4º Congresso Nacional: A classe trabalhadora é a força motriz do nosso país, diz Adilson Araújo

O presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, 49 anos, está à frente da entidade em uma das conjunturas mais difíceis de seus (quase) dez anos de história. Nesta entrevista, ele fala do 4º Congresso Nacional em Salvador, do movimento sindical e faz um análise da brutal ofensiva conservadora e da forte resistência em defesa da democracia e dos direitos sociais e trabalhistas.

Um dos fundadores da CTB, Adilson Araújo é baiano de coração, bancário do Itaú-Unibanco e iniciou sua militância sindical e política no final da década de 1980. É dirigente do Sindicato dos Bancários da Bahia e esteve à frente da direção da CTB Bahia entre 2008 e 2013. Na esfera política institucional foi presidente do Conselho Estadual de Trabalho e Renda da Bahia (CETER-BA) e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no governo Dilma Rousseff.

Leia abaixo os principais trechos:

Visão Classista: O Brasil vive uma onda de mudanças sociais e culturais singular. Como avalia esse período?

Adilson Araújo: A CTB atravessou nos últimos 10 anos muitas etapas da luta política e econômica nacional. Testemunhamos avanços históricos, que remodelaram o cenário social e reposicionaram o Brasil no mundo. Não podemos negar os ganhos advindo com a criação de programas como Minha Casa Minha Vida, Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), fortalecimento do BNDES e da Petrobras, política de aumento real do salário mínimo, Bolsa Família, Mais Médicos e Plano Safra. E não podemos esquecer que graças ao Prouni, Fies, Pronatec, Ciência Sem Fronteiras e as políticas afirmativas o país viveu uma verdadeira revolução no cenário sociocultural. Esses programas são ações iniciais para uma grande mudança social, que não tem outro caminho senão a implementação das reformas estruturais (Agrária, Tributária, Urbana, Educação) e democráticas (Mídia, Política). E tais programas garantiram a inclusão de milhões de brasileiros no mercado de trabalho e nas universidades, a remoção de outros tantos da linha da pobreza e miséria extrema e o fortalecimento do sentimento de pertencimento do nosso povo, com soberania e crença em um futuro de crescimento como nação.

E como foi a atuação da CTB nestes anos?

Acompanhamos de perto sem nunca perder de vista nosso papel no campo da luta sindical, social e política. Ao mesmo tempo que enfrentamos nossa luta em defesa de melhores condições de trabalho e pela consolidação de um sindicalismo classista, nos posicionamos frente à agenda nacional. Exemplo disso, foi a nossa luta em defesa do pré-sal, lutando para que a riqueza retirada dele fosse aplicada na Educação e Saúde de nosso povo. Ainda dentro desta luta, destaco a participação da CTB na defesa da retomada do crescimento, com o fortalecimento do setor produtivo nacional, da Petrobras e no fomento da Política de Conteúdo Local. Dentro dessa defesa de um projeto de retomada, precisamos salientar a política do aumento do salário mínimo, uma iniciativa que inaugurou uma verdadeira revolução no país, com a transferência real de renda para as mãos da classe trabalhadora e, por consequência, gerando aquecimento do mercado interno. Foi uma fase em que o país viveu avanços. Sim. É preciso destacar que, ainda que acanhada, a política econômica de redução dos juros, seja na gestão Lula e maior na gestão Dilma, somada aos índices de quase pleno emprego e inflação na meta foi também fundamental para muitos avanços. Mas, nós queríamos mais. E dentro disto, esteve no centro a defesa de uma reforma tributária e o fim da receita Superávit + câmbio valorizado, uma dupla que sempre emperrou a aceleração do nosso crescimento. Esses são apenas alguns pontos de um grande projeto que, ainda que tenha falhas, promoveu uma mudança política, econômica e social sinalizando que era sim possível crescer sem excluir.

Desde 2014, o país atravessa forte ofensiva do campo conservador. Como é dirigir uma central num período tão hostil à classe trabalhadora?

O cenário é de terra arrasada, mas a resistência nunca esmoreceu e a CTB esteve e está na linha de frente do enfrentamento dessa luta. É preciso voltar mais um pouco nesta análise, pois há fatores fundamentais para o avanço do campo conservador. Primeiro, no campo econômico, quando a presidenta Dilma enfrenta o sistema financeiro, reduzindo os juros a patamares históricos – 7,25% ao ano, o menor patamar da história – e o aprofundamento das desonerações; segundo, a campanha difamatória da mídia que insuflou o movimento “Não Vai Ter Copa”, desembocando nas chamadas “Jornadas de Junho”. Esse cenário garantiu a base necessária para o avanço do golpe de 2016, que tem como principal consequência a destruição dos direitos sociais e trabalhistas. É o nosso povo quem está pagando a conta mais uma vez.

Qual o efeito do golpe de 2016?

Todas as conquistas que destacamos acima estão sendo destruídas, uma a uma, por Michel Temer desde 11 de maio de 2016. E a maior expressão disso são as aprovações da PEC 55 – que corta os investimentos públicos em setores estratégicos como Saúde e Educação e acaba com os programas sociais – e da reforma trabalhista – que rasga a CLT, condena a classe trabalhadora a aceitar condições de trabalho análogas à escravidão e põe fim ao direito constitucional à Justiça do Trabalho. E temos agora a ameaça de reforma da Previdência, que pode colocar um fim no maior programa de distribuição de renda do nosso país e acabar com o sonho da aposentadoria.

