Latina que completará 186 anos em abril de 2025.   

Critérios de participação 

Para garantir uma representação justa e democrática, os sindicatos filiados à Fenafar deverão realizar assembleias estaduais, em conjunto com a Federação, para debater as pautas do Congresso e eleger os delegados e suplentes. Essas assembleias deverão ocorrer entre 1º de abril e 30 de junho de 2025. 

O número de delegados será proporcional à quantidade de farmacêuticos inscritos na base de cada sindicato, seguindo os critérios: 

-5 delegados para a primeira fração de até 2000 farmacêuticos inscritos. 

-Para cada fração adicional de até 2000 farmacêuticos, será possível eleger mais um delegado. 

O número de farmacêuticos será calculado com base nos dados oficiais do Conselho Federal de Farmácia, assegurando representatividade de acordo com tamanho das bases sindicais. 

Encontro simultâneo discute importância do controle social 

Junto ao Congresso, será realizado o 8º Encontro de Farmacêuticos no Controle Social da Saúde, promovendo discussões fundamentais para a atuação dos profissionais na área de saúde pública. O encontro reforça o compromisso dos profissionais em assegurar a qualidade e o acesso aos serviços de saúde para a população brasileira, discutindo a atuação dos farmacêuticos nas esferas pública e privada, e sua influência nas políticas públicas de saúde. 

Fenafar homenageia personalidades em comemoração aos 50 Anos

Durante a sessão solene em celebração aos 50 anos da Fenafar, foram homenageadas 20 personalidades que contribuíram significativamente para o desenvolvimento da profissão farmacêutica, para a história da Federação Nacional dos Farmacêuticos e para a assistência farmacêutica no Brasil.

Entre os homenageados, destacaram-se ex-presidentes e dirigentes da entidade, autoridades e lideranças sindicais que, ao longo dos anos, foram incansáveis e fundamentais na defesa dos direitos dos farmacêuticos e na construção e fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

A homenagem simboliza o reconhecimento de uma trajetória de luta e dedicação ao longo das últimas décadas, construída coletivamente, e marca ainda mais a celebração dos 50 anos da Fenafar. Agradecemos a todos que contribuíram para a formação de uma Federação forte e de um sistema de saúde mais inclusivo e eficaz no Brasil.

Veja os homenageados:

  • Deputada Alice Portugal (PCdoB/BA)   

Farmacêutica e Bioquímica pela UFBA. Foi Presidenta da ASSUFBA, dirigente de FASUBRA, da CUT-BA e CUT Nacional. Foi Deputada Estadual, foi vice-líder da Minoria na Câmara dos Deputadosfoi presidenta da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. Foi Eleita pela 13ª vez uma das parlamentares mais influentes do Congresso (lista 100 Cabeças do Congresso do DIAP). Eleita pelo Índice Legisla Brasil 2022 deputada 5 estrelas, pesquisa que mede a qualidade da gestão parlamentar. Atualmente é Deputada Federal, pelo PCdoB, desde 2003, exercendo hoje o seu 5° mandato e Coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica. 
 

  • Jorge Antonio Zepeda Bermudez 

 Médico, Pesquisador da Fiocruz, foi Chefe do Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica (NAF/ENSP), é Colaborador da OPAS/OMS em Políticas Farmacêuticas, foi pesquisador Titular da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/FIOCRUZ) 

  • Gilda Almeida de Souza 

Farmacêutica, pesquisadora aposentada do Instituto Butantã, vice-presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de São Paulo, foi Presidente da Fenafar (gestão 1991 a 2000). É coordenadora adjunta do Centro Nacional de Estudos Sindicais e do Trabalho e primeira diretora de Relações Internacionais da Fenafar.     

  • Norberto Rech Bonetti 

Farmacêutico, Doutor em Assistência Farmacêutica/PPGASFAR/UFSC, é professor do Departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Santa Catarina e Coordenador do Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Saúde da Família em Rede Nacional/UFSC/Fiocruz/Ministério da Saúde. Foi Presidente da Fenafar (gestão 2000 a 2003). No Ministério da Saúde, foi Secretário Adjunto de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos e Diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica, também tendo exercido a função de Assessor Especial do Ministro de Estado da Saúde. Na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), exerceu as funções de Adjunto do Diretor Presidente e assessor especial da presidência (2005- 2014. Foi presidente da Farmacopeia Brasileira no período de 2013 a 2016.  

  • Maria Eugênia Cury  

Farmacêutica, mestre em Educação do Ensino Superior, especialização em Planejamento e Gerenciamento em Saúde e também especialista em Atenção Farmacêutica. Foi Gerente Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Atuou no movimento sindical dos trabalhadores tendo sido Tesoureira, Presidente de 2003 a 2006 e Diretora de Mulheres da FENAFAR. Atualmente atua como Assessora Técnica no Conselho Nacional de Saúde. 

  •  Célia Machado Gervásio Chaves 

Farmacêutica e Mestre em Farmácia pela UFRGS e Doutora em Farmacologia pela USP; Professora Associada aposentada da UFRGS; Diretora do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado do RS; Diretora do Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos; Conselho Fiscal (1985-1988), diversos cargos (1994-2006), Presidente (2006-2012) e Tesoureira (2012-atual) da Federação Nacional dos Farmacêuticos 

  • Ronald Ferreira dos Santos 

Farmacêutico e mestre em Farmácia pela UFSC, coordenou a campanha “Farmácia Estabelecimento de Saúde que resultou na aprovação da Lei 13021/2014. Foi Presidente do Conselho Nacional de Saúde (2015-2018) e da Federação Nacional dos Farmacêuticos (2011-2022). Atualmente está licenciado da condição de Farmacêutico da SES-SC do CiaTox-SC, faz parte da Diretoria da Federação Nacional dos Farmacêuticos e da  Executiva nacional das CTB – Coordenador de Articulação da Participação Social da Secretaria Nacional de Participação Social da Presidência da República 

  • Maria do Socorro Cordeiro Ferreira 

Farmacêutica. Tem especialização em Farmacologia na Faculdade Nacional de Medicina/UFRJ-1970. Foi Pró-Reitora de Assuntos Estudantis e Comunitários e  Representante do Fórum Nordeste dos Pró-Reitores de Assuntos Estudantis e Comunitários. Foi responsável pela integração da UFPI ao PROJETO DE MONITORAÇÃO DE PROPAGANDA DE PRODUTOS SUJEITOS À VIGILÂNCIA SANITÁRIA da ANVISA que resultou na implantação do USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS. Foi presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Piauí e atualmente é diretora da Federação nacional dos Farmacêuticos. 

