Dia a dia dos farmacêuticos do Brasil: Desigualdades, abusos e violências

Por trás do balcão, uma mesma angústia toma conta de milhares de colegas farmacêuticos e farmacêuticas em todo o Brasil. Para além das receitas ilegíveis do dia a dia, os bastidores das farmácias revelam um cenário marcado por adversidades que vão muito além do simples ato de dispensar medicamentos. 

De Norte a Sul, profissionais enfrentam desafios que vão desde a desigualdade salarial entre os sexos, passando por inúmeras formas de abusos, até o aumento da violência nos locais de trabalho. 

Os salões, coloridos e bem iluminados por fluorescentes das farmácias, chamam a atenção. Quem chega em busca de solução para seu problema, eventualmente nem percebe quem o atende, se é um farmacêutico ou uma farmacêutica. Ali, lado a lado estão homens e mulheres cumprindo a mesma jornada e trabalhando, mas com uma diferença: o salário não é o mesmo. 

Homens ganham mais que as mulheres. 

Ha uma resistência por parte das redes, em aceitar as leis de igualdade de gênero. A desigualdade salarial é uma ferida aberta na sociedade brasileira e também não encontra a cura nas farmácias do país. A recusa das grandes redes em aderir às leis que buscam promover a igualdade de gênero é um reflexo alarmante desse problema. 

A recente afirmação da Drogaria Pacheco de que há “violência” na busca pela igualdade salarial é uma afronta não apenas aos valores fundamentais da justiça e dos direitos humanos, mas também uma desconsideração flagrante dos desafios enfrentados pelas mulheres no mercado de trabalho. 

“A igualdade salarial é mais do que uma questão de justiça; é um imperativo moral e legal que todas as empresas devem respeitar”, enfatiza Soraya Pinheiro de Amorim, da Diretoria de Mulheres da Fenafar. 

Recentemente uma Nota da Fenafar repudiou essa postura, ressaltando não apenas a indignação diante da recusa em fornecer informações sobre a equiparação salarial, mas também a necessidade urgente de se reafirmar o compromisso com os direitos das mulheres no ambiente de trabalho. 

Discurso versus prática. 

O abismo entre o discurso das empresas e sua prática real é uma realidade que assombra muitos profissionais farmacêuticos. Há uma discrepância entre a teoria e a prática no cumprimento das normas apregoadas pelas próprias empresas. 

Em seu código de ética, a Rede de Farmácias Drogasil, no ponto sobre “Direitos Humanos” destaca que não admite “nenhuma forma de exploração, assédio, desrespeito e preconceito em nossas instalações e atividades.” 

O contraste entre o escrito e as situações enfrentadas pelos colegas no dia a dia é gritante. 

No que se refere ao quesito “Relações de Trabalho” o mesmo código da mesma empresa aponta que: “Não admitimos formas degradantes de trabalho: infantil, forçado, escravo etc…”  

Não é o que se vê. Nas redes sociais há diversos relatos de profissionais relatando situações extenuantes de trabalho. 

Ainda, no mesmo código de ética, no que se refere a “Legalidade”, a empresa diz cumprir “as exigências dos marcos regulatórios e da legislação em todos os âmbitos do direito: administrativo, ambiental, cível, comercial, trabalhista, tributário etc.”

Bem, considerar a busca pela igualdade salarial uma “violência” não é bem cumprir a legislação. 

Para o Presidente da Fenafar, Fábio Basílio, “É preciso que as empresas sejam verdadeiras nos seus compromissos éticos e respeitem seus funcionários como trabalhadores responsáveis e capacitados, não apenas como peças de uma engrenagem”. 

Salários aquém e abusos trabalhistas. 

Os baixos salários, as condições precárias, as jornadas exaustivas de trabalho e falta de reconhecimento profissional, são mais alguns dos fardos que pesam sobre os farmacêuticos. 

A remuneração não condiz com a complexidade e responsabilidade da profissão, o que leva à desmotivação e à busca por melhores oportunidades, situação que causa um enorme prejuízo à saúde pública afetando sobremaneira a qualidade dos serviços prestados. 

“Não podemos aceitar que os farmacêuticos sejam tratados como mão de obra barata, quando desempenham um papel crucial na promoção da saúde e no bem-estar da população”, ressalta Fábio Basílio. 

Violência e a falta de segurança. 

Há ainda um outro aspecto que não pode ser esquecido. A violência que assola as farmácias do Brasil é uma ameaça constante à segurança e ao bem-estar dos farmacêuticos. Os recentes casos de assaltos e agressões destacam a urgência de se implementar medidas eficazes de segurança por parte das empresas. 

O aumento da violência e dos assaltos a farmácias que ocorrem em todo o país, foi demonstrado por uma reportagem apresentado pelo programa dominical Fantástico da Rede Globo. 

