Agende-se para as próximas etapas do projeto Integra

Dando sequência aos encontros regionais da 2ª fase do projeto integra, no mês de julho serão realizadas as últimas três etapas presenciais nas cidades de São Luís, (MA) nos dias 7 e 8 de julho, em Florianópolis, (SC) nos dias 14 e 15 de julho e em Goiânia (GO) nos dias 21 e 22 de julho.

Inscreva-se: https://escoladosfarmaceuticos.org.br/integra/

As atividades regionais são preparatórias ao 9º Simpósio Nacional de Ciência e Tecnologia e Assistência Farmacêutica e para a 17ª Conferência Nacional de Saúde, eventos que já tem datas de realização marcadas para os dias 15 e 16 de setembro de 2022 e 2 a 5 de julho de 2023, respectivamente.

O INTEGRA é um projeto de Formação de Lideranças e mobilização social, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), pela Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar) e conta com o apoio da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar).

Até agora foram realizadas quatro etapas regionais presenciais nas cidades de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), e Rio Branco (AC). Antes disso na 1ª fase do projeto foi realizado o curso de capacitação de lideranças, do qual participaram mais de 700 pessoas de todos os estados brasileiros. O curso de 40 horas foi realizado on-line na plataforma E-farma.

A programação desta 2ª fase, prevê dois dias de intensos debates que buscam estabelecer uma rede intersetorial, integrada, de lideranças capazes de atuar colaborativamente para a defesa do desenvolvimento da ciência, das políticas públicas, da soberania nacional e do controle social da saúde. Confira abaixo:

Primeiro Dia:
08h00 às 09h30 – Credenciamento e Testagem (obrigatória para participação)
09h30 às 10h30 – Abertura oficial com instituições parceiras
10h30 às 11h30 – Política de Assistência Farmacêutica, Política de Vigilância em Saúde e Política de Ciência, Tecnologia e Inovação em saúde – como essas políticas públicas se relacionam com o cotidiano da população?
11h30 às 12h00 – Apresentação da dinâmica do Encontro Regional
12h00 às 13h00 – Almoço
13h00 às 17h00 – Trabalho em grupo: Proposição de ações para o fortalecimento da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, da Política Nacional de Assistência Farmacêutica e da Política Nacional de Vigilância em Saúde.
Segundo Dia:
09h00 às 12h30 – Apresentação e debate sobre as propostas dos grupos de trabalho
12h30 – Encaminhamentos finais e encerramento

Estamos convidando você, conselheiro de saúde, membro das comissões temáticas do projeto, usuários do SUS, profissionais de saúde, gestores, pesquisadores, estudantes e demais interessados, independente de sua participação ou não na 1ª fase, a fazer sua inscrição conforme o encontro escolhido, preenchendo o formulário disponível neste link: https://escoladosfarmaceuticos.org.br/integra/

Redação Escola dos Farmacêuticos

Dois livros do Projeto Integra serão lançados em julho

Dois livros relacionados ao projeto integra serão lançados no dia 5 de julho de 2022, às 17h durante um café da tarde a ser realizado no Auditório Freitas Nobre no anexo IV da Câmara dos Deputados, em Brasília/DF. O evento terá transmissão ao vivo pelo youtube da Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar) neste endereço: youtube.com/EscoladosFarmacêuticos.

A atividade é organizada pela Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica da Câmara, pelo Conselho Nacional de Saúde, a Escola Nacional dos Farmacêuticos e a Federação Nacional dos Farmacêuticos.

As obras que serão apresentadas são:

Solidariedade ou Apartheid? Lições aprendidas na pandemia – Jorge Bermudez – O livro apresenta textos publicados durante a pandemia de COVID-19, nos anos 2020 a 2022, em diversos veículos de comunicação, com análise crítica e reflexão sobre esta temática, na defesa intransigente do acesso a medicamentos e insumos para saúde como direito de todos.

Integração das Políticas de Saúde de Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica e Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde – Material Didático para Formação de Lideranças em Saúde. O livro apresenta o conteúdo pedagógico utilizado na formação de lideranças em saúde para o fortalecimento das políticas de saúde abordadas no Projeto Integra.

O Integra é um projeto que tem por objetivo promover estratégias para a integração de políticas e práticas da Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica, Ciência, sociais e é organizado pela Fundação Oswaldo Cruz, pela Escola Nacional dos Farmacêuticos e pelo Conselho Nacional de Saúde, com apoio da Organização Panamericana de Saúde.

