Farmacêuticos protestam contra o não pagamento das verbas rescisórias pela Rede Santa Marta

O Sindicato dos Farmacêuticos de Goiás (Sinfargo) e cerca de 40 farmacêuticos e farmacêuticas demitidos da rede Santa Marta, realizaram, nessa sexta-feira (17), uma manifestação contra a falta de pagamento das verbas rescisórias. Sob muito protesto e barulho os profissionais reivindicaram seus direitos trabalhistas.

As demissões em massa começaram no início do mês de março e até o momento nenhum farmacêutico recebeu seu acerto e a documentação da rescisão de contrato de trabalho.

Além de não a pagar as verbas rescisórias, a rede também não tem recolhido o FGTS há mais de 10 meses e o salário referente ao mês de fevereiro que foi trabalhado ainda não foi pago.

A farmacêutica Cristianny Neves trabalhou 30 anos na empresa e conta que está indignada com o descaso. “Fomos dispensados e não nos informaram mais nada. Trabalhamos e merecemos receber os nossos direitos, não estamos pedindo nada além disso. É uma humilhação a gente precisar fazer manifestação para cobrar algo que é nosso”, desabafa a profissional.

O presidente do Sinfargo, Fábio Basílio, afirma que a luta vai continuar até que a empresa pague o que é devido farmacêuticos. “Não vamos aceitar que os trabalhadores saiam prejudicados, outras manifestações vão acontecer até que a empresa cumpra com a sua obrigação”, ressalta Basílio, que também preside a Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar)

A rede Santa Marta divulgou que entrou com um novo pedido de recuperação judicial. Em nota, a empresa afirmou que garantiria o cumprimento dos direitos trabalhistas, porém a rede tem realizado demissão em massa e ignorado os ex-funcionários.

Na nota divulgada à imprensa, a rede disponibilizou um telefone para que os ex-funcionários possam tirar suas dúvidas quanto às rescisões, porém ninguém atende. “Chama até cair”, afirma Cristianny.

Cerca de 350 trabalhadores já foram desligados e 18 lojas fechadas em Goiânia e Distrito Federal. Essa é a segunda vez que a empresa entra com pedido de recuperação judicial.

Basílio orienta que nenhum farmacêutico assine qualquer documento sem consultar o Sinfargo. “É um momento muito crítico e os profissionais precisam ficar atentos. Temos uma assessoria jurídica pronta para esclarecer qualquer questionamento legal”, alerta o presidente.

Marinalva Sampaio – Jornalista Sinfargo

 

Retomados os trabalhos para reinstalação da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS

No dia 10 de março ocorreu em Brasília uma oficina entre o Conselho Nacional de Saúde (CNS), o Departamento de Gestão e Regulação do Trabalho em Saúde (DEGERTS), que integra a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (SGTES/MS) e as entidades sindicais que compõem a bancada de trabalhadoras e de trabalhadores na Mesa Nacional de Negociação do SUS (MNNP-SUS), para a construção de proposta de minuta de resolução do CNS para a reinstalação desta mesa de negociação. 

A Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) esteve representada pela sua 2ª vice -presidenta, Debora Melecchi, que foi convidada pela Comissão Intersetorial de Recursos Humanos e Relações de Trabalho (CIRHRT/CNS) para compor o grupo de trabalho de organização da referida oficina e o esboço da minuta da resolução. Este convite para a Fenafar ocorreu pelo fato da entidade ser do movimento sindical, historicamente participar da MNNP-SUS e compor o pleno do CNS. 

Esta proposta de minuta de resolução resultante da oficina seguirá para apreciação do Pleno do CNS de março e no início de abril ocorrerá a reunião de instalação da mesa de negociação, propriamente dita. 

A Fenafar saúda a retomada da MNNP-SUS, oriunda do controle social do SUS, que se traduz pela democratização nas relações de trabalho tão necessária em respeito e valorização das trabalhadoras e dos trabalhadores que concretizam o SUS todos os dias. 

