CNTU: Soberania para ter democracia, defende chanceler

A conferência “Constituição, democracia e justiça rumo ao Brasil 2022”, ainda na parte da manhã do 4º Encontro Nacional da CNTU, na sexta-feira (1º/12), contou com as brilhantes exposições do diplomata Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores e de Defesa do Brasil, e do advogado Pedro Serrano, professor de Direito Constitucional da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

 

 

A mesa contou com as coordenações do economista e diretor de Relações Sindicais da confederação Odilon Guedes e do presidente da Federação Interestadual dos Odontologistas (FIO), José Carrijo Brom.

O chanceler provocou o público ao afirmar que para se chegar ao horizonte de 2022 – ano do Bicentenário da Independência – é preciso “passar pelo horizonte de 2018, já que existem grandes incógnitas sobre o momento político do País, como as próximas eleições gerais”.

Amorim discorreu sobre a democracia na era da globalização econômica, onde a população mundial está sob o domínio do capitalismo financeiro. Para ele, o conceito de democracia é inseparável da questão de soberania de uma nação. “Não há cidadão livre quando a cidade não existe”, exortou, sendo taxativo: “Pensar que existe democracia num país dependente é mentira.” Por isso, ele entende como contraditório se dizer democrático, mas aceitar, como exemplificou, entregar o pré-sal, a política energética do País, assim como liquidar todo o conteúdo nacional da área de engenharia.

Para ele, o Brasil vive uma ‘pseudo-democracia’. “Vivenciamos uma absoluta ditadura de classe, e não estamos falando do capitalismo brasileiro, mas do capital externo.” A situação instável nacional causada pela ruptura de poder – impeachment da presidente Dilma Rousseff em abril de 2016, e a adoção de um programa político e econômico que não foi submetido ao voto – tem muitas formas de mediação, uma delas é o papel da mídia brasileira em todo esse processo de desconstrução de políticas econômicas, sociais e externas que tinham como foco a valorização da soberania nacional. “O que vale dizer da democracia”, observou.

Para tanto, Amorim defendeu, de forma enfática, que o Brasil tenha “uma política externa altiva e ativa, que não tenha medo de atuar e não se submeta a uma agenda que não foi feita pelo País”. Ele reafirmou: “Precisamos ter uma política externa independente para defender os nossos direitos e interesses. Para se ter democracia é preciso, antes de tudo, ter soberania.”

A civilização e os poderes

Já o professor Serrano deu praticamente uma aula sobre a formação de diversos conceitos sociais, como direitos humanos, Estado, autoritarismo, estado de exceção, percorrendo os vários períodos civilizatórios, desde a Idade, o iluminismo, a modernidade e a contemporaneidade. Para ele, é relevante observar como é que o autoritarismo se dá desde o século XV. “A perspectiva da autoridade excessiva sempre existiu no mundo humano, ou seja, nas relações entre os homens”, constatou. Na Idade Média, disse, o poder político era o uso legítimo da violência para se impor determinações e regras – exercido de forma descentralizada por reis, pela igreja, pelos senhores feudais e pelas corporações comerciais. “A primeira forma do uso do Estado é a soberania absoluta nas mãos dos reis.”

Com a necessidade do desenvolvimento do capitalismo comercial, explicou ele, são exigidas mudanças. “As revoluções burguesas ou liberais promovem uma ampla mudança na estrutura de poder de Estado, e surge, amparada basicamente no protestantismo, a noção de democracia que temos até hoje.” O que vale dizer, continuou, “deixar de ter o governo do homem, dos reis, e passar a ter o governo das leis, da razão”.

Poder selvagem

Já a ideia de liberdade, ensinou Serrano, surgiu de um conceito cristão de que “todos somos filhos do mesmo pai”. Por isso, prosseguiu, “todos somos humanos, o que dá para nós uma condição mínima de igualdade. Se somos minimamente iguais não podemos ser donos de utro ser humano”. Esse tipo de formulação, ao longo do tempo, será traduzido para um ambiente político e jurídico. Daí, observou, tem-se a  ideia de que todo ser humano tem uma proteção mínima jurídica e política por parte dos Estados e do exercício político. “Uma concepção que será difícil de ser praticada pelos governos.”