Segundo a reportagem os assaltantes não buscam apenas dinheiro. Os bandidos entram nas farmácias a noite em busca de uma medicação específica, seja para emagrecimento ou transtornos psíquicos. Normalmente os medicamentos são muito carros, e são depois vendidos pela internet. 

As autoridades indicam que as farmácias devam investir em segurança e não contar apenas com o fator sorte, para garantir o bem-estar dos seus profissionais farmacêuticos. Mas as redes de farmácias nada fazem e pelo jeito nem se importam pois não quiseram dar entrevista respondendo a reportagem.

O silêncio das grandes redes pode ser visto como um “sinto muito”.
mesma resposta dada pelo assaltante ao farmacêutico que foi assaltado duas vezes na mesma noite

As redes tiram o corpo fora. 

Sobre a postura das redes em relação à violência relatada na matéria, a presidente do Sindicato dos farmacêuticos de São Paulo, Renata Gonçalves, foi taxativa: “Não existe nada, nem antes nem depois, nem na prevenção e nem depois do ocorrido. Os trabalhadores se sentem totalmente desamparados pela empresa pois o ato dos bandidos é muito violento. É preciso dar um suporte aos funcionários.”

A Fenafar e os sindicatos filiados continuam sua luta incansável em defesa dos direitos e da dignidade dos farmacêuticos e farmacêuticas, enquanto exigem que empresas garantam respeito, valorização e condições de trabalho dignas, que os farmacêuticos merecem. 

Ciência, tecnologia e inovação para quem?

Conferência Livre preparatória para 5ª CNTCI aponta a participação social como ferramenta fundamental para construir políticas públicas que aproximem a população das inovações tecnológica e científicas.

Ciência, tecnologia e inovação podem soar como assuntos distantes do cotidiano e do interesse imediato das pessoas. E para que políticas públicas neste âmbito sejam construídas e implantadas de maneira eficiente, o caminho é justamente promover um espaço de escuta que seja tão diverso e plural como a população brasileira. Foi sob esta perspectiva desafiadora que o Projeto Integra realizou a Conferência Livre Ciência, Tecnologia e Inovação, Participação Social e Saúde nesta terça-feira (12/3), na Fiocruz Brasília.

A conferência livre integra a etapa preparatória da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação – 5ª CNCTI, que será realizada em junho de 2024, em Brasília, após um hiato de 14 anos desde a última edição. Implementadas com êxito na área da Saúde desde meados de 2017, o modelo de conferências livres é considerado como a radicalização da democracia participativa justamente por abrir campo para que todas as pessoas que usam, trabalham ou administram o Sistema Único de Saúde (SUS) possam ter voz para defender e exigir os direitos instituídos dentro da Constituição Federal.

Coordenadora da “Livre” de Ciência e Tecnologia, a farmacêutica Silvana Nair Leite reforçou, na abertura do encontro, que uma política pública sólida deve atender às diversidades e demandas do país. “Ciência, tecnologia e inovação precisam ter investimento para fomentar uma política sólida e concreta que realmente atenda às necessidades e expectativas no país. Devemos tratar da participação da sociedade do ponto de vista do engajamento e do reconhecimento de necessidades para  a ciência e a tecnologia, especialmente na saúde”, declarou.

Dalmare Anderson Sá, também participante da conferência livre, atua na Assistência Farmacêutica da rede de Atenção Primária à Saúde em Recife. Ele revela que seu trabalho diário é fazer atendimentos domiciliares. Com esta experiência de trabalho no SUS que acontece no território, ele indaga como, a partir do processo da Conferência de Ciência e Tecnologia e Inovação (CT&I) e até mesmo da 17ª Conferência Nacional de Saúde, é possível ampliar o fomento para, consequentemente, ampliar o cuidado às pessoas.

“Como vamos aprimorar a tecnologia do dia a dia das pessoas, que é tão importante quanto a alta tecnologia? E como podemos elaborar métodos e criar inovações para que esses profissionais de saúde adentrem na casa das pessoas”, questiona, o farmacêutico, que faz coro a outros participantes ao afirmar que o SUS é também uma inovação. “Quando vamos valorizar as grandes inovações que temos no Brasil, como o SUS? Este sistema é um modelo de inovação para o mundo. Precisamos pensar em um memorial do SUS que transmita a importância deste sistema para o povo brasileiro”, sugeriu.

A Ciência voltou

“A ciência é o rumo do Brasil neste momento, e, por meio da educação, da cultura e da saúde pública, constitui um eixo estratégico de atuação do controle social e também do Governo Federal”, declarou Débora Melecchi, coordenadora da Comissão Intersetorial de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica do Conselho Nacional de Saúde (Cictaf/CNS).