Os desafios são muitos. Mas a sintonia política, por sua relevância, entre controle social, bancada sindical e governo federal, para se ter esse instrumento democrático em torno das relações de trabalho, de certo, ao longo dos meses, resultará na superação de dificuldades para concretização de ações efetivas a favor destes trabalhadores, mas também do SUS e a sociedade brasileira. 

Saiba mais clicando no link: http://www.conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/2917-cns-e-ministerio-da-saude-retomam-trabalhos-para-reinstalacao-da-mesa-nacional-de-negociacao-permanente-do-sus 

“SOU MULHER, SOU FARMACÊUTICA, TENHO DIREITOS!”

A Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), representação sindical máxima da categoria da(o)s farmacêutica(o)s no país, tem sua trajetória pautada na proteção do trabalho e dos direitos da(o)s colegas, da saúde e do país.

A característica da categoria de ser predominantemente feminina se expressa na Fenafar desde a existência do cargo da diretoria da mulher, mas também dos diferentes debates e encaminhamentos, com a transversalidade de gênero, como campanhas, intensificadas a partir do ano de 2005.

Essas campanhas têm por essência dar visibilidade às diferentes violências sofridas pelas mulheres, que inclui as farmacêuticas.

A violência contra a mulher pode se manifestar de várias formas e com diferentes graus de severidade. Estas formas de violência não se produzem isoladamente, mas fazem parte de uma sequência crescente de episódios, do qual o feminicídio é a manifestação mais extrema.

Assim, existem as violências físicas, sexuais, psicológicas, econômicas e institucionais pelo fato de serem mulheres. Ou seja, uma violência de gênero que consiste em qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, sendo uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres, em que a subordinação não implica na ausência absoluta de poder.

Neste contexto, em 2005, a Fenafar lançou a campanha “Violência contra a mulher: vamos apagar esta mancha da nossa história”. Observamos como importante, seja enquanto cidadãs e cidadãos ou como trabalhadoras e trabalhadores de saúde sabermos os contatos, no Município e no Estado, do Conselho dos Direitos da Mulher, Centro de Referência da Mulher, Defensoria Pública e Delegacia da Mulher.

Em 2011, foi lançada a campanha “Sou Mulher, Sou Farmacêutica, Tenho Direitos!” em que nossos sindicatos filiados realizaram diversas atividades nos seus estados.

No ano de 2020 relançamos a campanha “Sou Mulher, Sou Farmacêutica, Tenho Direitos!”. E em 2023 damos continuidade nesta proposta e numa perspectiva otimista quando temos retomada a democracia no nosso país, e, portanto, de abertura de novas oportunidades para a construção de dias melhores e de respeito às colegas farmacêuticas.

Destacamos que esta campanha precisa do envolvimento dos colegas farmacêuticos, afinal a luta é coletiva e exige a compreensão e apoio à mudança entre os homens em suas vidas para que de fato possamos mudar a realidade com respeito a todas as pessoas.

Convidamos que você conheça as principais reivindicações, mas proponha novas demandas ao Sindicato das Farmacêuticas e dos Farmacêuticos do seu Estado. Acompanhe nossas mídias sociais. Participe!

Fábio Basílio – Presidente da Fenafar e Maria Soraya Pinheiro de Amorim – Diretoria da Mulher

Link com os contatos dos sindicatos: (https://fenafar.org.br/sindicatos/)

Nossas Principais Reivindicações!

Vamos nos unir pela ampliação dos nossos direitos!

LICENÇA PARA ACOMPANHAMENTO DE SAÚDE DE FILHO E ASCENDENTES – não há previsão legal. Precisamos ter o direito de acompanhar nossos filhos quando necessitarem de ajuda.

AMPLIAÇÃO DAS LICENÇAS MATERNIDADE – obrigatoriedade de os empregadores cumprirem o previsto na Lei nº 11770/2008, ampliando para 180 dias a licença maternidade.

