“17º Congresso da FSM reforça luta da classe trabalhadora mundial”, diz dirigente da CTB

Representantes de mais de 70 entidades sindicais oriundos da África, Ásia, América Latina e Europa se reunirão entre os dias 5 e 8 de outubro na cidade de Durban, na África do Sul, para o 17º Congresso da Federação Sindical Mundial (FSM). A Fenafar, filiada à FSM, estará presente no Congresso representada pela sua diretora de Relações Internacionais. Outra farmacêutica, também diretora da Fenafar, participará do evento representando a CTB-RS e o Sindicato dos Farmacêuticos do Rio Grande do Sul, Débora Melecchi.

 

Em entrevista ao portal da CTB, o secretário de Relações Internacionais da Central, Divanilton Pereira, falou sobre o atual momento político e os desafios do movimento sindical diante deste cenário adverso. Divanilton está em Atenas (Grécia), na sede da FSM, para ajudar nos preparativos da atividade.

 

O 17º Congresso da Federação Sindical Mundial ocorre em um momento de ofensa das forças conservadoras contra a classe trabalhadora em todo o mundo. Neste contexto, qual papel movimento sindical internacional na defesa dos direitos e como a classe trabalhadora deve agir frente a esta ameaça?

Divanilton Pereira: A civilização contemporânea passa por uma severa ameaça. O capitalismo, mais uma vez, com sua natureza excludente e concentradora de capitais através de uma de suas maiores crises, impõe aos povos e, sobretudo, à classe trabalhadora uma escalada de perdas de direitos e de perspectivas. O desemprego e o genocídio contra os imigrantes são as manifetações mais trágicas da atualidade.

A base do movimento sindical é a mais atingida nessas circusntânias, por isso ele deve estar na linha de frente contra essa barbárie. No entanto, precisa, antes de tudo, de uma ampla unidade política capaz de sensibilizar e mobilizar as camadas mais atingidas pelo livre arbítrio do mercado hoje hegemônico.

“Pelas conquistas das necessidades contemporâneas para os trabalhadores e contra a pobreza e as guerras geradas pela barbárie capitalista” é o lema da atividade que vai de encontro o momento atual de crise do capitalismo mundial e suas consequências. Qual a importância da organização sindical neste cenário?

Divanilton Pereira: Vivemos num quadro político desfavorável para a classe trabalhadora em nível mundial. O capital financeiro hegemoniza a economia, determina a política e dita sua agenda anti-povo e anti-trabalho.

A resultante deste quadro é o aumento da pobreza, uma juventude sem perspectiva e o desemprego chegando este ano aos 200 milhões, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Além disso, acirram-se as disputas geopolíticas, criando um ambiente crescente de incertezas e tensões. O consórcio imperialista, liderado pelos EUA, luta por sua hegemonia e reage patrocinando atrocidades e guerras.

O lema do 17º Congresso da FSM está em sintonia com esse quadro e o seu aprofundamento nos debates, contribuirá para que o sindicalismo classista em nível internacional resista contra essa ofensiva espoliadora.

Qual a importância da atividade acontecer na África do Sul, um dos países que com o Brasil, Rússia, India e China, compõem o (Brics)? Como esse bloco, que tem um banco próprio, pode ser uma alternativa a hegemonia dos países ricos?

Divanilton Pereira: Vivemos uma transição na geopolítica, na qual novos polos produtivos e econômicos disputam exercer um maior protagonismo e sem o tutelamento absoluto da tríade FMI, Banco Mundial e Banco Central Europeu. A constituição do BRICS é a expressão máxima dessa reação.

Logicamente que esse movimento não é um passeio. Por ameaçar o status quo hegemônico atual, seus integrantes sofrem as mais variadas contestações, sanções e conspirações – como a do Brasil – para inviabilizá-la. A realização do congresso da FSM na África do Sul aproxima o sindicalismo classista dessa importante possibilidade histórica.

Além de nossos históricos laços culturais, será uma honra para todos os participantes conhecerem in loco um povo que é um dos símbolos da luta anticolonialista e antisegracionista. A terra de Nelson Mandela.