Débora foi uma das convidadas da mesa que abriu as discussões da Conferência Livre: “Participação social na Política de Ciência, Tecnologia e Inovação”. Na ocasião, ela explicou como a Cictaf,  dentro do seu planejamento de trabalho, traz como essência debater as estratégias de CT&I vinculadas com a saúde. Para ganhar materialidade, as táticas de ação devem ser voltadas às pessoas. “A escuta das pessoas na diversidade que temos na sociedade é fundamental e deve ser o eixo disso. No campo da Saúde, conquistamos o SUS e o controle social do SUS, com a participação ampla e plural de diferentes olhares para levar os nossos conhecimentos e saberes para a construção das políticas públicas”.

Para Melecchi, esse olhar para as pessoas não se refere ao conhecimento, mas ao olhar para o território, enxergando suas necessidades e valorizando os diferentes saberes. “É essa soma coletiva que vai construir um dia melhor para todas as pessoas”, finalizou.

Também participante da mesa sobre participação social, Fernanda Magano, conselheira nacional de saúde, reforça o norte humanizado que ciência, tecnologia e inovação devem seguir, por meio da participação social, apontado por Melecchi. “A tecnologia deve olhar o ser humano, os afetos e as relações. Essa perspectiva da construção da tecnologia do cuidado é fundamental para garantir a saúde. Precisamos avançar e valorizar o SUS nesse modelo e exemplo de participação social”, ponderou.

Integração e Inovação contra iniquidades

A conferência livre integra duas pautas ministeriais, no caso da Saúde e CT&I, expressando uma mobilização para construção de agendas que permitam avançar de forma inclusiva e democrática. “Seguimos neste espaço enfrentando desigualdades, seja para garantir acesso à medicamentos, seja para garantir a implementação das tecnologias promotoras da saúde. Cada vez mais estaremos unidos pela ciência e em sua defesa, para que ela não seja questionada em nenhum momento”, aponta Fabiana Damásio, diretora da Fiocruz Brasília.

Essas desigualdades e iniquidades apontadas por Fabiana são observadas em outras falas proferidas no encontro, como a da pesquisadora da Universidade Estadual de Londrina Marcele Carvalho, que confronta os presentes: “Como vamos enfrentar (as desigualdades), como comunidade científica e enquanto participação social, sem falar da participação das mulheres nesses espaços, se ainda precisamos ouvir que  a maternidade é um fator contra produtividade científica, por exemplo”. Mencionando o projeto Parent in Science, ela também crava “somos sim produtivas, contribuímos sim para a ciência e tecnologia mas não na velocidade que a ciência machista e racista nos obriga, e isso precisa ser colocado em debate”.

Após um rico dia de escuta, com participações de pessoas trabalhadoras, gestoras e pesquisadoras do SUS, a Conferência Livre Ciência, Tecnologia Inovação, Participação Social e Saúde levará para a 5ª CNCTI a força transformadora democracia participativa,  tão fundamental para o SUS.

Confira a Galeria de Fotos da Conferência Livre Ciência, Tecnologia e Inovação, Participação Social e Saúde.

Aqui você confere a transmissão da Conferência, na íntegra.

Fonte: Ascom/CNS

8 de Março – Nossa voz vale nossos direitos. Nossos direitos valem nossas vidas

“Nossa voz vale nossos direitos. Nossos direitos valem nossas vidas” (Jussara Cony) 

Dia 08/03 é uma data de grande atuação dos movimentos feministas e, de certo, também da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar). A data foi instituída oficialmente em 1975 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para marcar a luta das mulheres por melhores condições sociais, políticas, trabalhistas rumo a uma sociedade justa e equânime. 

A Fenafar defende que o Estado Democrático de Direito é consequência da luta das mulheres e do povo no enfrentamento à Ditadura, no processo da Assembleia Nacional Constituinte de 1988. Pela Democracia e Soberania Nacional, com a consequente construção de um Projeto de Nação que construa as condições para a qualidade de vida do povo, o desenvolvimento soberano e as liberdades democráticas.  

As novas formas de trabalho advindas das recentes inovações tecnológicas e da reforma trabalhista de 2017 impõem uma quantidade imensa de retrocessos, causando sofrimento e adoecimento mental e, de certo modo, oportunizam práticas das mais diversas violências: dos salários diferenciados, entre homens e mulheres, além de situações de assédio moral e sexual. 

A Justiça do Trabalho recebe, em média, 6,4 mil ações relacionadas a assédio moral, por mês, de acordo com dados publicados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O cálculo considera o volume de processos ajuizados no ano de 2022, quando foram ajuizadas 77,5 mil ações trabalhistas com pedido de reparação de danos, em todo o país.

Uma pesquisa conduzida pela Organização Mundial do Trabalho, com dados de 2022, revelou o perfil básico dos farmacêuticos (as) empregados no Brasil. A análise destacou que 68,2% são mulheres, enquanto 31,8% são homens. A idade média é de 36,2 anos, com 22,2% na faixa etária de 18 a 29 anos, 67,5% entre 30 e 49 anos e 10,3% com mais de 50 anos.