PAGAMENTO DE AUXÍLIO CRECHE – fazer valer o cumprimento ao previsto na Lei nº 14.457/22, por meio de acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho, que autoriza a criação de reembolso-creche à empregada ou ao empregado que tenha filhos de até 5 anos e 11 meses de idade, dentro dos critérios estabelecidos na referida lei.

PROTEÇÃO CONTRA DESPEDIDA ARBITRÁRIA – a demissão da trabalhadora ocorrerá somente se existir uma causa justificada. Inexiste previsão legal.

IGUALDADE SALARIAL E JORNADA DE TRABALHO – pelo cumprimento do previsto na Constituição Federal.

COMBATE AO ASSÉDIO MORAL E SEXUAL NO TRABALHO – uma conduta que precisa ser enfrentada por trazer danos à dignidade e à integridade da pessoa, colocando a saúde em risco.

FORTALECIMENTO DO CONSELHO DE DIREITOS DA MULHER – nas três esferas de governo, instituído com a finalidade de formular e propor diretrizes de ação governamental voltadas à promoção dos direitos das mulheres e atuar no controle social de políticas públicas de igualdade de gênero.

IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES – com finalidade estabelecer conceitos, princípios, diretrizes e ações de prevenção e combate à violência contra as mulheres, assim como de assistência e garantia de direitos às mulheres em situação de violência, conforme normas e instrumentos internacionais de direitos humanos e legislação nacional.

RESPEITO A DIVERSIDADE – que perpassa por compreender que todos somos iguais e, ao mesmo tempo, reconhecer a singularidade e as diferenças de cada um.

COMBATE A FAKE NEWS – uma das principais discussões públicas no mundo que gera problema político com potenciais efeitos aos direitos individuais e coletivos e que necessita ser banida.

Redação Fenafar

Lançada em Brasília a Conferência Livre Acesso a Medicamento em Defesa da Vida 

Representantes da Federação nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e do Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos (Enfar), estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira, (01/03) com a coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, Deputada Federal Alice Portugal, (PCdoB) para iniciar oficialmente a divulgação da Conferência Livre que vai discutir o acesso à medicamento. 

A “Conferência Livre Acesso a Medicamentos em Defesa da Vida” ocorrerá no dia 18 de abril, de forma híbrida, presencialmente em Brasília no Auditório Freitas Nobre no anexo IV da Câmara dos Deputados e de forma remota pelo Zoom e YouTube do Instituto ENFar, coorganizador da atividade juntamente com a Fenafar, a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e a Frente Parlamentar.  Mais informações clique AQUI.

Silvana Nair Leite, coordenadora do Instituto Enfar, Fábio Basílio, presidente da Fenafar e o diretor de Relações Internacionais da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos participaram da reunião. 

A Deputada Alice Portugal garantiu que participara do evento representando a Frente Parlamentar em Defesa da Assistência farmacêutica. “Estaremos participando da Conferência Livre e acima de tudo estaremos elevando a bandeira do acesso ao medicamento como direito humano”. Destacou a parlamentar que é farmacêutica bioquímica. 

Outros temas também foram discutidos durante a reunião, como o relançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, como é praxe a cada nova legislatura e a campanha pelo Piso Salarial Nacional dos profissionais farmacêuticos, luta capitaneada pela Federação e demais entidades da categoria e pela Deputada Alice Portugal que é farmacêutica. 