A Iniciativa do Integra surgiu em 2021, em pleno contexto da pandemia de Covid-19 e atualmente está na sua segunda fase, quando estão acontecendo encontros regionais presenciais em sete capitais brasileiras. Antes, na primeira fase, mais de 700 pessoas de todos o país foram capacitadas de forma online, num curso com duração de oito semanas.

Os encontros do Projeto Integra reúnem conselheiros de saúde, integrantes dos movimentos sociais e das entidades da sociedade civil organizada, profissionais e gestores da saúde, professores, pesquisadores e estudantes, para discutir temas relevantes para a saúde pública do país.

As próximas etapas presenciais do projeto ocorrerão nas cidades de São Luís (MA), de 7 e 8 de julho; Florianópolis (SC), nos dias 14 e 15 de julho e Goiânia (GO), de 21 a 22 de julho de 2022. Até agora, as atividades do projeto foram realizadas em Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE) e Rio Branco (AC). As inscrições para essas etapas estão abertas no site: escoladosfarmaceuticos.org.br/integra

Redação da Fenafar

SINFARCE faz denúncia ao MPT: Pague Menos muda a jornada de acordo com o fluxo de clientes

A assessoria jurídica do Sindicato das/os Farmacêuticos do Estado do Ceará protocolou em 14 de junho, junto ao Ministério Público do Trabalho, denúncia em razão da implementação de sistema de organização de jornada de trabalho dos farmacêuticos da Pague Menos, que muda a jornada dos profissionais de acordo com o fluxo de clientes nas farmácias.

O referido sistema, gerido por uma empresa chamada MOAVI, altera automaticamente a jornada dos farmacêuticos de forma a atender a necessidade das farmácias quando há um maior fluxo de clientes nos estabelecimentos.

Diante disso, e apesar da empresa afirmar que cumpre a Legislação Trabalhista, os profissionais farmacêuticos, não conseguem planejar as suas vidas de maneira satisfatória, pois seus descansos semanais remunerados e seus horários de trabalho sempre estarão sujeitos a mudanças.

Dito isso, e de acordo com documento enviado pela assessoria jurídica do SINFARCE à Procuradoria do Trabalho da 7ª Região, a empresa comete sucessivas alterações unilaterais lesivas, em violação expressa ao art. 468 da CLT; os horários de trabalho dos farmacêuticos e seus descansos são gerados a partir apenas da conveniência da empresa.

Foi salientado, ainda, que o tal algoritmo desconsidera os horários dos farmacêuticos registrados no Conselho Regional de Farmácia (CRF), para fins de averiguação de presença de profissional responsável técnico em todo o período de funcionamento da farmácia. É grave!

O documento, por fim, solicita que o Ministério Público do Trabalho, notifique a empresa, para que esta, possa prestar esclarecimentos sobre a utilização do algoritmo do MOAVI para a gestão das jornadas dos trabalhadores.

O SINFARCE, tão logo recebeu as denúncias, agiu para que essa situação tivesse rápida resolução. Em breve, informaremos aos trabalhadores sobre o desdobramento da denúncia!

Fonte: Sinfarce

Comissão organizadora discute temas e palestrantes do 10º Congresso

A comissão organizadora do 10º Congresso da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) reuniu-se virtualmente no dia 10 de junho, para definir e encaminhar os detalhes da programação do evento que acontece de 3 a 6 de agosto de 2022 em Salvador na Bahia.

A programação prevê quatro grandes debates que colocam em evidencia a relação dos profissionais farmacêuticos com a ciência, com o seu trabalho, com a educação, e com a assistência Farmacêutica. Todas as atividades reunirão palestrantes, especialistas, professores e diretores da Federação num amplo debate. A programação completa com todos os temas e palestrantes será divulgada em breve.

Uma das presenças confirmadas é da farmacêutica e deputada federal, Alice Portugal (PCdoB-BA) que vai ministrar uma palestra magna na abertura do congresso, dia 3 de agosto. A parlamentar é a proponente do PL 2028/2021 que acrescenta dispositivos à Lei nº 13.021/14, dispondo sobre o salário profissional e a jornada de trabalho dos farmacêutico e institui o Pino Salarial Nacional dos Farmacêuticos.

