Unidade das entidades em prol da categoria farmacêutica

Os novos diretores da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e da Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar) participaram nesta quinta-feira, (01/09), de uma reunião no Conselho Federal de Farmácia (CFF) em Brasília. O presidente da Fenafar, Fábio Basílio, a Coordenadora Geral da ENFar e diretora de educação da Fenafar, Silvana Nair Leite, o 1º Vice-presidente, André Nunes Cavalcante e a 2ª Vice-presidente, Débora Melecchi foram recebidos pelo presidente do CFF, Walter Jorge João, e o secretário-geral, Gustavo Pires.

O encontro buscou fortalecer a relação entre o CFF, a Fenafar e a ENFar especialmente no que diz respeito às pautas da categoria e as ações conjuntas das entidades, como por exemplo a busca pelo piso nacional para a categoria a luta para impedir a venda de medicamentos em supermercados além de outros projetos de interesse dos profissionais farmacêuticos no Congresso Nacional. “Foi uma reunião produtiva onde nós nos propusemos a fortalecer a unidade das entidades em prol de toda a categoria.” disse o presidente Fábio Basílio.

Durante a reunião os diretores apresentaram para a diretoria do CFF o conjunto de diretrizes da nova gestão da Fenafar, discutidas e aprovadas no 10º congresso da entidade realizado em Salvador (BA) de 3 a 6 de de agosto. A “Carta de Salvador” é dirigida aos profissionais farmacêuticos e ao povo brasileiro e manifesta a posição da categoria em relação ao projeto social de desenvolvimento e soberania nacional.

A Coordenadora Geral da Escola Nacional dos Farmacêuticos e também diretora de Educação da Fenafar, Silvana Nair Leite, entregou ao presidente do CFF o material produzido pelo Projeto Integra realizado em parceria com o Conselho Nacional de Saúde CNS a Fundação Oswaldo Cruz Fiocruz, e Organização Panamericana de Saúde OPAS.

Entre as atividades que fazem parte do projeto está o 9º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica, a ser realizado nos dias 15 e 16 de setembro de 2022, na Fiocruz, no Rio de Janeiro (RJ).

Silvana convidou o presidente do CFF, demais diretores, Comissões e Grupos de Trabalho do CFF a participarem do 9º Simpósio que vai reunir também lideranças das universidade, institutos de pesquisa da gestão pública do setor produtivo e do controle social.

Fenafar

Senado aprova projeto que põe fim ao rol taxativo dos Planos de Saúde

O Senado aprovou, nesta segunda-feira (29) o Projeto de Lei (PL 2.033/2022) que obriga os planos de saúde a cobrirem tratamentos não previstos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), colocando fim ao chamado rol taxativo.

Como o texto tinha sido aprovado pela Câmara dos Deputados em 3 de agosto e não sofreu alterações, o presidente Jair Bolsonaro tem 15 dias úteis para vetá-lo ou sancioná-lo.

O PL substitui a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de 8 de junho, que havia definido a lista da ANS como taxativa, desobrigando as prestadoras de serviço na área de saúde a cobrir procedimentos médicos que não estivessem previstos na lista de cerca de 3,3 mil itens.

O relatório aprovado, beneficia não só usuários de planos de saúde, pois terá efeitos positivos também no Sistema Único de Saúde (SUS), já que sem a cobertura, além de deixar os usuários de planos de saúde com doenças raras sem cobertura dos convênios, muitas pessoas teriam de recorrer à saúde pública para realizar o tratamento.

Caso o PL 2.033/2022 seja sancionado integralmente, volta a valer a regra anterior, do rol exemplificativo, que servia como parâmetro do que deveria ser coberto pelas operadoras e convênios, mas deixava em aberto a concessão de tratamentos e medicamentos não listados.

Da redação com informações do Senado Notícias e CB

Arquivado PL 2.271/22 que permitiria a atuação de técnico em farmácia como RT

Mais uma vez a união da categoria farmacêutica contribuiu para impedir um retrocesso nos direitos da profissão. O PL 2.271/22 que propunha alterações na lei 13.021/14 e que se aprovado permitiria a atuação de técnico em farmácia como RT foi arquivado a pedido do próprio autor da matéria, o Deputado Federal Giovani Cherini (PL-RS).

O presidente da Fenafar, Fábio Basílio, comemorou o fim da tramitação da proposta na Câmara dos Deputados e agradeceu a pronta resposta da categoria que se mobilizou para impedir mais este ataque à profissão, um verdadeiro retrocesso.

A proposta pretendia mudar a Lei nº 13.021/2014 e equiparar os técnicos em farmácia ao profissional farmacêutico, para efeitos de inscrição nos conselhos regionais de farmácia e possibilitar que eles assumissem a responsabilidade técnica das farmácias.

A Fenafar ao tomar conhecimento, imediatamente, se posicionou contra o PL nº 2.271/22, por entender que ele representa um ataque à profissão e um retrocesso ao banalizar a assistência farmacêutica, favorecer a empurroterapia e facilitar o uso irracional de medicamentos. 

O presidente da Fenafar, gravou um vídeo onde criticou a proposta que chamou de um completo absurdo. Ele conclamou os farmacêuticos a lutar em defesa da profissão. A mobilização de todos resultou em mais essa vitória.