Qual a expectativa da CTB para este congresso?

Divanilton Pereira: A mais promissora possível. Estamos com uma delegação composta de 44 companheiros e companheiras, 45% de mulheres. É a maior representação da história do sindicalismo classista brasileiro. Esse coletivo expressa na prática a valorização que a CTB dá ao internacionalismo e a solidariedade classista.

A nossa identificação com a FSM é histórica e está sustentada pelo conteúdo de nossos programas. Uma concepção anti-imperialista, antineoliberal e socialista.

Estamos convictos de que as resoluções desse congresso, além de fortalecer o nosso ideário e aperfeiçoar o conhecimento de nossos sindicalistas sobre o movimento sindical internacional, reforçarão as lutas da classe trabalhadora em nível mundial.

Fonte: CTB

Centrais convocam paralisação nacional em defesa dos direitos sociais e trabalhistas

Após reunião realizada na tarde desta sexta-feira (9), as centrais sindicais (CTB, CUT, FORÇA SINDICAL, UGT, NOVA CENTRAL E INTERSINDICAL) anunciaram a realização de paralisação nacional no próximo dia 22 de setembro. A reunião, que ocorreu na sede da CUT Nacional, deliberou a convocação geral da classe trabalhadora em protesto contra as medidas anunciadas pelo governo sem voto de Michel Temer, que sinaliza para a implementação de uma agenda ultraneoliberal.

 

Essa jornada é considerada pelos sindicalistas como uma forma de ir debatendo com as categorias a construção de uma greve geral.

De acordo com informações do presidente da CTB/SP, Onofre Gonçalves, que acompanhou a reunião, “a pauta é a defesa dos direitos sociais e trabalhistas com um forte foco nas reformas maldosas que rasgam a CLT e desmontam a nossa Previdência Social”.

Ele avisou que a classe trabalhadora não irá se calar diante das medidas anunciadas. “80 horas de jornada semanal ou 12 horas de jornada diária é isso que é jogado pelo governo golpista que quer a todo custo retirar direitos. Haverá luta. Queremos solução para o desemprego e como resposta recebemos precarização do mundo do trabalho”, externou.

CTB convoca todos e todas em defesa da nação e dos direitos

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) convoca a classe trabalhadora para a mobilização geral em torno dessa agenda de luta. “O usurpador [Temer] fala em conciliação e pacificação nacional, mas o que verdadeiramente nos propõe é a capitulação sem choro nem vela a uma agenda de retrocesso neoliberal mais perversa do que a que orientou os militares golpistas em 1964. Não terá paz”, avisou o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo.

Ele ainda destacou que o povo já percebe o que o governo sem voto tem a oferecer ao país. “O povo continuará ocupando as ruas e reclamando soberania. Só há um caminho viável para a pacificação nacional: Diretas Já! Somente garantido o Estado Democrático de Direito sairemos da crise criada pelos conspiradores que hoje ocupam o Palácio do Planalto”, reafirmou.

Servidores públicos também vão parar

Em plenária realizada neste sábado (10), militantes da CTB que atuam nas universidades Estaduais e Federais de todo Brasil, aprovaram a construção de greve geral e anunciaram se somar aos atos de paralisação nacional do dia 22/09 e dia 29/09.

Também na plenária, foi aprovado apoio a greve nacional dos Bancários e unificação das lutas de todas as categorias contra as privatizações.

Também serão pautas da paralização nacional:

A luta contra o desemprego que já atinge a 12% e as privatizações; o saque aos recursos públicos; o desmonte da Educação, Saúde, moradia, Agricultura familiar; e a defesa da soberania nacional.

Serviço:

Paralisação nacional

Dia 22 de setembro em todo o Brasil

Mais informações: 11-984429245

Fonte: CTB

“Fora, Temer”: Mais de 100 mil nas ruas contra o golpe

A resistência contra o golpe avança e centenas de milhares de manifestantes tomam as ruas neste domingo (4) pelo Fora Temer em atos em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Curitiba.

 

Convocados pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, os atos repudiam o golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff e exigem a realização de eleições gerais.