  • Josias Pina  

Graduado em Farmácia e Bioquímica e mestre em Imunologia pela UFMT; Chefiou o Laboratório Central de Cuiabá e coordenou a Campanha de Tuberculose pela Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Mato Grosso. Foi sócio fundador da Associação Matogrossense dos Farmacêuticos, transformada no atual Sindicato dos Farmacêuticos do Mato Grosso (Sinfar-MT), do qual ocupou os cargos de Presidente, Vice-Presidente e Tesoureiro. Foi Secretário- geral do Conselho Regional de Farmácia do Estado e Conselheiro Federal Suplente. Atualmente é Conselheiro Fiscal da Fenafar, cargo que ocupa em várias gestões. 

  • Vanessa Grazziotin (Entregue à presidente do Sinfar-AM, Alexsandra Ferraz)

É ex-deputada federal e ex-senadora pelo Estado do Amazonas. Formada em Farmácia pela Universidade Federal do Amazonas, destacou-se como uma defensora da saúde pública e da assistência farmacêutica.  Durante seu tempo como senadora, trabalhou em prol de políticas que visavam melhorar o acesso a medicamentos e a qualidade da assistência farmacêutica no Brasil. Atualmente é Diretora Executiva e Secretária Geral Interina da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA 

  • Maria Maruza Carlesso 

Farmacêutica mestre pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica do Espírito Santo, foi presidente do Sindicato e do Conselho Regional de Farmácia no Estado do Espírito Santo, foi conselheira estadual de saúde no Estado do Espírito Santo. Atualmente é membro titular do Fórum Permanente MERCOSUL para o Trabalho em Saúde e do Comitê Nacional de Promoção da Saúde do Trabalhador do SUS. Diretora da Fenafar ocupando o cargo de Secretária Geral.  

  • Rilke Novato Públio  

Farmacêutico-Bioquímico, Mestre em Saúde Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais UFMG, é integrante da Comissão Intersetorial de Vigilância em Saúde do Conselho Nacional de Saúde. Atualmente é Servidor da Secretaria Municipal de Saúde de Betim – MG, Diretor do Sindicato das Farmacêuticas e Farmacêuticos de Minas Gerais – Sinfarmig e Diretor de Organização Sindical da Federação Nacional dos Farmacêuticos (FENAFAR). 

  • Adelir Rodrigues da Veiga 

Tem especialização em Economia e Gestão das Relações do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É Assessor de Planejamento e de Gestão de Projetos da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e do Instituto Escola Nacional de Formação e Qualificação Profissional dos Farmacêuticos. Atualmente é coordenador executivo do Projeto INTEGRA – Integração das Políticas de Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica, Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde e do Programa PNVS Comunidade. 

  • Laura Metran 

Fez curso intensivo de Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, ESPM. Atualmente é Assessora de Organização da Federação Nacional dos Farmacêuticos e do Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos, e atua como apoio técnico do Projeto INTEGRA – Integração das Políticas de Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica, Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. 

  • Maria Eufrásia de Oliveira Lima 

Formada em Administração, é especialista em Transformação Digital da Saúde e está cursando Mestrado em Políticas Públicas de Saúde pela Escola de Governo Fiocruz-Brasília. Atuou como assessora da Fenafar de 2005 a 2022, onde teve um papel fundamental nas diversas gestões da diretoria. Foi assessora do Conselho Nacional de Saúde (CNS) entre 2018 e 2023. No período de 2023 a 2024, atuou no Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF) da SECTICS/MS. Atualmente, ela é consultora técnica na Organização do Tratado de Cooperação Amazônica. 

Homenageados que não puderam comparecer à Sessão Solene, A homenagem será entregue em outra oportunidade.

  • Deputado Dr. Francisco de Assis de Oliveira Costa

Médico, Presidente da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados. Entre 2015 e 2017, ocupou o cargo de Secretário de Estado da Saúde. Foi eleito prefeito de São Francisco do Piauí em 2008, sendo reeleito em 2012. Em 2018, elegeu-se deputado estadual e, em 2022, deputado federal. 

  • Deputado Ivan Valente (PSOL/SP)  

Engenheiro e professor – Deputado federal, foi responsável por uma subemenda que estabeleceu as farmácias e drogarias como estabelecimentos de saúde e de assistência à saúde. A subemenda foi aprovada na Câmara dos Deputados em 2 de julho de 2014, substitutivo ao PL 4385/94. 

  • Clair Castilhos Coelho 

Farmacêutica-bioquímica, sanitarista, professora aposentada da UFSC, foi a primeira vereadora mulher de Florianópolis. Ex-coordenadora da I Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica. 

  • Luiz Torres 

Farmacêutico, formado pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, foi presidente da Associação dos Farmacêuticos do Estado de Pernambuco, do Sindicato dos Farmacêuticos de Pernambuco e do Conselho Regional dos Farmacêuticos de Pernambuco. Foi vice-presidente da FENAFAR e Conselheiro Federal de Farmácia pelo Estado de Pernambuco. Foi Secretário de Governo da Prefeitura de Recife e atualmente é Coordenador da Vigilância Sanitária do município de Camaragibe. 