Josemar Sehnem – Redação Fenafar

Simpósio discute Ciência, Tecnologia, Assistência Farmacêutica e Vigilância em Saúde

O 9º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica, será realizado nos dias 15 e 16 de setembro de 2022, no auditório do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, da Fiocruz, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

O evento é uma das etapas do projeto INTEGRA que vem realizando desde 2021 diversas atividades de formação de lideranças, seminários online e encontros intersetoriais nas cinco regiões brasileiras. O 9º Simpósio é também, evento prévio para a 17ª Conferência Nacional de Saúde que será realizada de 2 a 5 de julho de 2023.

As atividades do INTEGRA são promovidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), pela Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar) com apoio da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar).

O objetivo do projeto é promover estratégias para a integração de políticas e práticas da Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica, Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde no âmbito da gestão participativa e dos movimentos sociais.

O 9º Simpósio reunirá lideranças de diversos setores da sociedade, em particular, de institutos de pesquisa, universidades, da gestão pública, setor produtivo e controle social da saúde. É dirigidos a convidados e terá transmissão ao vivo pelo youtube da Escola Nacional dos Farmacêuticos

A proposta do evento é aprofundar o debate sobre o panorama das políticas de saúde e do desenvolvimento tecnológico buscando construir, coletivamente, uma proposta de agenda de ações e metas intersetoriais para a próxima década.

As atividades de debates e construção de metas e propostas de ações para Ciência, Tecnologia, Assistência Farmacêutica e Vigilância em Saúde resultarão em documento norteador para as próximas fases do projeto, que serão realizadas pelas instituições parceiras: audiências públicas, publicação de diretrizes, estabelecimento de planos de governo e planos de saúde nos próximos anos. 

A programação completa do evento está abaixo:

Dia 15/09/2022

09h00 às 10h00: Mesa de abertura com autoridades
10h00 às 12h00: Painel – Panorama atual das Políticas de Assistência Farmacêutica, de Vigilância em Saúde e de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde 

13h30 às 14h00: Apresentação da metodologia dos grupos de trabalho

14h00 às 17h00: Grupos de Trabalho
GT 1 – Desabastecimento de medicamentos e soberania sanitária
GT 2 – Propriedade intelectual e acesso a tecnologias
GT 3 – Doenças emergentes e reemergentes (equidade)
GT 4 – Comunicação/informação em saúde
GT 5 – Serviços Farmacêuticos baseados em necessidades sociais
GT 6 – Pesquisa baseada em necessidades sociais
GT 7 – Formação para a integração das políticas
GT 8 – Dados, tecnologias de informação e intervenção na saúde
GT 9 – Tecnologias do suporte diagnóstico em saúde 

Dia 16/09/2022

09h00 às 10h30: Apresentação dos grupos de trabalho
10h30 às 12h00: Mesa de debate 2 – Da meta à ação: como integrar as políticas?
13h30 às 16h00: Mesa de debate 3 – Construção de uma agenda para a integração das políticas pelo fortalecimento do SUS em um projeto nacional de desenvolvimento na próxima década.
16h00 às 17h00: Leitura e aprovação da Carta do Rio.

Josemar Sehnem – Redação ENFar

Mobilize-se contra o PL 2.271/22 que permite técnico em farmácia como RT

Não permita que se reduza os avanços conquistados com a da Lei 13.021/14

Está em tramitação na Câmara dos Deputados um Projeto de Lei propondo mudanças na Lei nº 13.021/2014 e equiparando o técnico em farmácia ao profissional farmacêutico, para efeitos de inscrição nos conselhos regionais de farmácia e para assumir a responsabilidade técnica das farmácias.

A medida tem validade para os técnicos que tiveram o direito garantido por sentença judicial transitada em julgado antes da vigência da Lei 13021/2014, que disciplina as atividades farmacêuticas e é alterada pela proposta.

A Fenafar se coloca frontalmente contra o PL nº 2.271/22, de autoria do Deputado Federal Giovani Cherini (PL-RS) por entender que ele representa um ataque à profissão e um retrocesso ao banalizar a assistência farmacêutica, favorecer a empurroterapia e facilitar o uso irracional de medicamentos.

O Técnico de Farmácia, só pode atuar sob supervisão do profissional farmacêutico, auxiliando-o nas tarefas de apoio e logística nas Farmácias. Não cabe ao técnico as atribuições de assistência e atenção Farmacêutica.

O presidente da Fenafar, Fábio Basílio, criticou a proposta que chamou de um completo absurdo. Ele garante que os farmacêuticos lutarão até o fim para evitar que a ideia avance e seja aprovada na Comissão de Seguridade Social e família

Mobilize-se contra essa iniciativa.

No site da Câmara dos Deputados há uma enquete para saber a opinião sobre a medida. Participe da campanha para evitar a aprovação do PL 2.271/2 votando contra https://forms.camara.leg.br/ex/enquetes/2333985

CNS defende celeridade na resposta contra avanços da Monkeypox no Brasil

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) cobrou celeridade na resposta contra os avanços da MonkeyPox no Brasil. Definição de protocolos de atendimento, descentralização da capacidade de diagnósticos, vacinação, campanha de mídia educativa e acessível, além da necessidade de que o Brasil faça a declaração de emergência, estiveram entre os principais apontamentos apresentados ao secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, durante a 333ª Reunião Ordinária do CNS, realizada na quarta (17/08).

