Fenafar apoia o 16º Congresso de Farmácia e Bioquímica de Minas Gerais 

Acontecerá nos dias 10, 11 e 12 de agosto de 2023 o aguardado 16º Congresso de Farmácia e Bioquímica de Minas Gerais (16CFBMG), o maior evento farmacêutico do estado. Com o tema “Farmácia: Uma profissão múltipla – Inovação, Autoridade, Conhecimento”, o congresso promete oferecer três dias de capacitação e atualização técnico-científica para os profissionais da área. 

O evento, que ocorrerá no Minascentro, em Belo Horizonte, espera reunir farmacêuticos de Minas Gerais e de diversas regiões do Brasil em busca de conhecimento e troca de experiências. Com uma programação diversificada, composta por palestras, cursos, minicursos e mesas-redondas, o congresso abordará aproximadamente cem eventos relevantes nos vários segmentos da Farmácia. 

O congresso é uma oportunidade para a atualização de conhecimentos, contribuindo com o farmacêutico no cuidado ao paciente, em suas pesquisas, nas análises clínicas, na docência e nas diversas atividades em que demonstra a sua competência e autoridade técnica no desempenho dessa, que é uma profissão múltipla. 

A presença da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), uma das mais importantes entidades representativas da categoria e do Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar) como apoiadores reforça a relevância e a qualidade do congresso, consolidando-o como um dos principais encontros da área farmacêutica no estado de Minas Gerais.  

Além das atividades já mencionadas, o 16CFBMG contará com o I Encontro Nacional de Laboratórios de Análises Clínicas, o III Congresso de Assistência Farmacêutica no SUS, o III Congresso Mineiro de Farmácia Estética e Cosmetologia e o III Fórum Farmacêutico de Saúde da Mulher. Essas iniciativas abordarão questões relevantes e atuais relacionadas às respectivas áreas de atuação, proporcionando aos participantes uma visão ampla e abrangente da profissão. 

A expectativa em torno do congresso é alta, já que o último encontro ocorreu há cinco anos. O evento pretende inspirar os participantes a colocar em prática o conhecimento técnico-científico adquirido, incentivando-os a fazer a diferença em suas áreas de atuação. 

Os interessados em participar do 16º Congresso de Farmácia e Bioquímica de Minas Gerais podem obter mais informações e realizar inscrições através do site oficial do evento. Não perca essa oportunidade de se atualizar e estar por dentro das tendências e avanços da profissão farmacêutica! 

Na 17ª CNS, Projeto Integra debate acesso a medicamentos e tecnologias no SUS

Durante a 17ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em Brasília, de 2 a 5 de julho, uma atividade autogestionada com o tema “Acesso a Medicamentos e Novas Tecnologias” organizada pelo Projeto Integra, reuniu especialistas e participantes para discutir o tema de forma abrangente, promovendo um debate enriquecedor. 

Coordenado pelo Presidente da Fenafar, Fábio Basílio, o debate oportunizou a participação de diversas pessoas, promovendo um diálogo construtivo e incentivando a troca de ideias e experiências entre os palestrantes e os participantes presentes. 

Assista pelo Youtube. 

Álbum de Fotos

A professora da UFSC e coordenadora geral do Instituto Escola Nacional de Farmacêuticos (ENFar), Silvana Nair Leite, iniciou o debate apresentou os fundamentos e objetivos do Projeto Integra em todas as suas fases.  

Promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), pela Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar) e com o apoio da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), o Projeto Integra tem como propósito mobilizar a população para enfrentar as condições sanitárias, sociais e políticas desafiadoras tanto no presente como no futuro próximo.  

O Projeto Integra busca formar lideranças e promover a mobilização social, integrando as políticas e práticas de Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica, Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, por meio de estratégias participativas e movimentos sociais.  

Seu público-alvo envolve conselheiros de saúde, membros de movimentos sociais, profissionais e gestores da saúde, professores, pesquisadores e estudantes interessados em atuar no cenário político e social por meio da integração das políticas de saúde. 

O Projeto Integra já realizou quatro fases. A primeira incluiu cursos de formação de lideranças, para a Integração de três eixos, as políticas de Vigilância em Saúde, de Assistência Farmacêutica e de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. 

Na segunda fase ocorreram encontros regionais contemplando o debate dos problemas enfrentados na saúde a partir das vivências dos territórios e a apresentação de propostas concretas de políticas públicas de saúde buscando promover, com enfoque na participação social, os três eixos do programa 

O 9º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica (9º SNCTAF) faz parte da terceira fase. Reuniu cerca de 200 lideranças de diversos setores da sociedade, em particular, de institutos de pesquisa, universidades, gestão pública, setor produtivo e controle social da saúde e abordou todos os apontamentos e propostas discutidas nas fases anteriores do projeto Integra. 

Durante o Simpósio, foi construída a “Carta do Rio de Janeiro”, um documento que apresenta uma agenda para a integração das políticas de Assistência Farmacêutica, Vigilância em Saúde e Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde para um projeto nacional de desenvolvimento na próxima década.  