Em dezembro a CTB completa 10 anos e tem em sua marca a luta unitária no campo e na cidade. Como avalia o papel da central?

O momento é de balanço, de uma atualização da conjuntura internacional e nacional, além de pensar a CTB para os próximos 10 anos. De forma muito particular, o resultado é extremamente positivo. A CTB tem impresso em seu DNA a compreensão de que o movimento sindical é dinâmico e por isso precisa de soluções dinâmicas, que tenham como fonte o conjunto amplo das forças: dos trabalhadores e das trabalhadoras urbanos, rurais, marítimos, do setor metal/ mecânico, entre outras tantas categorias. E a unidade é uma marca de sua atuação tanto na base como nas lutas mais amplas. Desta forma, fica clara disposição da nossa Central de fortalecer cada vez mais a unidade e os laços de solidariedade entre a classe trabalhadora, e evidentemente isso traz uma nova perspectiva, porque atravessamos uma etapa, na qual nos consolidamos como uma das centrais sindicais que mais cresce no país.

Como a CTB se posiciona hoje no mapa nacional do movimento sindical?

Temos mais de 1200 sindicatos filiados (sendo que desses mais de 700 já estão reconhecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego) e representamos cerca de 10 milhões de trabalhadores e trabalhadoras. Alcançamos o sonho da sede própria e da criação da nossa Escola Nacional. E no âmbito dos estados, graças a iniciativas como o Projeto Coral, ampliamos e reforçamos a presença da Central em todas as regiões do Brasil. Aqui também destaco a criação do Passi (Posto Avançado de Ação Sindical, Social e Institucional), em Brasília, o que não só nos estruturou como também reforçou nossa atuação nas lutas dentro do Congresso Nacional. Outro setor fundamental para a CTB é o da Comunicação, que ganhou ampla atenção por sua natureza estratégica. Nos últimos 4 anos, reforçamos os investimentos, com ampliação do quadro de profissionais e modernização dos equipamentos, o que garantiu a criação do Jornal Olho Crítico, impresso mensalmente, com tiragem de 200 mil; modernização do nosso Portal na internet e ampliação de nossa presença nas redes sociais; a criação das revistas Rebele-se e Mulher de Classe, e o fortalecimento da nossa revista Visão Classista. Isso sem falar nas publicações especiais, como cartilhas e notas técnicas. Tudo isso comprova que trabalhamos incansavelmente, para consolidar a presença da CTB no debate e nos espaços de decisão em todo o país.

Há avanços em todas as áreas de atuação da Central, entre elas, o campo internacional. Qual o balanço que faz desse setor?

Saímos do 3º Congresso, em 2013, com um objetivo: posicionar a CTB na luta internacionalista. Para isso, essa gestão, desenvolveu um projeto que tem por centro um sindicalismo de classe anti-imperialista, de unidade de ação em nível internacional. Como resultado desse projeto, ampliamos, por exemplo, nosso protagonismo nas articulações institucionais na Federação Sindical Mundial (FSM), que no seu 17º congresso, realizado na África do Sul, em 2016, elegeu Divanilton Pereira, secretário e Relações Internacionais, para o secretariado executivo da entidade. Outro momento importante foi a realização, em 2015, do simpósio mundial alusivo aos 70 anos da FSM. Uma conquista política que aglutinou em São Paulo 126 organizações sindicais oriundas de 44 países. Em nível mais global, integramos o BRICS sindical (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Diante dos ganhos e para reforçamos nosso projeto nestes espaços, criamos o Boletim Internacional da CTB, impresso e digital, em três idiomas (Inglês, Francês e Espanhol). E na América Latina? Em relação à geopolítica, reforçamos o nosso pertencimento latino e caribenho, estreitando relações com o sindicalismo cubano e uruguaio. Destaco nossa presença no Encontro Sindical Nossa América (ESNA), importante frente política regional e na qual fomos decisivos para sua fundação. Além disso, integramos a cúpula social da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA) e participamos das agendas da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). Criamos também um núcleo especial para pensar e qualificar a nossa presença nas Conferências Internacionais do Trabalho (OIT).

E o que esperar para a próxima etapa?

Como afirmei em 2013, nosso time está em campo e continuaremos jogando sem perder de vista o horizonte de um projeto que tenha por centro o crescimento, a geração de emprego, a valorização do trabalho, a defesa da soberania, da autodeterminação dos povos e da democracia, a distribuição da renda e o combate à pobreza. Muito já foi feito, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. Os efeitos do golpe batem à nossa porta e precisamos ter tática e estratégia para enfrentar o que vem por aí.

Qual sua expectativa para o Congresso Nacional da CTB?

