Projeto Qualifar-SUS apresenta resultados

Ao longo do segundo semestre de 2021, uma parceria entre a Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar), a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Ministério da Saúde realizaram o Projeto Avaliação e Fortalecimento da Assistência Farmacêutica no Qualifar-SUS. A live que apresentou os resultados encontrados ocorreu nesta sexta (17/12), com presença da conselheira nacional de Saúde, Deborah Melecchi.

O projeto teve o objetivo de identificar os avanços alcançados na estruturação e organização da Assistência Farmacêutica nos municípios. Na ocasião, um diagnóstico mais detalhado sobre a evolução dos serviços de Assistência Farmacêutica nos municípios contemplados pelo Qualifar-SUS foi apresentada.

O projeto identificou as características da organização da Assistência Farmacêutica nos municípios habilitados no eixo Estrutura do Qualifar-SUS e as suas necessidades. Dessa forma, a expectativa é subsidiar melhorar o programa, oferecendo condições de apoio para o desenvolvimento da Asssitência Farmacêutica nos municípios brasileiros.

Para Debora, essa “é uma estratégia que nos permite unir políticas de extrema importância ao país. Precisamos ter sinergia da Assistência Farmacêutica junto à Atenção Básica, que é uma política que precisa cada vez mais ser fortalecida, em especial no momento da sindemia da Covid-19”, disse ela, lembrando da importante conquista que foi a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, de 2014.

André Ulysses, da Opas; Silvana Leite, da ENFar; Ediane Barros e Sandra de Castro Barros, do Ministério da Saúde; Kleber Lomonte, do Conasems; e Lore Lamb, do Conass, também participaram da live. “Nós vamos continuar trabalhando e analisando os dados”, disse Silvana, que estima que mais e melhores políticas públicas sejam desenvolvidas nos próximos anos a partir do diagnóstico.

A pesquisa obteve respostas de 1.859 municípios. Habilitados no Qualifar-SUS, projeto iniciado pelo governo em 2012, são 3.508 municípios. Ainda assim, esta “é uma mostra bastante significativa”, disse Silvana. Assista a live na íntegra com todo o diagnóstico produzido pelos pesquisadores e pesquisadoras envolvidos.

Assista na íntegra, abaixo.

Fonte: Qualifca-AF

Nota: Fenafar manifesta solidariedade aos servidores da Anvisa

A Federação Nacional dos Farmacêuticos vem a público manifestar a sua mais irrestrita solidariedade aos servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária que têm sido alvo de ameaças dos setores anti-vacina.

A Anvisa liberou na última semana a vacinação contra Covid-19 para as crianças entre 05 e 12 anos. Desde então, a agência e seus profissionais, entre os quais farmacêuticos e farmacêuticas, têm sofrido ataques em redes sociais. Também tem sido alvo de críticas por parte desses segmentos, os debates em torno da obrigatoriedade do passaporte da vacina para acessar espaços públicos e privados.

O movimento anti-vacina que infelizmente tem crescido no país, alimentado principalmente pela visão política do negacionismo de extrema-direita que toma conta do Brasil, se utiliza de desinformação e mentira para tentar amedrontar as pessoas, questionando a segurança das vacinas e alimentando um discurso de que a decisão de vacinar ou não uma criança é uma decisão individual dos pais.

A agência, que tem buscado atuar dentro do maior rigor técnico e procurando se distanciar das influencias políticas e ideológicas para tomar suas decisões, seguiu os protocolos nacionais e internacionais para liberar o uso das vacinas para crianças entre 03 e 12 anos. 

Os fatores que influenciaram a decisão dos profissionais que trabalham na Anvisa foram estritamente técnicos e científicos. A pandemia ainda não foi superada. A redução de internações e óbitos por Covid-19 no Brasil estão diretamente ligados ao avanço da vacinação. E este deve ser o norte adotado pelas autoridades sanitárias: aumentar a porcentagem da população vacinada para conter a circulação do vírus e reduzir casos graves e óbitos.

A Federação Nacional dos Farmacêuticos sempre esteve ao lado da ciência, do reconhecimento do papel dos profissionais farmacêuticos como a categoria habilitada e qualificada para, ao lado de outros profissionais e guiados pelo conhecimento científico, desenvolver medicamentos e vacinas para salvar vidas.