Além disso, ocorreram debates em formato de audiências Públicas nas Assembleias Legislativas e ou Câmaras Municipais de Vereadores sobre as políticas de Assistência Farmacêutica, Vigilância em Saúde e Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, e os resultados da 9ª SNCTAF com o objetivo de mobilizar para a 17ª Conferência Nacional de Saúde.  

A realização da Conferência Livre de Acesso a Medicamentos em Defesa da Vida na Câmara dos Deputados em Brasília, contou com grande participação e possibilitou a eleição de 3 pessoas delegadas à 17a CNS. 

O Projeto Integra também resultou na publicação de três livros: 1) Material didático para formação de lideranças em saúde, com o material do curso realizado em 2021. 2) Solidariedade ou Apartheid? Lições aprendidas na pandemia, de Jorge Bermudez, com um apanhado dos textos publicados pelo autor de 2020 a 2022 e 3) Políticas públicas integradas para fortalecer o SUS – Um projeto nacional e participativo de desenvolvimento social. Todos os livros disponíveis para livre consulta.  

Em sua manifestação, Gonçalo Vecina Neto, ex-presidente da ANVISA e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, destacou a importância de considerar diferentes atributos para garantir o acesso a medicamentos, como investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação, bem como a capacidade nacional de desenvolver e produzir medicamentos necessários ao SUS.  

Ele ressaltou a necessidade de superar as fragmentações existentes na Assistência Farmacêutica no SUS, como a disseminação da Farmácia Popular em pequenos e médios municípios e nas periferias das grandes cidades, além da incorporação de tecnologias para aprimorar suas atividades e a ampliação do elenco de medicamentos, incluindo ações relacionadas ao cuidado e serviços farmacêuticos.  

Vecina também enfatizou a importância de garantir a produção de medicamentos no Brasil, estimulando o desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), a produção de medicamentos biológicos, por meio de parcerias para o desenvolvimento produtivo (PDPs) e a necessidade de recursos para o desenvolvimento de tecnologias que suportem licenças compulsórias, baseadas em políticas públicas consistentes.  

Destacou ainda a necessidade do estímulo à formação de doutores e do desenvolvimento de pesquisas para a geração de conhecimentos, incluindo a internalização de capacidades para a incorporação de Boas Práticas de Pesquisas Clínicas. 

Defendeu a farmácia com um estabelecimento de saúde com política pública que defina suas diretrizes, limites e responsabilidades, e a transformação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde – Conitec  em uma empresa independente. 

Julieta Palmeira, assessora da Presidência da Finep/MCTI para o Complexo Econômico Industrial da Saúde, ressaltou a importância da democratização do acesso, indo além do básico e considerando todas as demandas dos usuários do SUS.  

Ela enfatizou a necessidade de reconstruir a Política Nacional de Saúde (PNS) e a Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF), valorizar a atenção primária em saúde, restabelecer e evoluir as bases do desenvolvimento do CEIS e estimular parcerias para o desenvolvimento autônomo, soberano e sustentável do país. 

Julieta Palmeira destacou a importância de adotar licenças compulsórias (quebra de patentes) que permitam o desenvolvimento interno de tecnologias de interesse do país e do SUS, além de políticas intersetoriais que incorporem as perspectivas estratégicas da saúde, como equidade de gênero, ampliação do acesso à saúde com inclusão social e desenvolvimento econômico com superação da pobreza. 

Propôs ainda a reconstrução da Política Nacional de Saúde e do Plano Nacional de Saúde, com financiamento adequado e suficiente do SUS, tendo por base uma política econômica que considere a não existência de um teto de gastos, mas com piso que atenda as demandas do SUS; a ampliação efetiva do financiamento; e investimento amplo garantindo o direto à saúde.

Durante o debate, diversas intervenções do público destacaram questões relevantes relacionadas ao acesso a medicamentos e tecnologias no SUS. Alguns dos principais pontos abordados foram: 

Importância do controle social do SUS e a necessidade de considerar as demandas dos movimentos sociais na formulação de políticas públicas. 

Judicialização da saúde e a necessidade de garantir financiamento adequado, ações de assistência farmacêutica e inclusão de novas terapias no SUS. 

Desenvolvimento de apresentações pediátricas de medicamentos e estímulo à incorporação nacional de medicamentos e tecnologias para tratamento de doenças raras. 

Valorização e inclusão das plantas medicinais no contexto científico em favor dos usuários do SUS. 

Participação das mulheres nos processos científicos, técnicos, sociais e políticos, ocupando espaços políticos-institucionais e avançando nas estruturas de decisão. 

Necessidade de ampliar o acesso a tratamentos individualizados para o câncer no SUS, com prioridade para diagnósticos e tratamentos precoces. 

Combate ao racismo, disponibilidade de tratamento de quimioterapia nos municípios e inserção de profissionais farmacêuticos nos estabelecimentos privados. 

Acesso a terapia nutricional no SUS e sua incorporação nos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas. 

Garantia de acesso a medicamentos de alto custo, tratamentos individualizados e políticas públicas de apoio aos profissionais do SUS. 

Ampliação do Programa Farmácia Popular do Brasil, acesso aos produtos de cannabis e a revisão do elenco de medicamentos destinados a grupos específicos. 