Para entender as experiências de Estados autoritários, como o nazismo, o fascismo, o bonapartismo – ideologia política e um culto a personalidade de origem francesa e alemã, inspirada pela maneira que Napoleão Bonaparte governou – e estados de exceção, como as ditaduras, é importante esclarecer, avisou Serrano, a “constituição da ideia de direitos humanos, que é parte de uma divisão no interior do iluminismo que vai nos acompanhar até hoje”. Ele citou dois autores, mas poderia apresentar outros como esclareceu, para entender esse processo: Thomas Hobbes e John Locke. “Hobbes entende a função primária do governante como a busca da paz, a partir de uma ideia que ele tem de que o homem, por natureza, é selvagem. O homem é o inimigo do homem, é dele a frase. Portanto, o papel primário do governante seria nos proteger dos outros homens, e nos tirar desse estado de guerra constante, da selvageria, garantindo a paz e a segurança.”

Locke pensa estruturalmente diferente. “O ser humano obtém segurança e paz por meio de um contrato social onde se garantem direitos a todos. Portanto, a sociedade e o Estado vem depois. E a função primária do Estado é garantir os direitos, com esses se obtêm paz.” Serrano continuou: “Essas duas ideias serão marcantes até hoje. Percorreram o nazismo e o fascismo. Por outro lado, temos uma totalidade de pessoas que defende de que só tem sentido haver Estado se houver direitos; senão o Estado se transforma num poder selvagem.”

Como diz Serrano, o que se observa na história da modernidade posterior ao iluminismo “é que a ideia de ordem e autoritarismo encanta as pessoas pela noção de que ela vai trazer mais segurança e paz e ordem, mas no fim ela só vai trazer caos”. No início do século XX, expôs, começam a surgir as novas formas de autoritarismo “que podemos chamar, genericamente, de “estado de exceção” e que surge no direito constitucional alemão”. Ele explicou o que isso significa: “Nesse momento, o inimigo deixa de ser visto como o outro Estado e pode ser visto como um grupo de pessoas, um cidadão etc.. A ideia de exceção é o fundamento de todo autoritarismo.”

Fonte: CNTU

CNTU realiza 4º Encontro Nacional reforça soberania, democracia e cidadania

Integrantes da mesa que abriu a quarta edição do evento, promovido pela Confederação, lembram do momento político e enfatizam importância em fortalecer princípios para a retomada do País.

 

 

O tema “Soberania, democracia e cidadania rumo ao Brasil 2022”, escolhido para o 4º Encontro Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) foi bastante saudado pelos profissionais que integraram a mesa de abertura do evento, que ocorre ao longo desta sexta-feira (1º), na capital paulista.

“No momento em que o País passa por uma grande crise, principalmente em relação à classe trabalhadora, com o desmonte de todos os direitos e conquistas ao longo da história do País [a reforma trabalhista], acertadamente, temos um tema bastante candente. Em meio a essa crise política, institucional, ética, a CNTU tem a exata noção da importância em apontar rumos para que possamos de fato sair dessa crise”, disse por José Carrij Brom, presidente da Federação Interestadual dos Odontologistas (FIO), e representante da presidente em exercício, a farmacêutica Gilda Almeida de Souza; ausente para tratar da saúde.

Também compuseram a mesa: João Carlos Gonçalves Bibbo, presidente exercício do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp), Allen Habert, diretor de Articulação Nacional da CNTU e organizador do evento, além dos vereadores Gilberto Natalini (PV) e Eliseu Gabriel (PSB.)

O presidente em exercício do Seesp, onde ocorre o evento, destacou a articulação formada pelos profissionais reunidos pela CNTU, vindos das categorias pensantes do País. “Tenho a certeza que vamos fazer a diferença. Hoje para mim é um momento de mudança, a mudança que se inicia hoje aqui neste 4º encontro da CNTU. Estamos sempre com as portas do nosso sindicato abertas para todos”, afirmou Bibbo.