Fenafar se reúne com o presidente da Câmara, Athur Lira

A reunião foi uma iniciativa da deputada federal e presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, Alice Portugal e também teve a participação do Conselho Federal de Farmácia.

 

Nesta quarta-feira, 15/12, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, recebeu em seu gabinete representantes da Federação Nacional dos Farmacêuticos e do Conselho Federal de Farmácia acompanhados da deputada Federal Alice Portugal (PCdoB-BA).

O presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, disse que o objetivo da reunião foi levar ao presidente da Câmara “três demandas fundamentais que precisam unir a categoria farmacêutica nas ações políticas junto ao legislativo e que tem um grande potencial de serem conquistadas”: o projeto de lei 2821/2021 que institui o piso salarial nacional para a categoria, o projeto que incorpora o farmacêutico no Programa Estratégia Saúde da Família (PL Nº 4381/2021), ambos de autoria da dep. Alice Portugal; e a volta da proposta de venda de medicamentos em supermercados.

O presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, ao lado da deputada Alice Portugal, apresenta ao presidente da Câmara, Arthur Lira, os temas de interesse da categoria.

Estiveram na reunião o presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, o vice-presidente, Fábio Basílio, o segundo vice-presidente, Clovis Reis, a diretora de Relações Trabalhistas, Soraya Amorim e a diretora regional Norte, Isabela Sobrinho.

Isabela avalia que a reunião foi muito produtiva e que o presidente da Câmara se mostrou aberto a novas ideias. “Acredito que temos tudo para alcançar nossos objetivos”, disse.

Para o vice-presidente da Fenafar, Fábio Basílio, é preciso redobrar a preocupação com o retorno da proposta de venda de medicamentos em supermercados. “Essa anomalia que insiste em aparecer em projetos de lei e que pode aparecer como medida provisória”. Ele avalia que a proposta está voltando com muita força. “O argumento é que se a farmácia pode vender de tudo porque o supermercado também não pode? Então, nós precisamos desconstruir esse argumento, essa lógica mercantilista e lutar para impedir esse retrocesso”.

Ronald também saiu com uma avaliação positiva do encontro e disse que a Fenafar não tem medido esforços pela “unidade da categoria e das entidades em torno das justas causas para valorizar a categoria farmacêutica”.

Para a deputada federal Alice Portugal (PCdoB/BA) que apresentou na última sexta-feira (10/12) o projeto que estabelece a obrigatoriedade da inclusão do profissional farmacêutico na composição das equipes do Programa Saúde da Família (PSF) e junto aos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, “Os farmacêuticos e farmacêuticas são peças essenciais na saúde pública, garantindo à população o acesso a medicamentos e insumos da saúde. É o único profissional habilitado para a dispensação de medicamentos, especialmente aqueles tipificados como controlados devido aos riscos inerentes de seu consumo sem controle”.

Da redação
Publicado em 16/12/2021
Fotos: Divulgação

SIFEP: Farmacêuticos de João Pessoa têm CCT reestabelecida

Após três anos sem Convenção Coletiva de Trabalho, os farmacêuticos de João Pessoam têm a CCT reestabelecida após o Tribunal Superior do Trabalho julgar Dissídio Coletivo de Trabalho. 

Após realização de assembleias e mesas redondas através de plataformas digitais com a categoria e o Sindicato patronal foi registrada a Convenção Coletiva de Trabalho de João Pessoa para vigência 2021-2023 para as cláusulas sociais e 2021-2022 para as cláusulas financeiras, com percentual de reajuste de 9,22% (nove vírgula vinte e dois por cento).

O vice-presidente do Sindicato dos Farmacêuticos da Paraíba, Sérgio Luis, disse que “Já está provado e comprovado a perseverança da diretoria do SIFEP, assessoria jurídica, secretária e principalmente dos farmacêuticos adimplentes em lutar sempre para a garantia de manter o sindicato vivo e ativo. E assim seguir lutando. Até mesmo por aqueles que não são filiados e não tem o mínimo interesse em se filiarem. Pois é papel institucional do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado da Paraíba trabalhar para que a valorização e o respeito ao trabalhador farmacêutico sejam sempre a bandeira fundamental nas lutas do SIFEP”. 