O Brasil é o quarto país do mundo com o maior número de casos confirmados da doença. São 2.893 registros até o dia 14 de agosto, sendo um óbito, de acordo com dados do Ministério da Saúde. São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Distrito Federal estão entre os estados com mais incidência da doença.

Vacinação ainda insuficiente

Segundo Medeiros, até o momento o Brasil adquiriu via Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), 50 mil doses da vacina. Os conselheiros destacaram que esse número é insuficiente, porque não cobre sequer 1% da população brasileira.

“Isso nem acolhe nossos trabalhadores da saúde, que estão na ponta e precisam estar protegidos para atender e salvar vidas”, declarou Débora Melecchi, conselheira nacional de saúde e coordenadora da Comissão Intersetorial de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica (Cictaf) do CNS.

Ela ainda lembrou que o fato de haver apenas um produtor da vacina no mundo, localizado na Dinamarca, tem provocado grandes desigualdades e um processo de mercantilização extremamente elevado, já que os EUA já abarcam a maior parte da compra das vacinas.

Plano de emergência, com protocolos claros

Em sua apresentação “Monkeypox: o que estamos esperando para agir?”, Vivian Gonçalves, representante da Comissão de Epidemiologia da Abrasco, defendeu a necessidade de se pensar um plano de formação para emergências em saúde perene e longitudinal, caso contrário todas as vezes o país tende a passar pelas mesmas dificuldades para enfrentar a situação.

“Isso tem que estar dentro do nosso sistema de saúde, mas também do nosso sistema educacional, de uma maneira que possamos capacitar os profissionais de saúde para lidar com situações semelhantes à esta, mas de forma longitudinal e não só sob demanda. É preciso uma mudança de pensamento no país”, completou.

Além da capacitação de profissionais da saúde, Vivian Gonçalves destacou os esforços necessários para lidar com os avanços da doença como a definição de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas na rede de atenção à saúde; implementação de um sistema de informação unificado para registro dos casos confirmados; estabelecimento de dispositivos de acompanhamento das evidências científicas e campanha de conscientização junto à população.

Campanhas de comunicação e combate aos estigmas

O CNS também defendeu a urgência na promoção, por parte do Governo Federal, de divulgação de campanhas de comunicação junto à população informando sobre os riscos à saúde e medidas preventivas à doença, com informações claras para combater estigmas, como o de que só homossexuais contraem a doença, já e não há nenhuma relação nesse sentido. A transmissão da doença ocorre no contato pele a pele e qualquer pessoa pode se contaminar com a doença independentemente de gênero ou orientação sexual.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o perfil dos 2.893 casos confirmados no Brasil indica que 64% são homens, 75,6% não informam orientação sexual, 18,5% se declaram homossexuais e 50,7% informam que mantêm relações sexuais com homens.

Marta de Almeida, conselheira nacional de saúde pela Comissão de Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular em Saúde (ANEPS), ressaltou que é preciso haver equidade e tratamento humanizado, campanhas de qualidade para que cheguem à população e combatam fakenews e o preconceito. “É necessário a atenção básica, vigilância à saúde e a escuta qualificada. O acesso à informação é importante para combater preconceitos e desinformação”, completou.

Notificação sobre pessoas com deficiência

Atendendo à reivindicação do CNS, o secretário de Vigilância em Saúde, se comprometeu em incluir no formulário de notificação da Monkeypox a pergunta sobre se a pessoa tem deficiência e qual tipo. Beto Pereira, presidente dos Cegos do Brasil e membro do CNS, ressaltou que como as pessoas com deficiência usam o toque para se comunicar e serem assistidas, justamente uma das formas de contágio da Monkeypox, seria de extrema relevância conhecermos a estatística desta população.

“Trocamos mais contato de pele com outras pessoas, até porque somos guiados por outras pessoas, ao receber um cuidado, e seria fundamental ter esta radiografia. Na Covid-19 isso não aconteceu. Uma falha no processo”, salientou. Beto Pereira reiterou ainda que toda campanha de conscientização tem de contemplar com áudio descrição, libras, legendas, os 23,9% de brasileiros com algum tipo de deficiência.

O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, enfatizou a relevância do papel do CNS em dialogar, subsidiar, contribuir e cobrar ações efetivas de combate à doença e defendeu que o tema Monkeypox se torne um debate permanente no CNS. Ele conclamou que sejam atendidas as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e colocou o Conselho à disposição para participar do Centro de Operações de Emergências (COE), instalado pelo Governo Federal.

Pigatto, reforçou as vozes dos conselheiros para que os erros cometidos com a pandemia da Covid-19 sejam evitados. “Devemos aprender com erros cometidos para que não se repitam e possamos preservar vidas”.