Em relação à cor ou raça, 65,1% são brancos (as) e 26,3% pardos (as). Quanto ao estado civil, 44,5% são solteiros (as) e 55,5% casados (as). Na estrutura familiar, 44,5% são responsáveis pelo domicílio, 32,7% são cônjuges e 18,3% são filhos (as).

Quanto à distribuição percentual das horas trabalhadas, a maioria, 67,5%, trabalha entre 40 e 44 horas semanais, seguidos por 14% que trabalham entre 15 e 39 horas por semana. Além disso, 9,4% trabalham de 45 a 49 horas e 8,6% dedicam mais de 49 horas por semana ao trabalho farmacêutico.

A Convenção Nº 190 da OIT (ou simplesmente C190) é o primeiro tratado internacional a reconhecer o direito de todas as pessoas a um mundo de trabalho livre de violência e assédio, incluindo violência e assédio com base em gênero. Até 27/02/2024, 38 países já ratificaram a convenção nº 190 da OIT. Precisamos nos mobilizar junto ao Congresso Nacional e a sociedade para que de fato se tenha a continuidade aos processos necessários para que essa convenção seja ratificada pelo Brasil.

Mas não paramos por aí! Nossa atuação é o contraponto a feminização da pobreza, a precarização do trabalho e da vida, a retirada de direitos conquistados ao longo de séculos, por reformas de estado como a da Previdência, pelo desmonte de políticas de estado como Saúde e Educação, pela divisão social e sexual do trabalho entre homens e mulheres. 

É um momento de mobilizar as mulheres e toda a sociedade na defesa da democracia, sendo importante darmos visibilidade na luta por mais direitos para as mulheres, mas também um momento de solidariedade internacional ao povo palestino, a defesa a autodeterminação dos povos, na compreensão ser indissociável a luta das mulheres pela paz no mundo e pela libertação de todas! 

E este ano de 2024 nos oportuniza pautar, com mais unidade e amplitude, as reivindicações das farmacêuticas e dos farmacêuticos, e buscarmos, coletivamente, as transformações da realidade que possam atender às nossas necessidades e do conjunto de trabalhadoras e de trabalhadores, que passa pela organização das categorias, junto aos seus sindicatos nos Estados. 

Compartilhamos um fato concreto que foi a publicação do Decreto nº 11.795/2023, que regulamenta a Lei nº 14.611, que estabelece a obrigatoriedade de igualdade salarial entre mulheres e homens, um passo importante no enfrentamento das profundas desigualdades sociais e econômicas de gênero. Afinal, as mulheres brasileiras ganham 20% a menos que os homens exercendo as mesmas funções, ou seja, é como se a cada ano as mulheres trabalhassem 74 dias sem remuneração salarial. Essa desigualdade é mais acentuada entre as mulheres negras. 

Mas também precisamos nos engajar em diferentes agendas deste ano: realização de conferências da gestão do trabalho e educação em saúde, como da saúde das trabalhadoras e dos trabalhadores, bem como, por ser um ano de eleições municipais.  

Ao trazermos o processo eleitoral de 2024 na compreensão de que ao defendermos a democracia também significa impulsionar a campanha pela participação política das mulheres. Nosso compromisso é enfrentar a sub-representação feminina nos espaços de poder. Em que pese as mulheres serem maioria do eleitorado e na população, somente representam 16% nas câmaras de vereadores, e em quase metade dos munícipios nenhuma mulher foi eleita ou somente elegeu uma vereadora.   

Por isso, precisamos exercer nosso direito de cidadania com muita responsabilidade e eleger mais mulheres parceiras por políticas públicas que respondam às necessidades sociais e contraponham a todas as formas de violência, mas que destacamos os assédios morais e sexuais sofridos por nós mulheres. Em especial pelo fato que as mudanças precisam se materializar nas cidades, onde a vida acontece todos os dias.  

Conclamamos as farmacêuticas e os farmacêuticos; todas as cidadãs e os cidadãos brasileiros que possamos unir força social e política na eleição de um projeto que se traduza em ações concretas pela emancipação e igualdade de direitos, pelo desenvolvimento e respeito a ciência, pela democracia, reconhecendo a função social, cultural, econômica e política das mulheres brasileiras, em suas diversidades humanas.   

Neste 08 de março de 2024 vamos, coletivamente dizer “alto e bom som”: Cuidemos da ciência, das vidas e dos afetos como as farmacêuticas e os farmacêuticos!  

VIVA A LUTA E A UNIDADE MULHERES TRABALHADORAS E DO POVO BRASILEIRO! 

VIVA A CONSTRUÇÃO DO MOVIMENTO UNIFICADO DAS MULHERES, DECISIVO PARA A CONSTRUÇÃO DA FRENTE AMPLA DE RESISTÊNCIA!  