  • Paulo Pais dos Santos 

Farmacêutico formado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF/MG), com 40 anos de dedicação ao SINFAR/SP, onde atuou como presidente e diretor em diversas gestões. Também exerceu cargos de direção em diversas gestões e comissões no CRF/SP. Foi um dos fundadores do movimento “Novo Conselho”, grupo de destaque que, por meio de eleições, conquistou a gestão do CRF-SP, promovendo a reintegração dos farmacêuticos nas farmácias de dispensação no estado de São Paulo. Ocupou o cargo de vice-presidente da Fenafar, sendo um dos principais incentivadores e apoiadores da entidade durante o período crítico após a reforma trabalhista. Atualmente, é diretor-tesoureiro do SINFAR/SP, onde atua ao lado da diretoria na reformulação operacional e na expansão das atividades do sindicato para o interior do estado de São Paulo.

Ao completar 50 anos Fenafar reafirma luta por melhores condições de trabalho e defesa do SUS.

Sessão Solene na Câmara dos Deputados homenageou 20 farmacêuticos que contribuíram de maneira significativa para o desenvolvimento da assistência farmacêutica no Brasil.

Na quarta-feira (23), a Câmara dos Deputados realizou uma sessão solene em comemoração aos 50 anos da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), por proposição da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA). A atividade reuniu representantes dos Sindicatos dos Farmacêuticos, lideranças sindicais, representantes de conselhos regionais de farmácia, autoridades da saúde e membros importantes do controle social, marcando o meio século de luta da Fenafar pela valorização dos profissionais farmacêuticos e do fortalecimento da assistência farmacêutica no Brasil.

A deputada Alice Portugal, única farmacêutica na Câmara Federal conduziu a sessão enfatizando a trajetória da Fenafar e sua importância na defesa do acesso a medicamentos no país. “Nós, farmacêuticos e farmacêuticas, somos seres diferenciados na resiliência e na nossa capacidade de resistência. Vivemos como um certo sanduíche entre o comércio varejista e a Indústria Farmacêutica, e isso nos leva a sermos um anteparo contra a automedicação e o lucro fácil. Acima de tudo, somos defensores do Sistema Único de Saúde e do direito ao acesso ao medicamento”, destacou Alice em seu discurso.

O presidente da Fenafar, Fábio Basílio, ressaltou a trajetória de conquistas e desafios enfrentados pelos farmacêuticos ao longo dos 50 anos da federação. “A Fenafar tem lutado incansavelmente para garantir melhores condições de trabalho para os farmacêuticos e para a ampliação de políticas públicas, como a Farmácia Popular, que retornou com força nos últimos anos. Temos um compromisso com a defesa do SUS e com a promoção de uma assistência farmacêutica que garanta o acesso a medicamentos para toda a população”, afirmou.

Veja as fotos da Sessão Solene

A deputada Erika Kokay (PT-DF) reforçou a importância dos farmacêuticos na equipe de saúde e na defesa do SUS. “Os farmacêuticos são profissionais essenciais para o cuidado com a nossa população. Eles asseguram o uso correto dos medicamentos e, com isso, evitam o agravamento de muitas condições de saúde. A Fenafar tem sido uma parceira imprescindível na luta pela valorização desses profissionais e pelo fortalecimento do SUS”, declarou a deputada.

Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), destacou o papel essencial do controle social na construção de políticas públicas de saúde e a importância de valorizar os farmacêuticos. “Os profissionais de saúde, incluindo os farmacêuticos, são a linha de frente na defesa do SUS. A luta pela assistência farmacêutica vai além do acesso aos medicamentos, é uma luta pelo direito à saúde e pela vida. O CNS sempre estará ao lado daqueles que defendem a saúde pública”, declarou Pigatto.

Representando o Conselho Federal de Farmácia (CFF), Isabela Sobrinho ressaltou a importância do papel dos farmacêuticos na assistência à saúde e no uso racional de medicamentos. “Os farmacêuticos são os guardiões do medicamento, e seu papel na orientação do uso correto e seguro é imprescindível para garantir a saúde da população. O CFF trabalha para valorizar cada vez mais esses profissionais e garantir que estejam sempre ao lado da comunidade”, afirmou Isabela.

Assista o vídeo comemorativo

Marco Aurélio, diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF) do Ministério da Saúde, enfatizou o papel da assistência farmacêutica nas políticas públicas de saúde e a necessidade de seguir avançando. “A assistência farmacêutica é uma das áreas mais sensíveis do SUS, pois envolve o acesso a medicamentos que são essenciais para o cuidado da nossa população. Estamos trabalhando para ampliar e melhorar o acesso, garantindo que todos tenham direito aos medicamentos que necessitam”, afirmou Marco Aurélio.

Maria Helena, coordenadora geral do Instituto Enfar, falou sobre o futuro da profissão e a importância de investir em educação e formação de novos profissionais. “O Instituto Enfar tem como missão promover a educação farmacêutica e preparar os profissionais para os desafios da saúde contemporânea. Precisamos continuar investindo na qualificação dos nossos farmacêuticos para que eles possam seguir garantindo a qualidade da assistência farmacêutica”, destacou Maria Helena.

Ronald Ferreira dos Santos, ex-presidente da Fenafar representando a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB, destacou o papel da federação na construção de uma política sólida de assistência farmacêutica e no fortalecimento do SUS. “A Fenafar tem sido uma defensora incansável do direito à saúde e do acesso a medicamentos, e seu trabalho tem impactado diretamente na qualidade da assistência farmacêutica oferecida à população”, afirmou Ronald.

Além das falas, a sessão contou com a presença de diversas autoridades. A deputada Alice Portugal fez questão de citar nominalmente todos os presentes: Representantes dos Sindicatos de farmacêuticos e de outras categorias e também destacou a participação de figuras importantes do controle social, como os presidentes dos Conselhos Estaduais de Saúde do Rio de Janeiro e do Amapá.