Assista ao primeiro dia da 333ª Reunião Ordinária do CNS

Ascom CNS

Comsefaz, CNS, Conass e Conasems buscam garantir recursos para a saúde e educação

Nesta quinta-feira (18), os presidentes do Comsefaz (Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal, CNS (Conselho Nacional de Saúde), Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e Conasems (Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde) se reuniram com o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), momento em que entregaram um ofício no intuito de sensibilizar o parlamentar para a derrubada do veto ao artigo 14 do PLP 18/2022, atual Lei Complementar 194/2022, para manutenção dos recursos da saúde e educação.

Por determinação constitucional, Estados e Municípios destinam 25% das suas receitas tributárias na educação. Já no caso da saúde, estados aplicam, no mínimo, 12% e os municípios 15% das suas receitas tributárias. Só em 2022, considerando o efeito da LC entre agosto e dezembro, R$ 18 bilhões deixarão de ser destinados à saúde e educação.

O cenário é ainda mais grave quando se considera os efeitos da pandemia, que ocasionou a ampliação da estrutura do sistema de saúde devido a necessidade de criação de novos leitos, hospitais e a contratação de recursos humanos, por exemplo. Essas melhorias tão primordiais para a população brasileira são arcadas por Estados e Municípios e a abrupta queda de arrecadação ameaça a manutenção destes serviços.

Para evitar drástico agravo à manutenção dos serviços públicos essenciais à população, o Congresso Nacional garantiu, no artigo 14, que a União deve compensar os entes subnacionais para garantir que os mínimos constitucionais da saúde e da educação, bem como do Fundeb, tivessem as mesmas disponibilidades financeiras existente antes da legislação entrar em vigor. Contudo, ao sancionar a lei, o Presidente da República indeferiu o artigo.

O presidente Rodrigo Pacheco, sempre disposto a contribuir com o fortalecimento do pacto federativo, mostrou-se sensibilizado com a necessidade de viabilizar a medida, como declarado pelo presidente do Comsefaz, Décio Padilha, após a reunião: “Ele foi muito sensível na questão dos vetos aos custos de saúde e educação. Se não for derrubado fica uma situação de déficit e de perda dos serviços”.

Ainda no encontro, foram pontuados outros importantes assuntos, com a necessidade de uma fonte de financiamento para a implementação do Piso de enfermagem (Emenda Constitucional 124/2022), recém aprovado pelo Senado Federal. As entidades demostraram a enorme preocupação com o assunto, pois a rede de saúde não possui recursos para assumir o compromisso salarial tão merecido pela classe. Desta forma, sugeriram a criação de uma Comissão para buscar possíveis alternativas.

“Nós propusemos ao presidente do Senado que se estabeleça uma Mesa Nacional que capaz de conduzir uma solução rápida ao custeio dos fundos estaduais e municipais da saúde no que diz respeito ao impacto do Piso de Enfermagem, que já é uma realidade” – Nésio Fernandes, presidente do Conass.

As entidades também propuseram a aprovação de autorização legislativa para utilizar recursos disponíveis nos caixas das secretarias dos Estados e dos Municípios, frutos do orçamento de guerra e do repasse para o combate à Covid, permitindo o seu remanejamento e aplicação até 31 de dezembro de 2023.

“Temos mais de 2 bilhões referentes aos recursos do orçamento de guerra que ainda não foram utilizados e que pela lei teríamos de devolver até o final do ano. Nosso pedido é que haja um projeto de lei que garanta que esses recursos não sejam devolvidos.” – Fernando Pigatto, presidente do CNS.

Texto: Assessoria Parlamentar e de Comunicação do CNS, Conass, Conasems e Comsefaz

Foto: Paula de Melo

Participe das eleições da ENFar no dia 16 de agosto

A Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar) realiza no próximo dia 16 de agosto de 2022, das 10h às 17h a eleição para a escolha da nova coordenação da entidade.

Serão escolhidos os membros da coordenação colegiada do conselho fiscal e seus respectivos suplentes para um mandato de três anos.

As eleições ocorrem em Assembleia Geral Ordinária, de forma presencial, e pela internet por meio de voto direto, utilizando-se da rede mundial de computadores, observados os quesitos da inviolabilidade, do sigilo e da adoção de mecanismos de segurança.

Os votos dos eleitores devidamente cadastrados serão registrados eletronicamente em sítio de votação específico conforme previsão do Regimento Eleitoral.

Os associados poderão participar do processo de qualquer computador ou aparelho eletrônico, utilizando-se de código de votação criptografado enviado por e-mail e por SMS

Os eleitores terão acesso ao sistema mediante a combinação do CPF (chave pública) com o código (chave privada). Estas combinações serão a garantia de segurança do voto.

O código de votação é criptografado e armazenado em banco de dados, assim que enviado aos associados eleitores.

Atenção: só será possível votar no dia 16 de agosto de 2022 das 10h às 17h.

O Ato Convocatório aos associados foi publicado em 30 de junho e está disponível aqui. (link)

Para esta eleição, houve a inscrição de apenas uma chapa que foi homologada pela Comissão Eleitoral conforme determina o Estatuto e Regimento Eleitoral vigente.