VIVA AS FARMACÊUTICAS E OS FARMACÊUTICOS QUE TEM O SEU FAZER A FAVOR DAS VIDAS! 

RESPEITO É BOM E GOSTAMOS!  

Algumas dicas de leituras: 

Convenção da OIT sobre violência e assédio: cinco perguntas-chave 
Convenção OIT Nº 190   
Decreto nº 11.795/2023
Lei nº 14611/2023 
Recomendação Nº 206 
Violência e assédio no mundo do trabalho: Um guia sobre a Convenção Nº 190 e a Recomendação Nº 206 

Conheça as redes sociais da Fenafar e dos seus sindicatos 

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Nota da Fenafar: Igualdade de Gênero não é Violência

Diante da matéria publicada pelo Jornal Folha de São Paulo, intitulada “Drogaria Pacheco vai à Justiça contra ‘violência da igualdade de gênero'”, a Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) expressa sua indignação e repúdio às alegações infundadas da empresa em questão.

A Fenafar reafirma sua firme defesa da igualdade de gênero e sua condenação veemente de qualquer tentativa de distorcer a importância desse princípio fundamental. A afirmação da Drogaria Pacheco de que há “violência” na busca pela igualdade salarial é uma afronta não apenas aos valores fundamentais da justiça e dos direitos humanos, mas também uma desconsideração flagrante dos desafios enfrentados pelas mulheres no mercado de trabalho.

É particularmente repugnante que essa declaração tenha sido feita às vésperas do Dia Internacional da Mulher, uma data dedicada à celebração das conquistas das mulheres e à reflexão sobre as lutas ainda enfrentadas em busca de igualdade e justiça. Ao invés de reconhecer e enfrentar esses desafios, a Drogaria Pacheco optou por desvirtuar o significado da igualdade de gênero, lançando alegações infundadas e desrespeitosas.

Além disso, a recusa da empresa em fornecer informações sobre a campanha de igualdade salarial dos funcionários levanta dúvidas sobre suas práticas de remuneração e gestão de pessoal. A transparência é essencial para identificar e corrigir disparidades injustas, e a tentativa da Drogaria Pacheco de ocultar essas informações é uma afronta à justiça e à ética empresarial.

A Fenafar exige que a Drogaria Pacheco e outras entidades do setor reconheçam e corrijam as disparidades salariais entre gêneros, e que se comprometam com a promoção de um ambiente de trabalho justo e equitativo para todos os seus funcionários. A igualdade de gênero não é uma ameaça, mas sim um princípio fundamental que deve ser defendido e promovido por todas as empresas e instituições.

Como entidade representativa dos farmacêuticos, a Fenafar continuará lutando incansavelmente pela igualdade de gênero e pelos direitos das mulheres no local de trabalho e na sociedade como um todo.

FENAFAR

Participe da Conferência Livre preparatória para a 5ª Conferência Nacional de CT&I 

O Projeto Integra, está promovendo uma Conferência Livre como parte das atividades preparatórias para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5CNCTI). A Conferência Livre representa um espaço aberto e democrático para a discussão de temas fundamentais que envolvem a interseção entre ciência, tecnologia, inovação, participação social e saúde. 

Este evento, além de possibilitar a participação presencial em Brasília, oferece também a opção de participação virtual, garantindo assim uma ampla acessibilidade e engajamento. 

Conferência Livre: “Ciência, Tecnologia e Inovação, Participação Social e Saúde” 

Data: 12 de março de 2024 Local: Fiocruz Brasília – Auditório Externo – Térreo – Bloco Educacional Transmissão: Ao vivo pelo YouTube do Instituto ENFar. 

As inscrições já estão abertas! Não perca a oportunidade de contribuir com suas ideias, perspectivas e experiências para enriquecer o debate que culminará na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. 

Clique e INSCREVA-SE

A Conferência Livre é uma iniciativa do Projeto Integra composto pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pelo Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar) e com o apoio da OPAS/Brasil, e da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar). A Secretaria Nacional de Participação Social da Presidência da República também apoia institucionalmente a atividade.  

A programação da Conferência Livre é vem diversificada e vai abordar temas como a participação social na formulação de políticas de ciência e tecnologia, e o papel fundamental da ciência e tecnologia na garantia de direitos, com foco especial no Sistema Único de Saúde (SUS). 

Para a abertura das atividades foram convidadas a Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, a Ministra da Saúde, Nísia Trindade e o Ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo. A Deputada Federal e Coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, Alice Portugal e os representantes das instituições e entidades organizadoras completam a mesa de autoridades. 

Conheça mais detalhes sobre a programação, participantes das mesas de debate e todas as informações no final deste texto.  