Em São Paulo, o protesto reuniu cerca de 100 mil pessoas na Avenida Paulista, que foi tomada por manifestantes que empunhavam cartazes e faixas denunciando o golpe contra a democracia.

Os manifestantes saíram em marcha da Paulista até o largo da Batata, na zona oeste. O protesto foi pacífico, até que, ao final, policiais militares soltaram bombas contra os manifestantes.

A declaração de Temer, que, ao comentar os protestos, disse que se tratava de um movimentozinho, foi repelido pelos manifestantes. Tanto essa afirmação como a do seu ministro tucano José Serra, que chamou os atos de “mini mini mini”, foram alvos de respostas em cartazes irreverentes.

 

O evento contou ainda com a participação de diversas personalidades políticas e artísticas como o cartunista Laerte Coutinho, Eduardo Suplicy e a atriz Letícia Sabatella.

Em entrevista ao Mídia Ninja, a cartunista Laerte afirmou: “Acho que muita gente ainda está na posição de retomar o curso do mandato da presidenta Dilma, que foi também uma das pessoas que propôs uma consulta popular na direção de uma eleição geral”.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) participou do ato em São Paulo. “Estamos aqui porque São Paulo está virando o centro da resistência contra o governo Temer. A direita dizia que aqui era deles, e o que estamos vendo são passeatas quase que diárias. Agora, pela forma com que [tem agido] a Polícia Militar, do governo Alckmin, mas organizado com Temer, porque a gente sabe que o Alexandre Moraes, ministro da Justiça, era o secretário de Segurança de São Paulo então, todos eles querem na verdade assustar as pessoas”, disse Lindbergh.

“Hoje é mais uma mobilização popular pelo Fora Temer exigindo Diretas Já, eleições para presidente do país, e defendendo nossos direitos”, disse Guilherme

Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo Sem Medo, em entrevista à Agência Brasil. “Queremos reafirmar também nosso direito à manifestação. É escandaloso o que foi feito pela Polícia Militar e pela Secretaria de Segurança, não só aqui [em São Paulo], nas manifestações dessa última semana”.

O governador tucano ameaçou impedir o ato deste domingo, chegando até a, com autorização de Temer, usar as Forças Armadas para impedir o ato. Durante toda a semana, manifestantes foram violentamente agredidos pela ação da Polícia Militar, o que não intimidou os protestos.

Na sexta-feira (2), a secretaria de Segurança do governador Geraldo Alckmin recuou e após reunião com organizadores e o prefeito Fernando Haddad, o protesto foi liberado.

No Rio, a concentração do ato foi em Copacabana e terminou no Canecão, em Botafogo. O prédio abriga atualmente os ativistas do movimento #OcupaMinc, desde que o então governo interino de Temer decidiu extinguir o Ministério da Cultura e fundi-lo à pasta da Educação.

Em Curitiba, o ato iniciou na Praça 19 de Dezembro. Em Salvador, os manifestantes fizeram ato na região do Farol.

Confira as imagens do ato em São Paulo:

CTB se mobiliza em defesa dos trabalhadores públicos e contra a PEC 241 e o PL 257

Representantes de trabalhadores do serviço público das três esferas de poder se reuniram na tarde desta terça-feira (23), em Brasília, para discutir projetos que penalizam e retiram direitos da categoria, atualmente em tramitação no Congresso Nacional. O objetivo é discutir as propostas, entre elas, o PL 257 (que renegocia a dívida dos estados) e a PEC 241 (projeto que define teto para gastos públicos), que promovem o desmonte do serviço público, e definir um calendário e estratégias de mobilização contra a aprovação desses projetos.

 

O encontro foi convocado pela CTB, central que vem protagonizando a luta pela democracia e manutenção dos direitos da classe trabalhadora em todo o país. Na condução dos trabalhos, o Secretário do Serviço Público e dos Trabalhadores Públicos da central, João Paulo Ribeiro (JP).

Presentes nove centrais, entre elas, CSB, Pública, CUT, Nova Central, UGT, Força Sindical, CGTB, CSP-Conlutas, 27 entidades, como o DIEESE, ANFIP, Sindilegis e confederações, entre elas, a CSPB.