Estiveram também presentes representantes de conselhos regionais e federais de farmácia, além de entidades sindicais de várias partes do país, reafirmando o compromisso da Fenafar com a valorização da categoria farmacêutica e o fortalecimento da saúde pública.

Assista a integra da Sessão Solene

Homenagens a Personalidades Importantes

Ao final da sessão solene, a Fenafar prestou homenagens a 19 personalidades que contribuíram de maneira significativa para o desenvolvimento da profissão farmacêutica e da assistência farmacêutica no Brasil. Entre os homenageados, destacaram-se ex-presidentes e dirigentes da entidade, autoridades e lideranças sindicais que, ao longo dos anos, desempenharam papéis fundamentais na defesa dos direitos dos farmacêuticos e no acesso a medicamentos.

A homenagem simboliza o reconhecimento de uma trajetória de luta e dedicação ao longo das últimas décadas, construída de forma coletiva e marca ainda mais a celebração dos 50 anos da Fenafar. Nosso agradecimento a todos que contribuíram para a construção de uma Federação forte e de um sistema de saúde mais inclusivo e eficaz no Brasil. 

Veja os homenageados:

  • Deputada Alice Portugal (PCdoB/BA)   

Farmacêutica e Bioquímica pela UFBA. Foi Presidenta da ASSUFBA, dirigente de FASUBRA, da CUT-BA e CUT Nacional. Foi Deputada Estadual, foi vice-líder da Minoria na Câmara dos Deputados, foi presidenta da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. Foi Eleita pela 13ª vez uma das parlamentares mais influentes do Congresso (lista 100 Cabeças do Congresso do DIAP). Eleita pelo Índice Legisla Brasil 2022 deputada 5 estrelas, pesquisa que mede a qualidade da gestão parlamentar. Atualmente é Deputada Federal, pelo PCdoB, desde 2003, exercendo hoje o seu 5° mandato e Coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica. 
 

  • Jorge Antonio Zepeda Bermudez 

 Médico, Pesquisador da Fiocruz, foi Chefe do Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica (NAF/ENSP), é Colaborador da OPAS/OMS em Políticas Farmacêuticas, foi pesquisador Titular da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/FIOCRUZ) 

  • Gilda Almeida de Souza 

Farmacêutica, pesquisadora aposentada do Instituto Butantã, vice-presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de São Paulo, foi Presidente da Fenafar (gestão 1991 a 2000). É coordenadora adjunta do Centro Nacional de Estudos Sindicais e do Trabalho e primeira diretora de Relações Internacionais da Fenafar.     

  • Norberto Rech Bonetti 

Farmacêutico, Doutor em Assistência Farmacêutica/PPGASFAR/UFSC, é professor do Departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Santa Catarina e Coordenador do Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Saúde da Família em Rede Nacional/UFSC/Fiocruz/Ministério da Saúde. Foi Presidente da Fenafar (gestão 2000 a 2003). No Ministério da Saúde, foi Secretário Adjunto de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos e Diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica, também tendo exercido a função de Assessor Especial do Ministro de Estado da Saúde. Na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), exerceu as funções de Adjunto do Diretor Presidente e assessor especial da presidência (2005- 2014. Foi presidente da Farmacopeia Brasileira no período de 2013 a 2016.  

  • Maria Eugênia Cury  

Farmacêutica, mestre em Educação do Ensino Superior, especialização em Planejamento e Gerenciamento em Saúde e também especialista em Atenção Farmacêutica. Foi Gerente Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Atuou no movimento sindical dos trabalhadores tendo sido Tesoureira, Presidente de 2003 a 2006 e Diretora de Mulheres da FENAFAR. Atualmente atua como Assessora Técnica no Conselho Nacional de Saúde. 

  •  Célia Machado Gervásio Chaves 

Farmacêutica e Mestre em Farmácia pela UFRGS e Doutora em Farmacologia pela USP; Professora Associada aposentada da UFRGS; Diretora do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado do RS; Diretora do Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos; Conselho Fiscal (1985-1988), diversos cargos (1994-2006), Presidente (2006-2012) e Tesoureira (2012-atual) da Federação Nacional dos Farmacêuticos 

  • Ronald Ferreira dos Santos 

Farmacêutico e mestre em Farmácia pela UFSC, coordenou a campanha “Farmácia Estabelecimento de Saúde que resultou na aprovação da Lei 13021/2014. Foi Presidente do Conselho Nacional de Saúde (2015-2018) e da Federação Nacional dos Farmacêuticos (2011-2022). Atualmente está licenciado da condição de Farmacêutico da SES-SC do CiaTox-SC, faz parte da Diretoria da Federação Nacional dos Farmacêuticos e da  Executiva nacional das CTB – Coordenador de Articulação da Participação Social da Secretaria Nacional de Participação Social da Presidência da República 

  • Maria do Socorro Cordeiro Ferreira 

Farmacêutica. Tem especialização em Farmacologia na Faculdade Nacional de Medicina/UFRJ-1970. Foi Pró-Reitora de Assuntos Estudantis e Comunitários e  Representante do Fórum Nordeste dos Pró-Reitores de Assuntos Estudantis e Comunitários. Foi responsável pela integração da UFPI ao PROJETO DE MONITORAÇÃO DE PROPAGANDA DE PRODUTOS SUJEITOS À VIGILÂNCIA SANITÁRIA da ANVISA que resultou na implantação do USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS. Foi presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Piauí e atualmente é diretora da Federação nacional dos Farmacêuticos. 

  • Josias Pina  

Graduado em Farmácia e Bioquímica e mestre em Imunologia pela UFMT; Chefiou o Laboratório Central de Cuiabá e coordenou a Campanha de Tuberculose pela Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Mato Grosso. Foi sócio fundador da Associação Matogrossense dos Farmacêuticos, transformada no atual Sindicato dos Farmacêuticos do Mato Grosso (Sinfar-MT), do qual ocupou os cargos de Presidente, Vice-Presidente e Tesoureiro. Foi Secretário- geral do Conselho Regional de Farmácia do Estado e Conselheiro Federal Suplente. Atualmente é Conselheiro Fiscal da Fenafar, cargo que ocupa em várias gestões. 