5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5CNCTI) 

A 5ª CNCTI, agendada para os dias 4, 5 e 6 de junho de 2024, em Brasília, é um evento de importante para o futuro do país. Reunindo representantes de diversas esferas da sociedade, incluindo instituições de ensino e pesquisa, sociedade civil, setor empresarial e governo, a conferência visa aprofundar o diálogo sobre o papel da CT&I no Brasil e traçar diretrizes para os próximos anos. 

Com o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido”, a 5CNCTI buscará analisar os programas, planos e resultados da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) 2016-2023, além de propor recomendações para a elaboração da ENCTI 2024-2030. 

Programação da Conferência Livre:

Mesa de Abertura (convidados a confirmar):

  • Luciana Santos – Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação
  • Nísia Trindade Lima – Ministra da Saúde
  • Márcio Macêdo – Ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República
  • Fernando Pigatto – Presidente do CNS
  • Socorro Gross – Representante da OPAS/OMS no Brasil
  • Alice Portugal – Deputada Federal e Coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica
  • Mario Moreira – Presidente da Fiocruz
  • Fabiana Damásio – Diretora da Fiocruz Brasília
  • Silvana Nair Leite – Coordenadora Geral do Instituto ENFar
  • Fabio Basílio – Presidente da Fenafar

Mesa de Debate 1: Participação social na Política de Ciência, Tecnologia & Inovação

  • Mediador: Ronald Ferreira dos Santos – Secretaria Nacional de Participação Social da Presidência da República
  • Debatedores:
    • Renato Simões – Secretário Nacional de Participação Social da Presidência da República
    • Debora Melecchi – Coordenadora da Comissão Intersetorial de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica do CNS
    • Fernando Pigatto – Representação do CNS

Mesa de Debate 2: Ciência e Tecnologia como produtor de direitos: o SUS como exemplo

  • Mediador: Jorge Bermudez – Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica da Escola Nacional de Saúde Pública – Fiocruz
  • Debatedores:
    • Carlos Gadelha – Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde/MS
    • Inácio Arruda – Secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI
    • Marco Aurélio Krieger – Vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz
    • Genize Kaoany Alves Vasconcelos – SES Amazonas – Programa de Pós Graduação em Assistência Farmacêutica – PPGASFAR/UFSC

Participe desse importante processo e contribua para construir um futuro mais promissor e alinhado com as necessidades e desafios da sociedade Brasileira.

Curso de capacitação de lideranças do projeto Integra retorna no formato autoinstrucional

O Curso EAD, que promove a integração e o fortalecimento das políticas de saúde, retorna em 2024 com o seu conteúdo totalmente revisado, refletindo o compromisso contínuo do Projeto Integra de buscar moldar o futuro da saúde no Brasil.

O Curso EAD Autoinstrucional do Projeto Integra não é apenas uma oportunidade de aprendizado; é uma jornada de empoderamento, capacitação de lideranças. O material foi revisado para permitir que o participante tenha autonomia na hora de realizar seus estudos com a liberdade de aperfeiçoar seus conhecimentos no momento mais adequado.

O Projeto Integra se propõe a ser um guia, de essencial importância na integração das políticas de saúde, promovendo conhecimentos e capacitando líderes na integração das políticas de Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica e Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde.

Junte-se a nós nessa busca pelo conhecimento, pela integração e pelo fortalecimento das políticas de saúde. Seja bem-vindo a uma jornada que vai além do aprendizado convencional.

Projeto Integra: Uma Iniciativa Transformadora

Desde 2021, o Projeto Integra tem sido uma resposta proativa aos desafios enfrentados nas áreas de saúde, ciência, tecnologia e inovação. Uma colaboração entre a Fiocruz, CNS, OPAS, o Instituto ENFar, e com apoio da Fenafar, o projeto visa criar uma rede intersetorial colaborativa, promovendo o desenvolvimento científico, políticas públicas, soberania nacional e controle social da saúde.

Curso EAD Autoinstrucional: Uma Imersão na Integração da Saúde

Este curso é mais do que uma sala de aula virtual. É uma experiência de aprendizado totalmente revisada e atualizada, agora no formato autoinstrucional. Isso significa que os participantes têm a autonomia de organizar seu próprio aprendizado, sem deixar de receber um certificado valioso ao concluir as atividades.

O Que Esperar do Curso:

Exploração de Temas Cruciais: O curso abrange temas vitais, desde o direito à saúde e acesso universal até a produção e acesso às vacinas, oferecendo uma compreensão abrangente das políticas de saúde.

Engajamento com Especialistas: Os participantes têm a oportunidade única de se envolver com os conteúdos criados por especialistas, ampliando suas perspectivas e conhecimentos na área.

Formato Autoinstrucional: A flexibilidade é a chave. Os participantes moldam sua jornada de aprendizado, adaptando-a ao seu ritmo e agenda.