Entenda o caso

Os farmacêuticos e farmacêuticas da cidade de João Pessoa estavam há três anos sem Convenção Coletiva de Trabalho vigente. O reajuste dos pisos, retroativos entre outros aconteciam através de longos e desgastantes processos de negociação na Superintendência Regional do Trabalho, Ministério Publico do Trabalho e depois seguindo com o Dissidio Coletivo pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT PB) e chegando até mesmo para o Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A diretoria do Sifep ressalta que “tudo ocorreu mesmo diante do difícil cenário que todos estamos passando desde o início da pandemia do Covid-19 e sem esquecer-se de outros problemas que dificultam e muito as negociações trabalhistas e a segurança do trabalhador brasileiro, a exemplo da reforma trabalhista de 2017”. 

O trabalho e a missão no Sifep não pararam e assim foi possível garantir direitos e benefícios. Entre eles a vigência bianual, em comum acordo com o Sindifarma João Pessoa. “Agradecemos a participação dos farmacêuticos durante as assembleias, reforçando o chamado aos demais que ainda não participam dos nossos processos de negociação. Mesmo com o momento positivo não podemos deixar de reforçar a importância do papel das entidades sindicais nesse processo, o Sifep continua na luta com suas dificuldades financeiras e precisa que a categoria reconheça o seu valor e contribua para a continuidade do seu funcionamento e assim continuarmos representando a categoria em frente às lutas que não são poucas.”, diz a nota publicada no Instragram do Sindicato.

É importante registrar que com a decisão, mais uma vez foi mantida a relação de respeito, durante o processo, entre as entidades sindicais, Sifep e Sindifarma JP. Destacando que diante da decisão do TST foi prontamente enviada às partes que acordaram com os termos da Convenção Coletiva de Trabalho. E com isto a CCT foi homologada.

Diante dos retrocessos, como resistir ao desmonte do SUS?; leia artigo

2018 é ano de eleição. Para não continuarmos retrocedendo, é importante apostarmos na nossa inteligência coletiva. Isso significa não uma disputa partidária, mas uma disputa de valores em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). Muita gente ainda não percebeu o quanto pode ser peça fundamental para reverter o cenário de perdas nas políticas de saúde. Que retrocessos são esses?

Em 2015, deputados e senadores aprovaram a Emenda Constitucional 86, retirando os recursos do pré-sal, que seriam investidos em Educação e Saúde. Em 2016, eles também aprovaram a Emenda Constitucional 95, que congela por 20 anos os gastos com Saúde e Educação. Na prática, isso significa menos Farmácia Popular, menos postos de saúde, menos hospitais, menos profissionais de saúde nos territórios.

Esse é só um pequeno retrato de uma situação gravíssima no governo e no Congresso Nacional, onde a maioria tem se preocupado em beneficiar os empresários da saúde, em detrimento da população. As mudanças, sem diálogo e participação, acontecem em uma velocidade assustadora, como foi com a Política Nacional de Saúde Mental, que agora incentiva parcerias com comunidades terapêuticas, abrindo espaço para o retorno do modelo manicomial.

Outro exemplo de mudança sem participação social foi o que aconteceu com a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), que agora fragiliza o ofício dos Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias.  Por isso, precisamos apostar na inteligência coletiva e não votar nos mesmos candidatos que aprovaram essas emendas, nem naqueles que apoiam essas atitudes autoritárias do governo. Precisamos discutir, debater, participar, fazer valer nossos direitos.

Entre as ações de resistência que o Conselho Nacional de Saúde (CNS) vem realizando ou é parceiro, estão a Semana da Saúde 2018 (2 a 8/04), o Fórum Social Mundial (13 a 17/03), o Congresso Internacional Rede Unida (30/05 a 2/06) e o Congresso de Saúde Coletiva – Abrasco (26 a 29/07). Precisamos dos gestores como parceiros dessas agendas, dialogando com as diferentes forças que vão disputar as eleições, defendendo uma política de estado e não uma disputa meramente partidária.

Após a deliberação do Conselho Nacional de Saúde (CNS), o Ministério da Saúde homologou e o governo publicou no Diário Oficial da União (DOU), no dia 15 de janeiro, a realização da 16ª Conferência Nacional de Saúde, um dos maiores eventos de participação social realizados no Brasil.  Milhares de brasileiros e brasileiras vão ser eleitos democraticamente em etapas preparatórias que culminarão em um grande evento nacional, a ser realizado em Brasília, em 2019.