Já o vereador Natalini indagou qual o significado de sua presença no evento e respondeu: “Estou aqui porque aqui é o meu lugar. Sou conselheiro da CNTU. Outro motivo é porque esse auditório foi um dos que abriram as portas para o movimento de resistência democrática do País, numa época dura, que ninguém abria. Agora que está se formando uma nova frente conservadora no Brasil, aqui é um baluarte”.

O articulador nacional da CNTU também brindou o tema lembrando o contexto político do País, citando o fato de o Congresso não ter votado a reforma da Previdência por falta de quórum. No entanto, frisou que é essencial que se forme uma força neste final de ano para impedir que a articulação do governo ganhe força. “Precisamos fazer uma marcação cerrada para que isso de fato seja transformado numa grande vitória da democracia porque não podemos esquecer que o Temer disse, ao ser empossado, que sua principal reforma seria a da Previdência”, disse.

Habert também comentou que por conta da insegurança jurídica e da resistência do movimento dos trabalhadores, a reforma trabalhista que entrou em vigor em novembro “não deverá pegar”. “Esse movimento de resistência e as eleições no ano que vem nos darão as condições de, em 2019, a gente ter uma mudança dessa reforma trabalhista que quebra um pacto do capital e trabalho”, comentou.

O tema do encontro , em suas palavras, “é justamente pelo fato de o Brasil ter perdido sua soberania, a nossa democracia e a cidadania não conseguiu barrar essa situação. Mas, acreditamos que temos as condições de fazer uma ampla frente política e social para atravessar esse deserto e retomar a nossa democracia e desenvolvimento”, concluiu.

Eliseu Gabriel preferiu contar uma experiência recente dele na China, que visitou recentemente, onde pode constatar que há “projeto para tudo” e todos são seguidos por terem sido articulados. “Aqui falta um plano negociado e articulado para que seja aplicado”, mencionou. Como exemplo, citou o metrô paulista que começou há cerca de 50 anos, enquanto os chineses começaram em 1993, em Changai, e já possuem 650 quilômetros de trilhos, enquanto em São Paulo são 80 quilômetros, ainda. “Em 1973, os chineses estiveram no Metrô de São Paulo para buscar capacitação. Isso mostra a capacidade técnica que o País tem, mas que falta um plano nacional de desenvolvimento econômico e social, com as varias forças políticas”, completou.

Conselho das mil cabeças

Ao lançar o projeto Brasil 2022, a CNTU trabalha com a ideia de unir os brasileiros entorno de um projeto nacional, democrático e soberano. O diretor de Articulação Nacional da Confederação destacou que “cada vez mais se mostra necessário o projeto, que tem como interesse estabelecer prioridades para a gente nos próximos quatro anos deixar o Brasil bonito, alegre, dar um novo salto no nosso desenvolvimento e enraizar a questão de uma sociedade do conhecimento”.

Ao anunciar o início da mesa, o mestre de cerimônia, o engenheiro Nestor Tupinambá, delegado sindical no Metrô de São Paulo, informou que está disponível o documento base do 4º Encontro Nacional no kit entregue aos presentes, bem como o caderno do Conselho Consultivo da CNTU, no site, com os novos integrantes que serão empossados, no final da tarde, durante a 12ª plenária. A previsão de encerramento do encontro é às 20h.

A CNTU tem como objetivo unir um número grande de profissionais no chamado conselho das mil cabeças que, em 2022, pretende reunir 22 mil profissionais. Atualmente, o número ultrapassa os 1300.

Fonte: CNTU

Coletivo Nacional de Saúde elabora propostas para a defesa do SUS

O Coletivo Nacional de Saúde da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) realizou encontro na sede da CTB-RJ nos dias 17 e 18. “Elaboramos uma agenda de atividades que levem a CTB a marcar presença em todas as manifestações em defesa do SUS (Sistema Único de Saúde)”, diz Elgiane Lago, secretária da Saúde da CTB.

 

 

“Infelizmente a reunião aconteceu”, afirma ela, “antes do adiamento da 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (que ocorreria na terça-feira, 28). Com essa atitude, o governo golpista mostra o pouco caso que tem com a questão pública e mais ainda com a saúde”.