Alice Portugal, preside a Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica na Câmara Federal e é uma das construtoras, junto com as entidades farmacêuticas brasileiras das grandes batalhas da categoria, entre os quais, a luta contra a instalação de consultórios médicos dentro de farmácias e a venda de medicamentos em supermercados.

Haverá também, espaço para diversas atividades paralelas. Está prevista uma reunião do Fórum Pela Valorização da Profissão Farmacêutica, uma oficina do Projeto Integra e a simulação de uma mesa de negociação com a participação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A plenária final, quando são aprovadas as resoluções do congresso e eleitos os novos diretores da Fenafar para o triênio 2022/2025 será realizada no sábado, último dia do encontro, quando também acontece uma confraternização de encerramento.

O conteúdo a ser discutido pelos participantes está disponível para consulta no  caderno de debates , documento lançado ne dia 6 de junho. “O foco central é o trabalho farmacêutico e a ciência em favor da vida no Brasil do século XXI procurando fazer a ligação com a realidade dos profissionais farmacêuticos em cada local de trabalho.

A eleição dos delegados para o 10º Congresso já está ocorrendo até o dia 04 de julho de 2022 em assembleias estaduais convocadas pelos sindicatos. O número de representantes eleitos deverá ser proporcional ao número de farmacêuticos inscritos nos estados. Participe.

A taxa de inscrição com direito a hospedagem, almoço, lanches e material do congresso é de R$ 1.200,00. Há uma opção sem hospedagem no valor de R$ 700,00. Estudante e participantes remotos pagam R$ 100,00.

Redação Fenafar

Medicamentos: Como superar o desabastecimento no Brasil?

A falta de medicamentos vem se agravando e chegamos em junho de 2022 com os estoques zerados ou quase zerados de dipirona injetável, amoxicilina e diazepam e até mesmo de soro fisiológico. Faltam mais de cem medicamentos nas redes pública e privada.

Por Debora Raymundo Melecchi e Ronald Ferreira dos Santos*

O desabastecimento de medicamentos é uma situação que ocorre com frequência significativa, tornando-se um problema grave para os gestores e prestadores de serviços, mas essencialmente à cidadã e ao cidadão que ficam desassistidos e correndo o risco de agravar o seu problema de saúde, sem contar a necessidade dos serviços especializados para salvar sua vida. Os motivos são os mais diversos, desde ausência de insumos farmacêuticos, interrupção na produção, mudanças no mercado, situações que podem comprometer a produção em si, dentre outros.

Mas a realidade é que a falta de medicamentos vem se agravando e chegamos em junho de 2022 com os estoques zerados ou quase zerados de dipirona injetável, amoxicilina e diazepam e até mesmo de soro fisiológico, que se somam a mais de cem medicamentos em falta, tanto na rede pública como privada do país.

A guerra na Ucrânia – e os impactos na relação entre Rússia e países da União Europeia, a desaceleração da economia e o lockdown na China são apontados como os principais fatores externos para o desabastecimento do mercado nacional nesse momento e ainda que a dificuldade de importar produtos da China, principalmente insumos para a indústria, se reflete nos preços e deve contribuir para manter a inflação em alta.

Lembramos que China e Índia, são os principais fornecedores de insumos, materiais de embalagens, máquinas que produzem medicamentos e peças de reposição ao Brasil.

Opa, precisamos refletir sobre estas questões!

Em um país que se aproxima de 700 mil vítimas da Covid-19 e possui mais de 33,1 milhões de pessoas passando fome, responsabilizar países que protegem a sua população de ameaças à saúde, garantindo a alimentação de seu povo, parece não se encaixar a realidade. Vivemos tempos em que negar a realidade ganha forte retórica sustentada na pós-verdade, no autoritarismo e na negação da Política.

Inicialmente, que moral tem o Brasil, onde o governo federal e as forças que o sustentam são os responsáveis por essa tragédia nacional vivida por milhões de brasileiros, enquanto bilionários aumentam fortuna e não pagam impostos, para apontar a China, que toma todas as medidas sanitárias, com monitoramento estreito e próximo de sua população, garantindo proteção social e às vidas do seu povo, como o país responsável por seus problemas internos?

Como é admissível o Brasil seguir com dependência externa e cumprindo desserviço ao povo brasileiro?