Na noite desta terça-feira, a Câmara deve votar os quatro destaques do PL 257, entre eles, o que exclui do limite do IPCA as despesas com saúde, educação e segurança pública. O texto-base foi aprovado no último dia 10 pela Casa.

Amanhã (24) haverá reunião das centrais para anunciar os encaminhamentos do encontro. O grupo se definiu pela construção da Jornada Nacional de Lutas em Defesa e Valorização do Serviço e Servidores Públicos, de 12 a 15 de setembro, na capital federal, com caravanas e acampamentos além de atos nos estados.

Para JP, “é preciso unidade da categoria, no Congresso e nos estados, para derrotar a PEC 241, o PL 257 e todos os projetos nefastos que prejudicam os trabalhadores e o serviço público A CTB está totalmente mobilizada junto à classe, com este objetivo”.

Fonte: Portal CTB

Frentes populares e centrais definem agenda de luta em defesa dos direitos e da democracia

Ainda em agosto o Brasil vai assistir ao fim do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff e conhecer o desfecho desta que é uma das maiores fraudes jurídico-parlamentares que a história política brasileira já testemunhou.

Empenhadas em resistir ao golpe, a Frente Brasil Popular (FBP) e a Frente Povo Sem Medo, movimentos que reúnem dezenas de entidades sociais, sindicais e partidárias, se organizam para protestar nestes dias que marcarão a votação final do processo, com uma intensa agenda de lutas em Brasília e outras capitais, pautada pela defesa dos direitos e da democracia no país.

Estão acertadas atividades e manifestações entre os dias 22 e 29 de agosto, a começar em São Paulo, entre os dias 22 e 24, com um ato político que terá a presença de Dilma Rousseff, intelectuais e lideranças dos movimentos sociais (data a definir).

Em Brasília, no dia 28, se instalará um acampamento pela democracia organizado pelos movimentos da Via Campesina, com adesão de delegações das entidades sindicais, sociais e partidárias da FBP de todo o país. O dia 29, quando ocorre a votação do impeachment, marcará o Dia Nacional de Luta contra o Golpe.

O Coletivo Nacional da FBP avalia que, na atual conjuntura, seja qual for o cenário que prevalecer, a ofensiva conservadora não cessará. “Portanto, é fundamental que os movimentos populares estejam nas ruas, convocando o povo brasileiro à resistência”.

Fonte: CTB

Centrais fazem atos unificados em todo o Brasil contra a perda de direitos

Oito centrais sindicais realizaram ao longo desta terça-feira (16) uma série de mobilizações em capitais de todo o Brasil, marcando o Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos, em um amplo protesto contra projetos em curso que pretendem ampliar de forma ilimitada a terceirização, implementar uma Reforma da Previdência draconiana e retringir direitos previstos na CLT.

O ato unificado priorizou localidades em frente às sedes das principais entidades patronais do país. Em São Paulo, a concentração de duas mil pessoas se deu diante da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista. Em Salvador, em frente à sede da Federação das Indústrias da Bahia. Movimentos similares aconteceram em pelo menos mais 12 estados, incluindo Rio de Janeiro, Pernambuco, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e centenas de locais de trabalho, que foram paralisados pela manhã em apoio ao ato.

“O que esse governo ilegítimo quer é retomar a obra neoliberal inconclusa de FHC, que nós conseguimos interromper com a eleição de Lula. Esse Congresso, que é o mais conservador na história do Brasil, quer impor o mais grave, profundo e inédito retrocesso político e social”, denunciou o presidente da CTB, Adilson Araújo, de cima do carro de som. “Devemos resistir com todas as forças, temos que manter o empenho de esclarecimento e conscientização das bases sobre esta brutal ofensiva, em contraponto à descarada manipulação dos fatos pela mídia burguesa e golpista”, continuou.

O presidente da CTB-SP, Onofre Gonçalves, aproveitou para provocar quem estava na FIESP: “Vocês não falaram que não iam pagar o pato? Não estão pagando mesmo! Quem está pagando tudo somos nós, os trabalhadores, com o nosso futuro!”.