O tema proposto para a 16ª Conferência é “8ª + 8 = 16ª”, uma referência à 8ª Conferência, realizada em 1986, que trouxe como tema ”Saúde e Democracia” e é considerada um marco na história dos eventos de participação social. Isso porque ela foi a primeira conferência de saúde, em âmbito nacional, aberta à sociedade. O resultado do evento gerou as bases para a seção “Da Saúde” da Constituição Brasileira de 5 de outubro de 1988, que consolidou o SUS.

Os eixos temáticos na época eram: Saúde como direito, Consolidação do SUS e Financiamento. Tudo o que estamos discutindo hoje! Passaram-se três décadas desde a realização da 8ª Conferência. Agora temos novas demandas, mas temos também uma agenda de resistência para que não andemos para trás. Somente com crítica, reflexão, luta e inteligência poderemos reverter esse quadro.

*Ronald dos Santos é presidente da Fenafar e do Conselho Nacional de Saúde.
Publicado em 14/05/2018

CNS e ENFar vão promover seminário sobre novo marco legal da Ciência, Tecnologia e Inovação

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) e a Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar) vão promover, no dia 6 de dezembro, às 19h, um seminário virtual para discutir o Novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação. O evento será transmitido ao vivo pelo Youtube do CNS e da ENFar.

O evento faz parte do Projeto Integra, realizado em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), criado para promover estratégias para a integração de políticas e práticas da Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica, Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde no âmbito da gestão participativa e dos movimentos sociais.

O palestrante do seminário será o secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes de Medeiros. Participam como debatedores o assessor técnico da vice-presidência de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz (VPPIS), Jorge Costa, o secretário executivo substituto do CNS, Marco Aurélio Pereira e o presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), Ronald Ferreira. O debate será mediado pela coordenadora da ENFar, Silvana Nair Leite.

Saiba mais

Em 11 de janeiro de 2016, foi sancionada a Lei nº 13.243, que aprimora as medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, com vistas à capacitação tecnológica, ao alcance da autonomia tecnológica e ao desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional do País, nos termos da Constituição Federal. Porém, ainda é necessário debater o tema para encontrar formas de garantir a execução da lei.

Mais informações:

O quê: Seminário Integrador Novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação

Quando: 6 de dezembro, às 19h

Onde: Youtube do CNS e da ENFar

Fonte: SUSConecta

Projeto Integra capacita mil lideranças, criando rede de defensores do SUS

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) e a Escola Nacional de Farmacêuticos (ENF) capacitaram cerca de mil lideranças, municipais e estaduais, e militantes do movimento de saúde, para atuar no cenário da vigilância e atenção à saúde, ciência, tecnologia e assistência farmacêutica.

O Projeto Integra, desenvolvido em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS), aconteceu em diferentes fases, com aulas totalmente online e integrativas.

Com uma metodologia inclusiva e discussões a partir da vivência das pessoas, as aulas ocorreram através da plataforma virtual Moodle, com grande incentivo à cooperação entre os participantes. Os materiais educacionais proporcionaram uma abordagem contextualizada e interdisciplinar dos conteúdos e ajudaram a pensar e implementar ações políticas em conjunto.

“A procura foi muito além do que esperávamos e as pessoas participaram efetivamente, numa grande troca de experiências e conhecimentos, e perceberam uma mudança de práticas no dia a dia. Isso é muito importante e nos traz a certeza de que acertamos com essa proposta, que fortalece o SUS e a participação do controle social”, afirma a coordenadora da Comissão Intersetorial de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica (Cictaf) do CNS, Débora Melecchi.

Entre os temas abordados nas aulas integrativas estão, direito à saúde, princípios, diretrizes e gestão do SUS, formulação de leis no Brasil e produção nacional e barreiras de acesso aos medicamentos. O projeto também visa contribuir para que, em eventuais situações de pandemias, haja um melhor nível de preparação dos diversos setores da sociedade, além de consolidar a credibilidade social na ciência, na participação social e nas políticas públicas de saúde.