  • Vanessa Grazziotin (Entregue à presidente do Sinfar-AM, Alexsandra Ferraz)

É ex-deputada federal e ex-senadora pelo Estado do Amazonas. Formada em Farmácia pela Universidade Federal do Amazonas, destacou-se como uma defensora da saúde pública e da assistência farmacêutica.  Durante seu tempo como senadora, trabalhou em prol de políticas que visavam melhorar o acesso a medicamentos e a qualidade da assistência farmacêutica no Brasil. Atualmente é Diretora Executiva e Secretária Geral Interina da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA 

  • Maria Maruza Carlesso 

Farmacêutica mestre pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica do Espírito Santo, foi presidente do Sindicato e do Conselho Regional de Farmácia no Estado do Espírito Santo, foi conselheira estadual de saúde no Estado do Espírito Santo. Atualmente é membro titular do Fórum Permanente MERCOSUL para o Trabalho em Saúde e do Comitê Nacional de Promoção da Saúde do Trabalhador do SUS. Diretora da Fenafar ocupando o cargo de Secretária Geral.  

  • Rilke Novato Públio  

Farmacêutico-Bioquímico, Mestre em Saúde Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais UFMG, é integrante da Comissão Intersetorial de Vigilância em Saúde do Conselho Nacional de Saúde. Atualmente é Servidor da Secretaria Municipal de Saúde de Betim – MG, Diretor do Sindicato das Farmacêuticas e Farmacêuticos de Minas Gerais – Sinfarmig e Diretor de Organização Sindical da Federação Nacional dos Farmacêuticos (FENAFAR). 

  • Adelir Rodrigues da Veiga 

Tem especialização em Economia e Gestão das Relações do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É Assessor de Planejamento e de Gestão de Projetos da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e do Instituto Escola Nacional de Formação e Qualificação Profissional dos Farmacêuticos. Atualmente é coordenador executivo do Projeto INTEGRA – Integração das Políticas de Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica, Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde e do Programa PNVS Comunidade. 

  • Laura Metran 

Fez curso intensivo de Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, ESPM. Atualmente é Assessora de Organização da Federação Nacional dos Farmacêuticos e do Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos, e atua como apoio técnico do Projeto INTEGRA – Integração das Políticas de Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica, Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. 

  • Maria Eufrásia de Oliveira Lima 

Formada em Administração, é especialista em Transformação Digital da Saúde e está cursando Mestrado em Políticas Públicas de Saúde pela Escola de Governo Fiocruz-Brasília. Atuou como assessora da Fenafar de 2005 a 2022, onde teve um papel fundamental nas diversas gestões da diretoria. Foi assessora do Conselho Nacional de Saúde (CNS) entre 2018 e 2023. No período de 2023 a 2024, atuou no Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF) da SECTICS/MS. Atualmente, ela é consultora técnica na Organização do Tratado de Cooperação Amazônica. 

Homenageados que não puderam comparecer à Sessão Solene, A homenagem será entregue em outra oportunidade.

  • Deputado Dr. Francisco de Assis de Oliveira Costa

Médico, Presidente da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados. Entre 2015 e 2017, ocupou o cargo de Secretário de Estado da Saúde. Foi eleito prefeito de São Francisco do Piauí em 2008, sendo reeleito em 2012. Em 2018, elegeu-se deputado estadual e, em 2022, deputado federal. 

  • Deputado Ivan Valente (PSOL/SP)  

Engenheiro e professor – Deputado federal, foi responsável por uma subemenda que estabeleceu as farmácias e drogarias como estabelecimentos de saúde e de assistência à saúde. A subemenda foi aprovada na Câmara dos Deputados em 2 de julho de 2014, substitutivo ao PL 4385/94. 

  • Clair Castilhos Coelho 

Farmacêutica-bioquímica, sanitarista, professora aposentada da UFSC, foi a primeira vereadora mulher de Florianópolis. Ex-coordenadora da I Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica. 

  • Luiz Torres 

Farmacêutico, formado pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, foi presidente da Associação dos Farmacêuticos do Estado de Pernambuco, do Sindicato dos Farmacêuticos de Pernambuco e do Conselho Regional dos Farmacêuticos de Pernambuco. Foi vice-presidente da FENAFAR e Conselheiro Federal de Farmácia pelo Estado de Pernambuco. Foi Secretário de Governo da Prefeitura de Recife e atualmente é Coordenador da Vigilância Sanitária do município de Camaragibe. 

  • Paulo Pais dos Santos 

Farmacêutico formado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF/MG), com 40 anos de dedicação ao SINFAR/SP, onde atuou como presidente e diretor em diversas gestões. Também exerceu cargos de direção em diversas gestões e comissões no CRF/SP. Foi um dos fundadores do movimento “Novo Conselho”, grupo de destaque que, por meio de eleições, conquistou a gestão do CRF-SP, promovendo a reintegração dos farmacêuticos nas farmácias de dispensação no estado de São Paulo. Ocupou o cargo de vice-presidente da Fenafar, sendo um dos principais incentivadores e apoiadores da entidade durante o período crítico após a reforma trabalhista. Atualmente, é diretor-tesoureiro do SINFAR/SP, onde atua ao lado da diretoria na reformulação operacional e na expansão das atividades do sindicato para o interior do estado de São Paulo.

Brasil: O preço emocional do trabalho

A precarização molda subjetividades. E o Brasil tem indicadores laborais de tristeza e raiva altíssimos. “Reforma” trabalhista, que minou a solidariedade de classe, é o principal fator. É preciso propor outra visão de trabalho – não como força econômica, mas forma digna de viver.