Redução dos tempos para análise e incorporação de tecnologias no SUS, acompanhando os padrões internacionais. 

Produção nacional de medicamentos de interesse do SUS como forma de evitar a falta de medicamentos e garantir o acesso adequado. 

Essas intervenções do público refletem a diversidade de preocupações e desafios enfrentados na busca por um acesso mais amplo e equitativo a medicamentos e tecnologias no âmbito do SUS. 

Após as intervenções, os participantes da mesa reforçaram a importância de democratizar o acesso à saúde, garantir políticas públicas consistentes, desenvolver tecnologias no país, estimular o desenvolvimento científico e produtivo e promover a reconstrução da Política Nacional de Saúde com financiamento adequado para o SUS. 

Uma das conclusões foi de que o debate aprofundou temas essenciais para o acesso a medicamentos e tecnologias no SUS, destacando a necessidade de integrar políticas e práticas de saúde, fortalecer a atenção primária, investir em pesquisa e desenvolvimento, promover parcerias estratégicas para o desenvolvimento produtivo e adotar licenças compulsórias quando necessário.  

Também foi apontada a importância de reconstruir a Política Nacional de Saúde com base na valorização da assistência farmacêutica, na democratização do acesso e no desenvolvimento sustentável do país. 

Josemar Sehnem – ENFar – Com informações do relator da atividade Norberto Rech.

Farmacêuticos e estudante protestam exigindo retratação da Secretária da saúde de Aracaju/SE

Na manhã desta quinta-feira, 6, entidades farmacêutica e estudante de farmácia, realizaram uma manifestação em frente à Prefeitura de Aracaju, em desagravo as declarações feitas pela secretária da Saúde, Waneska Barboza, durante audiência na Câmara Municipal de Aracaju (CMA).

A manifestação foi organizada pelo Sindicato dos Farmacêuticos de Sergipe (Sindifarma/SE) com o apoio do Conselho Regional de Farmácia (CRF/SE) e dos Centros Acadêmicos da Universidade Federal de Sergipe campus São Cristóvão e Lagarto.

No dia 28 de junho, durante a prestação de contas da Pasta, a secretária, em um pronunciamento muito infeliz, alegou que o ato de dispensar medicamentos é apenas uma entrega, não necessitando, portanto, de orientação.

Waneska Barboza disse ainda que quando o paciente vai à farmácia de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), qualquer pessoa pode fazer a entrega, não sendo necessário a presença do profissional farmacêutico, e que o mesmo acontece nas farmácias privadas, cabendo ao profissional apenas o intercâmbio de marcas.

Para a presidenta do Sindifarma/SE, Quênnia Garcia Moreno Resende, a fala da secretária demonstra ignorância em relação ao papel do farmacêutico na saúde da população aracajuana. “Foi uma fala muito infeliz que gerou repercussão nacional e revolta das entidades farmacêuticas e profissionais farmacêuticos de todo o país. Diante do contexto nós profissionais farmacêuticos, estudantes de farmácia e entidades farmacêuticas exigimos uma retratação por parte da Secretária Waneska Barboza”.

O presidente do Conselho Regional de Farmácia de Sergipe (CRF/SE), Carlos Eduardo Oliveira, também cobrou um posicionamento da Secretária. “A gente pode até considerar que aquela fala foi um equívoco, particularmente eu não considero. Falta de informação não foi. A retratação é um passo só, o que nos trouxe até aqui é a necessidade da Prefeitura de Aracaju ter farmacêuticos em todas as UBS’s e nos demais estabelecimentos de saúde”.

Uma nota conjunta das entidades (Fenafar, Instituto Enfar, CRF-SE e CA-UFS) foi lançada no dia seguinte denunciando o caso e cobrando a retratação pública da Secretária e respeito a todos os profissionais farmacêuticos do Brasil.

Debate sobre Acesso a Medicamentos e Novas Tecnologias marca primeiro dia da 17ª CNS

Promovida pelo Projeto Integra, uma atividade autogestionadana realizada na manhã deste domingo (2) durante a 17ª Conferência Nacional de Saúde, discutiu o “Acesso a Medicamentos e Novas Tecnologias”. O evento reuniu especialistas e uma audiência representativa proporcionando um enriquecedor debate sobre o tema. 

Assista pelo Youtube. 

Álbum de Fotos

Julieta Palmeira, assessora da Presidência da Finepe/MCTI para o complexo econômico Industrial da Saúde, enfatizou a importância de facilitar o acesso da população a medicamentos e tratamentos inovadores. Ela ressaltou a necessidade de superar barreiras econômicas e burocráticas para garantir a equidade no acesso. 

Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da ANVISA e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, ressaltou a necessidade de políticas públicas efetivas que garantam o acesso equitativo a medicamentos e novas tecnologias. Vecina Neto destacou a importância de buscar soluções para os desafios existentes, visando melhorar o nosso sistema de saúde. 

Silvana Nair Leite, coordenadora geral do Instituto ENFar e do Projeto Integra, apresentou as iniciativas do Projeto Integra para promover o acesso a medicamentos e novas tecnologias em defesa da vida.  