Conexão com a Comunidade: Este curso não é apenas sobre aprendizado individual. É uma chance de se conectar com uma comunidade engajada, compartilhando ideias e perspectivas.

Inscrições Abertas a Partir de 01/02:

A partir de 1 de fevereiro, as inscrições estarão abertas para aqueles que buscam aprimorar suas habilidades e contribuir para o fortalecimento das políticas de saúde. Seja parte dessa iniciativa transformadora! Acesse: efarma.org.br

A Construção do Conhecimento Além do Curso:

Desde 2021, o Projeto Integra tem sido uma fonte constante de conhecimento. Além do curso, o projeto contribui para a disseminação do entendimento sobre Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, Vigilância em Saúde e Assistência Farmacêutica por meio de livros publicados, vídeos e um podcast envolvente. Saiba mais sobre o Projeto Integra

2024: Comemorações de conquistas lideradas pela categoria farmacêutica

O ano de 2024 está recheado de datas que se traduzem no direito de todas as pessoas à assistência farmacêutica, invertendo as responsabilidades: um usuário com prescrição de medicamentos deixou de ter a responsabilidade pelo acesso passando a ser também do Estado.

A partir de muitos debates e atendendo as necessidades da sociedade e do Brasil, em 2003 foi realizada a I Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica, que construiu lastro para que no ano de 2004 ocorresse a  aprovação da Política Nacional de Assistência Farmacêutica e a criação do Programa Farmácia Popular do Brasil que reconfiguraram, na primeira década do século XXI, o lugar do medicamento, da farmácia e do trabalho farmacêutico, nas mais distintas relações com a  sociedade brasileira.

Mas nesta trajetória, dentre os serviços de saúde está a farmácia, historicamente o local em que as pessoas procuram na busca de ter acesso a diferentes tecnologias, mas também criam vínculos retroalimentando a necessidade básica do contato e das trocas de amor e afetos.

E daí não tem jeito, a farmácia precisa ser um estabelecimento de saúde vinculado ao maior sistema de saúde, o SUS, cumprindo suas responsabilidades sanitárias, sociais e éticas na proteção da vida das pessoas.

Nestas rápidas linhas, de uma história muito robusta e estruturante para a saúde, tem por grande protagonista a categoria farmacêutica, que tem o seu fazer para atender as necessidades das pessoas e a responsabilidade de ser o sujeito político e protagonista na vida de cada cidadã e cidadão brasileiro, atuando na lógica de um trabalho multi e interdisciplinar.

Durante a crise sanitária aguda que vivemos com a pandemia da Covid-19, as farmacêuticas e os farmacêuticos se destacaram, juntamente às demais categorias da saúde, de suas importâncias na saúde, mas para a sociedade. Desde a pesquisa, produção dos medicamentos, o diagnóstico laboratorial, distribuição e dispensação dos medicamentos.

A categoria farmacêutica coloca seu conhecimento para as ações em saúde, todos os dias. Sempre disposta a executar tarefas de sua responsabilidade. Mas isso não pode ser defendido como a única e concreta valorização do trabalho farmacêutico.

Valorizar o trabalho precisa significar que as farmacêuticas e os farmacêuticos usufruam de reais condições dignas de trabalho, que perpassa por salários, pagamento de diferentes adicionais, dentre outros, e não se resuma a recebimentos básicos para quem é a razão do funcionamento, com qualidade, dos serviços.

Neste ano de 2024, em que as farmacêuticas e os farmacêuticos são as pessoas protagonistas de tantas conquistas, após vencer disputas diversas, para a sociedade e do país, reafirmamos nossa perseverança para que sejam garantidos os nossos direitos no mundo do trabalho.

Por isso, nos próximos dias, vamos divulgar um pouco da história dessas conquistas, que se entrelaçam a atuação dos 50 anos da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e do 49 anos do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado do Rio Grande do Sul (Sindifars).

Convidamos os colegas e a sociedade para que acompanhem as mídias sociais do Sindifars e venham conosco, neste resgate histórico, mas principalmente se junte a nós para somarmos as forças necessárias na superação dos obstáculos e dos desafios para concretizarmos a realidade necessária e de direito a todas as pessoas.

Sindifars, cuidando de quem cuida!

Fonte: Sindifars

Oportunidade para Farmacêuticos no Concurso Nacional Unificado (CNU) 

O governo federal anunciou o edital para o Concurso Nacional Unificado (CNU) nesta quarta-feira (10), abrindo as portas para 6,640 novos servidores em 21 órgãos públicos federais. Dentre as vagas ofertadas, 220 serão destinadas ao Ministério da Saúde, proporcionando uma excelente oportunidade para farmacêuticos em todo o Brasil! 

O CNU é uma inovação no processo de seleção de servidores públicos, promovendo concursos públicos conjuntos para diversos órgãos federais. Com 6.6 mil vagas disponíveis, esse “Enem dos concursos” busca preencher cargos em diferentes setores, visando a equidade na elaboração de políticas públicas de saúde. 