Este é o momento de passar em revista e de pensar uma ação mais planejada, que fortaleça a CTB e o movimento sindical no Brasil. Para este novo momento e cientes de nosso papel na luta sindical e política, me parece que se torna fundamental aprofundarmos teórica e estruturalmente nosso plano de ação. E, como estamos convencidos de que é possível enfrentar o momento e desatar os nós, vamos fazer a opção de canalizar todos os esforços para uma ação propositiva e de vanguarda. Entendemos que a melhor alternativa para a CTB e o conjunto da classe trabalhadora é caminhar unida, para garantir o enfrentamento da agenda regressiva, barrar o retrocesso liderado hoje por Michel Temer e construir caminhos para a retomada dos direitos vilipendiados. Não esqueçamos, é a classe trabalhadora a força-motriz da nação e é ela que possui a autoridade moral para dizer qual o melhor caminho para o nosso país. Vai ter luta!

Fonte: CTB

2ª Conferência de Saúde das Mulheres reunirá 1800 participantes em Brasília

Com o tema “Saúde das Mulheres: desafios para a integralidade com equidade”, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) realiza a 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres (2ª CNSMu) entre os dias 17 e 20 de agosto. O objetivo é propor diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres. O evento reunirá 1800 participantes no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF).

 

 

Na quinta-feira (17), às 16h, as participantes vão realizar o ato “Pela Saúde e Pela Vida das Mulheres”, onde sairão em caminhada do Museu da República até o centro de convenções rumo à abertura oficial. Nos dias 18 e 19, as discussões serão baseadas nos quatro eixos principais da conferência, conforme programação abaixo. No dia 20, o CNS e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) vão premiar experiências brasileiras inovadoras de Participação Social e Saúde Integral das Mulheres no Sistema Único de Saúde (SUS).

O evento é um espaço de debates para ampliar a mobilização e o engajamento das mulheres e dos movimentos sociais na luta pela igualdade de gênero e contra os retrocessos que atualmente afetam a saúde e a vida das mulheres. As propostas, discutidas amplamente por 70 mil participantes em conferências municipais, macrorregionais, estaduais e livres, vão compor o Relatório Nacional, que contribuirá para a revisão da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres.

A 2ªCNSMu, que ocorre após três décadas da primeira edição, também terá como destaque a luta contra Emenda Constitucional 95/2016, que congela recursos públicos em Saúde e Educação por 20 anos, e contra a privatização do SUS. As medidas recentes ferem a Constituição Federal de 1988 e a democracia, criando um cenário de ruptura institucional da agenda de construção solidária do acesso das mulheres à saúde integral como direito humano. A conferência reafirma a luta por mais direitos e mais igualdade.

Serviço:

O quê: 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres (2ªCNSMu)

Quando: 17 a 20 de agosto de 2017.

Onde: Centro de Convenções Ulysses Guimarães, Setor de Divulgação Cultural – Eixo Monumental, Brasília (DF).

Informações: (61) 3315 2793/ 9 9671.1485 Laura Fernandes

www.facebook.com/2cnsmu

www.conselho.saude.gov.br

Programação

17 de agosto

16h – Ato /Caminhada “Pela Saúde e Pela Vida das Mulheres”
18h – Abertura / Mesa de Autoridades e Convidadas
20h – Jantar Confraternização

18 de agosto

8h30 às 12h (mesas concomitantes)

Eixo I – O papel do Estado no desenvolvimento socioeconômico e ambiental e seus reflexos na vida e na saúde das mulheres
• Celia Regina Nunes das Neves – Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas Marinhas do Brasil (COFREM)
• Ela Wiecko Volkmer de Castilho – Subprocuradora Geral da República
• Ministério da Saúde (aguardando confirmação)
Coordenação: Francisca Valda da Silva e Jupiara Gonçalves de Castro

Eixo II – O mundo do trabalho e suas consequências na vida e na saúde das mulheres
• Ivete Santos Barreto – Conselho Regional de Enfermagem (COREN)
• Maria Conceição Silva – União de Negros pela Igualdade (UNEGRO) e Conselheira do CNS
• Elionice Conceição Sacramento – Movimento Nacional de Pescadoras e Marisqueiras e Conselheira do CNS
Coordenação: Madalena Margarida da Silva e Maria Soraya Amorim

14h às 17h30 (mesas concomitantes)

Eixo III – Vulnerabilidades e equidade na vida e na saúde das mulheres
• Carmen Simone Grilo Diniz – Faculdade de Saúde Pública (USP) e GT de Gênero e Saúde (ABRASCO)
• Margareth Arilha – Núcleo de Estudos de População “Elza Berquó” (NEPO/UNICAMP)
• Maria Luiza Costa Câmera – Associação Bahiana de Deficientes Físicos (ABADEF)
• Keila Simpson – Presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA)
Coordenação: Heliana Hemetério dos Santos e Cleoneide Paulo Oliveira

Eixo IV – Políticas públicas para as mulheres e a participação social
• Ana Maria Costa – Centro Brasileiro de Estudos de Saude (CEBES)
• Maria de Lourdes Araújo Barreto – Rede Brasileira de Prostitutas e Grupo de Mulheres Prostitutas do Estado do Pará (GEMPAC)
• Alessandra Lunas – Coordenação Nacional da V Marcha das Margaridas
• Ângela Martins – Marcha das Mulheres Negras
Coordenação: Francisca Rego Araújo e Maria Esther de Albuquerque Vilela

19 de agosto

8h30 às 17h30 – 16 Grupos de Trabalho

Eixo I – O papel do Estado no desenvolvimento socioeconômico e ambiental e seus reflexos na vida e na saúde das mulheres (4 Grupos de Trabalho)