Ela compartilhou as experiências e ações das fases anteriores do projeto destacando que a 17ª CNS é o coroamento dos resultados, buscando a efetiva implementação dessas ações.  “Tudo foi possível a partir da integração ocorrida entre diferentes atores e setores da sociedade para chegarmos até aqui com esse conteúdo acumulado.” 

O debate foi moderado pelo presidente da Fenafar, Fábio José Basílio que oportunizou a participação de diversos participantes, promovendo um diálogo construtivo e incentivando a troca de ideias e experiências entre os palestrantes e os participantes presentes. 

O debate sobre “Acesso a Medicamentos e Novas Tecnologias” em meio ao clima da 17ª CNS e com a massiva participação de todos, contribui para a formulação de propostas e soluções que buscam garantir um acesso mais justo e inclusivo aos medicamentos, apontando para um futuro de mudanças.  

“Amanhã vai ser outro dia”

Josemar Sehnem – Fenafar

Nota de Repúdio a Secretária de Saúde de Aracaju – Waneska Barboza 

Os farmacêuticos e farmacêuticas vem a público repudiar a fala realizada em audiência pública na Câmara de Vereadores da Secretária Municipal da Saúde de Aracaju – SE, Waneska Barboza, que demonstra elevada ignorância sobre as atribuições da profissão farmacêutica bem como o completo equívoco quanto ao ato clínico da dispensação de medicamentos.  

Durante a prestação de contas da Secretaria Municipal da Saúde do município, a Dra. Waneska Barboza disse que o ato de dispensar medicamentos é apenas uma entrega, não necessitando de orientação e que quando o paciente vai farmácia na unidade de saúde qualquer pessoa pode dispensar, não sendo necessário a presença do profissional farmacêutico e que o mesmo acontece nas farmácias privadas, cabendo ao profissional apenas o intercâmbio de marcas. 

A mesma coloca ainda que “dispensar é entregar, não precisa de orientação, quem orienta sobre o remédio é o médico, o enfermeiro e o dentista, que é quem prescreve… quando (o paciente) vai na farmácia ele só pega o remédio, quem dispensa ali pode ser qualquer administrativo, não precisa ser um farmacêutico”.  

A secretaria demonstra desconhecer o Decreto nº 85.878/81 que em seu artigo 1º enuncia a dispensação como ato privativo dos farmacêuticos, bem como o artigo nº 282 do código penal que descreve como crime o exercício ilegal da profissão, como abaixo: 

Art. 282 – Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites: Pena – detenção, de seis meses a dois anos. 

Somado a esta legislação temos o artigo 14 da Lei nº 13.021/14 “cabe ao farmacêutico, na dispensação de medicamentos, visando a garantir a eficácia e a segurança da terapêutica prescrita, observar os aspectos técnicos e legais do receituário”.  

Logo, dispensar não é caracterizado pelo ato simples de entrega de medicamentos como dito pela secretária, mas ato de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, normalmente como resposta à apresentação de uma receita elaborada por profissional autorizado. Neste ato, o farmacêutico deve informar e orientar sobre o uso adequado do produto, bem como investigar potenciais interações medicamentosas, prestar o auxílio necessário para adesão ao tratamento, elaborar estratégias para ampliar a comodidade quanto ao uso, sempre visando o uso racional dos medicamentos.  

Lembrando ainda que desde as Resolução nº 586/13 os farmacêuticos são autorizados a prescrever medicamentos que são isentos de prescrição, bem como medicamentos sob prescrição desde que seguindo protocolos elaborados em acordo com profissionais prescritores ou publicados pela gestão do Sistema Único de Saúde. Logo a opção pela limitação de atuação dos profissionais é da gestão municipal de Aracaju, que poderia utilizar essa gama de profissionais para aliviar as filas pelos transtornos menores que ocorrem nas unidades de saúde da capital.  

Por fim, vale ressaltar que a ação civil pública movida pelo CRF – SE visa ampliar a segurança no uso de medicamentos por parte da população Aracajuana, bem como ressaltamos que ao contrário do alegado a ação atinge todas as farmácias de unidades básicas de saúde de Aracaju, já que o acesso a medicamentos antimicrobianos é amplamente difundido no SUS. Estamos falando de medicamentos como amoxicilina, azitromicina,  ciprofloxacino, cefalexina, ampicilina, entre outros, amplamente utilizados nas enfermidades corriqueiras da nossa população. Logo a ausência de farmacêutico deixa nossa população exposta ao uso irracional destes produtos, bem como ao possível desenvolvimento de resistência adquirida a antimicrobianos em nossa sociedade.  

A Federação Nacional dos Farmacêuticos FENAFAR, o Conselho Regional de Farmácia de Sergipe, o Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Sergipe, a Conselheira Federal de Farmácia, Fátima Aragão, o Centro Acadêmico de Farmácia Cesartina Regis UFS e o Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos repudiam veementemente a declaração da Secretária Municipal da Saúde de Aracaju SE, Waneska Barboza, bem como exigimos uma retratação pública da mesma e da Prefeitura Municipal de Aracaju com toda esta milenar e importante categoria profissional. 