As 220 vagas no Ministério da Saúde abrangem áreas como Vigilância em Saúde e Ambiente, Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde, Atenção Especializada à Saúde e Atenção Primária à Saúde. 

O CNU permite que os candidatos se inscrevam para mais de um cargo, desde que dentro do mesmo bloco temático, ampliando as possibilidades de escolha e respeitando a vocação e perfil profissional de cada candidato. 

Datas Importantes: 

As inscrições estarão abertas de 19 de janeiro a 9 de fevereiro, através da plataforma Gov.br. O valor da taxa de inscrição é de R$60 para nível médio e R$90 para nível superior. Candidatos que integram o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), beneficiários do Fies ou ProUni, assim como aqueles que realizaram transplante de medula óssea, estão isentos da taxa. Mais informações e acesso ao edital completo disponível no link da BIO. 

As provas serão realizadas no dia 5 de maio, em 220 cidades por todo o país. A divulgação dos resultados será no 3 de junho (provas objetivas) e 30 de julho (resultados finais). A Convocação para a posse no dia 5 de agosto. 

Este é um passo fundamental para reforçar as áreas finalísticas do governo e garantir a entrega de serviços públicos de qualidade. Não perca essa oportunidade única de contribuir para a construção de um serviço público com a cara do Brasil! 

Boa sorte a todos os farmacêuticos que buscam essa oportunidade!  

Celebrando meio século de compromisso com a profissão! 

Em 2024, a Fenafar completa 50 anos de dedicação à saúde e ao fortalecimento da profissão farmacêutica. Estamos emocionados por atingir esse marco significativo e queremos compartilhar essa jornada especial com todos vocês! 

Estamos preparamos uma extensa programação repleta de eventos, atividades e celebrações para marcar essa data tão importante. Juntos, ao longo de todo este ano vamos refletir sobre os 50 anos de história, conquistas e avanços, construindo um futuro ainda mais forte.  

É com grande alegria, que apresentamos a marca comemorativa dos 50 anos da nossa entidade! Esta marca pretende simbolizar a trajetória de compromisso, de saúde, de lutas e de transformação que nos trouxe até aqui. 

Agradecemos a todos que fazem parte dessa história e convidamos todas as pessoas a celebrarem conosco! 

O mercado farmacêutico cresce, as vagas aumentam, mas a qualidade do emprego só piora 

Enquanto uma reportagem recente, celebra o crescimento das vagas de trabalho no setor farmacêutico, a realidade dos profissionais da categoria é bem diferente, marcada por condições de trabalho precárias e uma luta constante por direitos básicos.  

Diferente do apresentado na TV, Fenafar e os sindicatos filiados mostram uma realidade muito mais dura. A qualidade dos empregos nas farmácias e drogarias, país afora, está longe do ideal.  

A Fenafar aponta que, embora as vagas estejam aumentando, a precarização, os baixos salários e as más condições de trabalho têm sido uma constante. A insalubridade e as jornadas exaustivas impactam na saúde e no bem-estar dos trabalhadores. 

Relatos nas redes sociais escancaram a dura realidade, nos mostram condições de trabalho desumanas e uma sobrecarga extenuante. Termos como “escravidão”, “exploração” e “trabalho escravo” são usados para descrever a situação dentro das farmácias e drogarias.  

A escala de trabalho de 6×1, onde o trabalhador tem apenas um dia de folga por semana é exaustiva, não permitindo uma vida equilibrada nem fora, nem dentro do ambiente de trabalho. A isso se juntam as angústias em relação às longas jornadas, que se estendem até altas horas da noite, sem direito a um descanso adequado. 

O ambiente comercial das farmácias é descrito como um lugar onde as demandas são altas, o salário é baixo e as exigências extremas. A falta de condições humanas é um fator que leva os profissionais ao esgotamento físico e emocional, com casos de síndrome de burnout cada vez mais comuns. 

Dentro dessas empresas, os farmacêuticos/as se veem desempenhando múltiplas funções – operando caixas, atendendo clientes, gerenciando equipes – enquanto são submetidos a pressões constantes por metas de vendas e desempenho.  

Enquanto a matéria destaca casos isolados de progressão na carreira, há uma legião de profissionais enfrentando desafios diários para garantir um salário digno, respeito e condições justa de trabalho. 

Os sindicatos têm sido voz ativa nesse embate, enfrentando duras negociações com os sindicatos patronais, buscando ampliar os direitos e condições cada vez mais favoráveis aos trabalhadores.  

A precarização das condições de trabalho, a sobrecarga e a falta de respeito aos direitos básicos dos trabalhadores são questões urgentes que estão na pauta da Fenafar e seus sindicatos, buscando garantir um ambiente de trabalho digno e saudável para todos.