No cenário laboral contemporâneo brasileiro, a experiência emocional dos trabalhadores emerge como um fenômeno complexo, fruto de um processo histórico e cultural de formação da classe trabalhadora. Um recente relatório da Gallup, intitulado “State Of The Global Workplace“, revela uma realidade alarmante que não pode ser compreendida isoladamente, mas como parte de uma narrativa mais ampla da construção da identidade do(a) trabalhador(a) brasileiro(a): 46% dos trabalhadores e trabalhadoras relataram sentir estresse, 25% tristeza e 18% raiva com o trabalho no dia anterior à pesquisa (Folha de S.Paulo, 2024).

Estes números, longe de serem meros dados estatísticos, representam a manifestação concreta da experiência vivida pelos trabalhadores brasileiros. Eles nos contam uma história de lutas, adaptações e resistências frente às mudanças nas relações de trabalho ao longo do tempo. O quarto lugar do Brasil em sentimentos de raiva e tristeza e o sétimo em estresse na América Latina não são apenas posições em um ranking, mas indicadores de um processo histórico de formação da classe trabalhadora brasileira.

Para compreender verdadeiramente esse fenômeno, é crucial examinar a trajetória histórica das relações de trabalho no Brasil. A experiência da classe trabalhadora brasileira foi moldada por séculos de escravidão, seguidos por um processo de industrialização tardio e uma modernização conservadora que frequentemente priorizou o crescimento econômico em detrimento do bem-estar dos trabalhadores. As recentes instabilidades econômicas, altas taxas de desemprego e mudanças nas leis trabalhistas são apenas os capítulos mais recentes dessa longa narrativa.

O DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) tem documentado como as recentes reformas trabalhistas representam uma nova fase nessa história, alterando significativamente a experiência do trabalhador brasileiro. Essas mudanças não são apenas legais ou econômicas, mas transformam profundamente a forma como os trabalhadores se percebem e se relacionam com seu trabalho e entre si (DIEESE, 2023).

A pejotização, por exemplo, não é apenas uma mudança na forma de contratação, mas uma reconfiguração da própria identidade do trabalhador. Ao se tornar “pessoa jurídica”, o trabalhador vive uma experiência de atomização e individualização que contrasta com a tradicional solidariedade de classe. O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) descreve a resultante “trajetória ioiô” [fenômeno típico de trabalhadores precarizados que, sem acesso a direitos trabalhistas, acabam circulando pelo mercado de forma instável, fazendo serviços temporários, com alternância entre emprego e desemprego] no mercado de trabalho não apenas como um fenômeno econômico, mas como uma nova forma de viver e experimentar o trabalho, carregada de incertezas e ansiedades (IPEA, 2022).

O Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (CESIT) da Unicamp tem argumentado que a flexibilização das relações de trabalho representa uma ruptura com formas anteriores de organização e resistência da classe trabalhadora. A constante pressão por performance e a alta competitividade não são apenas demandas do mercado, mas elementos que moldam ativamente a consciência e a experiência cotidiana dos trabalhadores (CESIT, 2023).

É fundamental entender que as emoções de estresse, tristeza e raiva reportadas pelos trabalhadores não são respostas individuais isoladas, mas parte de uma experiência coletiva compartilhada. Elas refletem uma consciência de classe em formação, que responde às mudanças nas condições materiais e culturais do trabalho no Brasil contemporâneo. Como observa o professor Nilton Ota da USP, “O trabalho molda aspectos importantes da subjetividade, que não ficam restritos ao ambiente profissional, mas se estendem à vida privada e familiar” (Folha de S.Paulo, 2024). Esta observação ressoa com a ideia de que a formação da classe trabalhadora é um processo que permeia todos os aspectos da vida social.

A pandemia de covid-19, longe de ser um evento isolado, se insere nessa narrativa histórica como um momento de ruptura e reconfiguração das relações de trabalho. Como aponta Lucia Barros, “Mesmo após dois anos, o trauma coletivo permanece” (Folha de S.Paulo, 2024). Este trauma coletivo não é apenas uma consequência da pandemia, mas se soma a uma longa história de experiências compartilhadas que formam a consciência da classe trabalhadora brasileira.

Do ponto de vista da saúde pública, os altos níveis de estresse, tristeza e raiva entre os trabalhadores brasileiros não podem ser reduzidos a problemas individuais de saúde mental. Eles são manifestações físicas e emocionais de uma experiência de classe, moldada por condições históricas específicas. O psiquiatra Arthur Danila, ao explicar como o estresse prolongado pode levar a um estado de alerta constante (Folha de S.Paulo, 2024), está descrevendo não apenas um processo fisiológico, mas uma condição existencial da classe trabalhadora contemporânea.

A perspectiva de Lucia Barros de ver essas emoções como “desafiadoras” ou “desconfortáveis” ao invés de simplesmente “negativas” (Folha de S.Paulo, 2024) abre espaço para entender como os trabalhadores ativamente interpretam e dão significado à sua experiência. Esta abordagem ressoa com a ideia de que a classe trabalhadora não é um objeto passivo das forças econômicas, mas um agente ativo na construção de sua própria história.

As implicações desses dados vão além do bem-estar individual dos trabalhadores. Eles refletem um momento específico na formação da classe trabalhadora brasileira, com potenciais consequências para a organização do trabalho, a produtividade e a competitividade das empresas. Os estudos do IPEA sobre a correlação entre o bem-estar dos trabalhadores e o desempenho econômico das organizações (IPEA, 2021) podem ser lidos como uma manifestação das tensões inerentes ao sistema capitalista, onde as necessidades dos trabalhadores frequentemente entram em conflito com as demandas do capital.

Para enfrentar esse desafio histórico, é necessária uma abordagem que reconheça a agência dos trabalhadores na construção de sua própria realidade. No nível governamental, a revisão e fortalecimento das leis trabalhistas não deve ser vista apenas como uma questão técnica, mas como um campo de disputa onde diferentes visões sobre o trabalho e a sociedade se confrontam. O DIEESE, ao defender políticas que promovam o trabalho decente (DIEESE, 2024), está essencialmente propondo uma reconfiguração das relações de poder no mundo do trabalho.