Assinado ACT das trabalhadoras e trabalhadores da EBSERH

Pela primeira vez em anos, o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos trabalhadores e trabalhadoras da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi fechado em mesa de negociações sem a necessidade de intermediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).  

A solenidade de assinatura ocorreu nesta quarta-feira, (28), em Brasília e foi acompanhado pelos diretores da Fenafar, Fábio Basílio e Cristina Ramirez. 

Pelo acordado os trabalhadores terão um reajuste de 4,92% sobre salário (o que corresponde a 90% do INPC) e 11% + 4,92% sobre benefícios (vale alimentação, pré-escola, saúde, PCD). O percentual de 11% nos benefícios será retroativo a março/22 e os 4,92% sobre salário e benefícios retroativos a março/23. A nova tabela salarial, incluindo os benefícios, será aplicada na folha de julho e paga em agosto. 

Para o presidente da Fenafar, Fábio Basílio, o momento representa uma grande Vitória dos mais de 42 mil trabalhadores/as que, depois de anos voltam a ter um ACT assinada entre as partes e não judicializada. 

“Parabéns a todas as entidades sindicais envolvidas, e a empresa pelo esforço em atender os pleitos e principalmente a comissão de empregados que soube conduzir os processos e entender o momento que estamos vivendo com perspectivas de grandes avanços daqui pra frente”, comemorou Basílio. 

Para resolver o único entrave da negociação, tanto a empresa quanto todas as entidades que representam a categoria na mesa de negociação concordaram em retirar os recursos apresentados ao TST e que travavam o reajuste de 11% nos benefícios do último ACT.

Esse é um momento histórico para a categoria. Entre os pontos de avanço nas cláusulas sociais estão a jornada de regime de plantão de 12×60 para os profissionais das categorias assistencial e médica, respeitada a jornada de trabalho contratual de cada empregado.

Foi apresentada ainda, entre outros pontos, a possibilidade de até quatro trocas de jornadas de 11 horas de descanso, sendo no mínimo 2 por solicitação pelo empregado.

Concluído esse processo, os representantes dos trabalhadores já começam a pensar no próximo momento de trabalho junto com a formulação da proposta para o novo ACT.

com informações Sindsep-PE  

Audiência Pública em Recife resulta em propostas que serão transformadas em requerimentos 

A Câmara Municipal do Recife realizou, na tarde de segunda-feira (26/06), uma Audiência Pública para debater o acesso a medicamentos em defesa da vida. A atividade faz parte do Projeto Integra e foi organizada pelo Sindicato dos Farmacêuticos de Pernambuco (Sinfarpe). 

A vereadora Cida Pedrosa (PCdoB-PE), proponente da atividade, saudou todos os presentes no auditório e destacou a importância da mesa de autoridades, além de apresentar os objetivos do debate. 

Ela ressaltou que o acesso a medicamentos é uma questão de soberania nacional e defendeu que esses medicamentos devem estar disponíveis para os usuários, produzidos o mais próximo possível do cidadão. Segundo a vereadora, os usuários precisam ter acesso aos farmacêuticos, que devem explicar e acompanhar o uso dos medicamentos, a fim de evitar a interrupção do tratamento. 

A vereadora elogiou a iniciativa das entidades envolvidas no Projeto Integra e informou que a Audiência Pública resultará na produção de um relatório, no qual as propostas serão transformadas em requerimentos de seu mandato. 

Ela enfatizou que tudo o que foi discutido durante o evento será incluído no relatório, que será encaminhado à Secretaria Municipal de Saúde, à Secretaria Estadual e a todas as instituições presentes. Além disso, algumas das questões abordadas serão transformadas em requerimentos para serem votados nas sessões legislativas. 

Em seguida, o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Pernambuco (Sinfarpe), Holdack Velloso, cobrou dos legisladores a fiscalização da presença de farmacêuticos em tempo integral nas farmácias municipais. Ele destacou que a saúde não se resume apenas aos medicamentos, mas também à presença dos farmacêuticos nas farmácias, enfatizando que é essa associação que gera saúde e vida. 

Representando o Instituto ENFar, Sueli Moreira ressaltou a importância do debate sobre o acesso a medicamentos, enfatizando que não se trata apenas do acesso a uma mercadoria, mas sim do acesso a um serviço que garante não apenas o produto, mas também a orientação para o uso racional. Ela mencionou os danos causados pelo uso irracional de medicamentos durante a pandemia e enfatizou a necessidade de um acesso qualificado, que envolva profissionais capacitados e trabalho em equipe. 

O presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos, Fábio Basílio, classificou a audiência como fundamental para levar a temática do acesso a medicamentos para a esfera política. Ele ressaltou a importância de os vereadores e deputados formularem legislações e fiscalizarem a execução das leis, garantindo o acesso a medicamentos de qualidade, gratuitos e de baixo custo. 

Representando o Conselho Municipal de Saúde de Recife, Alisson Oliveira relatou a experiência do programa Farmácia da Família, que oferece medicamentos e orientação adequada aos usuários por meio de profissionais farmacêuticos. Ele defendeu a expansão desse programa e a criação de uma política municipal de assistência farmacêutica. 