A chapa foi inscrita como “CHAPA 1” e é composta pelas seguintes farmacêuticas e farmacêuticos:

COORDENAÇÃO COLEGIADA:
Coordenadora Geral: Silvana Nair Leite Contezini – SC
Coordenadora Adjunto: Maria Helena Braga – MG
Coordenadora Operacional: Celia Machado Gervasio Chaves – RS
Coordenadora de Finanças: Maria Maruza Carlesso – ES
Coordenadora de Comunicação: Priscila Vautier – SP
Coordenadora de Projetos: Fernanda Manzini – SC
Coordenador de Eventos: Clóvis de Santana Reis – BA
Coordenador Técnico: Diego Gnatta – RS.
SUPLENTES:
1º Suplente: Francisca Sueli Monte – PE
2º Suplente: Luciana de Melo Lopes – MG,
TITULARES DO CONSELHO FISCAL:
Marselle Nobre de Carvalho – PR
Maria Fâni Dolabela – PA
Samara Jamile Mendes – SP
SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL:
Allan Kardec de Lima – PR
Mercia Pandolfo Provin – GO

Josemar Sehnem – Enfar

Plenária final da Fenafar aprova “Carta de Salvador” e elege nova diretoria

Eleger Lula é um passo imprescindível para a defesa do SUS, da saúde pública e do trabalho farmacêutico.

A Plenária final o 10º Congresso da Fenafar no sábado (06/08) reuniu os delegados e delegadas, aprovou por unanimidade a Carta de Salvador e deu posse a nova diretoria eleita para dirigir a entidade no próximo triênio 2022/2025 e que tem como presidente o farmacêutico Fábio Basílio, do estado de Goiás.

Dirigida aos farmacêuticos e farmacêuticas e ao povo brasileiro, a Carta de Salvador manifesta as diretrizes de gestão que estão em consonância com o que a categoria espera para o Projeto Social de Desenvolvimento e Soberania Nacional.

Na Carta de Salvador – transcrita abaixo – os farmacêuticos e farmacêuticas também apresentam a sua posição sobre a atual situação do país:

“Dizemos NÃO aos retrocessos autoritários. Renunciamos ao ódio, à intolerância e ao conservadorismo moral. Apoiamos as instituições democráticas, temos confiança no sistema de votação eletrônica, e respeitamos os resultados das eleições”.

A categoria se posiciona claramente sobre as eleições de outubro, sobre a defesa do SUS, sobre as questões da categoria e da profissão, sobre a democracia, sobre a justiça social e sobre a vida dos brasileiros e brasileiras:

“No contexto que se aproxima, eleger Lula é um passo imprescindível para a defesa do SUS, da saúde pública e do trabalho farmacêutico. Também precisamos eleger mulheres e homens para o Congresso Nacional e para a Assembleias Legislativas, que sejam comprometidos com a democracia, com a soberania nacional, com a ciência e tecnologia em saúde e a assistência farmacêutica como direito humano, com a segurança e soberania alimentar, com a vida, com o trabalho decente e com um país para todos e todas. Que combatam o racismo, a intolerância religiosa, o patriarcado, a LGBTQIAP+fobia, o capacitismo, a aporofobia, a violência aos povos indígenas e todas as formas de violência e aniquilação do/a outro/a; e à desinformação (fake news).”

Ronald Ferreira dos Santos, que deixa a presidência após dois mandatos a frente Federação que representa todos os farmacêuticos e farmacêuticas do Brasil recebeu uma placa em homenagem com a frase de Bertolt Brecht.

“Há homens que lutam um dia, e são bons;
há homens que lutam por um ano, e são melhores;
há homens que lutam por vários anos, e são muito bons;
há outros que lutam durante toda a vida, esses são imprescindíveis.“

Abaixo a Carta de Salvador e a nova diretoria eleita:

CARTA DE SALVADOR

Os participantes do 10º Congresso da Federação Nacional dos Farmacêuticos – Fenafar – Dra. Maria de Lourdes Gomes de Castro Soares, ocorrido nos dias 03 a 06 de agosto de 2022, na cidade de Salvador, vêm a público lançar a CARTA DE SALVADOR. Esta carta expressa as discussões ocorridas durante o congresso cujo temário foi “O Trabalho Farmacêutico e a Ciência em Favor da Vida no Brasil do Século XXI”.

 Como trabalhadores reafirmamos nosso compromisso de luta pela paz. Somos contrários a todas as guerras e conflitos, sejam de ordem econômica, social, política e religiosa. Acreditamos na democracia, respeitamos a autodeterminação dos povos, e que todos e todas têm o direito a viver em paz e resolver os seus conflitos internos com diálogo, sem violência e sem interferência.

Desde o golpe de 2016, vivenciamos ataques ao Estado Democrático de Direito, tão duramente conquistado pela sociedade brasileira em 1988.

 No Brasil, muito além da crise sanitária social, agravada pela pandemia da Covid-19, vivemos em um país com profundas desigualdades sociais, carente em serviços públicos essenciais, como saúde, educação, habitação e segurança pública e principalmente devido a condução fascista do governo federal frente à pandemia e o caráter lesa-pátria das classes dominantes, que nos trouxeram à barbárie.