No âmbito corporativo, programas de bem-estar e políticas de equilíbrio entre vida profissional e pessoal não são apenas benefícios, mas respostas às demandas históricas da classe trabalhadora por melhores condições de vida e trabalho. Eles representam uma negociação contínua entre capital e trabalho, moldada pela experiência e resistência dos trabalhadores ao longo do tempo.

A nível individual, práticas como mindfulness e meditação, sugeridas por Lucia Barros, podem ser entendidas não apenas como técnicas de autoajuda, mas como formas de resistência e adaptação desenvolvidas pelos trabalhadores para lidar com as pressões do trabalho contemporâneo. O cultivo de relacionamentos saudáveis e a busca por um propósito no trabalho são expressões de uma consciência de classe em formação, que busca dar sentido à experiência do trabalho além da mera sobrevivência econômica.

É crucial ressaltar que a experiência emocional dos trabalhadores brasileiros não pode ser compreendida ou abordada isoladamente. Ela é parte de um processo histórico mais amplo de formação da classe trabalhadora, que envolve lutas, negociações e adaptações constantes. O CESIT, ao argumentar por um novo pacto social (CESIT, 2024), está essencialmente propondo uma reconfiguração das relações de classe no Brasil.

Em conclusão, os dados apresentados pela pesquisa da Gallup devem ser entendidos não apenas como indicadores de problemas individuais, mas como manifestações de um processo histórico de formação da classe trabalhadora brasileira. Os altos níveis de estresse, tristeza e raiva são expressões de uma experiência coletiva, moldada por condições materiais e culturais específicas.

À medida que o Brasil enfrenta os desafios do século XXI, incluindo as rápidas mudanças tecnológicas e as pressões econômicas globais, a experiência emocional dos trabalhadores continuará a se transformar. O futuro do trabalho no Brasil será determinado não apenas por forças econômicas impessoais, mas pela forma como os trabalhadores, coletivamente, interpretarão, resistirão e darão forma a essas mudanças.

A criação de ambientes de trabalho que não apenas gerem valor econômico, mas também nutram a saúde mental e emocional dos trabalhadores, não é apenas uma questão de política corporativa ou governamental. É um processo histórico de negociação e luta, no qual a classe trabalhadora brasileira desempenha um papel ativo. Somente através desse processo contínuo de formação e reformação da experiência de classe poderemos construir uma economia verdadeiramente resiliente e uma sociedade mais justa e satisfeita.

Fonte: Outras Palavras.
Imagem Aarón Blanco Tejedor Unsplash


Referências

CESIT – Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho. Flexibilização do trabalho e seus impactos na experiência dos trabalhadores. Campinas: Unicamp, 2023.

CESIT – Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho. Por um novo pacto social: a reconfiguração das relações de classe no Brasil. Campinas: Unicamp, 2024.

DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Impactos das reformas trabalhistas na formação da classe trabalhadora brasileira. São Paulo: DIEESE, 2023.

DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Políticas para promoção do trabalho decente: uma perspectiva histórica. São Paulo: DIEESE, 2024.

FOLHA DE S.PAULO. 46% dos trabalhadores brasileiros estão estressados, 25% tristes e 18% com raiva, indica estudo. São Paulo, 30 set. 2024. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/09/46-dos-trabalhadores-brasileiros-estao-estressados-25-tristes-e-18-com-raiva-indica-estudo.shtml. Acesso em: 30 set. 2024.

IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. A pejotização e a transformação da experiência do trabalhador brasileiro. Brasília: IPEA, 2022.

IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Bem-estar dos trabalhadores e desempenho econômico: uma análise histórica. Brasília: IPEA, 2021.

Seminário: Políticas Farmacêuticas nos BRICS+ e possíveis propostas de ação para o Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) por meio do Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica (NAF), e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), por meio do grupo de pesquisa SEM (Saúde, Sociedade, Estado e Mercado), do Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro (IMS), realizam nos dias 16 e 17 de outubro próximo, o I Seminário Internacional, que terá a temática ‘Políticas Farmacêuticas nos BRICS+ e possíveis propostas de ação para o Brasil’. O evento  será realizado presencialmente na UERJ, com transmissão online pelo Youtube.

Inscreva-se

O grupo SEM desenvolve estudos e pesquisas em economia política da saúde, voltados para a transformação social no Brasil por meio do resgate do papel indutor do Estado no desenvolvimento econômico, tecnológico e social, e a estratégia principal tem sido refletir sobre a dependência econômica, comercial e tecnológica observada no setor da saúde. O grupo de pesquisa oferece também disciplinas de pós-graduação e oficinas em congressos científicos nacionais, já organizou dois seminários nacionais (2022 e 2023), além de produzir livros, artigos e capítulos de livros sobre o tema. 

“Em 2024 temos o objetivo de discutir mais profundamente a experiência brasileira no setor da indústria farmacêutica, com destaque para parcerias e para produção pública, e temos interesse em debater as experiências internacionais de países que tem se destacado no setor. Como resultado, esperamos identificar oportunidades de parcerias científico-tecnológicas e comerciais entre os países que integram o BRICs+ e todo o Sul Global, e ainda, fornecer subsídios para políticas públicas relacionadas à assistência farmacêutica no Brasil”, ressaltou o professor de pós-graduação do IMS e líder do grupo de pesquisa SEM , Paulo Henrique de Almeida Rodrigues. 

Inscrições pelo site: https://doity.com.br/seminario-internacional-politicas-farmaceuticas-nos-brics-e-possiveis-propostas-de-acao-para-o-brasi 

 

Abaixo segue a programação:

16 de outubro

Manhã – 9h às 12h 

Mesa de abertura:  

. Dra. Gulnar Azevedo – Magnífica Reitora da UERJ. 