Além da CTB, CUT, CSP, CGTB, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT estiveram presentes em São Paulo. O secretário-geral da Intersindical, Edson Carneiro Índio, deu o tom da manifestação ao falar sobre a necessidade de unidade: “Ainda que a gente considere esse governo ilegítimo, nós queremos construir a unidade com todos aqueles que queiram lutar pelos direitos dos trabalhadores e por um projeto democrático de país, que defenda uma ampla reforma política e devolva o país ao caminho do desenvolvimento, com garantia de trabalho e direitos”. Índio pediu uma vaia coletiva contra o atual ministro da Saúde, Ricardo Barros, pelo seu comentário machista recente, em que disse que “homens ficam menos doentes porque trabalham mais”.

“Os empresários financiaram o golpe de Estado e agora estão cobrando a conta. Acham que nós é que vamos pagar. Estão enganados. Esse pato não é nosso”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas. Já o presidente da Nova Central-SP, Luiz Gonçalves, falou sobre a necessidade de unidade entre as centrais. Para ele, é apenas uma questão de tempo antes que o governo interino de Michel Temer passe a perseguir sindicalistas. “Não podemos nos esquecer jamais que foi essa mesma FIESP, essa mesma burguesia, que apoiou o golpe militar em 64. E fomos nós, do movimento sindical, que fomos perseguidos, calados e torturados pelo que veio depois. Os trabalhadores precisam de união, se quiserem ter força para enfrentar o que vem”, disse.

Pautas

Os protestos tiveram duas causas comuns a todo o Brasil. Contra as recentes ações do governo e do Congresso, os sindicalistas denunciaram a Reforma da Previdência imposta por Temer, que cogita a adoção de uma idade mínima de 70 anos e afeta em especial as mulheres e os trabalhadores rurais.

Falaram também contra a redução de direitos trabalhistas que acarretaria o escancaramento das terceirizações (PL4330/04), e contra a própria ideia de alterar o conteúdo da CLT em um governos sem representatitividade. Outro tópico citado com frequência foi a tentativa de reviver a prevalência do negociado sobre o legislado, que colocaria os assalariados em uma posição de extrema desvantagem contra os empregadores.

Para além das ameaças imediatas em tramitação, os manifestantes falaram em defesa da valorização do salário mínimo, da ampla oferta de emprego formal e da preservação da soberania nacional, em especial na questão da Petrobras e do pré-sal – setores cuja sinalização recente do governo tem sido no sentido de abandono e entreguismo. O presidente Adilson Araújo explicou recentemente, em artigo, que isso faz parte do projeto de espoliação imposto por Michel Temer, e deve ser repudiado pela CTB.

Fonte: CTB

Em defesa dos trabalhadores e do serviço público, CTB intensifica atos contra PL 257 e PEC 241

Em defesa dos trabalhadores e do serviço público, a CTB iniciou a semana intensificando as mobilizações contra o PL 257 e a PEC 241 – propostas apresentadas pelo governo interino de Michel Temer que promovem perdas de direitos aos trabalhadores e o desmonte do serviço público.

 

Os dois projetos estão na pauta desta semana, na Câmara dos Deputados. O PL 247, que trata da renegociação das dívidas dos estados e Distrito Federal com a União, será analisado nesta segunda (8) e terça-feira (9) pelos deputados. A proposta que alonga o pagamento das dívidas estaduais e restringe despesas com servidores congelando salários, retirando benefícios e suspendendo concursos públicos será votada a qualquer momento na Casa. A sessão foi marcada para as 16 horas.

Hoje pela manhã, a CTB realizou protestos no aeroporto de Brasília e em terminais de diversos estados denunciando as propostas e pedindo o apoio dos parlamentares contra a aprovação do PL 257 e da PEC 241. O Secretário do Serviço Público e dos Trabalhadores Públicos da CTB, João Paulo Ribeiro (JP), disse que a central seguirá em campanha no Congresso enquanto os projetos tramitarem.