 Chegamos à trágica marca de 680 mil vidas perdidas pela COVID-19; praticamente todos os estados com as UTIs e leitos no limite da capacidade; o desabastecimento de insumos, medicamentos e demais tecnologias, que tende a agravar ainda mais o cenário. As trabalhadoras e os trabalhadores da saúde vivenciam exaustão emocional e física, muitos estão submetidos a contratos de trabalho precários e ainda enfrentam em diversos casos escassez e a baixa qualidade de equipamentos de proteção individual (EPIs).

O projeto de nação soberano, passa pela participação e escuta popular nos centros de decisão, com a implementação de políticas públicas, que alcancem toda a população, sem distinção de gênero, raça, religião ou nível social.

O Sistema Único de Saúde – SUS traz em si o conceito ampliado de saúde, entendendo-a como direito e não uma mercadoria. Que agrega o cuidado integral e que pressupõe um projeto de nação democrático. Modelo de desenvolvimento social e político, e pode ser o propulsor de uma política econômica soberana, se consolidada pelo Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS).

 Consideramos fundamentais: a produção nacional de medicamentos preferencialmente com os laboratórios oficiais; e investimentos públicos como as parcerias para o desenvolvimento produtivo que atendam a integralidade e demandas do SUS, contribuindo para o fortalecimento da estratégia de saúde da família com a participação da profissão farmacêutica nos serviços públicos e ou privados conforme expresso na Lei 13021/2014, que define a Farmácia como estabelecimento de saúde.

As Políticas Públicas de Ciência e Tecnologia e Inovação em Saúde, Assistência Farmacêutica, Medicamentos e Vigilância em Saúde, são norteadoras do trabalho farmacêutico. Representam, também, uma oportunidade concreta de valorizar o trabalho farmacêutico, envolvido em todos os fluxos e etapas de execução das políticas, e em todos os ciclos de vida das pessoas. Mas é preciso ainda ampliar esse escopo e agregar uma política pública que norteie os serviços de diagnósticos e análises, sendo estes de interesse público e demandados pelo SUS.

 Defendemos a revogação da Emenda Constitucional nº 95 (EC-95), com a garantia do aumento do orçamento público, possibilitando o acesso a serviços públicos essenciais de qualidade.

 A profissão farmacêutica, mais uma vez, tem lado: o lado do povo brasileiro. E neste processo os sindicatos são os instrumentos fundamentais para responder às mudanças e para enfrentar os desrespeitos e as flexibilizações dos direitos trabalhistas. Para isso, são necessárias inovações, estratégias de luta, de mobilização e de financiamento das organizações sindicais.

Dizemos um basta, às jornadas extenuantes, às situações de precarização do trabalho, e aos salários que não correspondem à nossa formação profissional. Nossas forças estão concentradas na defesa de uma remuneração justa e adequada às funções profissionais, para o qual o nosso trabalho nos exige. Conquistar uma justa reparação salarial bem como uma jornada de trabalho de 30 horas, adequada às nossas responsabilidades frente à saúde da população, seja no setor público e ou privado, serão nossas bandeiras de luta. 

Chegamos em 2022, ano eleitoral, de oportunidade, de mudanças, e um brilho ilumina a esperança, e temos fé em um futuro melhor, onde a reconstrução do país é urgente. Orientados por Paulo Freire, nossas divergências nos unem e estamos lado a lado para enfrentarmos os nossos antagônicos, em defesa da ordem democrática, com respeito ao pacto constitucional de 1988. Neste sentido, defender programas de geração de empregos e distribuição de renda para vencer a pobreza com justiça social, sustentabilidade, liberdade e democracia significa valorizar o trabalho das farmacêuticas e dos farmacêuticos.

 Dizemos NÃO aos retrocessos autoritários. Renunciamos ao ódio, à intolerância e ao conservadorismo moral. Apoiamos as instituições democráticas, temos confiança no sistema de votação eletrônica, e respeitamos os resultados das eleições.

No contexto que se aproxima, eleger Lula é um passo imprescindível para a defesa do SUS, da saúde pública e do trabalho farmacêutico. Também precisamos eleger mulheres e homens para o Congresso Nacional e para a Assembleias Legislativas, que sejam comprometidos com a democracia, com a soberania nacional, com a ciência e tecnologia em saúde e a assistência farmacêutica como direito humano, com a segurança e soberania alimentar, com a vida, com o trabalho decente e com um país para todos e todas. Que combatam o racismo, a intolerância religiosa, o patriarcado, a LGBTQIAP+fobia, o capacitismo, a aporofobia, a violência aos povos indígenas e todas as formas de violência e aniquilação do/a outro/a; e à desinformação (fake news)

Dirigida aos farmacêuticos e farmacêuticas e ao povo brasileiro, esta CARTA manifesta suas diretrizes de gestão para o triênio 2022/2025, que estão em consonância com o que esperamos para o Projeto Social de Desenvolvimento e Soberania Nacional:

  1. Derrotar o projeto fascista e o grupo político que ocupa atualmente os espaços de poder da República, através do envolvimento das entidades farmacêuticas em um novo projeto nacional de desenvolvimento socialmente referenciado com a eleição de candidatos que melhor defendam esse projeto;
  2. Defender a ciência e a autonomia universitária garantindo o incentivo às pesquisas e extensão nas universidades, custeando equipamentos e estudos para que a pesquisa volte a crescer, com o fortalecimento das políticas de assistência estudantil com o objetivo de ampliação do número de profissionais farmacêuticos no SUS, além de melhores condições de trabalho
  3. Incentivar e fortalecer as estruturas de assistência farmacêutica nos estados e municípios; possibilitando o acesso às informações confiáveis sobre o trabalho farmacêutico, a ciência, as tecnologias e inovações em saúde;
  4. Lutar por legislações que ampliem e garantam a presença do profissional farmacêutico em locais estratégicos para o desenvolvimento da ciência, tecnologia, inovação em saúde e assistência farmacêutica; 
  5. Lutar contra a mercantilização do medicamento, estes devem ser considerados bens públicos, de interesse social, utilizados com racionalidade, e apropriados às condições clínicas dos pacientes;   
  6. Qualificar o processo de negociação, com mesas permanentes junto ao setor patronal, identificando e valorizando empresas que melhor cumpram as legislações, acordos e convenções, em conjunto com sindicatos de outras categorias; 
  7. Lutar pela realização de concursos públicos para inserção de farmacêuticos com vínculos estatutários no SUS, valorizando as residências multiprofissionais, com pisos, jornadas e carreira que valorizem os trabalhadores;
  8. Desenvolver novas estratégias de participação, com o objetivo de mobilizar e sensibilizar a categoria em torno das pautas sindicais; 
  9. Criar, implementar e monitorar a aplicação de mecanismos para diminuição e extinção dos diversos tipos de assédio e discriminação (gênero, orientação sexual, estética, deficiência, local de origem, político e ideológico, dentre outros) como forma de promover a igualdade de oportunidade e tratamento dos empregos no âmbito de atuação da categoria e sociedade civil;
  10.  Fortalecer a frente parlamentar mista em defesa da assistência farmacêutica a fim de garantir a aplicação e regulamentação da lei 13021/14 e de todas as demais pautas afins; 
  11.  Defender a saúde como propulsora da reconstrução econômica nacional; 
  12.  Fomentar o debate sobre a revisão da lei de patentes; 
  13.  Reafirmar a Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) como política norteadora de políticas setoriais; 
  14. Garantir o fortalecimento do sistema de informação da assistência farmacêutica e vigilância em saúde; 
  15. Lutar contra a mercantilização da educação farmacêutica, incluindo o emprego da modalidade EaD, de forma a prevenir a deterioração da qualidade da formação; 
  16. Lutar pela revisão dos critérios para abertura e do sistema de avaliação dos cursos de graduação em Farmácia, envolvendo o controle social do SUS, entidades estudantis e as entidades profissionais, de forma a assegurar que a formação reflita as necessidades sociais e fortaleça a identidade profissional;
  17. Lutar pela inserção do controle social, entidades estudantis e profissionais, em especial os sindicatos, na discussão da formação em nível graduação e de pós-graduação (Stricto sensu e residências); 
  18. Atuar no aprimoramento das políticas públicas para melhorar as condições da formação dos farmacêuticos (ex. fomento de bolsas; saúde mental discente; carga horária discente);
  19. Lutar pela efetivação da formação cultural dos farmacêuticos (ex: a atenção à saúde das pessoas trans ou outras políticas afirmativas) e da formação política dos farmacêuticos (ex: para compreensão do papel e importância dos sindicatos), com o propósito de fortalecer a luta da categoria e valorizar o trabalho e os trabalhadores farmacêuticos;
  20. Articular o desenvolvimento das políticas públicas de educação e da saúde, no sentido de valorização da profissão farmacêutica, promovendo a integração entre a formação e as políticas públicas de saúde, incluindo o desenvolvimento da assistência farmacêutica, dos serviços farmacêuticos, complexo industrial da saúde, a pesquisa e desenvolvimento, as análises clínicas, para desenvolvimento da política farmacêutica em nosso país, e fortalecimento do SUS e da soberania nacional

DIREORIA DA FENAFAR – 2022/2025.