Sobre o adiamento, Ronald Santos, presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), gravou um vídeo onde reforça a necessidade de os profissionais da saúde manterem-se mobilizados. “Realizamos centenas de atividades num grande processo mobilizador. Vamos nos manter mobilizados para garantir a realização da conferência ainda no primeiro trimestre de 2018”, diz.

O presidente do CNS e José Teles dos Santos, integrante do coletivo da CTB e do Conselho Estadual de Saúde do Ceará, falaram no encontro sobre a saúde da trabalhadora e do trabalhador e a necessidade de intensificar campanha em favor do SUS.

“Isso porque o Ministério da Saúde projeta criar planos de saúde com preços ‘acessíveis’ e óbvio serviços compatíveis a esses valores”, contra Lago. “A nossa luta é pela melhoria da saúde pública e a CTB fará tudo que estiver ao seu alcance para impedir o desmonte do SUS”.

Agenda futura

Para o Coletivo Nacional de Saúde é muito importante “fortalecer a comunicação com as pessoas mais interessadas, principalmente pelas redes sociais”, acentua Lago. Ela conta ainda que o coletivo pretende otimizar os grupos e fóruns de debates sobre a saúde da Trabalhadora e do Trabalhador, segurança no trabalho e todos os temas referentes à melhoria dos serviços de saúde.

“Vamos priorizar a nossa participação nos conselhos de saúde locais e nos preparar para os desafios da atual conjuntura com o avanço dos setores privados de saúde sobre o serviço público”, conclui.

Afinal, argumenta, “a população brasileira precisa conhecer os verdadeiros objetivos dos projetos do governo federal em relação ao serviço público de uma maneira geral e em particular sobre a proposta de extinguir o SUS.”

Fonte: CTB

Em defesa da Previdência, centrais convocam GREVE NACIONAL dia 5 de dezembro

Contra a proposta de “reforma” da Previdência Social da gestão Temer, e que pode ir à votação na primeira semana de dezembro, as centrais sindicais (CTB, CUT, Nova Central, Força Sindical, CSB, UGT, Intersindical, CSP-Conlutas e CGTB) orientam as bases a se mobilizarem e construirem a GREVE NACIONAL no dia 5 de dezembro.

A agenda de ação foi aprovada na reunião desta sexta-feira (24), ocorrida na sede da Força Sindical e contou com a presença das centrais sindicais, de confederações, federações e diversos sindicatos estratégicos para a construção da greve.

Entre as deliberações, ficou definido:

● Greve Nacional no dia 05/12 com paralisações em todas as capitais;

● Campanha nas redes sociais; desmascarando as mentiras do governo acerca da reforma da previdência;

● Pressão nos deputados federais nos aeroportos e agendas públicas dos deputados;

● Realizar Assembléia e debate com as categorias;

● Panfletagem de 27 a 01/12;

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De acordo com a nota. a orientação é, desde já, “realizarem ampla mobilização nas bases – assembleias, atos, debates e outras atividades – como processo de organização de uma Greve Nacional, no dia 5 de dezembro, contra as propostas de reforma da Previdência Social, que acaba com o direito à aposentadoria dos trabalhadores brasileiros”.

Leia íntegra da Nota das Centrais:

São Paulo, 24 de novembro de 2017

Centrais Sindicais convocam greve nacional dia 5 contra a reforma da Previdência e em defesa dos direitos

Reunidas na sede da Força Sindical na manhã desta sexta-feira, 24, as Centrais Sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical, CGTB e CSP-Conlutas definiram realizar GREVE NACIONAL no dia 5 de dezembro, contra a nova proposta de desmonte da Previdência Social apresentada pelo governo.

As Centrais Sindicais convocam todas as entidades sindicais e movimentos sociais a realizarem ampla mobilização nas bases – assembleias, atos, debates e outras atividades – como processo de organização de uma Greve Nacional, no dia 5 de dezembro, contra as propostas de reforma da Previdência Social, que acaba com o direito à aposentadoria dos trabalhadores brasileiros.

As Centrais Sindicais exigem que o Congresso Nacional não mexa nos direitos trabalhadores!