“Nossa central convocou trabalhadores públicos de todas as esferas para mobilizarem-se intensamente, procurando os deputados federais e negociando com eles a não votação do projeto. A pressão que fizemos nos últimos dias surtiu efeito – vários deputados foram sensíveis e medidas nocivas ao servidores foram retiradas do PL 257, projeto que segrega a categoria, mas não é suficiente”, afirmou JP.

Nesta terça, a Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Casa vota a PEC 241 – Projeto de Emenda Constitucional que institui um novo regime fiscal e propõe que os gastos federais sejam congelados por 20 anos, tendo como base os valores gastos em 2016. Se aprovada, a proposta de Temerelimina a vinculação de receitas destinadas à Educação e ao orçamento da Seguridade Social. Na prática, significaria o fim dos direitos sociais previstos na Constituição.

“Amanhã ainda haverá votação do projeto 241, que passou sem debate. Estão querendo colocar em regime de urgência uma proposta igual a 257 ou pior. O 257 propõe dois anos sem concurso público e sem reajuste. No 241, serão 20 anos de austeridade fiscal, visando apenas o lucro para economizar. As consequências serão desastrosas – aumento da terceirização, privatização de tudo e todo o serviço público será jogado nas mãos dos grandes empresários e banqueiros. A CTB seguirá na luta intransigente contra esses projetos nefastos, em defesa do trabalhador e do serviço público”, alertou JP.

Fonte: CTB

Frente Brasil Popular promove jornada Fora Temer durante as Olimpíadas

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) convoca sua militância para a jornada Fora Temer que contará com atos e atividades durante o período dos jogos Olímpicos em todo o país. A jornada é promovida pela Frente Brasil Popular, organização que reúne mais de 60 entidades do movimento social, sindical, lideranças políticas e a sociedade civil organizada.

 

No centro do cenário político e esportivo, o Rio de Janeiro receberá um acampamento pela democracia e pelo Fora Temer, além de uma grande manifestação para denunciar o golpe em curso ao mundo, a ser realizada no dia 5 de agosto, dia da abertura dos Jogos Olímpicos.

 

Além dessas atividades, há previsão de atos até o final de agosto, data da votação final do impedimento da presidenta Dilma Rousseff. Confira abaixo a agenda dos manifetações:

 

Dia 1/08 – Vigília Inter-Religiosa no Rio de Janeiro, tendo como eixo a exclusão social nas Olimpíadas.

Início de Agosto – Greve dos Petroleiros contra o desmonte da Petrobrás.

Dia 5/08 – Marcha nacional contra o Golpe na abertura das Olimpíadas, no centro do Rio de Janeiro.

Dia 8/08 – Circo da Democracia em Curitiba-PR com a presença da Presidenta Dilma Rousseff

Dia 9/08 – Atos Fora Temer em todas as capitais e demais cidades

Dias 11 a 15/08 – Jornada de lutas UNE – Fora Temer, Fora Mendonça, Contra Lei da Mordaça.

De 24 a 29 de agosto – Votação no Senado e Mobilização Nacional em Brasília

 

Fonte: Frente Brasil Popular

FNDC discutirá candidaturas ao Conselho Curador da EBC

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) convida as organizações da sociedade civil para participar de reunião aberta que discutirá a participação na consulta pública que vai preencher as cinco vagas de representantes da sociedade civil no Conselho Curador da EBC. O encontro será realizado na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo, na quinta 4 de agosto, às 19hs. A Fenafar é uma das entidades entre as mais de 400 que compõe o quadro de organizações filiadas ao FNDC.

 

O objetivo é mobilizar uma ampla participação social nesse processo, debater os desafios da comunicação pública na atualidade e, ao mesmo tempo, construir apoio a candidaturas representativas da sociedade civil nesse espaço, que é fundamental para a garantia de autonomia e independência da EBC e por mais diversidade e pluralidade na mídia.

Toda entidade do movimento social brasileiro pode participar do processo de escolha dos novos conselheiros. Basta ter no mínimo dois anos de existência para se cadastrar.  Saiba mais aqui. Os sindicatos também podem se inscrever. O processo de indicação contempla entidades nacionais e locais.