Eixo II – O mundo do trabalho e suas consequências na vida e na saúde das mulheres (4 Grupos de Trabalho)

Eixo III – Vulnerabilidades e equidade na vida e na saúde das mulheres (4 Grupos de Trabalho)

Eixo IV – Políticas públicas para as mulheres e a participação social (4 Grupos de Trabalho)

20 de agosto

8h30 às 9h30

Premiação dos Projetos “Laboratório de Inovação de Participação Social e Saude Integral da Mulher” – OPAS/CNS:

• Projeto “Passo a Pássaro” (PI)

• Projeto “TransformaDor: parir com amor, sem violência” (PA)

• Projeto “Barriguda” (RN)

• Projeto “Práticas de cuidado em saúde com trabalhadoras do sexo: extensão universitária desenvolvida pelo NUCED/UFC” (CE)

• Projeto “Mulheres da AP2.2: grupos de convivência, educação em saúde e geração de renda nas Unidades da ESF” (RJ)

• Projeto “Ambulatório Trans de Sergipe: Portas Abertas – Saúde Integral das pessoas trans: cuidar e acolher” (SE)

9h30 às 18h – Plenária Final

18h – Encerramento

Fonte: SUSConectas

CTB entra na reta final para realização de seu 4º Congresso Nacional; confira a programação

O 4º Congresso Nacional da CTB será em Salvador, entre os dias 24 e 26 de agosto, e deve reunir 1,2 mil sindicalistas do Brasil e do mundo. O evento marca também os dez anos de vida da central, fundada em 12 de dezembro de 2007.

 

 

“A CTB é uma central de luta. Nasceu no calor da crise econômica mundial (em 2007) e completará 10 anos em 2017 lutando contra outra grave crise que vem dominando o país”, diz o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo.

Entre os assuntos centrais que estarão em debate, destaque para os seguintes temas: a reforma trabalhista e a da previdência e o golpe do capital contra o trabalho, a América Latina e os ataques aos governos progressistas e as contrarreformas e os desafios do movimento sindical.

A realização do congresso, neste cenário conturbado e hostil à classe trabalhadora, será em si mesma um ato político de resistência, unidade e força contra a brutal ofensiva neoliberal que vem atacando direitos sociais e trabalhistas no país.

O 4º Congresso Nacional irá contemplar toda a representatividade nacional e mundial da CTB. Sua programação incluirá, na abertura, um seminário internacional, que trará ao país dirigentes sindicais de diversos países para debater a conjuntura e compartilhar as diferentes lutas políticas e sindicais em curso pelo mundo.

Nos outros dois dias, o foco será no debate de conjuntura, balanço das atividades e elaboração de um documento e de um plano de luta. Personalidades públicas ilustres também darão sua contribuição no debate.

“Estamos convencidos que, marchando com unidade, clareza e consciência, o movimento sindical, a classe trabalhadora e e as forças progressistas reunirão as condições necessárias para relançar um novo projeto nacional de desenvolvimento fundado na valorização do trabalho, na democracia e na soberania nacional”, afirma Araújo.

Confira abaixo ou acesse a programação completa.

4º CONGRESSO NACIONAL DA CTB

Salvador, 24 a 26 de agosto de 2017 – Gran Hotel Stella Maris Resort & Conventions

PROGRAMAÇÃO

23 de agosto – Quarta-feira

08h00 às 12h00 – Recepção da delegação internacional

24 de agosto – Quinta-feira

08h30 – Credenciamento Delegados e Delegadas Nacionais e Internacionais

09h30 – Início Seminário Internacional

18h30 – Abertura Oficial do 4º Congresso Nacional da CTB

19h00 – Apresentação do Documento do 4º Congresso

20h00 – Sessão Solene de Abertura

25 de Agosto – Sexta-feira

08h30 – Credenciamento de Delegados Nacionais

09h00 – Painel: SIGNOS E SIGNIFICADOS DA CTB

10h00 – Intervenção do plenário

11h00 – Painel: A LUTA EMANCIPACIONISTA E O TRABALHO

12h00 – Intervenção do plenário

13h00 – Almoço

14h00 – Encerramento do credenciamento

14h00 – Intervenção do plenário

15h00 – Painel: AS CONTRARREFORMAS E OS DESAFIOS DO MOVIMENTO SINDICAL

16h30 – Intervenção do plenário

20h00 – Encerramento dos trabalhos

26 de Agosto – Sábado

09h00 – Intervenção do plenário

10h00 – Apresentação da proposta de Alteração Estatutária

10h20 – Intervenção do plenário

11h00 – Apresentação do Balanço da CTB

11h30 – Apresentação do plenário

12h30 – Apresentação do Plano de Lutas

12h50 – Intervenção do plenário

13h30 – Almoço

14h30 – Abertura do processo eleitoral: inscrição de chapas

15h30 – Encerramento do prazo de inscrição de chapas

16h00 – Apresentação e defesa de chapa e do Programa da CTB (2017/2021)

16h30 – Eleição e posse da Nova Direção

21h00 – Festa de Confraternização

27 de Agosto – Domingo – Retorno das delegações

Fonte: CTB

Cresce confiança dos brasileiros nos sindicatos, revela pesquisa Ibope

Os brasileiros confiam mais nos sindicatos do que em partidos, governos ou presidentes da República. É o que revela uma pesquisa recente do Ibope Inteligência que avaliou o Índice de Confiança Social (ICS) de 20 instituições públicas e entidades sociais do país.