O vereador Tadeu Calheiros, médico de formação, defendeu o papel do farmacêutico como profissional capacitado para a correta dispensação dos medicamentos. Ele destacou que a presença de profissionais especializados na dispensação traz maior segurança por meio da dupla checagem. O vereador informou que já protocolou e aprovou uma série de requerimentos pedindo a contratação dos farmacêuticos aprovados em concurso público do município. 

O auxiliar de enfermagem Eduardo Quintas, representante do Conselho Estadual de Saúde (CES), alertou para a falta de farmacêuticos nas unidades de saúde, o que acaba levando técnicos de enfermagem a realizar a dispensação de medicamentos. Ele ressaltou que essa não é uma atribuição adequada para os técnicos de enfermagem. 

A vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF-PE), Aexalgina Tavares, destacou que o conselho tem atuado para garantir que a atividade farmacêutica, que é privativa dos profissionais farmacêuticos, seja realizada somente por eles. Ela ressaltou a importância de os medicamentos serem dispensados e orientados adequadamente por profissionais qualificados e capacitados. 

Carolina Romeira, coordenadora de assistência farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde do Recife, expressou sua satisfação em participar do debate e poder falar sobre o movimento de transformação digital da saúde que vem sendo realizado na gestão de saúde do município. Ela mencionou o projeto de integração digital da saúde e os benefícios que isso trará para os cidadãos. Carolina também mencionou a criação de um núcleo de educação permanente da assistência farmacêutica do Recife, com cursos de aprimoramento e qualificação. 

O diretor de assistência farmacêutica da Secretaria Estadual de Saúde, Gean Sá, expressou sua insatisfação com a burocracia envolvida nas compras públicas de medicamentos. Ele ressaltou a necessidade de tornar o processo de compra pública menos burocrático e enfatizou que a legislação dificulta o acesso aos medicamentos. 

O projeto Integra é promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e pelo Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar), contando com o apoio da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). 

Josemar Sehnem – Redação Fenafar

FENAFAR E ENFAR esclarecem sobre inclusão dos profissionais farmacêuticos nas equipes e-Multi 

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Uma reunião no dia 15 de junho entre os dirigentes da Federação FENAFAR, Fábio Basílio, Ronald Ferreira dos Santos, Dalmare Anderson e as Coordenadoras do Instituto ENFar, Silvana Nair Leite e Marselle Nobre de Carvalho, com a equipe da Secretária de Atenção Primária a Saúde do Ministérios da Saúde (SAPS-MS) esclareceu dúvidas sobre a Portaria 635/2023 que institui incentivo financeiro federal de implantação e custeio para as equipes Multiprofissionais na Atenção Primária à Saúde (e-Multi) lançada no dia 22 de maio de 2023. 

A principal questão levantada pelos dirigentes da Fenafar e do Instituto ENFar diz respeito a como se dará a inclusão dos profissionais farmacêuticos nas equipes, considerando que na descrição da Portaria nossa categoria é descrita como “Farmacêutico clínico.”  

De acordo com os técnicos da SAPS, não há requerimento de formação específica para os farmacêuticos atuarem nas equipes. A denominação “Farmacêutico clínico” está relacionada as atividades que serão desenvolvidas pelo profissional como membros efetivos das equipes nos processos de cuidado terapêutico e atenção à saúde dos usuários.  

No encontro, entres os representantes das entidades farmacêuticas e a equipe do Ministério da Saúde, ficou esclarecido que não há qualquer pré-requisito para participação dos profissionais farmacêuticos nas equipes multiprofissionais (e-Multi), além de sua formação em graduação em Farmácia.  

O próprio Ministério da Saúde se comprometeu a emitir documento com todos os esclarecimentos aos gestores e profissionais que pretendem participar do programa.  

É fundamental que todos os farmacêuticos e entidades que os representam busquem, nas Secretarias Municipais de Saúde, as oportunidades para composição das equipes e-Multi. 

Federação Nacional dos Farmacêuticos
Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos 

Audiência Pública na ALESP aprova Carta de São Paulo com propostas sobre acesso a medicamentos

Uma audiência pública realizada na quarta-feira (21/06) no Auditório Teotônio Vilela na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), discutiu o “Acesso a Medicamentos em Defesa da Vida”. Durante a atividade que contou com a participação de diversas autoridades e entidades farmacêuticas foi lançada a Carta de São Paulo com apontamentos para ações futuras. O documento será encaminhado para órgãos governamentais, parlamentares e entidades. (A íntegra está no final do texto)

Convocada pela Deputada Estadual de São Paulo, Beth Sahão (PT) a Audiência foi organizada pelo Sindicato dos Farmacêuticos de São Paulo, (Sinfarsp), Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, (CRF-SP), Fundação Oswaldo Cruz, (Fiocruz), Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos, (ENFar), Federação nacional dos Farmacêuticos, (Fenafar) e Conselho Nacional de Saúde (CNS). 

Entre as propostas apontadas na carta estão a luta e o apoio pelo fomento do Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS) para ampliar a produção de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFA) e intermediários químicos estratégicos no Brasil. 