Para o presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, fortalecer a comunicação pública é uma luta fundamental dos setores que defendem a democracia e, em particular, na luta em defesa do direito à Saúde e do fortalecimento do SUS. “A mídia privada, que é hegemônica em nosso país, se pauta pelos interesses do mercado. E o setor privado de saúde é um dos maiores anunciantes. É comum assistir notícias criticando o SUS, mas quando é que vemos algo crítico na mídia sobre a saúde privada? Por isso, defender uma comunicação pública, que esteja pautada pelo interesse público é importante. Temos que fortalecer essa luta e mais, temos que incidir mais para fazer com que os temas de saúde pública e de políticas de saúde sejam tratados de forma adequada”.

No momento de inscrição, as entidades podem indicar até três nomes para compor o Conselho de acordo com os critérios definidos no edital: pessoas com reconhecida atuação nos seguintes segmentos da sociedade brasileira: área da infância e adolescência; área de cultura e universo artístico; campo LGBTT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais); setor empresarial; e área ambiental ou do campo. O prazo final para inscrição e envio das candidaturas ao Conselho Curador é 20 de agosto. O processo deverá preencher as vagas que ficam em aberto com o fim dos mandatos de Cláudio Lembo, Heloisa Starling, Ima Vieira, Paulo Derengoski e Wagner Tiso. O texto é fruto de contribuições da sociedade colhidas em uma consulta e uma audiência pública sobre o tema.

Renata Mielli, coordenadora-geral do FNDC, afirma que fazer uma articulação das várias entidades do movimento social para ter uma participação coesa é estratégica para a luta em defesa da comunicação pública, principalmente num momento de ataque à EBC. Ela lembra que a empresa foi o primeiro alvo da artilharia do governo interino, que só recuou após a reação dos movimentos sociais em defesa da empresa e da comunicação pública. Esse recuo, no entanto, é somente uma trégua que certamente cessará com a confirmação do golpe após a votação do processo de impeachment da presidenta Dilma no Senado, ressalta Mielli. “Portanto, precisamos ocupar os espaços disponíveis de forma articulada e fruto de um processo de discussão e unidade”.

Entre as cinco vagas será garantida a presença de pelo menos quatro mulheres, três negros(as) ou indígenas e um(a) jovem entre 15 e 29 anos. O Conselho também levará em conta o equilíbrio nas representações de cada região do país dentro do colegiado, buscando contemplar o preenchimento de uma nova vaga por região.

Serviço

Reunião aberta sobre participação na consulta pública para representantes da sociedade civil no Conselho Curador da EBC

Data: 4/8/2016 | Hora: 19h

Local: Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé

Endereço: Rua Rego Freitas, 454 – 8º andar. Sl. 83, CEP 01220-010 – República, São Paulo-SP

Publicado em 29/07/2016

31 de julho: CTB convoca todos às ruas em defesa da democracia

A Frente Povo Sem Medo, organização que reúne diversos movimentos sociais do país entre eles a CTB, sairá às ruas de todo o Brasil, no próximo dia 31 de julho em defesa da democracia.

 

Os principais eixos para a manifestação são o repúdio ao governo golpista de Michel Temer, a convocação de um plebiscito (clique aqui e participe da enquete da Central) para saber se a população é a favor de novas eleições presidenciais e a defesa dos direitos sociais e trabalhistas.

“Por não ter sido eleito por ninguém e aparentemente não buscar reeleição, [Temer] coloca-se numa situação em que não precisa prestar contas à sociedade”, denuncia a convocatória da FPSM (leia a íntegra aqui).

De acordo com o secretário de Políticas Sociais da CTB, Rogério Nunes, “este é o momento de a população manifestar seu repúdio contra este governo ilegítimo e golpista que quer acabar com os direitos conquistados pela classe trabalhadora”, expressou o sindicalista.

Várias cidades já confirmaram suas mobilizações entre elas: São Paulo, Goiânia, Recife, Fortaleza, Brasília, João Pessoa, Curitiba e Uberlândia.

Em São Paulo, a mobilização será a partir das 14 horas no Largo Da Batata (Av. Brigadeiro Faria Lima, Pinheiros – próximo da estação Faria Lima do metrô). Confirme sua participação no evento do facebook

Fonte: CTB