CTB – Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil

CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

Força Sindical

NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

UGT – União Geral dos Trabalhadores

CUT – Central Única dos Trabalhares

CSP Conlutas – Central Sindical e Popular}

Intersindical – Central da Classe Trabalhadora

CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

Portal CTB

Em protesto contra nova lei trabalhista, movimento sindical prepara ato nacional no dia 10

A nova lei do trabalho (13.467/2017), que modificou mais de cem artigos da CLT e impôs a maior mudança na legislação trabalhista desde a criação da CLT, em 1943, entra em vigor no dia 11 de novembro.

Desta data em diante, todos os contratos de trabalho vigentes e os novos passam a funcionar de acordo com as regras aprovadas e sancionadas pela presidência no dia 13 de julho.

Para marcar sua posição contrária à reforma, o movimento sindical já prepara uma agenda de paralisações e protestos estaduais e um ato nacional no dia 10 de novembro.

A mobilização conta com a participação dos metalúrgicos, comerciários, rurais, professores, portuários e petroleiros, e muitas outras categorias, que se uniram contra a enorme precarização das relações de trabalho imposta pela lei.

“A unidade está sendo crucial para a construção de canais de diálogos mais amplos e que neste momento são fundamentais para a disputa em curso”, afirma Adilson Araújo.

A mobilização convocada pelas principais centrais sindicais – CTB, CUT, UGT, Força Sindical, Nova Central e CSB – questiona os retrocessos do atual governo e cobra investimento e crescimento econômico, condições essenciais para a geração de empregos no país.

Fonte: CTB

Mulheres trabalhadoras das centrais sindicais protestam contra reformas de Michel Temer

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e as demais centrais que integram o Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais (FNMT) realizam nesta terça-feira (26) uma manifestação em frente a Superintendência do INSS, no viaduto Santa Ifigênia, região central da capital paulista.

 

 

Mulheres de diversas categorias, do campo e da cidade, ocuparam as ruas da cidade para dizer não à reforma da previdência. De acordo com a secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, Celina Arêas, esta medida irá retirar direitos. “Nós, mulheres, somos as mais prejudicadas com esta reforma”, declarou ela.

O projeto do governo Michel Temer iguala as regras da aposentadoria para homens e mulheres exigindo um mínimo de 65 anos e 25 de contribuição. “Esta reforma não considera a dupla e até tripla jornada de trabalho que as mulheres têm”, apontou a secretária da mulher da CTB São Paulo, Gicélia Bitencourt.

“Repudiamos este tipo de reforma. Estaremos nas ruas em defesa da democracia e por nenhum direito a menos”, exclamou a Arêas durante sua fala no ato político. Além da reforma da previdência, as trabalhadoras denunciaram também a reforma trabalhista, que entra em vigor no dia 11 de novembro.

As sindicalistas fizeram um varal com as fotos dos deputados e vereadores que votaram a favor da medida e penduraram no viaduto Santa Ifigênia. Arêas aproveitou a oportunidade para conclamar a população para fazer um dia de luta na data.

Durante a atividade, o fórum realizou uma pesquisa entre os que passavam pela região para saber a opinião da população em relação a reforma da previdência o resultado será divulgado pela entidade. Além de São Paulo, o protesto também ocorreu em outras cidades como Salvador e Rio de Janeiro.

Fonte: CTB

CTB publica manifesto em defesa do emprego e pela retomada do crescimento

Em defesa do emprego e pela retomada do crescimento, a CTB junto com as demais centrais sindicais (UGT, Nova Central Força Sindical e CSB) assinam manifesto no qual apontam saídas para o cenário de crise que vive o Brasil. Na nota, as entidades reiteram que “a face mais cruel da crise que o Brasil enfrenta hoje é o desemprego alarmante”.

 

 

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Brasil computa mais de 26 milhões de brasileiros e brasileiras sem emprego ou subocupados. “A nação reclama saídas para crise que condena milhões ao desemprego e a unidade das centrais sindicais em torno desta agenda visa propor, com diálogo e luta, alternativas que apontem para a retomada do emprego e do crescimento econômico”, diz o texto.