A Carta aponta também, a necessidade de se garantir o financiamento público de projetos de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias em saúde e o financiamento público para Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) de interesse do SUS. 

O documento propõe o fortalecimento da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), seu corpo técnico e governança para o estabelecimento de uma Política Nacional de Preços compatível com as necessidades da população e as demandas prioritárias em saúde. 

A Carta de São Paulo defende o fortalecimento da presença do farmacêutico em todas as unidades de saúde que fornecem medicamentos, nas equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e Equipe de Atenção Primária (EAP), além da retomada do Núcleo de Apoio a Saúde da Família como forma de garantir o acesso seguro, o uso racional de medicamentos e a orientação adequada aos usuários. 

No momento da abertura da Audiência Pública, a proponente, deputada Beth Sahão destacou a importância das atividades desenvolvidas pelos profissionais farmacêuticos. “Eu me sinto muito segura quando entro em uma farmácia e percebo que do outro lado do balcão tem um profissional identificado como farmacêutico responsável. Aqui eu vejo que a categoria quer estender esta presença para outras áreas da saúde. É este debate que vamos fazer aqui hoje”, disse. 

Representando o Instituto ENFar, Silvana Nair Leite, fez uma apresentação de todas as fases do Projeto Integra destacando a evolução das atividades que culminam com a realização das audiências públicas. “O que nós estamos fazendo aqui hoje, nesta audiência pública e em todas as anteriores, é promover o engajamento da sociedade em torno da defesa do direito do acesso aos medicamentos como parte da defesa do direito à saúde como fundamental para defesa da vida”, enfatizou. 

Fábio Basílio, presidente da Fenafar destacou a importância dos profissionais farmacêuticos como elos entre a sociedade e os medicamentos. “Não basta apenas proporcionar o acesso ao medicamento, é preciso acompanhar o paciente para saber se ele está tomando o medicamento no horário certo pelo tempo certo e na dosagem correta. O acesso deve vir acompanhado de orientação e acompanhamento qualificado do profissional.” 

Renata Gonçalves, presidente do Sinfarsp, ressaltou que o sindicato é uma entidade que além de lutar pelos direitos dos trabalhadores também sempre esteve presente nos debate dos assuntos mais abrangentes. “O farmacêutico tem que estar presente nas discussões ligadas a tecnologia a ciência, a produção, na orientação e dispensação ao usuário do medicamento. Temos que entender que este mais um assunto em que ele é protagonista”. 

O presidente do CRF-SP, Marcelo Polacow, destacou o papel do Conselho na melhoria da prestação dos serviços farmacêuticos. “Uma das atribuições do CRF-SP é zelar pela saúde pública, promovendo assistência farmacêutica. Nesse contexto atuamos para a melhoria contínua do cuidado em saúde oferecido à população”, disse. 

Representando o CNS, a conselheira nacional de Saúde, Fernanda Magano, apontou a relevância e necessidade do Projeto Integra e todas as suas iniciativas. “Considerando que estamos em um processo de reconstrução do SUS, de incorporação de tecnologias, de novas estratégias para o fortalecimento do SUS, o desdobramento destas audiências públicas, são fundamentais para tornar o debate dobre o acesso a medicamentos cada vez mais próximo da população, para isso, iniciativas como o Integra Podcast contribuem muito. 

Encerrando as manifestações dos integrantes da mesa, falou o coordenador de assistência farmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde, Daniel Buffone de Oliveira, que representou o Secretário Eleuses Paiva. Segundo ele, “o acesso ao medicamento vai muito além da dispensação, o profissional farmacêutico deve assumir o seu papel como gestor seja na atenção básica, no componente especializado, na coordenação e assumir a posição de que a assistência ao paciente vai além, é preciso ter um acompanhamento farmacoterapêutico. Veja as fotos do evento

Carta de São Paulo

O acesso seguro e racional de medicamentos é instrumento para garantir a saúde e qualidade de vida da população. No Brasil, várias propostas têm sido discutidas visando aprimorar a Política de Assistência Farmacêutica e assegurar o acesso equitativo aos medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS). 

Sendo assim, a Audiência Pública de Acesso a Medicamentos em Defesa da Vida, realizada em 21 de junho de 2023, no Auditório Teotônio Vilela, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), convocada pela Deputada Beth Sahão e organizada pelo Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sinfar), Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos (Enfar) e Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), com apoio do Conselho Nacional de Saúde (CNS), realizada no  propõe os seguintes encaminhamentos  que servem de parâmetro para as ações futuras:

1) Fortalecer a presença do farmacêutico na Atenção Primária a Saúde (APS), com garantia de recursos financeiros federais para o gestor municipal, implementando as ações para o acesso seguro, o uso racional de medicamentos e a orientação adequada aos usuários  

2)Retomar o investimento em equipes multiprofissionais, a partir do atendimento às necessidades sociais que ocorrem nos territórios. 

3)Integrar os diversos pontos da Rede de Atenção à Saúde, por meio de sistemas informatizados e outras ferramentas, e possibilitar o acesso aos dados do paciente, principalmente, mas não se limitando a prontuários, medicamentos prescritos e produtos dispensados, nos diferentes níveis de complexidade, utilizando estratégias de interoperabilidade, visando a transparência das ações de saúde, visando a sustentabilidade do SUS. 