Presidente – Fábio José Basílio (GO)
Primeiro Vice-Presidente – André Nunes Cavalcante (CE)
Segundo Vice-Presidente – Debora Raymundo Melecchi (RS)
Secretário Geral – Maria Maruza Carlesso (ES)
Primeiro Secretário – Dalmare Anderson Bezerra de Oliveira Falcão e Sá (SE)
Tesoureiro – Célia Machado Gervásio Chaves (RS)
Primeiro Tesoureiro – Alexandre Correia dos Santos (AL)
Diretor de Comunicação – Sergio Luís Gomes da Silva (PB)
Diretor de Formação Sindical – Júnia Dark Vieira Lelis Ligório (MG)
Diretora de Rel. Institucionais – Renata Tereza Gonçalves Pereira (SP)
Primeira Dir. de Relações Institucionais – Isabela de Oliveira Sobrinho (AC)
Diretor de Rel. Internacionais – Ronald Ferreira dos Santos (SC)
Primeira Diretora de Rel. Internacionais – Gilda Almeida de Souza (SP)
Diretor de Org. Sindical – Rilke Novato Públio (MG)
Primeiro Dir. de Organização Sindical – Otávio Eutíquio Vasconcellos P. da Silva (AP)
Diretoria da Mulher – Maria Soraya Pinheiro de Amorim (BA)
Diretoria de Educação – Silvana Nair Leite Contezini (SC)
Dir. de Assuntos Jurídicos – Clovis de Santana Reis (BA)
Primeiro Dir. de Assuntos Jurídicos – Allan Kardec de Lima (PR)
Dir.de Saúde e Segurança do Trabalho – Carlos Augusto Barboza Toledo (MA)
Dir. de Relações Trabalhistas – Ulisses Nogueira de Aguiar (PI)
Dir. de Juventude e Direitos Humanos – Daniela Santos Oliveira (SE)
Diretor Regional Norte – Lituânia Mustafá Paes de Almeida (AM)
Diretor Regional Nordeste -Holdack Velloso (PE)
Diretor Reg. Centro-Oeste – Wille Marcio Nascimento Calazans (MT)
Diretor Regional Sudeste – Catarine Cavalcanti (RJ)
Diretor Regional Sul – Fábio Augusto do Carmo (PR)
Primeiro suplente – Leonardo Légora de Abreu (RJ)
Segundo Suplente – Deick Rodrigues Quaresma (PA)
Terceiro Suplente – Francisco Ielano Vasconcelos Mesquita (CE)
Quarto Suplente – Iohanna Emanuelle Martins (DF)
Quinto Suplente – Ricardo Jorge Bouez Ribeiro (RO)
Sexto Suplente – Renan de Figueiredo Ferraz (PE)
Sétimo Suplente – Caetano Caloni Camargo (AC)
Conselho Fiscal Efetivo – Maria Cristina Ramirez (GO)
Conselho Fiscal Efetivo – Josias Pina (MT)
Conselho Fiscal Efetivo –  Eline Cristina Souto Maior Baracho (AL)
Suplente do Conselho Fiscal – Rosilane Reis Rocha (RR)
Suplente do Conselho Fiscal –  Josenildo Segundo Chaves de Araújo (PB)
Suplente do Conselho Fiscal – Maria do Socorro Cordeiro Ferreira (PI)

O processo de educação e pesquisa sempre provoca mudanças


A Educação Farmacêutica em Favor da Vida foi o tema da quarta mesa do 10º Congresso da Fenafar. Os palestrantes convidados são Silvana Nair Leite – Coordenadora da ENFar e Diretora de Educação da Fenafar, Ester Dalla Costa do Departamento de Saúde Coletiva, do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UEL e Beatriz de Oliveira Azevedo da Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia. A mediação foi feita pelo Presidente do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado da Bahia. Magno Teixeira.

Iniciando sua fala, a Coordenadora da ENFar, Silvana Nair Leite informou sobre a realização de uma pesquisa realizado em 2020 no período inicial da Pandemia de Covid-10. O objetivo naquele momento foi incentivar os participantes a refletir sobre os assuntos que estavam sendo pesquisados. Os dados do “Diagnóstico da Educação farmacêutica em tempo de Covid-19 no Brasil” foram sendo publicados no site da ENFar ao longo do ano de 2020.

Segundo Silvana, os processos de pesquisa não são úteis apenas pelos seus resultados, eles são indutores de mudança, pois provocam a avaliação dos itens que estão sendo questionado gerando ações dos participantes“. O processo de pesquisa sempre provoca uma mudança”

Neste momento a pesquisa está em fase avaliação, buscando identificar qual era a situação antes da pandemia e o que aconteceu de lá prá cá, avaliando a educação farmacêutica dentro do contexto no qual está inserida.

De acordo com a Coordenador da ENfar, tudo que for dito sobre educação farmacêutica no Brasil deve levar em consideração que existem atualmente em todo o pais mais de 800 cursos de farmácia. São cursos isolados, funcionado em instituições de pequeno porte e que não possuem sustentabilidade financeira.

“Estamos aqui discutindo ciência farmacêutica em favor da vida e eu pergunto, que tipo de formação científica nós podemos oferecer para estes estudantes, nessas condições. A qualidade dos cursos é muito questionável”.

Silvana lembra que é do Estado brasileiro, a autoridade para dizer qual instituição tem a capacidade de formar profissionais. E o Estado falha nessa obrigação de garanti par a sociedade que o profissional realmente tenha as qualificações necessárias.

O que caracteriza uma profissão é a capacidade diferenciada, clara e concreta de um determinado profissional em relação as demais pessoas. “Se acessando o google, é possível obter as mesmas informações que se obtém sem precisar de diplomar em farmácia perde-se a características de uma profissão regulamentada”, disse.

“O risco que temos hoje é deixarmos de ter uma profissão regulamentada”

A diretora da Fenafar lembra que “uma conquista, nas duas últimas décadas, na questão da educação farmacêutica, e que é resultado da forte atuação nas nossas instituições e entidades é a necessidade da formação experiencial, a formação em realidade.

É na experiência prática que se aprende “A questão da empatia, da responsabilidade com as pessoas”. A experiências em locais onde se desenvolvem as atividades profissionais é uma característica da formação no Brasil e essa característica é resultado da atuação das nossas entidades”.