“No Brasil não há espaço para modelos econômicos focados na financeirização e na privatização de suas riquezas. A redução dos juros é importante, mas sem a ampliação dos investimentos públicos e privados no setor produtivo nacional ela torna-se mero adjetivo. Precisamos de ações mais consequentes que promovam o desenvolvimento e a geração de empregos e que levem em conta os anseios da nação e suas necessidades mais emergentes. Somente com desenvolvimento real e inclusivo recolocaremos o país nos rumos de uma sociedade mais igual e humana”.

A CTB informou que na #PrimaveraDeLutas que ocorrerá nesta sexta-feira (22), em frente ao Masp, na Avenida Paulista, o manifesto será distribuído amplamente. “Nossa luta segue firme na conscientização do que está em jogo. O projeto retrógrado em curso não serve para nosso país. Nosso povo pede mais e a classe trabalhadora irá lutar, incansavelmente, contra essa que já a maior investida do capital contra o trabalho”, afirma o presidente da CTB, Adilson Araújo.

Leia a íntegra do manifesto:

Primavera de Lutas: centrais realizam ato em defesa do emprego

Pela retomada do crescimento, em defesa do emprego e contra a retirada dos direitos, as centrais sindicais (CTB, UGT, Força Sindical, Nova Central e CSB) realizarão no próximo dia 22 de setembro, às 10h, na frente do Masp, na Avenida Paulista, uma manifestação lúdica para marcar o início da Primavera. Confirme sua presença em nosso evento no Facebook.

Já nomeada como “Primavera de Lutas”, as centrais sindicais ofertarão flores e denunciarão a agenda regressiva do governo, que não tem sinalizado saídas para a crise e nem caminhos para o combate ao desemprego, que já assombra mais de 26 milhões de brasileiros e brasileiras. “Esse ato compõe uma ampla agenda de ação das centrais sindicais e tem como objetivo denunciar a onda de retirada de direitos, o desemprego e o processo de desindustrialização que tanto tem aprofundado a crise no Brasil”, indicam as centrais.

Atos pelo Brasil

“A CTB orienta toda a sua base a realizar atos no mesmo dia nas capitais de todo o Brasil. A complexa conjuntura cobra vigilância e organicidade. O que nos une é a luta em defesa de direitos, de um projeto de retomada do crescimento e o fortalecimento do movimento sindical”, indicou o presidente Nacional da CTB, Adilson Araújo, ao convocar toda a base classista para mais essa jornada.

E completou: “A CTB seguirá vigilante e mobilizada, focada da construção de para enfrentar os desafios da luta política em curso”.

Serviço:

São Paulo

Primavera de Lutas: “Pela retomada do crescimento, em defesa do emprego e contra a retirada dos direitos”

Quando: Dia 22 de Setembro, às 10 horas.

Onde: Avenida Paulista, na frente do Masp.

Fonte: Portal CTB

Fórum Sindical dos Trabalhadores denuncia governo Temer na OIT

Delegação do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), integrado por 22 Confederações laborais, comandada pelo coordenador nacional Artur Bueno de Camargo, que também preside a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação (CNTA), entregou, nesta segunda (28), em Genebra, documento ao diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Rider, denunciando a violação, por parte do governo brasileiro, às convenções da Organização das quais o Brasil é signatário.

O documento do FST denuncia que a aprovação da lei da reforma trabalhista pelo Congresso Nacional e já sancionada pelo Executivo viola as Convenções 98, 154 e 155 da OIT, segundo as quais a promoção das convenções coletivas deve ser efetivada sempre em condições mais favoráveis das fixadas na legislação do trabalho. Ou seja, os acordos e convenções, segundo as normas da OIT ratificadas pelo governo brasileiro, não podem subtrair direitos consagrados em lei, como prevê a reforma trabalhista recém-aprovada.

Além disso, o FST denuncia que a nova lei cuja previsão de vigência é o próximo mês de novembro, “destrói qualquer possibilidade de uma legítima negociação pois traz em seu bojo o enfraquecimento das entidades sindicais de trabalhadores, desestímulo aos contratos coletivos, incentivo à demissão de trabalhadores e substituição por mão-de-obra sem proteção”. O documento sinaliza que a reforma trabalhista do governo Temer desrespeita “o patamar mínimo civilizatório e sem observância da dignidade da pessoa humana”.