Participe da Conferência Livre 

Josemar Sehnem – Redação Enfar

Fenafar repudia fala discriminatória de vereador ao povo da Bahia

Fenafar repudia fala discriminatória de vereador ao povo da Bahia

A Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) manifesta-se publicamente para repudiar com veemência a fala do vereador Sandro Fantinel (Patriotas) que em discurso na Tribuna da Câmara de Caxias do Sul (RS) proferiu um revoltante discurso racista e discriminatório ao povo da Bahia, repleto preconceito, apologia à escravidão e ódio.  O vereador, em fala desumana e cruel, disse que as empresas e os produtores gaúchos não deveriam contratar “aquela gente lá de cima”, referindo-se aos mais de 200 trabalhadores da Bahia resgatados de situação análoga a de escravidão no dia 22 de fevereiro nas vinícolas do estado.  Durante o enfático discurso, o vereador fez questão de dizer também que o povo baiano é acostumado a carnaval e festa e que vive na “praia tocando tambor” destilando sua vergonhosa xenofobia.  No mais alto grau da intolerância e doboche, o parlamentar sugeriu ainda, que as empresas e produtores rurais gaúchos contratassem apenas “funcionários limpos, como os argentinos”.  A Fenafar entende que falas e atitudes como a do vereador, não podem e não devem ser admitidas pela sociedade. O desrespeitoso discurso de ódio e intolerância precisa ser combatido.   Assim, Fenafar e Sindicatos filiados se colocam ao lado de todos e todas que exigem as medidas cabíveis para responsabilizar o vereador por suas declarações.  Fenafar e Sindicatos filiados 

Conferência Livre discute o acesso a medicamentos em defesa da vida 

No próximo dia 18 de abril será realizada uma Conferência Livre com o tema “Acesso a Medicamentos em Defesa da Vida”. A atividade é organizada pelo Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar), pela Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), organizadores do Projeto Integra, e pela Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica. 

Buscando permitir a participação do maior número de pessoas, a conferência livre ocorrerá de forma híbrida, presencialmente em Brasília no Auditório Freitas Nobre no anexo IV da Câmara dos Deputados e de forma remota pelo YouTube do Instituto ENFar. Mais informações AQUI.

Para a Coordenadora Geral do Instituto ENFar, Silvana Nair Leite, o debate sobre o acesso aos medicamentos deve refletir a realidade dos diversos atores do processo. “Precisamos que nossos debates reflitam no cotidiano dos profissionais, mas também no cotidiano de quem utiliza o SUS, os medicamentos e as tecnologias. Pensar a assistência farmacêutica, significa também pensar a Política Nacional de Ciência e Tecnologia, e o desenvolvimento industrial do país,” destacou. 

As conferências livres de saúde são etapas preparatórias para a 17ª Conferência Nacional de Saúde e tem o objetivo de debater o tema ou eixos temáticos da 17ª CNS. No caso, a temática desta conferência livre, integra os objetivos do 3º Eixo da 17ª CNS: Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia. 

Podem participar da conferência livre, pessoas que atuam no movimento sindical farmacêutico e de outras categorias ligadas a saúde, pessoas que atuam no controle social da saúde, usuários do SUS, gestores, trabalhadores da saúde do serviço público e do serviço privado, militantes da saúde, estudantes, academia e pesquisadores de todo Brasil. 

“É uma grande oportunidade para ampliar o diálogo entre os diferentes setores da sociedade na busca da construção de um Sistema Único de Saúde universal, integral, com equidade e com efetivo controle social.” Apontou Fabio Basílio, Presidente da Fenafar, destacando a importância que tem este momento para a sociedade brasileira. 

Durante a conferência livre serão realizadas duas mesas de debates. Uma vai discutir as estratégias de futuro para o acesso a medicamentos no Brasil e a outra o acesso a medicamentos como parte fundamental no processo de cuidado da população.  

Segundo o farmacêutico, Jorge Costa, um dos coordenadores do projeto integra e Assessor da Vice-Presidência de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, o debate em torno destes relevantes temas tem a intenção de melhorar e garantir o acesso aos medicamentos pela população brasileira. 

“Há pouco tempo, nós percebemos a triste realidade da forte dependência do Brasil à importação insumos e medicamentos. Cabe, neste momento, o debate sobre como o Brasil vai se preparar para produzir endogenamente esses medicamentos e não ficar dependente da importação ou da transferência de tecnologia das indústrias farmacêuticas no mundo,” apontou. 

As Conferências Livres de Saúde são espaços de debate e participação social para construção das políticas do Sistema Único de Saúde (SUS). Promovidas pela sociedade civil, são parte integrante do processo da Conferência Nacional de Saúde, que acontece a cada quatro anos como previsto na Constituição Federal. 