Os sindicatos são vistos como mais confiáveis por jovens de 25 a 29 anos das classes D e E. E a confiança aumentou à medida que se agravava a crise política e econômica no país: subiu de 41%, em 2015, para 44%, em 2017. Neste período também se intensificaram os atos públicos e manifestações em defesa dos direitos sociais e trabalhistas e da democracia em todo o Brasil, movimento que contou com forte protagonismo dos sindicatos e centrais sindicais.

Para o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana, as jornadas de luta e greves recentes têm papel importante no cenário apresentado na pesquisa. “As mobilizações em defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores, as grandes jornadas de luta, com destaque para a maior greve geral do país, em 28 de abril, são fatores essenciais para compreender o aumento da confiança e do respeito na principal organização de massa dos trabalhadores, que são os sindicatos”, avalia Santana.

O levantamento foi realizado entre os dias 13 e 19 de julho, com 2002 pessoas a partir de 16 anos, em 142 municípios do país. Os bombeiros, a Igreja, a Polícia Federal, as Forças Armadas e as escolas públicas ficaram entre as cinco instituições mais confiáveis na avaliação dos brasileiros. Já o presidente da República, os partidos políticos, o Congresso Nacional e o governo federal aparecem nas últimas posições na pesquisa.

A confiança na Presidência da República foi a que apresentou a variação mais expressiva: de 44 pontos em 2014 para 14 neste ano. Em 2009, a presidência aparecia na 5° colocação entre instituições com maior credibilidade e hoje está no 17° lugar – a antepenúltima posição. Confira a pesquisa na íntegra aqui.

FGV

Um outro estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas no final de 2016 também incluiu os sindicatos em uma pesquisa para avaliar a confiança dos brasileiros na Justiça brasileira. No levantamento, as organizações sindicais ficaram com 25% de confiança, antes das redes sociais (twitter/facebook), com 23%, Presidência da República, com 11%, Congresso Nacional, com 10%, e partidos políticos, com 7%.

O Poder Judiciário teve 29% da confiança da população, bem atrás das Forças Armadas, que liderou este ranking com 59% da confiança, da Igreja Católica (57%), imprensa escrita (37%), Ministério Público (36%), grandes empresas (34%) e emissoras de TV(33%).

Foram entrevistadas 1.650 pessoas residentes nas capitais e regiões metropolitanas do Distrito Federal, Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo durante o primeiro semestre de 2016.

Fonte CTB – Foto: Adonis Guerra – Smabc – Arte: Ibope Inteligência 
Publicado em 02/08/2017

CTB lança manifesto em defesa do emprego e da indústria nacional

“Diante das amargas estatísticas, da avalanche de perdas de direitos, do desemprego alarmante e do sucateamento do parque produtivo nacional, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) lança campanha e manifesto em defesa da indústria nacional, do emprego e da retomada do crescimento econômico.

 

 

De acordo com o presidente da CTB, Adilson Araújo, “a proposta é unificar sua base, sobretudo os setores mais afetados, em torno de uma nova agenda política e econômica, que denuncie o desmonte do Estado Nacional, a ofensiva contra a classe trabalhadora e o projeto entreguista liderado pela gestão de Michel Temer”.

Adilson destacou que “a campanha é de abrangência nacional e que haverá uma intensa mobilização da nossa base para fortalecer e garantir sua repercussão nacional”.

Para mais informações ou para incluir sua assinatura no manifesto, escreva para: presidencia@portalctb.org.br.

Leia a íntegra do manifesto:

Manifesto em defesa da Indústria Nacional

O Brasil vive uma situação crítica, com uma economia enferma e uma avalanche de perdas de direitos. O desemprego atinge níveis assustadores. A indústria definha, emparedada por uma política macroeconômica que só beneficia o mercado financeiro rentista nacional e internacional. Que indústria resistirá num contexto em que o retorno do investimento produtivo é inferior aos rendimentos em títulos da dívida pública?

O processo de desindustrialização, uma realidade enfrentada pelo país há décadas, foi substancialmente agravado após o golpe parlamentar que depôs a presidenta Dilma Rousseff. A indústria de transformação, que já respondeu por quase 30% do PIB – ao final de gigantesco esforço desenvolvimentista empreendido pelo Brasil no século XX -, cai a menos de um digito do total da riqueza nacional.

Setores estratégicos da economia como o de petróleo e gás, indústria naval e Construção Civil padecem. O cenário é de recuo total. Áreas como ciência, cultura, educação, tecnologia e inovação, sofrem cortes drásticos nos investimentos, o que compromete as perspectivas de desenvolvimento e o futuro da nação.

A operação Lava Jato contribuiu significativamente para o desmonte do setor produtivo e da engenharia nacional. Ajudou a destruir 740 mil postos de trabalho e quase paralisou a indústria da construção civil, que durante 10 anos respondeu por 14%, em média, do PIB (Produto Interno Bruto).