A primeira avaliação do projeto, apresentada pelos organizadores para a mesa diretora do CNS, nesta quinta-feira (18/11), indica que os participantes melhoraram a capacidade de comunicação com diferentes setores da sociedade e ampliaram a rede de relações e de colaboração em suas regiões. Eles também apontaram que as aulas estimularam a capacidade de promover o engajamento social em prol de uma temática.

“Não é um projeto-palestra, ele se desenvolve a partir de experiências nos territórios, baseado em evidências”, afirma a coordenadora da Escola Nacional dos Farmacêuticos, Silvana Nair Leite. “Daqui a seis meses faremos uma nova avaliação com os participantes, para avaliar o impacto, o engajamento e as consequências da formação a longo prazo”, completa.

Além das aulas integrativas, a primeira fase também contou com a realização de palestras e seminários, transmitidos ao vivo pelas redes sociais do CNS e ENF. A segunda fase está prevista para no ano que vem, com encontros presenciais preparatórios para o 9º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica, que será realizado em agosto de 2022.

Após a realização do simpósio, os organizadores devem encerrar o projeto com a elaboração de um relatório que deverá subsidiar o controle social na participação de audiências públicas no Congresso Nacional e em debates com parlamentares, em especial durante o processo eleitoral do ano que vem. Também está prevista a publicação de um livro, que deverá reunir toda a produção técnica do projeto.  

Ascom CNS

Foto: Karina Zambrana – Ascom/MS

Sinfarmig elege nova diretoria para gestão 2022-2024

A chapa única foi eleita com 99% dos votos dos participantes da eleição. Entre os desafios para a nova gestão está a luta pela sobrevivência do sindicato e da união da catgoria para impedir a retirada de de direitos.

As eleições ocorreram ainda na forma presencial e com votos pelo correio. No entanto, explica o diretor da Fenafar e do Sinfarmig, Rilke Novato Públio, “desde o ano passado (2020) em função da Pandemia do Covid-19, realizamos todas as nossas assembléias por via remota, o que possibilitou que divulgássemos e convocássemos os farmacêuticos e farmacêuticas a participarem do Processo de eleições. Nas próximas eleições certamente adotaremos o modelo de votação online, possibilitando maior participação da categoria”.

Ao ser questionado sobre os principais desafios para a próxima gestão, Rilke destaca que “de modo geral, face aos ataques perpetrados desde o desgoverno Temer e aprofundado pelo desgoverno Bolsonaro, os sindicatos estão lutando para sobreviver, para manterem-se vivos. Neste momento, o desafio, da sobrevivência nos impõe que sejamos criativos, resilientes, que tenhamos forças suficientes para fazer a travessia nesse ‘mar revolto e cheio de tubarões’ que querem acabar com os sindicatos”.

Outro grande desafio importante e urgente elencado por Rilke é a sensibilização da categoria farmacêutica. “Mostrar aos colegas que, neste momento em que os sindicatos estão fragilizados, quando direitos trabalhistas conquistados a duras penas são negados, os sindicatos são cada vez mais necessários. Essa defesa de direitos e conquistas se faz de forma coletiva. Individualmente ficamos fragilizados e é exatamente o que o patrão quer, pois aí não existe negociação, somente imposição, ou seja, é a barbárie nas relações de trabalho. Neste período de tantas perdas e de um governo fascista, sindicatos fortes são imprescindíveis”, destacou.  

A lista dos integrantes da nova diretoria

A nova composição da chapa teve uma renovação de quase 50%. Do total de dezesseis integrantes, sete não faziam parte da atual gestão. E destes sete, cinco estão sendo eleitos pela primeira vez para uma gestão do sindicato. 

A Diretoria do Sinfarmig tem uma composição colegiada de diretores onde todos estão num mesmo patamar decisório e de participação. 