A 17ª Conferência Nacional de Saúde será realizada de 2 a 5 de julho de 2023. Com o tema “Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã vai ser outro dia”, a Conferência será precedida por etapas municipais, que já estão ocorrendo, entre novembro de 2022 e março de 2023, e etapas estaduais e do Distrito Federal, que serão realizadas de abril a maio de 2023. 

Josemar Sehnem – Instituto ENFar. 

Depois de mais de um ano de negociação Sinfar-AP fecha acordo com a rede de Drogasil 

Depois da realização de uma manifestação histórica dos farmacêuticos e farmacêuticas da Rede Drogasil do Amapá, a empresa concluiu a negociação do acordo coletivo com o Sindicato dos Farmacêuticos do estado (Sinfar-AP). A negociação que se arrastava há mais de um ano foi selada nesta quinta-feira 23 de fevereiro. 

Pelo acordo fechado, os farmacêuticos da rede passam a receber um salário base de R$ 3.850,00 mensais, o que significa um reajuste de 11,5% em relação ao salário praticado anteriormente.  

De acordo com o presidente do Sinfar-AP, Otávio Eutiquio Vasconcelos Pinheiro da Silva, o acordo é resultado da coragem e da luta dos farmacêuticos e farmacêuticas que resolveram agir para conquistar os seus direitos.  

Não conformados com o salário que vinha sendo pago pela Rede Drogasil, os profissionais procuraram o sindicato que organizou uma manifestação em frente a uma das lojas da Rede Drogasil no dia 13 de fevereiro. 

Com apitos, balões e faixas, os colegas exigiram respeito, valorização profissional e a conclusão da negociação do acordo coletivo. 

“Foi a manifestação dos colegas em frente a farmácia que destravou a negociação encerrada hoje. O debate foi tenso, mas resultou num ganho para a categoria que esperava pelo acordo há mais de um ano “, apontou Otávio. 

O presidente destaca ainda, a importância da sindicalização de todos os farmacêuticos e farmacêuticas em seus sindicatos. “Com sindicatos fortalecidos teremos uma categoria fortalecida e os nossos direitos respeitados. Não fique só, fique sócio”, concluiu. 

Além do reajuste no salário, ficou acordado também um adicional pelo exercício da Responsabilidade Técnica no percentual de 10% sobre o salário base e o pagamento de um vale alimentação no valor de R$ 100,00 reais. 

Os farmacêuticos passam a ter direito ainda a plano de saúde e plano odontológico, educação continuada gratuita, um dia de folga no mês do aniversário e Gympass, além de outras vantagens oferecidas pela rede de farmácia.

Josemar Sehnem – Redação da Fenafar 

Entidades discutem acesso a medicamentos e eventos regionais preparatórios para a 17ª CNS

Uma reunião, na manhã desta segunda-feira (13/02), reuniu as representações do Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos (Enfar), do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP), da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e do Sindicato dos Farmacêuticos de São Paulo (Sinfar-SP).

Em discussão, o trabalho conjunto das entidades para debater o acesso a medicamentos e os eventos regionais preparatórios para a 17ª Conferência Nacional de Saúde, que ocorrerá em julho deste ano, assim como a Conferência Nacional Livre e as audiências públicas nacional e estadual para debater o acesso a medicamentos.

As coordenadoras do Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos, Silvana Nair Leite Contezini, Fernanda Manzini e Samara Jamile Mendes, e o assessor Adelir da Veiga, além dos diretores do Sinfar-SP, Renata Gonçalves e Paulo Paz dos Santos foram recebidos na sede do CRF-SP pelo presidente Marcelo Polacow.

Farmacêuticos da Rede Drogasil no Amapá pedem melhores condições de trabalho

Farmacêuticos da Rede Drogasil no Amapá realizaram uma manifestação por melhores condições de trabalho na manhã desta segunda-feira (13/02) em frente a uma das lojas da rede na capital do estado, Macapá. 