A política de conteúdo local poderia ser uma mola propulsora da retomada, promovendo a reindustrialização. Mas, essa não é a visão do atual governo, que reduziu a política de conteúdo local e ampliou de forma generosa a participação do capital estrangeiro na indústria, em especial no ramo de petróleo e gás. Simultaneamente, conquistas sociais estão sendo destruídas e a desigualdade voltou a crescer. O desmonte da Seguridade Social lega aos mais vulneráveis um futuro de fome e miséria.

A restauração neoliberal promovida após a consumação do golpe está redefinindo o papel do setor público segundo a filosofia do Estado mínimo, traduzida nas privatizações, esvaziamento do BNDES e substancial redução da capacidade de investimentos do Estado, bem como de suas funções como promotor do desenvolvimento nacional.

O retrocesso político e social é sustentado pelas classes dominantes brasileiras, que não estão em sintonia com um projeto de nação democrática e soberana, com autonomia no campo do petróleo, da Defesa, das relações internacionais e políticas sociais democráticas e progressistas.

Num momento em que países mais desenvolvidos, como Estados Unidos, Alemanha ou China retomam com força projetos de industrialização, com amplo incentivo do Estado ao adensamento de cadeias produtivas mais sofisticadas, o Brasil, na contramão, vai queimando forças produtivas e reprimarizando sua economia, desnacionalizando amplas áreas estratégicas e seus recursos naturais e abrindo mão do projeto de ter a Indústria como centro de seu desenvolvimento.

Não há futuro decente para nosso país sem indústria nacional e a interrupção e reversão do processo de desindustrialização. A classe trabalhadora não pode ficar à margem da luta pelo fortalecimento da indústria nacional, que é parte essencial do projeto nacional de desenvolvimento com democracia, soberania e valorização de trabalho pleiteado pelas centrais sindicais.

Neste sentido estamos propondo:

1- A defesa de um projeto que tenha por centro a geração do emprego, a valorização do salário e os direitos sociais e trabalhistas;

2- A construção de uma ampla frente social, política e econômica que aponte para um novo projeto político, que tenha como norte a retomada do desenvolvimento e o fortalecimento das instituições;

3- A mudança do modelo macroeconômico, com a redução substancial dos juros reais e spread bancário a média de países similares ao Brasil, um câmbio favorável às exportações e política fiscal contra cíclica voltada a indução ao crescimento econômico;

4- Ampliação dos investimentos públicos e privados em infraestrutura, Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), saúde e educação, e preservação do patrimônio nacional;

5- Fortalecimento da Petrobras, fim da atual política de privatização fatiada, e restauração da participação obrigatória nos poços do Pré-sal;

6- Lançamento de Política Industrial voltada a estruturação de cadeias produtivas em setores intensivos em emprego e em conteúdo tecnológico. Nesse contexto, retomar política de conteúdo local que promova a nacionalização em áreas de maior intensidade tecnológica, ajustada aos legítimos interesses nacionais e de seu povo;

7- Trabalhar para que a taxa de investimentos produtivos alcance 25% do PIB. Reposicionar o BNDES e os demais bancos públicos (BB, CEF, BNB, BASA) para financiar novo ciclo de investimentos. Rever o teto de gastos, inserido pelo governo golpista na Constituição, para possibilitar o Estado retomar a capacidade de, a partir do investimento público, induzir o aumento do investimento privado.

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal)

Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro (Sindmetal-Rio)

Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região

Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Betim e Região

Sindicato dos Metalúrgicos de Chapecó (SC) e Região

Sindicato dos Metalúrgicos de Jaguariúna e Região

Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Luiz (MA)

Metalúrgicos e Mineradores do Estado da Bahia

Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis

Fonte: CTB

Trabalhadores de todo o país vão às ruas nesta sexta (30) contra a reforma trabalhista

O combate à reforma trabalhista do governo Temer é o principal foco da paralisação nacional que já mobiliza diversas categorias profissionais no ato “Vamos parar o Brasil” que acontece nesta sexta-feira (30).

 

 

Leia: Centrais sindicais vão parar o Brasil no dia 30 em defesa dos direitos e contra as reformas

Petroleiros e metroviários já aprovaram em assembleia adesão ao movimento que levará às ruas trabalhadores de todo o país.

Em São Paulo, as centrais sindicais e movimentos sociais convocaram a manifestação “Nenhum direito a menos e Diretas Já”, em frente ao Masp, na avenida Paulista, a partir das 16h.

Pressão e vigília

Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, pressão e vigília são fundamentais nestes momentos decisivos enfrentados pela classe trabalhadora brasileira.

“Esse trabalho, aliado à mobilização das ruas e aos protestos em Brasília serão decisivos na luta contra essa Reforma Trabalhista que só retira direitos do nosso povo. Somente com a intensidade da luta de resistência as reformas trabalhista, previdenciária e a terceirização irrestrita serão barradas no Congresso Nacional”, diz o dirigente.

Nos últimos meses, a ação unitária das centrais sindicais promoveu uma série de mobilizações importantes, como os atos de 8 e 15 de março, a Greve Geral de 28 de abril e o Ocupe Brasília, em 24 de maio.

O amplo movimento de resistência provocou o recuo do governo em diversos pontos da Reforma da Previdência e sua derrota na Comissão de Assuntos Sociais do Senado no projeto da reforma trabalhista na última semana.