Para enfrentarmos as mais diversas questões, como o desabastecimento de medicamentos em si, precisamos garantir a soberania nacional e um processo de desenvolvimento para o país, de forma articulada das políticas públicas e de ações concretas e simultâneas. Para isso é urgente a construção de uma agenda estratégica para o País.

No campo da saúde essa construção se traduz no grande guarda-chuva do Complexo Econômico e Industrial da Saúde (CEI), que neste último período contou com a excelente condução e relatório da Subcomissão do Complexo Econômico Industrial da Saúde da Câmara dos Deputados, com a participação de um amplo leque de forças políticas, econômicas e sociais, presidida pela deputada federal Jandira Feghali, (PCdoB-RJ) e tendo o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) como relator.

O texto aprovado na Subcomissão é um relatório robusto indicando as diretrizes para garantir, tanto o acesso a medicamentos, vacinas e demais tecnologias à população, com valorização da força de trabalho, geração de emprego e renda, numa lógica concreta de um projeto de desenvolvimento ao país. Numa lógica de autodependência positiva, de retroalimentação em que o CEI cumpra o papel de projeto para o Brasil, tendo o SUS o seu grande impulsionador.

Cabe ao Estado nacional mediar os diferentes interesses com o objetivo de estabelecer uma agenda virtuosa na geração e incorporação de inovação e na reconfiguração dos serviços em saúde, de modo coerente com as mudanças em curso no perfil epidemiológico e demográfico da população. Apenas desse modo será possível superar a polarização atualmente observada entre a atenção à saúde e a dinâmica industrial e de inovação, mostrando que saúde e desenvolvimento econômico podem ser objetivos convergentes.

Portanto, o papel do Estado é estratégico para o Complexo Industrial da Saúde. Apenas o Estado tem capacidade de antecipar a necessidade da produção de determinados produtos ou serviços e formular uma política buscando concretizar aqueles objetivos, particularmente no campo da saúde. A capacidade industrial e de inovação em saúde está vinculada diretamente à redução das desigualdades e das deficiências no setor da saúde no país.

O Estado tem um papel essencial na busca de superação das limitações científicas e tecnológicas e na mobilização de recursos para o desenvolvimento tecnológico. Deste modo, o Complexo Econômico Industrial da Saúde pode se traduzir num projeto para o Brasil através das políticas públicas: de saúde, tendo o SUS o seu grande impulsionador para o desenvolvimento; de emprego e renda, que demanda grande quantidade de força de trabalho para a produção de bens e serviços; de inovação e tecnologia, com a pesquisa e o desenvolvimento trazendo mais valor agregado ao PIB brasileiro.

E somado a isso, para minimizar o desabastecimento de medicamentos algumas ações precisam ser implementadas, simultaneamente, tais como:

  • O Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde – DAF/MS deve provocar uma reorganização junto a indústria para estabelecer estratégias para a regularização da entrega medicamentos, bem como o monitoramento do mercado global;
  • O DAF/MS deve voltar a ser um departamento que promova a articulação de políticas públicas na garantia do medicamento como direito humano;
  • Definição de uma agenda regulatória de preços pela Anvisa que significa ir além do debate da precificação;
  • Fortalecimento dos laboratórios oficiais;
  • Construção de ferramentas para as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP’s), como visão estratégica a política industrial;
  • Retomada do CEIS – Complexo Econômico Industrial da Saúde;
  • Aprofundar sobre a reconversão industrial;
  • Dentre outras ações.

No contexto das transformações científicas e tecnológicas que marcam o mundo, o compromisso com o papel estratégico da pesquisa científica e tecnológica e com a defesa e promoção do Sistema Nacional de CT&I é o melhor caminho para não nos afastarmos do mundo real, articulando e mobilizando o poder público, a comunidade científica e tecnológica, o empresariado nacional e a sociedade civil, para gerar conhecimento, inovação e desenvolvimento.

A propriedade intelectual não pode ser uma barreira ao acesso universal, contra os preços extorsivos dos monopólios que impedem que as tecnologias estejam a serviço da vida e do desenvolvimento. É necessário internalizar as tecnologias essenciais e, ao mesmo tempo, assegurar a prioridade de sua função produtora de direitos.

Não esqueçamos do financiamento adequado e focado nas necessidades das pessoas e de valorizar o controle social do SUS, que significa entendermos que os sujeitos coletivos da sociedade cumprem papel político fundamental para a política pública de saúde.