4)Fortalecer a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), seu corpo técnico e governança, estabelecendo uma Política Nacional de Preços compatível com as necessidades da população e as demandas prioritárias em saúde. Isso visa buscar transparência no processo de definição de preços e o acesso a medicamentos para toda a população brasileira, com prioridade para os medicamentos destinados ao SUS. 

5)Fortalecer os processos de incorporação de tecnologias no SUS, garantindo a participação da sociedade na tomada de decisões que impactam o acesso e a sustentabilidade do SUS. 

6)Garantir a assistência farmacêutica nas unidades de saúde que fornecem medicamentos, visando a implantação dos serviços farmacêuticos e o cuidado farmacêutico, a melhoraria nas condições de uso dos medicamentos e na adesão ao tratamento, a fim de contribuir com a jornada do paciente e assegurar o direito dos usuários, em todos os níveis de atenção à saúde. 

7)Implantar o cuidado interprofissional nas políticas de diversidade e inclusão, para a qualidade nas ações de saúde e redução das vulnerabilidades. 

8)Garantir o financiamento público para Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) de interesse do SUS, fortalecendo a base de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) para garantir o acesso equitativo aos medicamentos e vacinas.  

9)Proporcionar investimentos adequados em CT&I nas universidades públicas, Instituições Científicas de Inovação Tecnológica (ICT) e nos laboratórios oficiais, para garantir o acesso aos medicamentos para a população.  

10)Apoiar e lutar pelo fomento ao Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) para ampliar a produção de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFA) e intermediários químicos estratégicos no Brasil. Isso inclui o incentivo à transferência e internalização de tecnologia, especialmente para o tratamento de doenças relacionadas à pobreza, doenças tropicais e negligenciadas. A garantia da transparência e participação popular, incluindo o controle social do SUS, nas decisões e diretrizes do Grupo Executivo do CEIS, é essencial nesse processo.  

11)Integrar os sistemas informatizados de gestão da informação, em todos os entes federativos, permitindo o controle eficiente do estoque de medicamentos, desperdícios e fornecendo as informações necessárias para a gestão adequada da assistência farmacêutica.  

12)Defender no Congresso Nacional projetos de lei que visem garantir medicamentos a preços justos para a população brasileira. Isso inclui maior participação social na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), transparência nos gastos de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos, cálculo de preços finais e permissão de reajustes negativos dos preços dos medicamentos. 

São Paulo, 21 de junho de 2023. 

Deputada Beth Sahão
Fábio José Basílio – Presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos
Renata Gonçalves – Presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de São Paulo
Marcelo Polacow – Presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo
Silvana Nair Leite – Coordenadora Geral do Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos
Fernanda Magano – Conselheira Nacional de Saúde 

Instituto ENFar e Fenafar passam a compor a Conitec

Nesta quarta-feira (31) ocorreu a primeira reunião ordinária da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde – Conitec com a participação das novas representações indicadas, neste mês, pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e nomeadas pela Ministra da Saúde, Nísia Trindade. 

A partir de agora, a representação do CNS na CONITEC passa a ter nove membros. A vice-presidenta da Fenafar, Débora Melecchi que ocupar a titularidade do Comitê de Medicamentos e a coordenadora geral do Instituto ENFar, Silvana Nair Leite, que é a primeira suplente do Comitê de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas. 

Silvana destaca que a Comissão tem um papel importante de análises técnicas e social rigorosa da necessidade e do impacto da incorporação de tecnologias e do estabelecimento de novos protocolos. 

“É na Conitec que ocorrem os debates e são avaliadas as propostas de novos protocolos clínicos, de incorporação de novos medicamentos e de tecnologias que interessam a sociedade e o Sistema Único de Saúde.” disse. 

Em manifestação recente, o Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde (SECTICS/MS), Carlos Gadelha saudou os novos representantes do CNS na CONITEC.

“A participação social é um compromisso nosso, triplicou a participação do CNS, agora são nove representantes. A incorporação tecnológica tem que ser vista como um meio essencial para garantir o acesso universal, equânime e integral à saúde, viva a Conitec, viva o SUS, viva o Conselho Nacional de Saúde”. Ressaltou. 

Confira os novos representantes do CNS na Conitec:

Comitê de Medicamentos
Titular: Débora Raymundo Melecchi @dmelecchi (FENAFAR) @fenafar
1ª Suplente: Walquiria Cristina Batista Alves Barbosa (Associação Brasileira de Alzheimer e Doenças Similares – @abrazalzheimer)
2º Suplente: Nelson Mussolini (CNI)

Comitê de Produtos
Titular: Renata Soares de Souza (Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas – @mncp_brasil)
1ª Suplente: Veridiana Ribeiro da Silva (CFF)
2º Suplente: Elídio Ferreira de Moura (Conasems)

Comitê de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas
Titular: Priscila Torres @pryscila_torres (Biored) @biored_br
1ª Suplente: Silvana Nair Contezini @silvana_nleite (ENFAR) @escolafenafar
2º Suplente: Neilton Oliveira (Ministério da Saúde)