O Sindicato do Farmacêuticos do estado do Amapá (Sinfar/AP) está há mais de um ano tentando negociar um acordo coletivo com a rede Drogasil, sem sucesso. A relação com a categoria é desrespeitosa e autoritária. 

Segundo o presidente do Sinfar/AP, Otávio Eutiquio Vasconcelos Pinheiro da Silva, a rede Drogasil impões aos trabalhadores uma carga horária abusiva e pratica um salário menor que o do mercado amapaense. 

Com apitos, balões e portando faixas, os colegas pedem carga horária digna, valorização profissional, pagamento de insalubridade e respeito com a categoria. 

A ideia dos farmacêuticos da Rede Drogasil no Amapá é realizar mobilizações periódicas até que a empresa retome as negociações com a categoria. 

Redação Fenafar

Entidades pedem licenciamento compulsório das patentes de medicamentos para a fibrose cística  

Em carta enviada hoje à Ministra da Saúde, Nísia Trindade, 34 associações de pacientes de fibrose cística e grupos da sociedade civil pedem uma ação urgente do Governo Federal para garantir que todas as crianças e jovens com a doença tenham acesso ao tratamento mais avançado e o “direito de respirar sem sofrimento”. 

As famílias das crianças querem a ampliação do acesso ao tratamento através de licenças compulsórias de patentes. 

A carta pede que a Ministra declare interesse público de três medicamentos, todos da classe dos moduladores da proteína CFTR e destinados ao tratamento contínuo, corrigindo a disfunção básica que origina a doença. 

A Federação Nacional dos Farmacêuticos, (Fenafar) é uma das entidades que assina o documento, por meio da participação no Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual, (GTPI), do qual a farmacêutica Catarine Cavalcanti, diretora regional Sudeste da Fenafar, faz parte. 

De acordo com Catarine, a propriedade intelectual no caso dos medicamentos representa uma barreira praticamente intransponível em alguns casos, deixando a população desamparada. “O combate aos preços abusivos e extorsivos dos medicamentos e insumos por meio da quebra de patentes é uma bandeira da Fenafar na busca da equidade no acesso da população aos tratamentos.” disse. 

No Brasil, a fibrose cística é a doença genética grave mais comum da infância. De acordo com dados do Grupo Brasileiro de Estudos em Fibrose Cística (GBEFC), existem 6112 pacientes identificados no Brasil, 74% são menores de 18 anos. Não existe cura e sem tratamento a doença progride se tornando letal. Metade dos óbitos ocorre antes dos 18 anos.   

O medicamento Trikafta, lançado nos EUA em 2019 e registrado na ANVISA em 2022 é considerado o mais eficaz e o que abrange o maior número de pacientes brasileiros. Pelo menos 2.800 pessoas poderiam ser tratadas no país com este medicamento, caso estivesse disponível. 

Para ser oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS), o medicamento precisa ser aprovado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC).  

O Trikafta está atualmente sob avaliação da Conitec. O preço para compra pelo Governo, para um ano de tratamento, é de R$ 888.174,43, conforme dados da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).  

Caso declarado interesse público, o governo dará início ao processo de licenciamento compulsório das patentes que hoje impedem a importação ou fabricação nacional de versões genéricas do Trikafta e demais medicamentos. 

A concorrência é considerada por especialista do setor como um elemento fundamental para que a empresa Vertex, titular das patentes, reduza os preços cobrados no Brasil. 

“Não estamos pedindo apenas a redução de preço, pedimos acesso universal para que todos possam ser tratados. Não cabe à indústria farmacêutica decidir quem vive e quem morre para maximizar seus lucros. Nesse tipo de situação, a licença compulsória é a politica pública mais adequada para proteger a saúde da população.”, disse Susana Van der Ploeg, advogada do GTPI.  

“Acreditamos que o governo brasileiro tem que tomar todas as medidas legais disponíveis para acabar de uma vez por todas com a angústia e o sofrimento das pessoas afetadas por essa doença fatal”, afirmou Letícia Lemgruber, membra da Associação Brasileira de Assistência à Mucoviscidose – ABRAM.

Fenafar