Outras mobilizações estão previstas para esta semana nos aeroportos de Brasília e dos estados para pressionar os deputados na votação da reforma, que está marcada para esta quarta-feira (28), no Senado federal.

• 30 de junho: Vamos parar o Brasil contra a reforma trabalhista, em defesa dos direitos e da aposentadoria.

• No dia da Votação da Reforma Trabalhista no Senado: mobilização em Brasília.

Fonte: CTB

Centrais sindicais indicam greve geral para o dia 30 de junho

Reunidas nesta segunda-feira (5) na sede da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), as principais centrais brasileiras definiram o dia 30 de junho como data indicativa para a próxima greve geral contra as reformas trabalhista e previdenciária. A partir desta data cada sindicato vai realizar assembleias para consultar os trabalhadores sobre a realização da greve.

 

 

As centrais também deliberaram que no dia 20 de junho será realizado um dia nacional de mobilização contra as reformas e em preparação para a greve geral. A ideia é realizar atos em todos os estados brasileiros como estratégia de mobilização dos trabalhadores e pressão aos parlamentares.

Participaram da reunião a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Força Sindical, Nova Central, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, CSP-Conlutas, Intersindical, A Pública e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

Resistência

Adilson Araújo, presidente da CTB, convocou logo após a reunião sindicatos, federações e confederações ligados à central. “Iremos colocar força total na construção da greve”, afirmou à assessoria de imprensa da central.

De acordo com o dirigente, “o momento exige resistência e luta contra as propostas de Temer que põem fim a direitos consagrados da classe trabalhadora e de toda a sociedade brasileira”. Na opinião de Adilson, “está claro que a sociedade está contra esse governo é só com luta iremos barrar os retrocessos capitaneados por Michel Temer”.

Disposição de luta

Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, a sugestão de uma nova data para a greve mantém o trabalhador mobilizado. “Ao mesmo tempo que as assembleias debatem o dia 30 é preciso continuar monitorando cada senador e ter presença no Congresso Nacional contra a aprovação das reformas”.

Álvaro Egea, secretário-geral da Central dos Sindicatos Brasileiros, afirmou que a definição de uma data para a greve é importante porque fortalece as ações contra as reformas. “Mostra disposição de luta e que estamos na mesma direção da marcha do dia 24 e da greve geral do dia 28. Os trabalhadores não abrem mão de derrotar as duas reformas, principalmente a trabalhista na iminência de ser votada no Senado.”

Governistas apressam tramitação

A reforma trabalhista ou Projeto de Lei da Câmara 38/2017 tramita na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O relatório do tucano Ricardo Ferraço defendeu a aprovação do substitutivo aprovado na Câmara dos Deputados. Esse texto foi alvo de repúdio das centrais.

Nesta terça-feira (6), está prevista a votação do relatório na CAE. Caso aprovado, o PLC segue para as comissões de Constituição e Justiça e Assuntos Sociais. Ferraço também é o relator do PLC nesta comissão e durante o trâmite na CAE evitou acatar emendas para impedir que o PLC retornasse à Câmara.

“Nós estamos em um conjuntura difícil e apesar de toda a mobilização das centrais e do conjunto da sociedade, o Congresso insiste em dar continuidade às reformas e nós temos que dar continuidade à luta, então a indicação do dia 30 como nova greve geral precisa ser referendada pelas categorias. O momento é de chamar assembleias para que se possa referendar e construir o dia 30”, explicou Sérgio Nobre, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

O dirigente lembrou ainda que além da retirada das reformas, as centrais também devem levar para as ruas a defesa das eleições diretas para presidente e o combate ao desemprego. “O desemprego está chegando a todas as famílias brasileiras. É um flagelo para o trabalhador. De outro lado, temos um presidente que não tinha nenhuma legitimidade e que agora perdeu de vez a condição de governar o país. Daí a necessidade da defesa das eleições diretas”, declarou Sérgio.

Temer foi denunciado pelo executivo Joesley Batista de ter participado de esquemas de propina para evitar a delação do deputado cassado, Eduardo Cunha, à Lava Jato. No final de maio, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), protocolou pedido de impeachment contra Temer, que coleciona dezenas de pedidos desde 2016. As iniciativas aguardam a avaliação do governista Rodrigo Maia (DEM-RJ) para tramitar na Câmara.

Calendário das Centrais

— Dia 20 de junho – Dia Nacional de Mobilização contra as reformas e em apoio às eleições diretas

— Dia 30 de junho – Data indicativa para greve geral

Fonte: Vermelho

FBP: “Ocupar Brasília para derrotar a reforma da previdência no dia 24 de maio”

A Frente Brasil Popular lançou uma nota de convocação aos movimentos populares de todo o país para o ato #OcupeBrasília que vai protestar diante do Congresso Nacional contra a proposta de reforma da Previdência (PEC 287/16) e o projeto de reforma trabalhista (PLC 38/2017).

 

O ato é organizado pelo conjutno das centrais sindicais em parceria com os movimentos sociais representados pela Frente Brasil Popular. Confira a nota abaixo:

“A batalha em defesa da aposentadoria e contra a reforma da previdência entra em fase decisiva na Câmara dos Deputados, principalmente entre os dias 22 e 24 de maio.

É preciso aumentar a pressão em torno dos deputados e deputadas no próximo período e mobilizar todos e todas para ocupar Brasília no dia 24, data de votação da proposta no plenário da Câmara.