A diretoria que assume a partir de janeiro de 2022 com mandato até dezembro de 2024, está composta da seguinte forma:

 

DIRETORIA EXECUTIVA

Secretaria de Administração e Finanças

Efetivos:
– Junia Dark Vieira Lélis Ligório
– Lisiane da Silveira Ev
– Rilke Novato Públio

Suplente:

– Sebastião Fortunato de Faria Filho

 

 

Secretaria de Organização Política


Efetivos:

– Celso Carmo de Jesus
– Maria Helena Braga

 

 

 

Secretaria de Admi de Comunicação, Cultura e Assuntos Sociais

Efetivos:
– Gean Lucas de Araújo Alves
– Romy Maressa Lara da Silva

Suplente:

– Ramon Francesco de Araújo Peixoto

 

 

Conselho Fiscal

Efetivos:
– Sandra Quintão Brant
– Denison de Souza Silveira 

Representantes Regionais

– Regional Sul de Minas:  Paulo Henrique Pazotti
– Regional Centro-Oeste: Paulo Feliz de Almeida Pena
– Regional Zona da Mata: Valéria Silva Dibo
– Regional Vale do Aço: Adriana dos Santos

Fenafar 47 anos – Em defesa da vida, da saúde, da ciência e da democracia

Neste 25 de outubro de 2021 comemoramos nossos 47 anos. São tempos difíceis no Brasil e no mundo, impactados por uma das mais graves pandemias da história da humanidade, por uma profunda crise econômica e por dilemas civilizatórios que colocam em xeque a vida, a ciência e a democracia.

Particularmente no Brasil, esse cenário se agrava em razão de um desgoverno que não tem compromisso nenhum com a vida e com o povo. Um governo que ignora a ciência e que atua de forma autoritária, violando sistematicamente a Constituição e direitos fundamentais.

 

Assista mensagem do presidente da Fenafar

 

Por isso, comemorar 47 anos com 22 entidades filiadas, para nós, da Fenafar, é motivo de muita celebração. Mostra nossa capacidade de resistência e resiliência diante dos ataques promovidos contra a organização dos trabalhadores, contra a Justiça do Trabalho, contra os direitos trabalhistas. Nossa determinação de não tergiversar diante do negacionismo, dos discursos mais rasteiros contra a ciência, particularmente contra o acúmulo e desenvolvimento científico na área da saúde, em torno dos medicamentos e das vacinas. Esse momento em que completamos 47 anos, talvez seja o que mais precisamos defender o que até pouco tempo parecia o óbvio – que era defender as vacinas como tecnologia de saúde segura e mais adequada para enfrentar epidemias, endemias e pandemias.

Nos nossos 47 anos, estamos enfileirados na defesa da inclusão do profissional farmacêutico como aquele que têm direitos às proteções mínimas necessárias para o desenvolvimento do seu trabalho como categoria que atua na linha de frente no combate ao Covid-19.

A Fenafar está há 47 anos na luta pela afirmação da identidade do farmacêutico como profissional de saúde indispensável para promover as ações que envolvem o medicamento – desde a sua produção até a orientação correta para o usuário sobre o seu uso racional. Essa luta sempre esteve vinculada à concepção da Saúde como direito de todos para a construção de um país menos desigual, mais soberano e desenvolvido.

E mantemos alto e firme nosso compromisso histórico em defesa da soberania e da democracia no Brasil.

Qualifica AF participa da I Jornada de Capacitação do ES para discutir gestão em Assistência Farmacêutica

A Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo realizou nesta sexta-feira, 22, a I Jornada de Capacitação Estadual em Assistência Farmacêutica na Atenção Básica. A equipe do Projeto Qualifica AF foi convidada a apresentar o desenvolvimento e os resultados do projeto sobre gestão em Assistência Farmacêutica.

O encontro reuniu cerca de 80 participantes e encerrou a jornada de capacitação que envolveu dezenas de municípios do Espírito Santo e de outros estados.

Participaram desta etapa de encerramento do processo de capacitação as pesquisadores do projeto Qualifica AF Silvana Nair Leite, Emilia Baierle Faraco, Noemia Liege Bernardo e Samara Jamile Mendes. O coordenador Sudeste do projeto, Rilke Novato Públio também foi um dos debatedores do evento.

As apresentações abordaram temas relacionados à gestão da assistência farmacêutica. Foi apresentado pelos pesquisadores os resultados da avaliação municipal como disparador para a compreensão de serviços farmacêuticos; a avaliação sociotécnica e a aplicação destes em um município catarinense e por fim o desenvolvimento da capacidade de gestão da Assistência Farmacêutica municipal.

Também a farmacêutica Karla de Oliveira dos Santos Cassaro, do município de Cariacica/ES apresentou uma experiência exitosa de gestão da AF ao participantes.

Da redação