Defendemos que o Brasil precisa seguir outro rumo no que diz respeito à garantia de acesso a medicamentos e demais tecnologias de saúde para a sua população. Ou avançamos ou retrocedemos à era colonial e escravista.

AUTORES

Reforma trabalhista: cinco anos de prejuízos

Além de ter alterado ou revogado mais de 100 artigos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), a reforma trabalhista ainda rende muitos prejuízos à classe trabalhadora, com aumento da precarização, e ao Brasil após cinco anos de aprovação. O mercado interno foi desintegrado e a renda pública foi colocada em risco, sobretudo o orçamento da Previdência Social, e os 6 milhões de empregos não foram gerados como prometido.

Em menos de um ano após o golpe jurídico-parlamentar-midiatico de 2016, o projeto, que retirou direitos dos trabalhadores, manteve os lucros dos grandes empresários e não ajudou na queda da taxa de desemprego (quase 12 milhões de brasileiros hoje), foi apresentado, votado e aprovado.

Os sindicatos denominaram a reforma trabalhista como “Ponte para o abismo”. Apoiado pelo setor empresarial brasileiro, a exemplo da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o projeto foi implantado em meio às greves gerais e protestos.

Com Jair Bolsonaro, o caos só piorou, através de diversas medidas provisórias prejudiciais.  No dia 25 de maio, a MP 1099/22, que está prestes a virar lei, foi aprovada pelo Senado, criando o Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário.

Fonte: CTB

Farmacêuticos mobilizados em busca do piso nacional

Durante um debate realizado na Universidade Paulista (UNIP) em Ribeirão Preto, na quinta-feira, 9 de junho, o relator do projeto (PL 1559/2021) que cria o piso salarial nacional dos farmacêuticos, deputado federal Ricardo Silva do PSD de São Paulo, disse que o momento é favorável para a aprovação da proposta, indicando que a união da categoria é a chave para que o objetivo da luta por uma remuneração justa seja atingido.

“Nós temos aqui as condições para que tudo dê certo, temos CFF, a Fenafar e os sindicatos, temos o Conselho Regional de Farmácia aqui de São Paulo, todos articulados num só rumo. Eu acredito que o momento é de centrar forças no piso salarial sem diferenciar quem atua no SUS de quem atua numa farmácia, não pode haver divisão entre profissionais da mesma categoria”, ponderou.

O vice-presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), Fábio Basílio, representou a entidade no evento e destacou que esse é um momento decisivo para a valorização do trabalho farmacêutico.

“Para o movimento sindical dos farmacêuticos, que é quem senta nas mesas de negociações com os sindicatos patronais, a definição do piso nacional é decisiva para efetivar conquistas que reconheçam o valor do trabalho farmacêutico”, disse.

O deputado relator aproveitou o evento organizado pelo CRF-SP e a presença de lideranças da categoria como o vice-presidente Fenafar, Fábio Basílio, da presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de São Paulo (Sinfar-SP), Renata Gonçalves e da diretora regional sudeste da Fenafar, Ana Claudia Navarro, para informar que pretende apresentar um piso de­ R$ 6.500,00 como proposta inicial em seu relatório.

“Eu acredito que a sugestão de um piso no valor de R$ 6.500,00 reais é uma sugestão ponderada. O texto está aberto para que outras propostas cheguem. Nós vamos ouvir todo mundo, e temos pressa. Vamos aproveitar que o piso da enfermagem passou e mostra que o farmacêutico vive uma situação de sofrimento semelhante”, concluiu.

O rol taxativo mata – Assine a petição pública

Assine a petição pública e ajude agora a aprovar uma alteração na lei que vai obrigar os Planos de Saúde a cobrir todos os tratamentos atestados e receitados pelo médico, independente se estão ou não na tabela da Agência Nacional de Saúde (ANS).

O projeto de lei (PL 1560/22) apresentado na Câmara dos Deputados vai alterar a Lei dos planos de saúde (Lei nº 9.656/98) acrescentando um parágrafo e dando uma nova redação, ao artigo que define o rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar.

A proposta apresentada pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB) inclui um novo parágrafo estabelecendo que o rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar é exemplificativo e não taxativo.

O Art. 10 da Lei 9.656, de 3 de junho de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 10…
“§ 12. O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar é exemplificativo e considerado como cobertura mínima exigida, obrigando os planos de saúde a cobrirem procedimentos não incluídos na relação, independente da idade do paciente, a depender de critérios técnicos e de laudo médico que demonstre a efetiva necessidade do procedimento.”

A recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de definir o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar como taxativo e não exemplificativo retira direitos e interfere na relação médico-paciente e nas atividades privativas do médico. Como consequência, afeta a promoção da atenção à saúde, bem como, prestigia o lucro em detrimento da vida.

A definição fere 49 milhões de consumidores, que serão impedidos de realizar determinados procedimentos médicos mesmo arcando com uma mensalidade altíssima dos Planos de Saúde. Além disso sobrecarregará o sistema público de saúde (SUS), precarizando mais ainda o serviço público.

Redação da Fenafar

Rol taxativo dos planos de saúde prejudica milhões de brasileiros

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que as operadoras de planos de saúde não são obrigadas a cobrir procedimentos que não estão previstos na lista da Agência Nacional de Saúde (ANS). Para o tribunal, os usuários só têm direito aos exames que estão na lista. Pelo novo entendimento do STJ, o rol de cobertura dos planos é taxativo e não mais exemplificativo.

Antes a lista era considerada exemplificativa pela maior parte do Judiciário. Isso significa que os planos de saúde não se limitavam a cobrir apenas o que está na lista da ANS, pois ela servia exatamente como exemplo de tratamento básicos. Os planos, portanto, deveriam cobrir outros tratamentos que não estão no rol, mas que tenham sido prescritos pelo médico, tenham justificativa e não sejam experimentais.

O novo entendimento do STJ é de que o rol é taxativo. Com isso, essa lista contém tudo o que os planos são obrigados a pagar: se não está no rol, não tem cobertura, e as operadoras não são obrigadas a bancar.

A mudança, de acordo com o presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, além de ferir o direito do consumidor, fará com que os recursos que deveriam atender de forma universal a saúde do povo brasileiro através do SUS, sirvam para encher os cofres das operadoras de Planos de Saúde, trata-se de um crime doloso.

Buscando reverter essa situação, começam a surgem inciativas no sentido de minimizar o sofrimento de grande parcela da população afetada pela decisão. Uma dela propões alterar a Lei dos planos de saúde (Lei nº 9.656/98) acrescentando um parágrafo e dando nova redação, ao artigo que define o rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar.

A proposta (PL 1560/22) apresentada pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB) inclui um novo parágrafo estabelecendo que o rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar é exemplificativo e não taxativo.

Com a alteração proposta, o art. 10 da Lei 9.656, de 3 de junho de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 10… “§ 12. O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar é exemplificativo e considerado como cobertura mínima exigida, obrigando os planos de saúde a cobrirem procedimentos não incluídos na relação, independente da idade do paciente, a depender de critérios técnicos e de laudo médico que demonstre a efetiva necessidade do procedimento.”

“A proposta retira direitos e interfere na relação médico-paciente e nas atividades privativas do médico. Como consequência, afeta a promoção da atenção à saúde, bem como, prestigia o lucro em detrimento da vida”, destacou a deputada proponente, Perpétua Almeida na justificativa do projeto.

Petição Pública
Em conjunto, a Federação Nacional dos Farmacêuticos (FENAFAR), a Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) criaram um Petição Pública buscando coletar assinaturas para ajudar a aprovar uma alteração na Lei obrigando os Planos de Saúde a cobrir todos os tratamentos atestados e receitados pelo médico, independente se estão ou não na tabela da Agência Nacional de Saúde (ANS).

Participe: Assine a petição!

Redação da Fenafar com g1

Inscrições abertas para o Prêmio de Incentivo ao Uso Racional de Medicamentos

Estão abertas até a 18 de julho, as inscrições para a V Edição do Prêmio de Incentivo à Promoção do Uso Racional de Medicamentos “Lenita Wannmacher” – 2022. O objetivo do prêmio é compartilhar experiências, incentivar a produção técnico-científica e intervenções sociais de promoção do uso racional de medicamentos com aplicação no SUS.

Poderão participar desse concurso:  pesquisadores, gestores, trabalhadores, artistas, representantes de instituições culturais e de organizações da sociedade civil com atividades desenvolvidas entre os anos de 2018 a 2022.

A organização é do Ministério da Saúde, por intermédio da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos. As inscrições poderão ser realizadas no período de 20 de junho até 18 de julho de 2022. Para mais informações, clique no link https://bit.ly/3aG6r9F