Além disso, é fundamental que os comitês da Frente Brasil Popular se engajem na construção das agendas de agitação e propaganda, na construção de paralisações e mobilizações também nos Estados.

A maioria da população brasileira está contra as reformas da previdência e trabalhista e é essencial que possamos mostrar que a proposta representa grave retrocesso aos direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores arduamente conquistados.

Vamos ocupar Brasília, as ruas, as redes e fazer atividades, panfletagens e mobilizar o povo brasileiro para juntos e juntas barrar essas maldades contra a classe trabalhadora.

Só será possível vencer esse governo com a garra e a coragem do povo.”

Fonte:CTB

CTB convoca classe trabalhadora para vigília na Câmara dos Deputados no dia 17/05; #OcupeBrasília

Como agenda do “Maio de Lutas”, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) convoca classe trabalhadora para vigília, no Anexo 2 da Câmara dos Deputados, às 10h, no dia 17 de maio. De acordo com Adilson Araújo, “o corpo a corpo junto aos parlamentares, somando com a ampla agenda entre os dias 15 e 19, será fundamental para pressionar ainda mais os parlamentares a votarem contra a PEC 287, que acaba com a Previdência Social pública”.

Maio de lutas: lideranças das centrais definem ações para barrar reformas

O dirigente também sinalizou que a Central está empenhada em mobilizar toda a sua base para a grande marcha unitária das centrais que ocorrerá, em Brasília, no dia 24 de maio. “O dia 28 de abril já entrou para história e o maio de lutas será construído com ainda mais energia. A marcha do dia 24 será mais um marco nesta intensa luta em defesa dos direitos”, afirmou Adilson.

E completou: “A luta em Brasília será decisiva, seja pela ameaça de votação na Câmara da PEC 287, que pode ir à plenário ainda em maio, seja pela tramitação da reforma Trabalhista que está no Senado e que já sinaliza calendário até o segundo semestre legislativo. De modo que uma nova greve geral não está descartada, pelo contrário. Resistir a todo custo contra os ataques aos direitos sociais e trabalhistas é e será nossa palavra de ordem”.

Serviço

09 de maio – Terça-feira

Brasília

10h – na Sede da CUT/DF -reunião das centrais sindicais para organizar a agenda de atuação no Congresso.

18h – Reunião com o Senador Ricardo Ferraço.

São Paulo

14h30 – no Dieese em São Paulo, reunião do setor de organização e de imprensa para preparar a Marcha de Brasília do dia 24 de maio.

16 de maio – Terça-feira

Corpo a corpo nos aeroportos e reuniões com os deputados e senadores nos Estados.

17 de maio – Quarta-feira

#OcupeBrasília, lideranças das centrais sindicais visitam parlamentares e líderes partidários no Congresso. Vamos montar nesse dia a TENDA DA RESISTÊNCIA. Pedimos às entidades que possam deslocar quadros dirigentes para reforçar a vigília.

24 de maio – Quarta-feira

MARCHA NACIONAL DIA 24 DE MAIO contra o desmonte da Previdência e em defesa dos direitos da classe trabalhadora.

Mais informações

Adilson Araújo – presidente da CTB – (11) 97475-2068

Raimunda Gomes – Secretária de Comunicação da CTB – (11) 99676-8644

Joanne Mota – Assessoria de Imprensa e Comunicação da Presidência da CTB – (11) 984429245

Fonte: CTB

Após sucesso da greve geral, CTB celebra 1º de Maio na av. paulista como um ato de resistência

Nesta segunda-feira, 1º de maio, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) a CUT e a Intersindical ocuparam a avenida Paulista, apesar dos esforços contrários empreendido pelo prefeito João Dória Jr., e realizou uma grande celebração da luta pelo trabalho digno e contra a precarização provocada pelas reformas proposta pelo governo Michel Temer.

 

A concentração começou às 11 horas na praça Oswaldo Cruz, início da avenida Paulista, e seguiu até a praça dos Ciclistas, na esquina da rua da Consolação, onde foi realizada uma entrevista coletiva com os dirigentes das centrais sindicais que organizam o ato (além da CTB, a CUT e a Intersindical), e depois, um ato político com participação de lideranças sindicais e dos movimentos sociais, representados pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo.

O presidente da CTB, Adilson Araújo, lembrou no início do ato um pouco da história do 1º de Maio, que nasceu em 1886, protagonizado por mais de 500 mil trabalhadores de Chicago (EUA), que realizaram uma greve geral no país, traçando uma nova trajetória de luta na defesa dos direitos da classe trabalhadora.

“A classe trabalhadora sabe da importância da luta por seus direitos consagrados na CLT e reforçados na Constituição Cidadã de 1988. Nesse momento em que o governo ilegítimo de Temer, instalado por um golpe, se volta contra os interesses da classe trabalhadora é fundamental que ela tome as ruas e levante a bandeira da democracia e do estado democrático de direito”, afirmou Adilson (assista ao vídeo abaixo).

Em todo o Brasil, as centrais sindicais ralizaram atos neste 1º de Maio, que foi chamado de 1º de Maio da Resistência contra as reformas trabalhista e previdenciária do governo Michel Temer.

Fonte: CTB