Ao finalizar, os dirigentes sindicais consideram que “a prevalência do negociado sobre o legislado – premissa da reforma trabalhista – não valoriza a negociação coletiva, mas cria espaços para a precarização das condições de trabalho ao permitir que sejam pactuados parâmetros laborais abaixo do que prevê a lei, gerando insegurança jurídica. A discussão em torno da proposta precisa ser, necessariamente, precedida pela reforma do sistema sindical e pela criação de instrumentos para punição de atos antissindicais, sob pena de esvaziamento das negociações e fomento extraordinário à corrupção nas relações coletivas de trabalho”.

Na ocasião, Guy Rider demonstrou conhecimento da situação brasileira e estranhou o fato da reforma trabalhista ter sido aprovada em muito pouco tempo. Relatou, também, encontros com autoridades governamentais brasileiras e o fato, estampado pela imprensa, de que governo estaria disposto a adotar medidas antipopulares pois não terá interesse de se submeter futuramente às urnas.

Além do coordenador nacional do FST, Artur Bueno de Camargo, compareceram à reunião com o diretor-geral da OIT, o presidente da CONTRATUH (Turismo e Hospitalidade), Moacyr Roberto Tesch Auersvald; o presidente da CONTAG (Trabalhadores Rurais), Alberto Broch; o secretário-geral da UITA (União Internacional dos Trabalhadores em Alimentação) para a América Latina, Gerardo Iglesias; e o presidente da CONACATE (Carreiras Típicas de Estado), Antônio Carlos Fernandes Jr. Estava presente, também, a sra. Beatriz, assessora mundial da OIT.

Fonte: FST

Delegadas e delegados de todo o país elegem a nova Direção Nacional da CTB para a gestão 2017/2021

Após dois dias de reuniões, palestras e debates, os 1,2 mil delegados e delegadas reunidos no Hotel Stella Maris, em Salvador, elegeram a nova direção nacional da CTB neste sábado (26).

A chapa continua sendo presidida pelo atual presidente nacional Adilson Araújo, que inicia sua segunda gestão à frente da entidade. Após a eleição e ratificação da nova chapa, Adilson fez o discurso de encerramento do congresso.

Agradeceu aos parceiros na jornada de construção da CTB e à equipe que ajudou na realização deste congresso, e depois fez uma análise da conjuntura do país e dos planos da central.

“O povo precisa ser conscientizado. Não podemos transformar nossos sindicatos em escritórios. É muito gratificante pra mim dar condução a esse proejto, vamos ter de fortalecer mais e mais o nosso elo. E nossa unidade e laços de solidariedade. Compor a direção supõe fortalecer cada vez mais a nossa intervenção na sociedade”, disse o presidente.

A nova direção renovou alguns quadros e criou algumas novas secretarias, como a secretaria de Política Educacional, a secretaria de Assuntos Socioeconômicos e a secretaria do Assalariado Rural. No total, são 122 integrantes, sendo que 39 dirigentes são mulheres.

Entre as principais mudanças no quadro de dirigentes, Marilene Betros irá comandar a nova secretaria de Política Educacional.

Celina Arêas assume a secretaria da Mulher Trabalhadora, Ivânia Pereira passa à vice-presidência, o cetebista Ronaldo Leite fica à frente da secretaria de Formação e Cultura, Sérgio de Miranda assume a secretaria de Finanças, Adriano, da Fetag, vai para secretaria de Política Agrária e Nivaldo Santana assume a secretaria de Relações Internacionais.

A secretaria da Previdência passa ao dirigente Tadeu Paranatinga, a secretaria de Assuntos Jurídicos ao portuário Mario Teixeira, a de Políticas Sociais à dirigentes da Fetag Vânia Marques e a secretaria da Juventude será comandada pela bancária gaúcha Luiza Bezerra.

Confira aqui a composição completa da Direção Nacional da entidade.

Fonte: CTB