. Dra. Cristiani Vieira Machado – Vice-Presidente da Fiocruz. 

. Dr. Mário Dal Poz – Diretor do Instituto de Medicina Social da UERJ. 

. Dr. Paulo Henrique – Pesquisador e professor do Instituto de Medicina Social da UERJ e coordenador do Seminário. 

. Dr. Eduardo Henrique de Arruda Santos – Chefe do Departamento de Política de Medicamento e Assistência Farmacêutica /ENSP/ Fiocruz.  

Mesa 1: Os desafios da inovação no Sul Global e possibilidades de parceria Sul-Sul (BRICS?). 

  • Dra Aparna Srivastava, ex responsável pelo Departamento de Comércio do Ministério do Comércio e Indústria da Índia (online) 
  • Dra. Judit Rius Sanjuan – Diretora do Department of Innovation, Access to Medicines & Health Technologies PAHO/WHO – (online) 
  • Dr. Sergio Sosa-Estani – Diretor da América Latina Drugs for Neglected Diseases initiative  

Mediação: Dr. Jorge Bermudez – Pesquisador da ENSP e da Vice-Presidência de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS) da Fiocruz. 

 Tarde – 14h às 17h  

Mesa 2: Políticas industriais farmacêuticas nos BRICS+: passado e presente. 

  • Dr. Ricardo Nocera Pires –  Divisão de Saúde Global do Ministério das Relações Exteriores  
  • Dr. Weiwei Xu (Leonardo Xu) – China Meheco Group Co. 
  • Dr. Evaristo Madime – CEO da Sociedade Moçambicana de Medicamentos 
  • Dra  Cristina Lara Bastanzuri – Directora de Medicamentos y Tecnologías Médicas del Ministerio de Salud – Cuba 

Mediação: Dr. Paulo Henrique Rodrigues – Pesquisador e professor do SEM/IMS/UERJ 

Manhã – 9h às 12h 

Mesa 3: A experiência brasileira e a articulação entre ciência, política industrial e formação de RH: onde estamos e para onde vamos?    

  • Dr. Marco Aurelio de Carvalho Nascimento – Coordenador Executivo do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz Antônio Ivo de Carvalho  (Fiocruz)  
  • Dra. Eloan Pinheiro – Consultora Independente 
  • Dr. Jorge Mendonça – Diretor de Farmanguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) 
  • Dr. Marcus Soalheiro – Vice-presidente da Nortec Química 

Mediação: Dr. Jorge Costa – Assessor na Vice-Presidência de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS) da Fundação Oswaldo Cruz, professor e membro da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil/Academia Nacional de Farmácia. 

Tarde – 14h às 18h 

Mesa 4: Acesso aos medicamentos e interesses econômicos no Sul Global: caminhos possíveis. 

  • Dr. Marco Krieger – Vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz (online) 
  • Dra. Juliana Veras – Médecins du Monde (online) 
  • Dra. Fabíola Sulpino Vieira – Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada  
  • Dr. Varley Dias Sousa – Segunda Diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Assessor 

Mediação: Dra. Daniela Moulin Maciel de Vasconcelos – Departamento de política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica-NAF/ENSP/Fiocruz  (NAF/Fiocruz), Analista de Gestão em Saúde 

LOCAL: UERJ MARACANÃ – Pavilhão João Lyra Filho – Prédio principal 

AUDITÓRIO 111 – 11º ANDAR 

Fenafar convoca Conselho de Representantes para definir o 11º Congresso da entidade

A Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) convoca todos os representantes das entidades  sindicais filiadas para participar da reunião presencial do Conselho de Representantes, conforme estabelecido no edital de convocação publicado abaixo em 11 de outubro de 2024.

O Conselho de Representantes acontecerá nos dias 23 e 24 de outubro de 2024, no Brasília Imperial Hotel em Brasília, DF, a partir das 14h do dia 23/10 em primeira convocação ou às 14h30 em segunda e última convocação.

Pauta: convocação do 11º Congresso da Fenafar
O objetivo da reunião será a análise e deliberação sobre a convocação do 11º Congresso da Fenafar quando serão discutidos os preparativos para a organização do evento, incluindo:

  • Aprovação do temário do Congresso
  • Definição do local e data do evento
  • Estabelecimento dos critérios de participação
  • Criação da comissão organizadora
  • Formação da comissão de caderno de subsídios
  • Elaboração do regulamento eleitoral
  • Constituição da comissão eleitoral

Além disso, outros assuntos relevantes para a organização e fortalecimento da categoria também serão abordados. A participação ativa de todos os representantes é fundamental para garantir que as decisões tomadas reflitam os interesses da categoria e contribuam para o fortalecimento das lutas sindicais e a valorização dos profissionais farmacêuticos em todo o país.

 

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DO CONSELHO DE REPRESENTANTES DA FENAFAR 

A Federação Nacional dos Farmacêuticos – FENAFAR, entidade de representação sindical de 2º grau da categoria profissional dos farmacêuticos, com fundamento no artigo 21, inciso VI e artigo 17 do Estatuto Social, CONVOCA os representantes das entidades sindicais filiadas para participarem da reunião presencial do Conselho de Representantes a realizar-se nos dias 23 e 24 de outubro de 2024, a partir das 14h do dia 23/10 em primeira convocação ou às 14 horas e 30 minutos em segunda e última convocação, a ser realizada no Brasília Imperial Hotel, situado SHS Quadra 03, bloco H, Brasília, DF. CEP 70.313-000, para análise e deliberação da seguinte pauta: a) Convocação do 11º Congresso da Fenafar – aprovação de temário, local, data, critérios de participação, comissão organizadora, comissão de caderno de subsídios, regulamento eleitoral e comissão eleitoral; b) Outros assuntos. 

São Paulo, 11 de outubro de 2024 

Fábio José Basílio 
Presidente da Fenafar